Um Encontro Inesperado

Um Encontro Inesperado



6. Um encontro inesperado




(N/A): Pequeno erro na digitação da capa, ok?

A garota pegou seus sapatos, que assim como o resto de suas roupas haviam ficado espalhados pelo chão e se encaminhou até a porta. Movia-se silenciosamente, como um gato, mas mesmo assim não conseguiu sair desapercebida por um garoto que ela supunha estar dormindo.

- Posso saber onde você pensa que vai? – perguntou uma voz rouca vinda da cama atrás dela.

Ela parou, com a mão ainda na maçaneta da porta e disse, sem se virar para o garoto:

- Para o meu quarto. – ela se virou para ele. – Algum problema? – perguntou sorrindo cinicamente.

O garoto lhe devolveu o sorriso com um sorriso ainda mais cínico e falso que o dela e respondeu:

- Eu esperava que depois dessa noite você fosse se despedir. – disse Sirius irônico.

Falando isso ele se levantou da cama com um pulo e caminhou até ela. O garoto se encontrava apenas de cueca, já que o resto das suas roupas haviam sido atiradas para algum lugar durante a noite. Ele se aproximou dela e seus corpos se encostaram, trazendo algumas sensações que já haviam se tornado conhecidas para ambos. Bellatrix o encarou indiferente e apenas disse:

- Sirius, pelo amor de Mérlin, vista-se!
- Até parece que você se incomoda em me ver com poucas roupas, Bella. – falou Sirius rindo.
- Saia, Sirius. – disse tentando o afastar de perto de si e virando-se de costas para o garoto. – Eu preciso ir.
- Fica mais um pouco... – sussurrou ele no ouvido da garota.
- Não! – ela o empurrou e ele finalmente se afastou dela. – Eu já disse que preciso ir.
- Vamos, Bellatrix, o que é mais importante do que ficar aqui comigo? – perguntou Sirius mal humorado.
- Eu posso enumerar várias coisas. – disse irônica.

Sirius a encarou e percebeu que a garota estava realmente mal humorada. Talvez ela fosse sempre assim quando acordava, ou melhor: ela era sempre assim. Sirius deu os ombros e se sentou numa poltrona perto da porta, se dando por vencido.

- Ok, Bella, se existem tantas coisas mais importantes para você. Adeus! – disse dramaticamente.


Ninfetamina,ninfetamina



Bellatrix revirou os olhos e sorriu. Parou alguns instantes na porta, antes de sair e lembrou-se de algumas cenas da noite anterior. Realmente, o primo não havia deixado a desejar, pelo contrario, e isso que deixava Bellatrix mais perturbada. O garoto realmente era muito bonito, engraçado, sarcástico, beijava muito bem e fazia outras coisas ainda melhores. Bellatrix suspirou e percebeu que ele a olhava atentamente.

- O que foi? – perguntou ela tentando disfarçar o desconforto que estava sentindo pelas coisas que havia pensado.
- Você vai ficar aí, parada, pensando na vida por muito tempo? – perguntou com um grande sorriso no rosto.

Ela o fuzilou com o olhar e se virou para sair. Abriu a porta e virou-se para o primo mais uma vez.

- Adeus, primo.

Sirius se levantou e foi até a porta que ela havia deixado aberta. Observou a garota andar um pouco pelo corredor e entrar no seu quarto. Ele fechou a porta e sorriu.

- Ah, Bella, desse jeito eu me apaixono! – disse o garoto divertido, para si mesmo.


* * *


Ela abriu a porta e entrou para o seu quarto. Largou seus sapatos em um canto qualquer e foi direto para o banheiro, tomar um banho.

Despiu-se e entrou de baixo do chuveiro, a água bem fria. Talvez se esfriasse um pouco a cabeça – e o corpo- conseguisse pensar melhor.

A garota pensou na noite anterior e ficou se martirizando por pensar bem do primo. Não conseguia, nem por um instante, se arrepender do que tinha feito. Havia sido bom e perfeito demais para ela conseguir se arrepender.


Garota Ninfetamina



Mas a garota não devia demorar muito no banho, em minutos algum elfo já estaria batendo a sua porta, para chamá-la para o café da manhã.

Ela desligou o chuveiro e pegou uma toalha, para se secar. Ainda não estava completamente seca quando uma terrível dor se apoderou de seu braço esquerdo. Foi como se algo estivesse queimando seu braço. Não demorou muito para a garota perceber que apenas o local da Marca Negra doía. Ele estava a chamando.

Acabou de se secar rapidamente e colocou uma roupa qualquer. Saiu do banheiro apressada e aparatou.

* * *


Todos já estavam sentados à mesa a alguns minutos quando um elfo apareceu e guinchou, chamando atenção de Walburga.

- O que você quer, Monstro?
- Monstro foi até o quarto da senhorita Bellatrix, Monstro bateu várias vezes, mas a menina não apareceu. Até que Monstro decidiu entrar no quarto da menina Bellatrix, para ver o que tinha acontecido, mas a menina Bellatrix não estava no quarto! – falou Monstro rapidamente, como se temesse ser culpado pela ausência de Bellatrix.
- Não tem porque se preocupar, provavelmente Bellatrix tinha alguma coisa mais importante para fazer. – disse Órion lançando um olhar muito significativo para Walburga e Druella.

Todos continuaram a comer tranquilamente, sem se preocupar com a ausência de Bellatrix. Todos menos Sirius e Andrômeda, que se entreolharam levemente desconfiados.

Sirius não entendia onde Bellatrix podia ter ido nos poucos minutos entre ela ter saído de seu quarto e o inicio do café da manhã. O que poderia ter feito a garota sair sem nem ao menos dizer para onde iria?


* * *


A garota aparatou em frente a uma grande mansão que quase ninguém iria olhar duas vezes. De fato, a casa parecia estar abandonada a anos, e ninguém daria nada pela construção de madeira que começava a ruir em certos pontos e muito menos pelo jardim que já tomava conta da propriedade. Talvez a única coisa que a livrasse de invasores fosse o grande e alto portão de ferro na frente da casa. Bem, isso tudo apenas aparentemente, porque a casa estava muito mais protegida do que imaginavam. E também não estava tão abandonada como parecia. Por dentro era muito bem decorada e mobiliada. A garota se aproximou do portão e com certa força o empurrou. O portão fez um barulho irritante e se abriu, a deixando entrar.

Ela subiu as escadas que davam até a entrada principal da mansão e bateu na porta. Esperou alguns instantes até que ela se abrisse, sozinha. A garota entrou na casa e fechou a porta atrás de si. Realmente, uma casa muito bonita por dentro e que, diferente do lado de fora, era muito bem cuidada. Muito obscura, mas ainda sim muito bonita e elegante.

Um homem apareceu de uma ante-sala que ela sabia vir da cozinha e parou perto dela.

- Lucio. – murmurou ela.
- Bella. O Lord me disse que você viria. Ele espera você no escritório. – disse Lucio Malfoy, um grande amigo da garota.
- Então eu vou lá. Depois nós nos falamos? – perguntou Bellatrix começando a se dirigir para as escadas.
- Claro, claro.

Ela sorriu e começou a subir as escadas. Chegou até o segundo andar da casa e virou para a esquerda. Mesmo aquela hora da manhã a casa era extremamente escura, e era iluminada apenas por algumas poucas velas em castiçais grudados à parede.

Ela parou a uma porta que estava entreaberta e bateu. Esperou alguns instantes e entrou.

Era uma sala melhor iluminada que o resto do andar, mas mesmo assim um pouco sombria demais. Havia uma mesa, com vários papeis em cima, na frente de uma estante com vários livros. E sentado em uma cadeira examinando alguns dos inúmeros papeis da mesa se encontrava um homem, de aparentemente 30 e poucos anos, muito bonito. Quando ela entrou na sala ele desviou o olhar dos papeis e a encarou. Logo que viu quem era sorriu. Uma sorriso que daria medo na maioria, mas que nela causou apenas satisfação.

- Bella, que bom que você não demorou. – disse o homem com uma voz extremamente fria.
- Eu nunca demoraria para atender um chamado do senhor, Milorde. – respondeu Bellatrix com uma pequena reverencia.
- Sente-se, Bella. Sente-se. – disse ele animadamente.

Ela se sentou e o encarou. Era uma das poucas a fazer aquilo. Quase ninguém tinha tal audácia. Lord Voldemort, era esse o nome do homem que ela encarava tão despreocupadamente. Um homem que muitos temiam, e um homem que tinha a sua admiração.

- Então, Bella, o que tem feito durante suas férias? – perguntou Voldemort mançamente.
- Nada demais, Milorde.
- Eu estranhei a sua falta de correspondências, nenhuma carta em duas semanas. Logo você, que estava sempre me escrevendo. – disse Voldemort tranquilamente, como quem não quer nada.

Bellatrix logo percebeu o motivo daquela conversa. Voldemort queria apenas continuar a controlá-la. Como ele fazia com todos Comensais, e como ele sempre fazia com ela. Não gostava de seus servos livres, para fazerem o que quisessem. Por isso estava quase sempre convocando alguma reunião. Gostava de saber que seus servos largavam qualquer compromisso para atender ao seu chamado.

- Eu peço desculpas, Lord. Não era a minha intenção ficar sem dar noticias. – respondeu com um cinismo que ela sabia que ele iria perceber.
- Claro, Bella. Eu entendo que a vida de um adolescente se torne muito mais interessante durante suas férias. – disse com um sorriso irônico.
- Sim, muitas vezes as férias são bem interessantes. – falou Bellatrix audaciosa.


Ninfetamina,ninfetamina



Voldemort sorriu e se levantou. Era disso que mais gostava em Bellatrix: sua audácia. Não o temia como os outros comensais, mas o respeitava. Era uma mulher muito bonita, e sem sombra de duvidas tinha um belo futuro. Principalmente se continuasse a servi-lo.

- Posso lhe oferecer uma bebida, Bella?
- Eu adoraria. – respondeu ela se levantando.

Ele foi até uma pequena mesa perto de uma das várias estantes de livros da sala e começou a preparar dois copos de bebida. Enquanto ele servia as bebidas ela foi até a janela e olhou para fora. Era uma manhã cinzenta, sem sol. A garota sorria internamente. Sentia-se bem ao lado de Voldemort. Um prazer que talvez nem mesmo Sirius lhe proporcionasse. A garota fechou os olhos e afastou o primo de seus pensamentos. Era melhor não pensar no garoto enquanto estivesse perto de Voldemort.

Ele tocou-lhe o ombro e lhe deu o seu copo. Bellatrix levou-o até a boca e tomou um gole. Voldemort se postou ao lado da garota, também olhando para a rua.

- Pensamentos indesejados? – perguntou ele sem olhá-la.
- Eu não consigo ter pensamentos ruins perto do senhor, Milorde. – respondeu ela sorrindo.

Ele a olhou e também sorriu. Se aproximou dela e tirou o copo de sua mão, o deixando na parapeito da janela.

- Não me provoque, Bella.
- Por quê? – perguntou ela se aproximando de seu Lorde.
- Você nunca ouviu falar que as relações chefe/empregada nunca saem muito bem? – perguntou ele muito próximo dela. – Pois bem, Bella, no nosso caso você é a empregada. Você que é minha subordinada, minha serva. Você obedece a mim.
- Obedeço. Hoje e sempre, Lorde. – respondeu Bellatrix. – Mas isso não me impede de desejá-lo.

Neste momento Voldemort sorriu e Bellatrix se aproximou mais ainda dele. Seus lábios estavam quase se encontrando quando alguém bateu na porta.

Ambos viraram-se para aporta e desencostaram-se. Lucio estava parado na porta, com um sorriso um tanto desconfortável.

- Desculpem-me interrompe-los, mas, Milorde, o senhor tem visitas. – sussurrou Lucio.
- E quem me visita sem ser chamado? – perguntou Voldemort levemente irritado.
- O Sr. Borgin. Ele disse ter algo para o senhor. – respondeu Lucio.

Voldemort sorriu e se afastou de Bellatrix.

- Ah, sim, provavelmente ele tem algo para mim! – ele olhou para Bellatrix- Bella, acho que teremos de terminar a nossa conversa outra hora.
- Claro, Milorde, como o senhor quiser. – respondeu ela tentando esconder a insatisfação.

Ele passou por Lucio e desapareceu pelo corredor. Bellatrix bufou, pegou seu copo e tomou tudo de uma só vez.

- Pelo visto a conversa de vocês era importante. – disse Lucio não conseguindo conter o sorriso.
- Ah, Lucio, vá se danar!

Ela passou pelo amigo como um furacão e andou rápido pelo corredor.

- E não esqueça de mandar lembranças minhas à Narcisa! – gritou ele antes que a mulher chegasse até a escada.


* * *


Sirius bateu na porta e novamente não obteve resposta. Era a quinta vez que ia até o quarto de Bellatrix e chegava a conclusão de que a garota ainda não chegara.

- Eu achei que você soubesse onde ela se meteu. – disse uma voz as suas costas.
- Não, eu não tenho a mínima idéia de onde ela foi. – responde Sirius se afastando da porta.
- Vem, você não vai ganhar nada ficando de plantão aqui. Vamos dar uma volta nos jardins. – disse Andrômeda autoritária.

Sirius a acompanhou calado. Chegaram nos jardins e sentaram-se a beira do lago.

- Então, você vai me falar como que foi com ela ou eu vou ter que perguntar? – brincou Andrômeda.
- Eu estava só esperando você perguntar! – respondeu Sirius rindo.
- Seu bobo! – riu-se a garota. – Conta logo!
- Ok, ok, eu sei que as minhas aventuras amorosas são muito interessantes – falou Sirius gabando-se.
- “Aventura amorosa”? Oh, meu Merlin, não me diga que você finalmente admitiu o que sente! – aproveitou-se Andrômeda.
- Andrômeda Black! – exclamou Sirius. – Você sabe o que você merece?!

Andrômeda o encarou e sorriu orgulhosa.

- Sim, senhor! – respondeu ela se contendo para não rir.

Sirius estreitou o olhar e a encarou, tentando não rir da situação.

- Guerra de cosquinhas! – gritou ele.

Sirius não precisou nem ao menos terminar a frase que Andrômeda já havia se levantado e começara a correr. Talvez fosse isso que fortalecesse tanto a amizade deles. Nenhuma dos dois se importavam em voltar a ser criança, nenhum dos dois se importavam em sujar-se na lama, ou em parecerem estupidamente felizes.


* * *


Bellatrix aparatou dentro do seu quarto, se aproximou de sua cama e largou-se lá.

Estava confusa, muito confusa. Primeiro Sirius aparecera e trouxera felicidades e sentimentos que a garota não conhecia, a deixando completamente perdida. E agora, ela se sentia ainda mais confusa.

Se fora tão maravilhoso estar com Sirius por que sentira-se tão nem ao lado de Voldemort? E se era tão bom estar com Voldemort por que era tão maravilhoso estar com Sirius?

Ela não sabia mais. Nunca tivera sentimentos para saber o que sentia. Sabia que o que sentia por Voldemort era admiração, talvez desejo. Mas e por Sirius? Ela não o admirava, muito pelo contrario. Mas sim, ela o desejava, e muito. Mas sentia que era algo a mais. Se sentia, de alguma forma, presa ao garoto.


Minha garota Ninfetamina



Mas nunca, nem em mil eras, admitiria que estava apaixonada. Até porque, até onde ela sabia, ela não estava.



(N/A):

Olha eu aqui de novo!!!

Eu disse que voltava, não disse? Bem, eu voltei! Para felicidade de um e desgosto de outros eu voltei!

Bem, esse capitulo foi escrito a alguns dias, mas só foi postado hoje pelo mesmo motivo que as minhas outras fics também só foram atualizadas hoje.

Durante o pequeno tempo que eu fiquei longe da Floreios eu percebi que escrever era realmente o que eu gostava de fazer, e decidi não parar, mas sim tirar realmente essas férias. Porque elas fizeram muito bem para mim. Sabem, um tempinho longe disso daqui me tranqüilizou um pouco e me deu algumas idéias também.

Mas eu demorei para voltar por um único motivo: eu queria voltar com todo gás. O capitulo de uma das minhas outras fics, Crimes no Paraíso, já tava pronto a um tempo, e eu só não postei por conta das outras fics. Hoje vocês vão ver que eu atualizei boa parte das minhas fics.

Repetindo, essas férias fizeram muito bem para mim e para as fics. Obrigada para quem agüentou esse tempo sem mim(até parece que foi difícil) e obrigada para quem ta voltando a ler a(s) minha(s) fic(s)!!!

E agradeço à Ana Black(Ok, ela mudou o nome, mas para mim ela vai continuar sendo a Ana Black!) pela capa que ela fez! Guria, tu vez essa capa assim, sem eu nem ter q pedir!!! Agradeço do fundo do coração!!! Sem falar que ela ficou muito foda, e esse clipe é bem assim...perfeito!!! Valeu, guria!

Ps: Sim, eu reparei que esse trecho da musica é realmente muito vazio, mas fazer o que, é a musica, né? No próximo capitulo teremos uma parte da letra mais legal.

COMENTEM!!!!!!!

Beijos,
Lisi Black


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