A angústia de Granger



Capítulo 24 - A angústia de Granger




Hermione correu para o castelo. Várias pessoas estavam reunidas na entrada do Salão Principal. Antes que ela fizesse qualquer pergunta, uma das figuras se separou do grupo e caminhou até ela.

"Harry! Onde ele está? Ele está bem?" Se Harry estava ali, Hermione só podia supor que os outros eram Aurores enviados pelo Ministério.

As mãos dela apertaram o braço dele com a força incrível. "Você ouviu?"

"Sim. As notícias sobre o ataque estão por toda Cambridge. Eu vim assim que eu ouvi. Severo está bem?" Hermione estava desesperada de preocupação.

A história havia se espalhado como fogo. Severo estava fazendo compras em Hogsmeade, quando um Comensal da Morte fugitivo o atacou. O homem insano veio por trás dele, gritou traidor, e o atingiu com a maldição Cruciatus. Várias pessoas contataram o Ministério. Outras tentavam desarmar o maníaco. Aurores apareceram e o levaram.

Rosmerta contatou Hogwarts quando ela reconheceu que era Severo. Alvo chegou segundos antes dos Aurores. Foi pela insistência dele que Severo foi trazido para Hogwarts e não para o St. Mungo. Papoula tinha cuidado dele tantas vezes ao longo dos anos, e por isso ela era uma expert no tratamento desse tipo de maldição.

Harry guiou sua amiga ao longo da escada principal. "Ele vai ficar bem. Ele foi atingido pela maldição Cruciatus, mas de acordo com Papoula, ele está bem." Harry percebeu que estava falando com as costas de Hermione enquanto ela subia as escadas. "Eu irei me juntar a você logo que eu terminar aqui."

A mente de Hermione estava em Severo. A maldição Cruciatus. Um dos muitos ataques dessa maldição em particular foi a razão de Alice e Frank Longbottom serem residentes permanentes do St. Mungo. Ataques repetidos tem efeito cumulativo no corpo humano. Era a maldição que Voldemort usava em seus seguidores para o seu próprio divertimento. Ela sabia que Severo foi submetido a ela muitas vezes durante os anos que ele foi espião.

Ela estava sem fôlego quando ela se aproximou da Ala Hospitalar. A mão dela descansou na porta enquanto que ela soltou um suspiro tremido antes de entrar.

Hermione parou quando ela ouviu a voz dele ecoando pela Ala vazia.

"Meu Deus, mulher, chega! Beba você esse líquido horrível, já que você está tão empenhada em fazer alguém beber." A voz de Severo podia ser ouvida de trás de uma cortina no fundo da ala. Hermione permaneceu parada, os olhos dela estavam cheios de lágrimas. Alívio inundou a mente dela quando ela o escutou. Mesmo que a voz dele não estivesse em seu tom e força habituais, ela podia ouvir uma leve renúncia quando ele falou, mas aliviada de ele conservar a sua irritação habitual.

"Eu passei vários anos te curando, jovem, para não saber os procedimentos corretos. Você vai beber isso e vai beber agora." A voz de Papoula não deixou espaço para discussão.

"Você é sem coração, você sabia?" Um silêncio repentino preencheu o ambiente, seguido por uma seqüência dos piores palavrões que ela já teve o privilégio de ouvir em muito tempo. "Dark Lord não acabou comigo, mas você vai? O que você está fazendo?"

Papoula suspirou demonstrando longa prática. "Oh, fique quieto seu morcego velho. E fique imóvel. Eu preciso fazer mais alguns testes. Você é ruim demais para morrer. Você ficará bem."

"Eu quero voltar para os meus aposentos agora." O som do equipamento sendo movido sinalizou o fim do exame de Papoula.

"Você não vai a lugar algum. Você não pode voltar para seus aposentos sozinho." Novamente, a voz de Papoula não deixou espaço para discussão. Ela puxou as cortinas para conter a perturbação. Papoula percebeu que Hermione estava parada. "Boa tarde, querida. Venha, ele não morde."

Hermione veio circundando a cortina. Ela prendeu a respiração antes de se forçar a sorrir. "Deixe-me adivinhar, você esta entediado, certo? Você podia ter me chamado."

Severo virou para olhá-la. A pele dele estava mais pálida do que o habitual. Os olhos dele estavam vermelhos. Vários espasmos musculares pareciam percorrer todo seu corpo. Seus membros se contraiam em intervalos regulares. "Hermione." O nome dela foi dito por entre os dentes dele quando uma onda de dor atingiu seu corpo.

Lágrimas rolaram pelas bochechas dela quando ela segurou a mão trêmula dele. "O que eu posso fazer? O que eu posso fazer para te ajudar?"

A voz dele estabilizou quando a dor cedeu. O corpo dele estava tenso, esperando nova rodada. "Você não devia ter vindo. Eu preferia que você não me visse assim" A voz dele perdeu sua autoridade habitual e as palavras estavam sem sentido sem a força de sua personalidade por trás delas.

"Tão orgulhoso de si próprio." Papoula se moveu para o lado da cama dele.

Hermione parou ao lado da cama, escutando os dois. Era óbvio que Papoula se importava com ele. A rusga entre eles se tornou uma forma de lidar com a tortura constante que ele sofreu ao longo dos anos.

"Fica quieta, bruxa velha."

"Só elogio. Tome isto. Vai ajudar com a dor. Você pode reclamar para o Mestre de Poções de Hogwarts se você não gostar do sabor." Papoula ajudou o beber todo o frasco que ela ofereceu.

Severo fechou a cara para a enfermeira. "Você adora isso, não adora?"

"Eu disse a você, Severo. Eu te curei tantas vezes para deixar uma coisinha como uma Cruciatus se tornar um problema. Agora. Fique quieto e descanse." Papoula sorriu para Hermione quando ela saiu. Hermione ouviu a porta se abrir.

O Diretor, em uma resplandecente veste lilás, apareceu. "Severo, meu garoto. Como você está se sentindo?"

"Muito bem, Alvo. Você pode dizer pra essa bruxa que eu gostaria de voltar para meus aposentos agora. O tom dele ainda estava desprovido do sarcasmo habitual.

Hermione observou o Diretor sorrir, seus olhos brilhando de contentamento. " Idéia esplêndida. "

Papoula parou ao lado de Alvo. "E você pode dizer para este morcego velho que ele não pode retornar para os aposentos dele sozinho. "

"Isso não faz sentido, Papoula. Severo não ficará sozinho. Hermione poderá ficar e cuidar dele. Você pode vir e checar o progresso dele.

Severo tentou argumentar. "Alvo, eu não acho que seja a coisa mais prudente..."

Papoula não fez nada. "Quem é a enfermeira aqui?"

A voz de Hermione cortou a discussão. "Eu ficaria mais do que feliz em ver a recuperação dele."
Ela virou para Papoula. "Quais poções ele precisa tomar e de quanto em quanto tempo? De qual outro cuidado ele necessita?"


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Pareceu que isso durou uma eternidade, mas Severo estava finalmente instalado em seus aposentos. Papoula deu Hermione instruções sobre quando e quais doses das diferentes poções que ele precisava tomar, bem como os sinais para observar que se complicações ocorrerem. Ela permitiu que ele saísse da Ala Hospitalar somente depois da promessa de Hermione. Hermione podia contatar ela pela rede de Flu caso algum problema surgisse.

Não havia muita coisa que Hermione pudesse fazer por ele. As poções foram indicadas para diminuir os espasmos musculares e a dor causada pela maldição. Repouso e tempo eram as únicas coisas que o ajudariam na cura.

"Alvo te avisou?" A dor tinha tomado conta da voz dele enquanto ele esperava a última poção fazer efeito. Ele parecia muito pálido em contraste com os lençóis verde escuro de sua cama.

Hermione fez uma nota mental 'Conversar com Alvo'. Ele bem que podia ter enviado uma coruja para ela no minuto em que Severo chegasse ao local. Ela queria ter certeza de que o erro não iria acontecer novamente.

"Não. Notícias sobre seu ataque estão por toda Cambridge. Não houve nenhum ataque de Comensais da Morte nos últimos anos. O mundo bruxo é pequeno, então as notícias se espalham muito rápido." Melhor não dizer, mas notícias sobre um espião que se tornou herói de se espalham ainda mais rápido. "Você pode me dizer o que você estava fazendo em Hogsmeade numa sexta-feira à tarde?"

A mandíbula dele se contraiu, esperando a dor, quando a poção finalmente começou a fazer efeito. "Eu tinha um tempo livre e decidi comprar alguns ingredientes que nós iríamos precisar amanhã. Será que alguém recuperou as escamas de dragão que eu comprei? "

Hermione riu. "Eu vou verificar, mas acho que ninguém ouviu falar de nenhum ingrediente."

Ela observou as mãos dele tremerem quando uma nova rodada de espasmos o atingiu. A poção calmante estava o induzindo ao sono. Ela segurou a mão dele. "Eu acho que eu deveria te deixar assim. Pense no tanto de dinheiro que eu iria economizar com baterias se eu usasse você como vibrador ao invés do que eu tenho."

Severo bufou. Sua fala estava um pouco arrastada por causa da poção. "Você é terrivelmente espertinha para alguém que não sabe de onde virá o próximo orgasmo."

"Eu sei muito bem de onde vem, é um pouco complicado saber quando." Hermione observou os olhos dele se fecharem, enquanto ele estava com um pequeno sorriso nos lábios. Ela sentiu um aperto no coração quando o sorriso rapidamente se dissolveu em caretas quando outro espasmo passou por ele.

Severo estava lutando contra os efeitos da poção. "Hermione, obrigado por vir."

"Onde mais eu estaria? Durma. Eu estarei aqui quando você acordar."

Ele nunca escutou a resposta, pois já estava dormindo.

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Severo acordou algumas horas depois. A dor parecia ter voltado com força total. Enquanto a duração dos espasmos tinha diminuído, a dor tinha aumentado. As terminações nervosas pareciam ter voltado à ativa mais cedo que ele imaginava.

Ele olhou e viu Hermione dormindo, a mão dela estava em cima do braço dele. Ele estava maravilhado com a jovem adormecida ao seu lado. A devoção aos amigos dela era legendária. Parecia que ele estava incluído também. Ele cerrou os dentes quando uma nova onda de dor passou por ele. Demorou alguns minutos antes que a respiração deles voltasse ao normal. Ele abriu os olhos para ver Hermione observando o.

"Você alcançou o segundo estágio. Por que você não me acordou? Papoula deu um relaxante para seus nervos." Hermione procurou um vidro entre os que estavam ao lado da cama, até ela encontrar um que estava escrito 'Relaxante para nervos'. Ela deu a ele um pequeno frasco cheio de uma poção rosa-chiclete. "Aqui está. Beba isso."

Severo olhou para ela."Eu sou perfeitamente capaz de sobreviver sem o uso constante de poções para dor."

"Seus nervos estão reagindo ao choque de magia que atingiu você. Não há necessidade de você se estressar." Hermione segurou o frasco perto dele.

"Eu não tenho três anos de idade, Srta. Granger." Ele acrescentou uma carranca em sua face.

"Ótimo. Tente não agir igual a um garoto de três anos de idade. Tome a poção."

Severo segurou o frasco no momento que uma nova onda de espasmos atingiu seu corpo. O líquido rosa derramou no lençol antes do frasco escorregar dos seus dedos. Severo se apoiou novamente nos travesseiros, exausto.

Hermione rapidamente limpou a poção derramada. Ela produziu outro frasco e o colocou nos lábios dele.

Ele suspirou pesadamente enquanto engolia a poção. "Eu preferia que você não me visse assim"

Hermione sorriu. "Você não vai se livrar de mim assim tão facilmente."

Os olhos negros de Severo estavam intensos. A voz dele era um sussurro enquanto suas pálpebras fechavam lentamente. "Eu agradeço a Deus por isso."


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Hermione olhou por cima do livro. Alguém estava batendo na porta. Ela olhou para o relógio sobre o manto. Papoula o visitou a uma hora atrás. Estava cedo para ela retornar. Não podia ser Alvo, ele veio um pouco antes de Papoula.

Ela olhou para nova porta, agora situada entre o armário e o banheiro. A principal preocupação de Alvo era Severo, e ele conseguiu convencê-lo sobre a necessidade de manter as aparências. A porta se abria no quarto de hóspedes da torre da Grifinória; seria o quarto dela se ela optasse por ficar ali. Ele pediu educadamente para que ela fosse vista saindo desse quarto pela manhã. Pessoalmente, ela achou que era um ótimo atalho. Ela podia atravessar metade do castelo se ela quisesse visitar Gina ou ir para a biblioteca.

A batida na porta parecia se tornar mais insistente. Hermione cuidadosamente deslizou para fora da cama, querendo saber quem seria. Ela fechou gentilmente a porta atrás dela e foi em direção a entrada dos aposentos dele. Ela podia ouvir alguém conversando do outro lado da porta.

"Você tem certeza de que os aposentos dele ficam aqui?" Gina perguntou. A tapeçaria com o desenho de uma cobra estava ao lado deles. Gina e Harry estavam olhando para a parede.

"Era aqui semana passada, Gina," Harry estava totalmente perplexo.

Hermione desfez as proteções. O contorno de uma porta apareceu para Harry e Gina quando Hermione a abriu para saudá-los. "Oi, gente. Entrem."

Harry abraçou Hermione. "Você está bem? Você está uma cara péssima."

"Que bom ver você também. Você quer chá ou outra coisa?" Hermione os conduziu para as poltronas.

"Chá seria ótimo. Como está o Professor? Papoula me pediu para vir e fazer alguns exames. Ela estará aqui em uma hora ou mais." Gina estavam segurando sua varinha e outros instrumentos.

"Ele ainda está dormindo. Eu detesto acordá-lo. Ele passou para o segundo estágio da maldição. A dor parece ter se intensificado. O único alívio que ele tem é quando as poções o nocauteiam”. A voz dela estremeceu, uma pancada nas suas já frágeis emoções.

A voz de Gina afirmou. "Ele ficará bem, Hermione. Papoula me disse que já esteve muito pior do que isso, durante a guerra."

Hermione balançou a cabeça. "Eu sei, quando ele era espião. Eles sabem quem fez isso, Harry?"

"Sim, um Comensal da Morte pouco importante que escapou de uma prisão de segurança mínima na Itália. O Ministério acha que os Comensais da Morte restantes deveriam ficar em Azkaban. Alguns ainda estão em outros países. Este parece ser um incidente isolado se isso te ajudar ". Ele esperava que ele estivesse certo, não fazia sentido ele preocupar Hermione.

"Mas por que ele viria até aqui?" A mente lógica de Hermione estava tentando se libertar do horror que tomava conta dela.

"Ele veio me procurar ou procurar Alvo. Porque ele estaria nas proximidades de Hogwarts?" Severo se apoiava contra o batente da porta, respirando com dificuldade. O esforço de caminhar custou a ele mais do que ele pudesse admitir.

"Professor, você devia estar na cama." Gina notou um resíduo no lábio superior dele e uma palidez doentia em sua pele. Espasmos continuaram a atravessar as mãos dele e o corpo tremia. Ela se moveu para ajudá-lo.

"O que você está fazendo aqui? Volte para cama." Hermione rodeou o sofá. Ele permitiu que ela colocasse os braços dele em torno do ombro dela, dando apoio a ele enquanto ela o ajudava a voltar para a cama.

Harry sabia que Voldemort torturava Snape regularmente. Ele tinha encarado a Cruciatus tantas vezes mas ainda mantinha sua mente sã, graças a força do homem, e a sua determinação em ver Voldemort morto de uma vez por todas. Ele não estava preparado para ver o que seus olhos captavam. Snape parecia alguém que segurava um fio por onde passava eletricidade. Harry sofreu os efeitos da maldição por vários minutos. Ele queria saber por quanto tempo Severo recebeu o feitiço para deixá-lo naquele estado.

Hermione colocou as costas de Severo contra os travesseiros. A respiração dele estava ofegante; o esforço de lutar contra a dor estava drenando as forças de seu corpo já sofrido. Gina movia ao lado dele, recitando um encantamento enquanto atarraxava um pequeno botão na empunhadura de sua varinha. O botão brilhou vermelho quando ela moveu a varinha para frente e para trás, percorrendo todo corpo de Severo. Ela murmurou um novo encantamento e um brilho multicolorido irradiava do corpo do Professor.

Hermione estava ao pé da cama. "O que as cores significam?"

Gina apontou para a mão de Severo. As cores se mexiam como ondas quando um espasmo atingiu a mão dele. Você viu a mudança nas tonalidades? O verde é saudável. Eventualmente toda a aura dele deveria ser verde. A mudança de vermelho para o laranja, do laranja para o amarelo e amarelo para o verde, significa que os nervos desta parte da mão ainda estão sentindo os efeitos do choque. O processo curativo começa de dentro para fora."

Hermione podia ver a cor ao longo do peito dele mudar do amarelo para o verde, as outras áreas do corpo dele irradiavam um vasto espectro de cores. O corpo inteiro dele se contraia quando ela o viu pela primeira vez.

Gina sorriu "Na verdade, Professor, você está indo bem. Sua aura estava quase toda vermelha quando você foi trazido para cá. Eu posso dizer que você está em mãos muito competentes. Mais um dia ou dois de descanso e você ficará bem. Papoula disse que ela passaria aqui dentro de poucas horas.”

"Obrigada, Ginevra, mais eu preciso reassumir minhas funções amanhã. Por favor, diga a Papoula que a visita dela não será necessária.”


"Oh não, você não vai. Você não vai sair dessa cama, mesmo que eu tenho que te amarrar a ela. Gina, diga para Papoula dobrar a potência do sonífero e o mande para mim. Se precisar, ele vai ser nocauteado para permanecer na cama. Hermione olhou para Severo, para ver se ele se atreveria a contradizê-la.

"Hermione," a voz dele continha um tom de aviso. "Você sabe com quem está falando?"

"Sim, com um homem muito teimoso que está se recuperando de uma maldição extremamente debilitante. Permita a você mesmo ser humano, Severo." Hermione observou as mãos dele se contraírem quando uma nova onda de dor atravessou o corpo dele. "Está bem. Você tem certeza de que você está bem? Eu te desafio para um duelo. Se você vencer, eu não direi uma palavra. Nada. Você fará o que você quiser. Mas se eu ganhar, você ficará na cama até segunda-feira de manhã. E eu direi 'eu te avisei' repetidamente.

Severo fechou a cara. "Isto será tão ruim quanto a dor, pois quero ter um fim de semana de silêncio". Ele percebeu que estava muito cansado para discutir. Ele iria esperar até de manhã e ver como ele se sentiria. "Hermione, eu irei mandar uma coruja para você amanhã. Potter, você pode acompanhá-la até Cambridge?"

"O que faz você pensar que eu estou saindo? Eu não vou a lugar algum. Eu estarei colada do seu lado até eu sentir que você está ok." Hermione sorriu, ele realmente precisava baixar a crista.

"Hermione, você tem um encontro com o seu conselheiro amanhã de manhã. Você não irá ameaçar seu estágio só porque eu fui tolo o suficiente para seguir um megalomaníaco na minha juventude. Você não irá faltar a esse encontro." Ele esperou crente de que as vozes em sua cabeça que fossem criticá-lo por encorajá-la a deixá-lo para estudar com outra pessoa. O silêncio reinava em sua mente. Talvez a maldição tivesse exterminado aquele demônio uma vez por todas.

Harry parecia confuso. Hermione riu. "Este é o jeito de Severo dizer que ele foi um Comensal da Morte, Harry. Severo, eu posso aparatar em Cambridge. Eu sou uma bruxa ou você se esqueceu? Eu tenho certeza que Alvo ficará feliz para ficar com você quando estiver fora."

"Eu não preciso de uma babá! O tom alto dele impressionou por causa de seu estado de fraqueza.

"E eu não deixarei você sozinho!" O tom de Hermione estava tão impressionante quanto o dele quando ela gritou de volta.

"Uh, escute, Professor. Eu tenho algumas perguntas para fazer a você. E se eu ficar enquanto Hermione estiver fora? Eu preciso te perguntar algumas coisas confidenciais. Eu preciso saber de alguns detalhes do que aconteceu com você. Alguma coisa que você se lembre, a seqüência de eventos, esse tipo de coisa. Eu acho que você gostaria de ter uma noite de descanso para poder pensar nisso antes de discutir o que aconteceu. A que horas você vai sair Hermione?"

Snape olhou para o jovem. Ele usou o título dele, e não apenas o nome dele. Em que alguma época Potter aprendeu diplomacia. " Está bem, Hermione. Você pode pedir uma bandeja para nós antes de você sair de manhã?"

Hermione olhou para o seu amigo com gratidão. Harry e Severo se detestavam, ainda que Harry estivesse demonstrando uma maturidade que ela não pensava que ele fosse capaz de ter. " Sim, claro, Severo. Eu preciso sair as 10:45 da manhã, Harry."

Um alarme soou ao lado da cama. Estava na hora de outro relaxante para os nervos. Sabendo o que aconteceu com o último, Hermione se virou para Harry e Gina, "Esperem um pouco, eu já vou voltar com a poção.“

Severo fechou os olhos. Ele podia ouvir um murmurar de vozes vindo do outro cômodo. Ele estava terrivelmente cansado. Ele não achava que ele pudesse se mover mesmo que Dark Lord em pessoa aparecesse. A cama afundou quando Hermione se sentou ao lado dele. Ela acariciou o braço dele, a voz dela era suave quando chamou o nome dele.

"Eu ainda estou acordado. Que substância horrível você quer que eu tome desta vez?"

Ela colocou o frasco nos lábios dele. Ele bebeu sem abrir os olhos. "Você não precisa ficar. Eu entendo. Sua educação vem primeiro."

"Eu peguei minha mochila quando eu saí de Cambridge. Eu não preciso de mais coisa."

"Ah, a eterna mochila de livros," ele disse com uma risada.

"Eu vou dar uma passada no meu apartamento depois do encontro, alimentar Bichento e pegar algumas coisas. Eu espero que você não se importe. Eu peguei emprestado a camisa de um pijama seu para usar como uma camisola."

Severo virou para o olhar para ela. Ela estava deitada ao lado dele, um livro estava aberto em frente a ela. A parte mais baixa da camisa do pijama de seda preta dele cobria apenas a metade da coxa dela. As pernas dela eram irresistíveis. A mão dele ainda estava tremendo quando ele acariciou a pele macia e da coxa dela. "É um desperdício você estar tão sexy enquanto eu estou incapacitado de fazer alguma coisa a respeito disso no momento." Ele lutava contra o peso das suas pálpebras. O relaxante para os nervos foi incrementado com um sonífero que rapidamente inundava todo seu sangue.

Hermione beijou as costas da mão dele. Você irá me agradecer. Durma. Eu não vou a lugar algum."

Ela observou a respiração dele ficar lenta enquanto que ele entrava um de sono profundo e induzido pela medicação. Ela reprogramou ao despertador que estava ao lado da cama. Papoula foi enfática ao dizer que era preciso dar a ele o relaxante para os nervos em intervalos regulares. A próxima rodada de poções incluiria um revitalizante, que era uma poção sofisticada preparada para ajudar a reparar as terminações nervosas danificadas.

Ela estava agradecida pelos amigos dela e pelo apoio deles. Hogwarts era um símbolo de segurança para ela. Parecia que agora tinha se tornado a fortaleza dela. O mundo se tornou frio para ela. Ela perdeu os pais durante a guerra. Ela não tinha intenções de perder Severo também.


Nota da Tradutora:
Um milhão de desculpas pela demora, eh que eu estou muito atarefada. O pròximo eu posto mais rápido, ok
Espero que gostem desse cap, pois o 25 eh a continuação da teimosia do Severo e a recuperação dele, tadinho. Ah se eu pego o Comensal q fez isso com ele... Bom pra quem estava esperando briga entre os dois vai se depcionar um pouco.
E mais uma vez: eu não vou abandonar a fic, viu gente!

Bjs e até a capítulo 25


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