Pedindo Permissão



Rua dos Alfeneiros, n° 4, Little Whinging.
Um garoto de aparentemente 16 anos repousava sobre um gramado, anteriormente verde esmeralda, seco e amarelado. Sua aparência não era das mais agradáveis, tinha cabelos negros e rebeldes, como se nunca tivessem visto um pente, e suas roupas eram no mínimo 5 vezes mais largas do que deveriam ser. Seus olhos, que brilhavam como duas esmeraldas reluzentes, miravam o brilhante céu azul.

O tédio e a monotonia transpareciam em sua face. O rapaz tentava lutar contra o sono sem muito sucesso, até que decidiu levantar-se e ir para seu quarto. Ao chegar no aposento encontrou uma belíssima coruja das torres repousando na janela com uma carta. Harry locomoveu-se até a coruja e retirou a carta, a ave soltou um piado de agradecimento e levantou vôo.

Caro Sr. Harry Potter,
Devo lhe informar que no dia 25 de julho um esquadrão da Ordem da Fênix passará em seu endereço às 11 horas em ponto. O objetivo desse esquadrão é levá-lo em segurança até a sede da Ordem da Fênix, que atualmente se encontra em um novo endereço. Em Londres, nos encontraremos com os seus amigos e colegas de classe Ronald e Virginia Weasley, Hermione Granger.
Por questões formais necessito de uma permissão escrita de seus
“responsáveis”. Mande-me sua resposta o mais rápido possível.
Atenciosamente, Alvo Dumbledore.


Harry leu e releu a carta várias vezes sem acreditar no que estava vendo. Ele iria sair da casa dos Dursley, iria re-encontrar seus amigos. O rapaz desceu até a sala de jantar dos Dursley e olhou no relógio de parede, pelo que o relógio lhe dizia ele tinha exatamente 2 horas e 5 minutos para arrumar suas malas, mandar a permissão dos “responsáveis” para Dumbledore e depois disso adeus Rua dos Alfeneiros.

– Potter, o que você está aprontando? – perguntou uma voz mal-humorada atrás do garoto.
– Eu não estou fazendo nada – respondeu Harry tentando não transparecer ter culpa de coisa alguma
– Acho bom mesmo – disse Válter dando-lhe as costas
– Espere – chamou Harry lembrando-se da carta que recebera há pouco
– O que foi moleque? Não me faça perder tempo
– Eu preciso de uma permissão escrita do Sr. para poder ir para... – Harry relutou em dizer para onde realmente iria – para a casa do meu amigo Rony.
– O QUE? IR PARA A CASA DAQUELES MALUCOS, PARA EXPLODIREM A MINHA CASA NOVAMENTE?

Nesse momento Petúnia e Duda entraram na sala de jantar, assustados tanto pela feição que Válter exibia em sua face redonda, tanto pelos gritos que pelo dito cujo eram dados.

– Válter, o que foi? – perguntou Petúnia assustada
– O QUE FOI? O QUE FOI? ESSE MOLEQUE ACABA DE ME DIZER QUE QUER UMA PERMISSÃO POR ESCRITO PARA IR PARA CASA DAQUELA GENTE. VOCÊ ACHA MESMO QUE EU VOU DEIXAR ELES VIREM AQUI PARA QUE DESTRUAM TUDO QUE ENCONTREM PELA FRENTE? DEVE TER FICADO LOUCO! AH ESQUECI, LOUCO VOCÊ É DE NASCENÇA.
– Válter, pelo amor de Deus, acalme-se os vizinhos vão ouvir.

Tio Válter parou de gritar para poder tomar ar. Estava com a respiração ofegante e face ruborizada.

– Você... não... vai... pra lugar... nenhum – disse o homem gordo completamente extasiado.
– Como assim não vou? – perguntou Harry enraivecido
– Precisa da minha autorização e não vai tê-la – sorriu triunfante Tio Válter
– E por que não? O que foi que eu fiz? – Harry estava completamente indignado, nunca pedira nada aos Dursley, e agora pedia apenas uma permissão para passar as férias, ou o que havia sobrado delas, com seus amigos e não podia ir.
– O que você fez? Nasceu pra inicio da conversa, depois veio morar aqui, depois foi convocado para aquele hospício, depois me diz que tem um maluco assassino atrás de você e seu padrinho é um assassino ainda mais perigoso.
– Não ouse mencionar Sirius! – disse Potter com o rosto ficando quase tão vermelho quanto o do tio Válter. Não permitiria que Válter Dursley sujasse a memória de Sirius
– Tem razão, moleque! Não vou gatar a minha saliva com aquele verme que você chama de padrinho!
– É bom que você me dê essa permissão! – bufou Harry puxando a varinha
– E o que você vai fazer? Não pode usar isso fora do hospício! – O sorriso triunfante do tio Válter aumentava cada vez mais
– Se não quer me dar a permissão tudo bem. Vocês que terão que aturar os comentários dos vizinhos sobre como a casa de vocês está imunda e feia.
– O que você está insinuando, moleque?
– Que se não me der aquela permissão, eu vou acabar com essa casa e com a reputação de vocês. E não preciso de magia pra isso – ameaçou Harry dando as costas.
– Espere moleque... você... você... você pode ir – anunciou Válter com a derrota transparecendo na face ainda ruborizada.

Potter sorriu triunfante. Tinha conseguido. Iria sair daquele inferno.

Tio Válter entregou relutante um pedaço de papel a Harry. Não queria dar a ele o sabor da vitória, mas também não queria que os vizinhos fizessem comenários sobre ele ou sua casa.

Eu, Válter Dursley, permito que meu "sobrinho", Harry Potter, vá até a casa do seu amigo ruivo que tem um pai mal educado que não pede licença ao invadir a casa alheia.

Harry leu a permissão e se inconformou, ele não podia mandar uma carta assim para o prof. Dumbledore, ainda mais que a carta ofendia o Sr. Weasley.

– O Sr. não pode dizer isso. – exaltou-se Harry
– E por que não? Afinal esses seus amigos não são muito de pedir permissões, normalmente eles ENTOPEM A CASA DE CARTAS...
– Se tivesse me deixado ler eles não teriam mandado tantas
– OU ENTÃO APARECEM COM UM CARRO VOADOR...
– Se não tivesse me deixado de castigo ele não viriam me buscar
– ÀS VEZES ATÉ EXPLODEM A SUA LAREIRA E SUJAM SUA CASA IMPECAVELMENTE LIMPA
– Eu te avisei que eles viriam, só não sabia como.
– PORÉM ULTIMAMENTE ELES INVADEM A SUA CASA E LEVAM O PIRRALHO CHATO QUE MORA NELA.
– Como soube que eles estiveram aqui?
– Simples... eles não trancaram a porta e quando chegamos haviam roubado quase metade das nossas coisas.
– Ué parece que está tudo no lugar – disse Harry olhando em volta
– Para nossa sorte a policia encontrou o bandido alguns dias depois e devolveram tudo. E se você quiser outra permissão escreva você mesmo. – disse Válter dando-lhe as costas e subindo as escadas.

Harry resolveu seguir o mesmo caminho que o tio, afinal agora só tinha 1 hora e 50 minutos para se aprontar. Chegando em seu quarto Harry notou o estado deplorável em que o cômodo se encontrava, livros espalhados, a gaiola de Edwiges imunda, roupas de trouxa misturadas com as de bruxos.

O garoto começou a arrumar seu malão, juntou os livros, arrumou e separou as roupas, limpou a gaiola de sua coruja e mandou a permissão para o prof. Dumbledore. Ao terminar Harry estava completamente esgotado e aproveitou que os Dursley estavam assistindo TV para tomar um banho.

Depois de voltar do banho Harry sentou-se em sua cama. Segundo o relógio de parede do corredor faltava apenas 15 minutos para que saísse daquela casa.

"Apenas 15 minutos e eu vou embora. Anda tempo" – pensou ansioso. O rapaz decidiu então descer e esperar do lado de fora da casa.

Passado os 15 minutos que faltavam para a chegada do esquadrão, todas as luzes da Rua dos Alfeneiros se apagaram, e uma escuridão repentina atingiu a Rua do Alfeneiro. Em seguida, alguns vultos tenebrosos surgiram no meio da escuridão andando em direção ao rapaz.

– Dementadores – sussurrou Harry espantado, enquanto os vultos chegavam cada vez mais perto.

O garoto sacou imediatamente a varinha e quando pretendia invocar um Patrono sentiu sua boca ser tampada e ser carregado por alguém.
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N/A: 1º capítulo editado! o/
Foram pequenas mudanças, mas algumas serão realmente significativas depois!
Espero que gostem e até o próximo capítulo! :***

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