Explicações




Após atravessarem praticamente o trem inteiro, Rebecca e André encontram uma cabine intitulada “Cabine dos Monitores”. Ficaram lá parados durante alguns segundos, pensando se realmente deveriam entrar.

- Hun... vamos entrar? – Perguntou Rebecca. André balançou a cabeça afirmativamente e abriu a porta.

A sala era maior do que todos as outras cabines, porém, não havia nada de tão interessante a ser observado. O único objeto destacável era uma mesa circular no centro da sala. Essa mesa estava, no momento, ocupada por uma senhora que os dois reconheceram como Minerva McGonagall e oito outros jovens, que estavam com vestimentas trouxas, assim como André e Rebecca. Ela organizava alguns pergaminhos e não havia percebido a presença dos dois ainda.

- Com licença... – pronunciou-se André, chamando a atenção da senhora. Ela olhou-os entediada e falou:

- Mas eu já liberei vocês para trocarem de roupa! Está quase na hora! Vamos, apressem–se! – Ela levantou e começou a empurrá-los em direção a porta. – Vão que eu ainda tenho muito que fazer e eu tenho que conversar com eles, se não se importam!

- Nós não somos monitores! – Rebecca disse, soltando-se de McGonagall, que insistia em empurrá-la para fora.

- Então o que estão fazendo aqui?

- Queremos explicações! – André falou.

- Que explicação meu jovem? Andem logo, por favor! – ela já estava se irritando.

- É o seguinte, nós não somos de Hogwarts, não somos bruxos. Acordamos nesse trem e não sabemos se tudo isso é um sonho! Queremos saber quem nos trouxe aqui e o que faremos agora! – Rebecca disse, num fôlego só.

Minerva parou de empurrá-los para fora.

- Não acredito... – Falou baixinho, agora os empurrando para dentro. – Sentem–se. - Pronunciou-se alto e apontou para duas cadeiras vagas. – No semestre passado foram dez e agora mais dez?! Meu Merlin isso está ficando fora de controle... – Novamente um tom de voz baixo, sentando onde antes estava.

- Eu acho que nós não somos os únicos... – Rebecca sussurrou para André com uma ponta de desapontamento na voz.

- Eu tenho certeza. – André disse, analisando os olhares curiosos e ao mesmo tempo fascinados que cada um daqueles oito jovens possuía.

- Devem ter a mesma idade que a gente. – Observou Rebecca. – E também devem...

- Pois bem. Vocês dez devem estar se perguntando o que fazem aqui, não é mesmo? – Questionou Minerva, interrompendo a conversa de Rebecca e André. Ninguém falou absolutamente nada. – Na verdade... nem eu, nem ninguém tem a resposta para essa pergunta. Vocês foram enviados a nós. Não sabemos como. Simplesmente estão aqui e, anuncio, para a felicidade de uns e para a tristeza de outros, que é aqui que ficarão. – Ela foi objetiva.

- Isso quer dizer que nunca mais vamos voltar pra casa? – Perguntou uma menina de cabelos castanhos médios, que estava sentada ao lado de Rebecca.

- Por enquanto, sim. – Respondeu Minerva, encarando a menina. – Srtª...

- Blou. Mônica Blou. – Complementou.

- Certo Srtª. Blou. Essa é a casa de vocês agora. Mais alguma pergunta? – a senhora passou os olhos pelos dez.

- Eu tenho. Nós vamos estudar aqui? Quero dizer... não temos livros, dinheiro, materiais, uniformes... – Foi a vez de um baixinho perguntar.

- Sim, vocês vão estudar aqui. Materiais e uniformes serão providenciados. Na verdade, os uniformes de vocês estão... – Pegou sua varinha e com um movimento sutil fez surgir, no colo de cada um, uma muda de roupas. –... nos seus colos. Eles vão mudar de tamanho e formato conforme cada um de vocês os vista. Quanto às necessidades básicas, fiquem tranqüilos, tudo que necessitarem, nós vamos fornecer.

- E nós vamos começar no primeiro ano? – Rebecca questionou.

- Não, vocês vão fazer testes de aptidão mágica. Existem alguns, poucos, devo avisá-los, que começam em séries mais adiantadas. O provável é que realmente comecem onde todo bruxo deve começar, no primeiro ano.

- Certo... e vamos ser selecionados para nossas casas pelo chapéu seletor? – Novamente Rebecca.

- Certamente. Vão para a casa em que se adaptarão melhor.

- Tá certo, então. Posso ir me trocar? – Perguntou uma menina excessivamente branca.

- Na verdade, deve. Vocês não devem sair da cabine. Existem dois banheiros, um
feminino e um masculino – Apontou-os respectivamente no fundo da sala. – Troquem–se aqui e aproveitem para se conhecerem melhor, se assim desejarem. Se me dão licença... – Ela levantou – Tenho que ir ver como estão as coisas. Eu virei buscá-los quando chegarmos a Hogwarts.

Minerva saiu da cabine e trancou a porta com um feitiço.

- Ótimo... agora estamos trancados aqui. – Rebecca comentou com André.

- Eu vou me trocar, você não vai? – Questionou ele.

- Tá, eu vou.

André entrou no banheiro masculino e Rebecca no feminino enquanto os outros já
formavam fila para trocarem-se também.

Rebecca foi a primeira a sair. Olhava–se e sentia uma felicidade gigante. Ela em Hogwarts, estudando, vivendo! Estava simplesmente maravilhada com tudo que estava acontecendo. Qual seria sua futura casa? Será que faria amigos? Em que ano iria entrar? Eram muitas perguntas em sua mente, porém, todas essas misturavam-se com a sensação de desejo realizado, como se uma oportunidade única estivesse surgindo para ela.

- Realmente é uma felicidade inabalável, não é mesmo? – André, que já havia se trocado, acabava de reparar no jeito da amiga e, tinha que admitir, estava sentindo a mesma coisa.

- É sim... – Sua mente estava tão longe.... e ao mesmo tempo, tão perto. Pensava em tudo, pensava no que a vida seria a partir de hoje. – Será que vamos ficar aqui para sempre?

- Nada é pra sempre, Rebecca... – André estava tão distante quanto ela, porém, pensando não no que seria no começo, mas sim o que aconteceria quando tudo chegasse ao final.

- Deixe-me adivinhar. – Rebecca encarou o amigo com simplicidade. – Você está pensando em quando tudo isso chegar ao fim não é mesmo?

- Você sabe que é. – Ele continuava pensativo.

- André, prometa-me que, ao menos uma vez na vida, você não vai se preocupar tanto com o futuro. – Ela estava com um olhar quase que suplicante.

- Eu não consigo! Eu...

- Então tenta! – Ela interrompeu-o – Poxa André, essa vai ser uma chance única nas nossas vidas! Então, por favor, vamos viver o presente! Promete que ao menos vai tentar. – Ele ainda continuava calado, como se estivesse analisando a proposta dela. – Promete vai... – Ela começou a empurrá-lo com o ombro de leve. – Promete, promete, promete. Se você não prometer eu não vou parar! – Ela continuava a empurrá-lo e ele passou a se divertir com a situação, cambaleando levemente ao sofrer o pequeno impacto.

- Tá bom, Rebecca. Eu te prometo que vou tentar. – Ela abriu um sorriso. Ele fez o mesmo. Rebecca continuou empurrando – o – Eu já prometi, dá pra parar? – Ele pediu, num tom de brincadeira.

- Ah, mais precisa? – Ela adorava irritá-lo, porém sabia que, no momento, ele não o estava.

- Pára, por favor. Vamos conhecer os nossos amigos trouxas, que tal? – Ele brincou.

- Proposta interessante, Sr. Smith!

- Eu sei que é.

- Então ok. – Ela virou-se e viu quem já havia se trocado. A menina de cabelos castanhos já estava lá, assim como a branquinha e o baixinho. – Eu sou Rebecca Coelho! Ela foi na direção da moça de cabelos castanhos e ergueu a mão direita.

- Mônica Blou, prazer. – Ela apertou a mão de Rebecca.

- O prazer é todo meu!

- Henrique Santiago – Cumprimentou o baixinho.

- Kate Vhansleng - A branquela de cabelos dourados falou.

- André Gonçalves Smith – André falou de longe.

- Um prazer conhecer todos – Mônica falou. – Eu sou da França. Meus pais têm descendência Portuguesa. Tenho 15 anos.

- Eu sou do Chile, tenho 13 anos. – Foi a vez de Henrique pronunciar-se.

- Eu sou da Rússia. 15 anos também. – Kate disse.

- Eu tenho 14 e o André também. Somos do Brasil.

- Então como todos nós estamos falando a mesma língua? – André perguntou, dessa vez aproximando-se do grupo.

- É óbvio! Todos nós falamos espanhol! – disse Henrique.

- Claro que não! Eu ouço tudo em francês! – Mônica falou.

- Vocês estão é ficando doidos! Todos aqui falam russo! – Kate disse.

- Não! É português! – Rebecca entrou na discussão.

- Pronto, já achamos a resposta para a minha pergunta. Cada um ouve de acordo com a língua que sabe... fascinante, não?! – André interrompeu.

- Sim... essa é a explicação mais aceitável, não é mesmo André? – Mônica falou.

- Com certeza... – Confirmou ele.

Os cinco repararam que mais dois garotos e uma garota já haviam se trocado. Chamaram-nos para a conversa também.

- Sou Landon Brow, 17 anos, EUA. – Apresentou-se um rapaz loiro e muito alto, com um sorriso invejável.

- Danae Mzunhn, África do Sul, 16 anos. – Uma menina de pele morena falou.

- Felipe Boaventura, Portugal, 13 anos. Prazer! - Cumprimentou um menino com longos cabelos castanhos.

- Prazer em conhecê-los! – Mônica disse. – Espero que nós sejamos bons amigos. – Ela continuou, abrindo um sorriso e mostrando um aparelho fixo nos dentes.

- E eu espero que saibamos aproveitar muito bem essa chance que estamos tendo! – Felipe falou.

- É, isso também. – Concordou Henrique.

- Pois é... em que casa acham que vão ficar? – Definitivamente Mônica era a mais simpática e extrovertida. – Eu acho que vou pra Lufa-lufa! - Prosseguiu ela.
- Eu também! - Felipe falou!

- Eu quero ir pra Grifinória! – Rebecca opinou.

- Eu talvez vá para a Corvinal... – Kate disse.

- Também acho que meu rumo é a Corvinal. – André comentou.

- Acho que sou um típico Sonserino... – Pronunciou-se Landon.

- Nossa... então tá né... – Mônica olhou meio torto para Landon.

- Por que, o quê que tem? – Perguntou Landon interessado erguendo o queixo.

- Nada.. só que todo mundo sabe que tipo de gente fica na sonserina... – Justificou ela.

- Como assim? – Indagou ele fechando a cara.

- Gente não vamos discutir agora. – Interrompeu André.

- Não sei bem, mas acredito que meu lugar seja a Grifinória! – Henrique aproveitou a situação para voltar ao assunto principal.

- Sonserina. – Foi o que proferiu Danae.

- Então, se eu estou certa, temos dois de cada casa, por enquanto, não é mesmo? – Mônica falou.

- Temos não. Apenas uma Grifinória. – Henrique sorriu para ela, que também retribuiu o gesto.

-Verdade! Obrigada por me lembrar. – Mônica agradeceu.

Neste momento, os dois que haviam restado saíram dos banheiros. Um menino e uma menina. O menino foi direto abraçar Kate enquanto que a menina foi abraçar Landon.
- Meu irmãozinho. – Apresentou Kate com um sorriso meigo. – Dan, pessoal. Pessoal, Dan.

- Oi gente! – Cumprimentou ele.

- Quantos anos você tem? – Perguntou Felipe

- 11, e você?

- 13.

- Essa aqui é a Mika. – Apresentou Landon sua irmã. – Tem 11 anos também. A menina meneou levemente a cabeça, como se estivesse cumprimentando.

- O.k. E de que casa vocês acham que vão ser? – Henrique quis saber.

- Grifinória, com certeza – Falou Dan, confiante. Mika não disse nada.

- E você, Mika? – Henrique perguntou novamente.

- Er... hun... – A menina não sabia o que dizer.

- É óbvio que Sonserina! Assim como o irmão! – Landon respondeu por ela.

- Então está certo. – Rebecca sorriu. - Estamos todos apresentados.

- Sim, estamos. – André confirmou. – Será que a Sra. McGonagall ainda demora? – André perguntou.

Sua dúvida foi respondida com o barulho que a porta fez ao ser liberta do feitiço que a trancava. Minerva abriu a porta e entrou trazendo um Sr. que possuía uma maleta de couro de cobra.

- Crianças, este é o Sr. Olivaras. Ele vai fornecer a varinha de cada um de vocês. Por favor, formem uma fila em direção a ele.

O Sr. Olivaras sentou-se numa cadeira próxima e tirou de sua maleta inúmeras varinhas, que só poderiam ser transportadas numa maleta tão pequenina por magia.

- Pois bem, meus jovens, se não se importam, vou começar.

O processo foi muito rápido. Cada um deles encontrou a varinha adequada sem problemas. Num minuto o senhor já tinha encontrado as varinhas certas e estava se retirando.

- Agora vocês já têm vestes e varinhas. Como podem perceber – ela apontou para a janela – a noite já chegou e, com ela, chegamos a Hogwarts.

Todos trocaram olhares cúmplices. Uma mistura de ansiedade e uma pitada de medo em cada um desses olhares. Saber que estavam tão perto de Hogwarts era sensacional.


- Por favor, acompanhem-me. – Ela sentenciou, levando-os para fora do vagão.

...*...*...*...*...*...*...*...*...*...*

Ahá! O que acharam do cap. hein gente?! Espero que tenham gostado. ^^ Ele demoroooou pra vir e veio pequeno, não é mesmo?! Por favooor, não me matem! E desculpem pela demora! E desculpem pelo tamanho também!! É que não havia muito o que colocar nesse cap.... era basicamente a “explicação” da chegada deles e a apresentação dos ‘trouxas’ todos. xD Espero que tenham gostado do cap... e... prometooo que os próximos vão ser maiorzinhos. =D
Ahhhh mais é claro... Vocês conhecem as regras, não é mesmo?! Só terão o 6 cap com maaais 10 coments... Olha só, agora eu quero 55! xD Uma quantidade miserável, a que eu peço, não é verdade?! ;DDD
Obrigada por acompanharem e por comentarem.

Beijinhos da desmiolaaaada da JuJu_Ka*


***



Isso mesmo! Esse capítulo é o início, quando eles descobrem sobre o que realmente aconteceu para eles irem para Hogwarts.... no próximo terá emoções mais fortes, a seleção das casas!!!! Huhu, vamos esperar para ler!!!!

Comentem,

Bjsss^^





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