Seqüestro e Chantagem



- Maldito seja Potter.- resmungava Draco para si mesmo, enquanto se dirigia ao dormitório masculino. "Por que ele? Por que ele sempre tem que levar a melhor enquanto eu fico de mãos abanando?". Draco acabara de chegar no dormitório e se jogou de costas à cama, cobrindo o rosto com o braço.- Maldito seja...

- Falando sozinho, Draco, querido?- Draco sentou-se rapidamente e viu que Pansy surgira de algum lugar, perto de sua escrivanhinha. Ela estava com uma roupa bastante decotada e provocante: um vestido curto, colado; azul bebê. Ele sentou-se.

Ela aproximou-se dele.

- Como você entrou aqui? O que você está fazendo aqui?

- Isso é realmente necessário?- ela estava bem próxima a ele e podia sentir sua respiração.- Eu estou aqui porque eu acho que já está na hora de avançarmos um pouco mais a nossa relação...- e dizendo isso ela empurrou-o na cama, subiu e sentou-se em cima dele, suas pernas uma de cada lado.

Draco estava atônito. Ele não sabia que Pansy Parkinson levava tão a sério aquela relação mentirosa que eles tinham.

- Você quer transar? Pare de me beijar, Pansy.- ela interrompeu a sessão de beijos que ela dava na nuca dele, jogando-se totalmente sobre ele.

- Quero, qual o problema?- ela perguntou como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo. Ela voltou a beijá-lo. Ele sentiu-se enjoado.

- Pára, Pansy.- Ele a empurrou e ela encarou aqueles olhos cinzentos - Eu... eu tenho que te falar uma coisa.

- O quê?

- Eu estou com outra pessoa.- foi a primeira coisa que lhe veio a cabeça. "Garotas não perdoam traição.", pensou ele.

Pansy parou.

- Você o quê?

- Se você sair de cima de mim eu falo. Ai, minha perna. Eu... Eu estou ficando com a Amy Montgomery.- Draco sentou-se.

- Aquela vadia da Lufa-lufa? - Pansy alterou-se e se pôs de pé.

- Ela mesma.

- Como, Draco? Como? Você sempre disse que era apaixonado por mim!!

- Até eu saber que Amy é boa de cama.- Draco falou, irritantemente, calmo.

- Mas, mas... Ela nem é tão bonita...- Pansy virou-se para a porta, para que Draco não visse seu rosto formar algumas lágrimas- Aquela vaca pirralha vai ver o que é bom para...- ela, nervosamente, limpou as lágrimas e virou-se para ele.

- Pansy!! Se você for atrás dela, eu conto tudo o que eu sei sobre aquele passeio pela Floresta Proibida que você fez com McGuire.

- Você...- Pansy hesitou e olhou para Draco como se não o reconhecesse mais - Você não seria capaz...

- Ah, eu seria. Pode apostar que sim.

- Draco o que está acontecendo com você? Você tem estado... tão diferente ultimamente.

- Não é nada.

- Tem certeza?

- Tenho. E você, vai atrás de Amy?

- N-não.

Silêncio.

- Eu...Eu tenho que voltar para o dormitório feminino. - Pansy foi até Draco e o beijou. Draco, que estava olhando para o nada, foi pego de surpresa mas, ainda assim aproveitou o beijo.

- Tá bom, Pansy. Vai para o dormitório antes que alguém chegue.- Draco interrompeu o beijo.

Ao ouvir o som da porta se fechando, ele deitou-se mais uma vez, pensando no que tinha acabado de dizer. Mas não era na provocante Amy Montgomery que ele estava pensando. Era em Gina. Gina Weasley.

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Harry e Gina estava passeando pelos corredores da escola, sem se darem conta de onde estavam indo. O resto dos alunos da Grifinória, incluindo Rony e Hermione, estavam no Salão Comunal, comemorando a vitória. Foi então que, depois de um bom tempo, eles decidiram voltar para almoçar.

- Eu acho melhor nós irmos almoçar...-Gina falou, depois de um longo beijo entre os dois.- Depois a gente namora mais...

- Tá, tudo bem. Vamos- Harry falou meio contrariado. Queria ficar mais um pouco ali, com ela.

Quando eles estavam voltando, ouviram uma conversa (ou o início de uma) bem 'interessante'...

- A Caixa estava aqui!!- era a voz de Streisand. Barulhos eram escutados. Harry e Gina se esconderam num local próximo, que desse para ouvir o que eles estavam fazendo. Harry deu-se conta de que eles estavam no andar onde ficava o escritório de Streisand; o segundo.

- Então ache-a. - era a voz de Snape.

- Faça aguma coisa você também. Não fique tagarelando.

Harry e Gina não precisavam de muito esforço para ouví-los.

- Pelo amor de Deus! Pegamos essa Caixa essa semana e já a perdemos!! Ele não vai nos perdoar- Steisand choramingava.

A informação fez Harry e Gina se entreolhararem.

- Vamos falar com Mione e Rony.- Gina cochicou. - Vamos logo, antes que um deles dois perceba que estamos aqui...

- Severo, ache a Caixa de Pandora...- Streisand falou mais baixo, porém ainda era audível o som de sua voz do lado de fora. Especialmente para Harry e Gina.

- Shhh, quer que todos nos ouçam?

Harry e Gina sairam sorrateiramente. Gina olhou o relógio e disse:

- Vamos para o Salão Principal. Talvez já estejam lá.

Como Gina havia dito eles estavam lá, almoçando.

- Onde é que vocês estavam?- perguntou Rony. Ele estava almoçando com Hermione ao seu lado. Harry e Gina se entreolharam.

- Conta você.- Harry falou e Gina assentiu.

Hermione e Rony ouviram tudo atentamente, tentando não demonstrar o pânico que os invadiu ao ouvir a história. Gina contou tudo num tom de voz que somente eles pudessem ouvir; a conversa prosseguiu nesse quase sussurro.

- Vocês sabem o que isso quer dizer?- Hermione indagou, perplexa.

- Que temos que falar com Dumbledore?- Rony perguntou incerto

- Além disso...

- Que eles já devem estar tentando descobrir o que significam os códigos ao redor da Caixa.- Harry deu o palpite.

- Exatamente. Temos que Ter alguma prova concreta que Streisand está com ela.

- Mas, se já roubaram, como é que ninguém publicou nada, se a Caixa é tão... maligna assim?- perguntou Gina

- Vai saber...- falou Rony.

- E eu tenho outra péssima notícia... Que pode comprovar que eles estão mesmo com a Caixa...

- Conta...- pediu Gina.

- Eu recebi o "Bruxo Dominical" e... tinha uma notícia pequena que dizia que... As três Pedras do Poder haviam sumido do museu londrino...

Eles ficaram um tempo em silêncio e resolveram levantar-se; haviam perdido o apetite.

Na porta do Salão Draco saía, em direção às masmorras sonserinas.

- Draco Malfoy, você espalhou por aí que nós dormimos juntos?- uma voz feminina disse, atrás de Draco. Ele virou-se; era Amy Montgomery. "Como ela soube?" ele pensou.

- O quê?

- Por que você disse para Pansy que nós transamos?

- Como você soube?

- Tenho minhas fontes na Sonserina... Então, vai responder ou não?- ela falou, aproximando-se dele

- Vamos conversar em outro lugar, Ok?

- Tudo bem. Vamos para a Torre de Astronomia.- Amy falou, sem importar-se com a cara que Draco fizera.

Amy pegou sua mão e o conduziu até o local. Draco só deixou ser levado porque aquilo poderia ser interessante e seria, segundo ele, uma chance de tirar Gina de sua cabeça.

- Chegamos. Então, fala... Por que você disse para Pansy que nós transamos?

- Na verdade, eu citei você, eu não contei.- ele falou enquanto mexia, desnecessariamente na jaqueta azul que ela usava.

- Tomara, Draco, porque nós combinamos de não contar a ninguém; nós não estávamos exatamente sóbrios naquela visita a Hogsmeade, estávamos?

- Não. Mas, deixa eu continuar?- Amy balançou a cabeça- Eu estava dizendo para ela que você era melhor de cama do que ela, e ela simplesmente ficou irada.

- Também, que falta de sensibilidade, hein! Dizer isso a uma garota... Ah, e obrigada pela parte que me toca.

- Não quer relembrar a visitinha a Hogsmeade, Montgomery?- Draco puxou seu braço com violência, mas ela parecia gostar.

- Claro que eu quero.

E os dois se beijaram euforicamente.

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Harry, Hermione, Rony e Gina estavam no Salão Comunal, após o almoço, que estava particularmente cheio. Eles, realmente, não sabiam o que fazer.

- Vamos fazer o seguinte: vamos hoje de novo lá na armadura. A gente se esconde na sala do Requerimento, e vê se acontece alguma coisa de anormal.- disse Rony.

- É, pode ser.- falou Harry, sem saber o que estava falando.

- Mione, vamos a biblioteca? Eu tô precisando da sua ajuda...- disse Gina

- Vocês não acham que estão indo demais à biblioteca, não?- Rony perguntou

- Eu fui ontem, maninho, mas um certo Draco Malfoy me atrapalhou e eu tive que sair antes...- ela falou com raiva

- Ah, então, tá...

- Vamos lá, Mione? Depois eu volto, Harry.- Gina deu um beijo rápido no namorado

- Vamos.

- E não demorem. Temos que fazer alguma coisa antes que seja tarde.- Harry indagou.

- Tudo bem, não vamos demorar mais que alguns minutos.- respondeu Gina

E as duas rumaram em direção a biblioteca. Gina e Hermione, numa parte do caminho, cruzam com Draco e Amy. Draco passou o braço pelo ombro da garota e ela, por sua vez, colocou o braço na cintura do loiro. Gina e Hermione fingiram não ver nada e Draco lançou-lhes um olhar de desprezo. Na verdade, Draco queria que Gina se roesse de ciúmes.

- Me solta, Amy. - ele disse assim que eles dobraram uma esquina e Hermione e Gina saíram de suas vistas.

- Foi você que colocou seu braço aí...

- Tá, mas agora tira a mão daí...- ele falou com impaciência

Hermione e Gina estavam chegando na biblioteca, quando duas pessoas puxaram-na para um canto, colocando as mãos em suas bocas para que elas não emitissem nenhum som.

- Shhhh, quietas garotas tolas.- Era Snape. Ele segurava Gina, enquanto Streisand lutava contra os braços de Hermione. No meio da confusão, as duas deixaram cair os livros nos pés dos professores; eles não se deram conta e os deixaram por lá.

Streisand e Snape colocaram as duas contra a parede, ainda segurando seus braços. Snape foi o primeiro a falar:

- Tomem isso.- ele mostrou um frasco e empurrou contra Gina.

Ela disse:

- Nem morta.

- Tome ou você estará, em um segundo.

Receosa ela pegou o frasco, deu uma olhada para Hermione e, esperando pelo pior, tomou. Ficou invisível.

- Tome você, agora.- Snape se dirigiu a Hermione

- Qual é o seu problema, prof. Sna...?

- Tome e não discuta. Ou o seu namoradinho vai sofrer as conseqüencias.

- O que você vai fazer com ele?

- Tome.

Ela olhou relutante para Streisand. E tomou. Os dois professores também tomaram e levaram as duas para armadura. Durante o percurso elas tentaram chamar a atenção de alguém fazendo barulhos. Além de receberem como aviso alguns golpes, elas perceberam que ninguém ouvia. Segundo Snape a tal poção deixava a pessoa insólida e incapaz de emitir qualquer som aos outros ouvidos.Elas entraram, lutando contra os dois, mas era em vão. A passagem dava a uma descida; uma decida bastante íngreme, afinal. Eles andaram reto e viraram para a esquerda; seguiram reto novamente e após algum tempo, chegaram a uma porta dupla. Streisand falou :

- Abra e revela-te, passagem, para que possamos entrar e cumprir com o dever que nos é dado.

A porta abriu. Snape soltou a garota e Streisand fez o mesmo com Hermione. Ele disse algumas palavra e todos tornaram-se visíveis novamente.

- O-o que... o que significa isso?- perguntou, com a voz trêmula, Hermione.

- Fiquem quietas. As duas.- falou Streisand, enquanto ela e Snape conjuravam cordas e a prendiam em cadeiras.

- O que vocês estão fazendo? Que brincadeira de mau gosto é essa?- Gina estava nervosa.

- Isso não é brincadeira. E é melhor ficar caladinha ou os namoradinhos de vocês vão morrer...- falou Snape

- O que vocês vão fazer com Harry e Rony?- Gina perguntou de novo

- Nada, se vocês coloborarem.

- Colaborarem com o quê?- Hermione era que dizia.

- Pare de perguntar, garota sangue-ruim Granger.- Bellatrix surgiu das sombras.- Vamos agir.- ela dirigiu-se a Streisand e Snape.- Já mandei a carta aos dois. Em poucos minutos eles estarão aqui. - ela sorriu

- É claro que sim.- Snape aproximou-se dela e deu-lhe um beijo selvagem.

Hermione nunca sentiu tanta vontade de vomitar.

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- Cartas a essa hora?- Rony estranhou. Ele levantou-se e foi até a janela do Salão Comunal, onde tinha uma coruja parda trazendo dois envelopes.

Rony abriu a janela e a coruja voou e largou um envelope no colo de Harry e o outro onde ele estivera sentado; a coruja voou para fora. Rony sentara-se de novo.

- De quem é essa carta?- Rony perguntou ao vê-la endereçada a ele, numa letra nada familiar.

- Não sei.- respondeu Harry abrindo a sua.

Ele leu o início e não reconheceu a letra. Harry ficou boquiaberto com o que estava escrito:


Harry Potter,

Estamos com a infelicidade de estar com a sua pequena namoradinha ruiva. E com sua amiguinha sangue-ruim. Com medo? Acho que não. Provavelmente você sabe como a encontrar: a armadura, coisa e tal... Dois avisos: 1º - não venha com ninguém além de seu amigo (Ou devo dizer cunhado?) e 2º não moste essa carta a ninguém; tenho olhos por todos os lados e sei de cada passo seu.


Com muito desgosto.



Harry abaixou a carta e viu o mesmo olhar petrificado no rosto de Rony. Ele tinha certeza que o seu amigo recebera quase a mesma carta.

- O que vamos fazer?- Harry foi o primeiro a falar.

- Você acha que isso é verdade?- ele perguntou

- Acho que é... a não ser que... a não ser que isso seja alguma brincadeira de mau gosto daquele Malfoy.

- Brincadeira de muito mau gosto, por sinal.- Rony acrescentou.

Harry levantou-se decidido; Rony nos seus calcanhares.

- Onde você vai?

- Atrás do Malfoy, né Rony?

Depois de procurar por Hermione e Gina em todos os locais possíveis, eles foram atrás de Draco.

Não demorou muito e eles o encontraram. Draco vinha da biblioteca - badalada essa biblioteca, hein?!-.

- Que brincadeira mais sem-graça, Malfoy.- Harry esfregou o papel na cara de Draco.

- É. E menos trinta e cinco pontos da Sonserina.- Rony disse

- O quê? Do que vocês estão falando?

Harry passou para ele o papel e Draco leu. Depois de Ter lido tudo ele olhou para os dois, petrificado.

- O que fizeram com Gina? Que armadura é essa que estão falando?

- O quê? Como assim.. isso não é uma brincadeira sua?- perguntou Harry

- E quem te deu permissão para chamar minha irmã pelo primeiro nome? - Rony exigiu- E não é da sua conta que armadura é essa.

- Não enche, Weasley.

- E então, Malfoy, isso não foi uma brincadeira sua?

- Para quê eu ia fazer uma brincadeira dessa com Gina?- Malfoy se defendeu. Harry estava muito concentrado para tentar fazer alguma coisa com Draco por chamar Gina pelo primeiro nome.

- Então... então... pegaram mesmo a Hermione e a minhã irmã...- Rony falou devagar

- Vamos atrás delas A-G-O-R-A. Quer dizer eu vou atrás da Gina...- Draco disse

Harry e Rony olharam para ele.

- Quem disse que você vai atrás dela?- Harry perguntou

- Eu vou atrás dela.

- Ah, não vai mesmo.

- Vou.

- Não vai.

- Você não manda em mim, Potter.

- Ei, ei, ei. Vamos parar de brigar?!- Rony interrompeu. E virou-se para Draco- Você não leu a carta, imbecil?- E vendo a cara dele acrescentou rapidamente.- Não podemos levar ninguém ou quem a seqüestrou vai fazer alguma coisa com as duas. E vou tirar mais dez pontos por querer brigar.

Draco estava com muita raiva. Ele abaixou um pouco o olhar e viu: os livros que há pouco ele vira com as duas garotas.

- Ali. O livro delas.

- Esse truque não vai funcionar, Malfoy. "Olha o disco-voador"; "Olha!! Um elefante cor-de-rosa voador". Conta outra...

Draco empurrou os dois e abaixou-se, perto dos livros. Pegou um deles e abriu; viu que na primeira folha havia escrito: "Gina Weasley, 5º ano, Grifinória". Harry e Rony já estavam atrás dele. Draco se virou e disse:

- Quando as pegaram, elas devem Ter deixado o livro cair.

- Vamos, Rony, atrás delas.- Harry falou

- Vamos.

Harry se abaixou e pegou os livros e foi embora, deixando um Malfoy atônito. Harry pareceu ler os pensamentos dele. Ele virou-se e andou até Draco, que já estava de pé, indo atrás dos dois.

- Malfoy, você quer mesmo ajudar?

- Lógico que quero. Minha palavra vale mais que qualquer coisa.

- Lembra-se da sala que nos pegou ano passado, a mando de Umbrige?- Draco assentiu- Ali perto tem uma armadura. Bata três vezes nela e siga em frente. Mas só faça isso se não aparecermos em duas horas, entendeu?

- Lógico que sim.- respondeu secamente.

Harry pensou "Acho que estou ficando maluco. Desde quando confio em Malfoy e peço ajuda dele?". "Desde quando vocês se interessam pela mesma pessoa" respondeu uma voz dentro de sua mente.

- Mais uma coisa: se perceber que há muitos bruxos lá, chame Dumbledore ou outro professor.

Draco balançou a cabeça e os seguiu até a armadura. Pensamentos como "O que será que estão fazendo com Gina ?" rondavam sua cabeça. Ele olhou no relógio. Eram 13:42.

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- Pegue a sangue-ruim.- disse uma voz fria, vinda de um ponto não-iluminado da sala de cinema.

- Sim, Milorde.- respondeu Streisand.

Marine levantou-se da pequena reverência que tinha feito para o tal lugar e andou até Hermione, que estava com o rosto tomado de puro horror. Ela e Gina estavam amordaçadas, agora. Marine tirou a mordaça dela e disse, com uma voz ameaçadora :

- Com medo?

Hermione não respondeu. Streisand desfez os nós que apertavam seus punhos e tornozelos e jogou a menina no chão. O carpete da sala realmente feria ao menor toque. Os joelhos de Hermione já estavam arranhados e Gina tentava dizer alguma coisa, mas a mordaça impedia.

Bellatrix levantou Hermione à força, sabendo que a garota não tinha forças para tal, e colocou-a de pé, dizendo:

- Você vai ajudar o Lord das Trevas. Vamos, levante-se.- e puxou o braço dela.

- Dane-se o seu Lorde!!- ela gritou com todas as forças. Não sabia de onde vinha tanta coragem. Um local com três Comensais, Voldemort em pessoa e duas garotas indefesas diante deles.- Danem-se todos vocês!!- então alguma voz na sua cabeça dizia: "Grite. Grite!!"- SOCORRO!!! SOCORRO!!!

- Garotinha de coragem, ela, não? Está com medo é? Não era para estar...- perguntou Lestrange, com puro sarcasmo. Ela então apertou mais o braço de Hermione, e mudando o tom de voz continuou - Mas eu não perguntei, eu ordenei. Pegue aquela Caixa e decifre aqueles códigos, pentelhinha.- E jogou-a num canto da sala.

Snape trazia a Caixa de Pandora, flutuando, à sua frente.

- Você vai querer fazer isso por bem ou por mal?

Hermione não respondeu a pergunta de Snape. Engoliu seco.


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Harry e Rony estavam chegando ao local. Estavam andando reto há alguns minutos e avistaram a porta dupla mais à frente. Então ouviram.

Uma voz, frágil e conhecida pelos dois:

- SOCORRO!!!- dizia a voz.

Harry e Rony correram mais do que já estavam correndo antes. "Hermione" Harry pensou. Harry tentou abrir a porta furiosamente e não conseguiu. Murmurou "Alohomora", mas mesmo assim ela não se abriu.

Então disse o primeiro feitiço que lhe ocorreu.

- Acqua!!

Um jato de água saiu de sua varinha e com tamanha força e quebrou-a, fazendo a sala inundar.

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- Ora, ora, ora...vejam quem chegou para a nossa pequena reunião...- disse Marine, enquanto um clique era ouvido atrás dos dois e eles souberam que a porta havia sido trancada. A porta estranhamente havia se recomposto e se travara novamente. Harry ignorou sua voz e procurou por Hermione e Gina. As avistou: uma amordaçada, com um olhar de surpresa, e a outra, no chão, um tanto suada e descabelada.

- Economize saliva, Streisand. O que você quer pela liberdade das duas?- perguntou Harry.

- Não vai ser assim tão fácil.- respondeu a voz gélida de Voldemort. E todos olharam para o ponto onde ele estava escondido - Sua amiguinha vai ficar aqui até decifrar os códigos da Caixa de Pandora. Quanto à sua namoradinha, ainda vou decidir o que fazer com ela... Nos divertirmos, talvez. Ou simplesmente... matá-la.

Harry não queria nem pensar em que tipos de divertimentos Gina os proporcionaria. Snape, agora lançava-lhe um olhar de pura maldade para suas pernas. Gina arregalou os olhos e olhou suplicante para o namorado e para o irmão, como se pedisse ajuda. Rony deu um passo em direção à ela e Voldemort bateu palmas. Tudo foi muito rápido: cordas prenderam os dois e Rony ainda teve tempo de guardar a sua varinha antes de Bellatrix dizer:

- Expelliarmus!- E a varinha de Harry veio até sua mão.- Cadê sua varinha, garoto?- ela referiu-se a Rony

- Se não foi até sua mão é porque não trouxe.

- Então, fiquem quietos e vocês verão o que vamos fazer, com suas namoradinhas...

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Draco não sabia o que fazer. Não sabia se ia atrás dos dois; se esperava; se ia avisar Dumbledore, ou Snape. Que ele não sabia que já estava lá embaixo. Não para ajudar os quatro e sim, para ajudar o Dark Lord, apesar de estar enfeitiçado pela maldição Imperius.

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- Crucio!!- Bellatrix disse

- NÃÃÃÃO!!!- Hermione bradou enquanto uma dor nascia de seu peito e se alastrava pelo seu corpo. Algo que perfurava, que queimava, que... que simplesmente doía.- Não...Não.- Hermione baixou o tom de voz e deixando lágrimas escorrerem pelo rosto.

- E agora? Vai ou não vai nos ajudar com a Caixa?- disse ameaçadoramente Marine

- AHHH!!! Vou, vou...VOU!!!- Hermione arfou.

- Finite Incantatem!!- Bellatrix falou novamente- Fez a escolha certa.

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Draco olhou no relógio. Eram 15:51. Pouco mais de dez minutos haviam se passado. E Draco ainda não sabia o que deveria fazer. Ele estava sentado ao lado da armadura e com os livros das duas garotas nas mãos.

Observou a letra de Gina e as anotações que fizera. Ele jogou o livro no chão e ele abriu numa página com um parágrafo cheio de coraçõezinhos. Ele aproximou o livro de Defesa Contra as Artes das Trevas para perto de si e viu que era um parágrafo que citava Harry.

" O único caso de sobrevivência à um ataque do temível Voldemort - conhecido também como Lord das Trevas - foi o do garoto Harry Potter, ao qual também o enfraqueceu e tirou Dark Lord do poder até os dias atuais, sobrevivendo apenas com uma cicatriz em forma de raio na testa (...)"

Uma raiva enorme subiu a cabeça de Draco ele jogou o livro de novo no chão. Como sentia raiva dele. Como sentia ódio por ele. "Ódio não. Ódio é muito forte" ele dizia a si mesmo. "Rancor, talvez". Porque ele sempre levava a melhor; no quadribol, nos estudos, na fama, na vida amorosa. Enquanto Draco era cercado de Pansy's e Amy's, que só queriam ficar com ele por ele ser bonito e Ter dinheiro e nada mais, Harry era cercado de garotas, além de bonitas, inteligentes. Draco fechou os olhos e com esse pensamento a primeira imagem que lhe veio à cabeça foi a de Hermione. "Granger?" ele perguntou para si mesmo. "Por que ela?". Draco tinha que admitir que ela era muito bonita. "Muito mesmo." Uma vozinha no seu subconsciente dizia. Além de ser inteligente. "Mas, o que é isso agora? Vai dar em cima da outra também?". Draco não sabia mais o que pensar. "Pare de pensar nelas."


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Snape tirou a mordaça de Gina e afagou seu cabelo, com um olhar demente em seus olhos.

- Tira as mãos de mim, seu nojento.- ela falou enquanto virava o rosto para o outro lado.

- Leve a garotinha até a amiguinha dela, enquanto eu converso com o seu namorado. - disse a voz de Voldemort

Snape obedeceu e levou Gina, que estava lutando para continuar no mesmo local. Ele abriu a porta, tirou a varinha dela e a jogou numa sala pouco iluminada, com Hermione num canto e a pequena Caixa verde à sua frente.

Gina caiu no chão e se feriu, mas logo pôs-se de pé e foi até Hermione:

- Gina.

- Mione- ela chorou. Elas abraçaram-se e Gina chorou mais ainda.- O que vamos fazer Hermione?- ela falou aos soluços.

- Calma, Gina, calma. Nós vamos arranjar um jeito de sair daqui. Enquanto isso...- ela virou-se e olhou para a "inocente" Caixa no chão. Gina pareceu entender.


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Voldemort bateu palmas mais uma vez e as cordas soltaram ambos. Rony e Harry passaram a mão no inchaço de seus punhos.

- Vamos às explicações. O que você quer, Voldemort?- perguntou Harry.

Streisand avançou um passo até ele:

- Não chame Milorde pelo nome! Você não tem essa honra.

- Chamo pelo que eu quiser. Então, não vai responder?- Harry virou-se para a sombra na sala.

Voldemort saiu das sombras. Harry viu aqueles olhos vermelhos e com fendas no lugar de pupilas; aquele rosto seco, chupado e muito danificado; a boca sem lábios; seus braços e pernas ossudos e dedos esqueléticos. Rony assustou-se ligeiramente com ele mas não demonstrou.

- Você quer uma explicação? Então vamos as explicações. O que você quer saber, pequena cicatriz?

- O que você está tramando?

- Boa pergunta. Você deve saber que a Caixa de Pandora é poderosíssima; eu quero abrí-la e eu trabalhei minuciosamente nela e não consengui saber o que significavam aqueles símbolos. Sua amiguinha terá que descobrir o significado, ou então morrerá.- Rony abaixou os olhos, mas não fez nada - E depois que ela descobrir... Vai morrer do mesmo jeito.

Rony agora ia avançar em direção a ele, mas Harry levantou o braço, como se dissesse para ele continuar onde estava.

- E Gina? O que você vai fazer com ela?- perguntou Harry.

- Ainda não decidi. Na verdade, ela não fazia parte dos meus planos, mas seria mais uma isca para trazê-lo aqui, então...

Rony olhou no relógio. Ele dizia que eram 14:05.

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- Descobri. Eu... descobri.- Hermione falou, depois de muito refletir. Gina, que estava encostada na porta, levantou-se e foi até Mione, que estava num canto da sala.

- E agora? O que vai fazer?

Em resposta, Hermione levantou-se e foi até o centro da saleta e colocou-a no chão, deixando Gina sentada no canto onde estivera. Hermione ajoelhou-se, sentada sobre as pernas, pôs as mão sobre a Caixa e falou, de olhos fechados:

- Pandora. Audiatme. Audiatme, Pandora, victima en hominis. Audiatme mi desiderum per liberare male dormiens. Invoko su malevolentia. Libre vestra consecro e permittaturla amblatur com nos. Permittat expergiscora libre. (Pandora. Ouça-me. Ouça-me, Pandora, vítima dos homens. Ouça meu apelo para liberar o mal adormecido. Invoco sua maldade. Liberte a sua maldição e permita andá-la entre nós. Deixe-a sair livre.)

Uma luz acendeu-se sobre a Caixa e a sala começou a tremer e algo como um vento forte passou, levantando a saia de uma Gina atônita no canto. Os cabelos de ambas voaram para trás.

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- A essa hora sua amiguinha já descobriu os códigos da Caixa...- disse Voldemort, enquanto a sala balançava com um tremor e as Três Pedras do Poder, que até agora não estavam expostas, tremeram numa redoma, no canto escuro onde Voldemort estivera. Elas tinham um brilho vermelho e maligno.

Rony olho para aqueles olhos de gato.

- Então, em pouco tempo, EU libertarei o mal guardado por Pandora.- ele gargalhou e os outros Comensais gargalharam junto.

Harry olhou para Rony como se dissesse "Agora!". Rony tomou coragem rapidamente e bradou:

- Expelliarmus!- E as três varinhas de Marine, Bellatrix e Snape voaram até sua mão. Rony entregou duas a Harry e guardou a de Streisand no bolso, enquanto Harry, empunhava a de Snape, e guardava a varinha de Bellatrix.

Eles pararam de rir e Voldemort recuou para a escuridão por onde estivera por tanto tempo.

- É melhor não usar as três varinhas. Ou eu terei que usar minha magia. Você sabe que eu não preciso de varinha...

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Uma chave surgiu em cima da Caixa. O tremor havia passado e somente a luz permanecido, sobre a Caixa. A chave era muito bonitinha: pequena, de bronze e cheia de detalhes, na verdade desenhos; mariposas, aranhas e besouros. Hermione abriu os olhos e observou a chave.

Lentamente Gina levantou-se do chão e ajoelhou-se ao lado de Hermione e também observou o estranho objeto. Ela aproximou a mão para tocá-la, mas algo, como uma círculo sobre ela, a impediu. Gina sentiu um choque percorrer sua mão quando entrou em contato com a proteção.

Hermione, porém, estendeu a mão e conseguiu pegá-la sem problemas. Gina olhou-a atônita.

- Só pode pegar a chave quem desfaz o feitiço sobre a Caixa.- ela falou.

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Draco estava quase adormecendo quando uma mão tocou-lhe o ombro. Draco abriu os olhos rapidamente e quase se assustou ao ver o rosto de Luna a sua frente.

- O que pensa que está fazendo, esquisitinha Lovegood?- ele perguntou secamente. Ela estava ajoelhada a sua frente. Luna riu.

- Acordando você, oras. E o que você está fazendo aqui?- ela olhou para a armadura.

- Não lhe interessa.

- Ah... então acho que deve interessar à Ernie MacMillan...- Luna olhou para os livros de Hermione e Gina e os reconheceu imediatamente- Principalmente se você está com os livros de duas grifinórias...- ela falou cinicamente

- Tudo bem... Você quer saber? Então tá. Gina e Grang...

- Gina? Desde quando você chama ela assim?- Luna perguntou, sentando-se, e folheando os livros.- Ah, desde que você gosta dela... Desculpe eu tenho memória fraca...- ela abriu um pequeno sorriso.

Draco congelou. "Ela sabe."

- Vai me deixar explicar ou não?- ele perguntou com raiva

- Fique à vontade...

- Como eu ia dizendo, ela e Granger foram raptadas e...

- O quê? O que você está fazendo aqui, idiota?- ela levantou-se rapidamente

- Se você parasse de me interromper, saberia...

Luna desculpou-se e sentou-se. Draco explicou tudo a ela. Para Luna ele parecia bem diferente; não estava mais tão agressivo e ofensivo, estava... diferente, oras! "Talvez seja a paixão pela Gina" ela pensou.

- E você, o que está fazendo aqui?- Draco perguntou, depois de um silêncio constrangedor.

- Ah, eu sempre venho para cá para conversar com a Gina ou para fugir um pouco das pessoas e pensar...- ela disse, enquanto prendia as longas madeixas loiras num coque com a metade do cabelo deixando as pontas soltas.

- Ah.- ele fez um som desinteressado, desviando sua atenção dos cabelos de Luna.

"Ela não é tão feia assim." Dizia uma vozinha. "Pare com isso, Draco Malfoy. Você está ficando tarado ou alguma coisa do tipo... Só pode ser isso! Olhando para Lovegood, Granger e... Weasley." "Não. Com Gina é diferente. Não é fogo de palha..." Ele falou para si mesmo.

- Ei, Malfoy? Tudo bem com você?

- Tudo. Por quê? - ele rapidamente tirou seus devaneios da cabeça.

- Sei lá... Você tava com uma cara... Que horas são?- Luna olhou para o relógio no pulso do rapaz.

- 14: 15.

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- Aqui estão elas, Mestre.- Streisand trouxe Hermione e Gina; Hermione com a Caixa de Pandora nas mãos. Streisand empurrou ambas para o meio de todos. Elas não se desequilibraram e Gina correu até Rony e o abraçou forte. Harry teve a impressão de vê-la chorando. Hermione estava com o rosto impassível.

Hermione olhou para a escuridão, como se encarasse Voldemort.

- Deixe a Caixa aí, sangue-ruim.- Snape falou.- E, Potter, se tentar alguma gracinha elas vão morrer.

Hermione obedeceu e pôs a Caixa no chão, com a chave em cima. Harry assentiu. Ela afastou-se rapidamente, foi até Harry e o abraçou. Harry não tirou os olhos do centro. Logo depois foi a vez de Gina se atracar no seu pescoço; ela ainda soluçava.

Voldemort se aproximou da Caixa de Pandora e abaixou-se para pegar a chave. E não conseguiu; a redoma sobre ela o impedia.

- Aproxime-se, sangue-ruim.- ele disse com uma voz guturante

Rony sentiu a unha Hermione cravar em suas costas e as lágrimas dela molharem seu ombro.

- Rony...- ela disse, entre uma lágrima e outra que insistia em descer- Eu... te amo.

Rony ficou paralisado. Hermione desfez-se do abraço e encarou os olhos azuis do namorado. Harry olhou de canto de olho para eles. Hermione trouxe Rony para si e o beijou. Rony foi pego de surpresa e não sabia porque ela estava fazendo isso; não que ele não estivesse gostando.

- Vamos, garota!- Voldemort bradou, já com a redoma e as Pedras na mão.- Venha e abra essa Caixa!!

Hermione afastou-se de Rony e como uma pancada, ele lembrou-se: se ela abrisse, ela seria amaldiçoada. Harry e Gina agora lembraram-se também.

- Eu te amo.- ela repetiu.

- Aproxime-se.- Voldemort ordenou.

Rony abaixou a cabeça e olhou para o chão. "Tenho que fazer alguma coisa" Harry pensou. Hermione aproximou-se da Caixa e ajoelhou-se de fronte a ela.

- Hermione, não.- Harry falou baixo

- Ou ela ou você. Você escolhe.- Snape interrompeu

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- O que você está fazendo, Draco?- Luna perguntou, levantando-se e indo atrás dele, que estava indo para frente da armadura. Ao ouvir seu nome ele virou-se para ela.

- Me chamando pelo primeiro nome, é?- ele abriu um sorriso torto. Luna aproveitou e pôs-se na sua frente.

- Isso não importa. Onde é que você vai?

- Não é obvio? Pensei que você fosse mais inteligente, você é da Corvinal...

- Você se esqueceu que só é para ir para lá depois de duas horas?

- Nós não estamos fazendo nada, Luna.- Luna olhou para ele, levantando uma das sobrancelhas- Se você me chama de Draco, então eu posso te chamar de Luna... E se eles estiverem precisando de ajuda?

- Eles sabem se virar.

- Potter nem sempre pode levar a melhor. Agora, saia logo da frente. Nada do que você faça ou diga vai me impedir de entrar aí.

- Talvez isso impeça.

Luna pôs-se na ponta dos pés e puxou Draco para mais perto de si e beijou-o. Ele, no início, não correspondeu, mas um segundo depois ele passou seus braços pela cintura de Luna, e ela colocou suas mãos em seu pescoço, movendo-os para cima e para baixo. Eles começaram a andar, sem desgrudar os lábios, e em pouco tempo Luna foi posta contra a parede; o beijo ficando mais ardente. Draco colocou sua mão para dentro da blusa de Luna. Eles estavam se sentando e Draco logo deitou Luna, ele por cima dela, ainda com sua mão avançando por baixo das vestes dela. Ele rapidamente desprendeu o sutiã dela e ela interrompeu-o:

- Isso... era para ser só um beijo...- ela falou, levantando-se. Draco ficou extremamente sem-graça, e isso não era muito comum; sentou-se. O que estava acontecendo com ele? Se atracando com o primeiro rabo-de-saia... "Ah, hormônios!"- Ajuda aqui com o sutiã...- Luna chamou Draco à realidade.

Draco foi até ela; Luna estava com a blusa quase toda levantada, até a parte onde o sutiã tinha sido aberto. Ele prendeu de novo e, instintivamente, após sentir o perfume dela, começou a beijar a nuca dela de um modo extremamente excitante. Luna revirou os olhos de prazer e virou-se, novamente, beijando-o. Draco começou a beijar o pescoço dela. Luna querendo parar com aquela coisa ridícula. "Eu gosto de Harry." "Mas ele nunca vai olhar para mim..." ela dizia a si mesmo. "Dane-se ele!" "Se Harry não me quer, pelo menos há alguém que parece querer...". Luna interrompeu-o de novo, dizendo:

- Vamos para a Sala do Requerimento.

E assim, o fizeram. Ao atravessarem a porta, viram um quarto totalmente decorado: uma cama aconchegante, com fronhas vermelhas, poltronas e um sofá pretos, uma estante com enfeites de corações e utensílios eróticos.
Continuaram a se beijar e se despir. Draco viu um recipiente grande e cheio de preservativos e soltou:

- Vamos usar tudo?- Ele e Luna riram

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- Então, eu.

- Não, Harry!!- Hermione falou- Não faça isso. Eu devo ser amaldiçoada.

- Você me quer, Voldemort. Se você está fazendo tudo isso é para me matar. Então, eu estou aqui.
Você só vai morrer depois que ver ela - ele apontou com o queixo - morrer.

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- Draco. Draco.- Luna chamou. Draco parou de beijá-la.- Eu acho melhor nós irmos atrás deles, mesmo.
Draco olhou-a.

- Depois de tudo isso?- ele perguntou.

- Desculpa.- ela riu- É que meu pingente tá vermelho.- ela mostrou-lhe um pingente, de metade de um livrinho minúsculo, que estava próximo da nuca.

Ele piscava de vez em quando.

- E...?

- Quer dizer que Gina está em perigo. Isso é um pingente da amizade.

- E porque ele não piscou antes?

- Ele pisocu, só que 'tava fraquinho e opaco e então eu achei que tinha quebrado de novo. Mas agora quer dizer que ela, ou alguém próximo realmente corre perigo.

Draco não precisou que dissessem duas vezes. Ele e Luna se vestiram rapidamente e deixaram a sala.

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- NÃÃÃO!! Harry não faça isso!- Hermione falou, suplicante- Por favor.

Deixe-me acabar logo com isso.

Harry olhou para Hermione; ela estava decidida.

- Deixe-me apenas despedir-me de meus amigos.

Bellatrix olhou para Voldemort, assim como os outros. Ele assentiu. Hermione foi até Gina e abraçou-a:

- Não se preocupe, nós vamos sair daqui. Apenas dê um jeito de fugir de Snape.

Gina não entendeu o que ela quis dizer com isso. Ao abraçar Rony e Harry ela disse a mesma coisa:

- Destruam a chave quando eu a jogar para cima.

Hermione encaminhou-se até a Caixa, enquanto Snape puxava Gina para um lado, para que nenhum dos dois tentasse algo. Hermione deu um último olhar para Rony e Harry e abaixou-se e pegou a chave. As pedras já estavam nos seus devidos lugares. Só faltava ela abrir a Caixa de Pandora.
BUM.

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- Ali está a porta. - Luna falou

Eles correram silenciosamente e Draco disse, ao alcançá-la:

- Alohomora!

Nada aconteceu.

- A porta deve estar trancada e esses feitiços não funcionam.

- Afaste-se, então.- falou Draco

- O quê?

- Isso mesmo que você ouviu. Afaste-se.

Luna obedeceu e Draco tomou distância. Correu e bateu contra a porta, arrombando-a.


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Hermione olhou para trás, com a chave na mão. Draco estava levantando-se e a porta fora arrombada; Luna também apareceu. "Que força, hein! Uma porta dessa não deve ser fácil de arrombar." Hermione pensou com seus botões. Bellatrix foi atingida na cabeça, pelo arrombamento, pois estava próximo a porta. Mas antes de pensar mais alguma coisa, Hermione correu até a porta para ir embora. Gina deu um chute em partes não mencionáveis de Snape e este caiu no chão. Harry bradou, apontando a varinha para Marine:

- Petrificus Totalus- Streisand, que ia em direção à porta, atrás de Hermione, juntou braços e pernas e caiu rígida no chão.

Luna, por sua vez, gritou, apontando a varinha para Bellatrix e depois fazendo o mesmo com Snape:

- Locomotor Mortis!- Bellatrix e, posteriormente, Snape, ficaram com as pernas rígidas e não saím do lugar. Para Snape não fazia muita diferença... Ele já não conseguia se mexer mesmo.

Harry apontou sua varinha para a Caixa de Pandora:

- Accio Caixa!!- e A Caixa veio voando para sua mão. Antes que Harry visse, Draco e Rony haviam conjurado cordas e amarrado Bellatrix, Streisand e Snape. Voldemort desaparecera. "Ele não pode Ter aparatado." Pensou Harry. "Ah, pode sim. Não estamos nos terrenos de Hogwarts."

Luna conjurou macas, cada um dos três em uma, e saíram o mais rápido possível dali, antes que um deles acordasse e aparatasse. Eles saíram com dificuldade, por a descida ser bastante íngreme. Ao saírem, Harry, Rony, Draco e Luna viram Hermione e Gina sentadas em frente a armadura. Hermione disse que já havia destruído a chave; o fez assim que saíra da sala.

Levaram os três à Ala Hospitalar e Dumbledore foi chamado:

- Professor Dumbledore está aqui.- falou Madame Pomfrey, depois de cuidar de Streisand e dos ferimentos de Gina e Hermione.

Eles conversaram e contaram tudo o que tinha acontecido nos últimos tempos. Hermione e Gina passaram a noite em observação na Ala Hospitalar.

- Muito bem, acho que primeiramente temos que avisar o Ministério da Magia, que pelo que me pareceu, não tomou conhecimento do roubo da Caixa de Pandora.- disse a voz serena e calma de Dumbledore, quando chegaram ao seu escritório - Depois temos que dar uma olhada nessa passagem, que até então ninguém tinha conhecimento. E, além de cuidar pessoalmente do caso de Streisand, espero que os senhores descansem, pois as férias já estão chegando.- Dumbledore deu uma piscadela para os dois.- Creio, também, que teremos que agradecer à um outro jovem que dificilmente está ligado ao esses acontecimentos... o senhor Draco Malfoy. Por favor agradeçam a ele por mim.

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- Se sente melhor, querida?- Madame Pomfrey perguntou a Hermione

- Sim, Madame Pomfrey.- ela respondeu, depois de tomar uma amarga poção para um mal-estar que estava sentindo, e sentando-se.

- Você tem uma visita...- a enfermeira saiu da sala e Víctor entrou.

Hermione nem queria pensar em qual seria a reação de Rony se o visse ali.

- Como "focê" "esstá"?- ele perguntou, puxando uma cadeira para perto de seu leito e sentando-se.

- Hum... Bem, eu estou bem.

- Dumbledore contou a "Hoqwarts" o que "acontesseu" a pouco.

Hermione ficou em silêncio. Realmente não sabia o que dizer. Gina estava na cama ao lado, mas estava adormecida, graças a um remédio dado por Papoula, porque, segundo ela, a garota estava bastante abatida. Ela começava a acordar devagar. Ouviu umas vozes, porém achou que era melhor continuar de olhos fechados, apenas ouvindo e tentando identificar os donos das vozes. Imediatamente, percebeu que uma delas era a de Hermione. A outra... a outra era de... Victor Krum? Sim.

- Eu contei a "focê" que eu estou namorando?

- N-não.- Hermione ficou feliz ao saber que ele a esquecera, no entanto sentiu uma ponta de ciúmes- Está namorando quem?

- Não "ssei" se "focê" a conhece... Julie Ackfigman.

- Ah...- lembrava-se bem. Ela fizera dupla com Rony uma vez e Hermione ficou roendo-se de ciúmes até que Melanie, sua amiga, contara-lhe que ela na verdade gostava de... Harry. Hermione achou melhor não comentar nada. Talvez as coisas tivessem mudado desde aqueles dias.- Parabéns. Ela é muito legal; eu a conheço. Ela estuda comigo.

Gina continuava de olhos fechados, apesar de estar de costas para a cama a sua direita, onde Hermione estava.

- Ah, sim- Krum falou. 'Que situação constragedora..." Hermione pensou.
Nesse momento a porta abriu-se mais uma vez e alguns ( para não dizer muitos) búlgaros e búlgaras irromperam, indo até a cama de Hermione e pondo sobre ele uma cesta de muitos doces e alguns cartões de melhora.

- Mas, o que...- ela balbuciou, rindo um pouco. Melanie e Julie aproximaram-se dela:

- Amiga! Você está bem?- o sotaque já tinha desaparecido da fala de Melanie.

Gina continuou como estava e ouviu a voz das garotas que ela menos gostava na Grifinória. "As duas que logo que chegaram tiraram Harry de perto de mim para que ele mostrasse a escola para elas." Ela pensava. "Francamente."

- Ah... eu estou ótima.- Hermione falou, um tanto perplexa

Antony Mettersnow sentou-se no fim da cama de Hermione e prontificou-se:

- Precisando de ajuda com alguma "coissa"?

"De Madame Pomfrey. Urgente!" Ela pensou e riu-se do pensamento. Então uma voz disse:

- Não, ela está muito bem, obrigado.- Era Rony. "Hermione está sempre rodeada desses búlgaros... E eles não se mancam!" Harry vinha ao seu lado:

- Gina já acordou?

- Com essa barulheira, quem não acorda?- ela perguntou, fingindo uma cara recém-acordada.

Julie deu um cutucão nada discreto em Melanie, que fingiu não perceber. Gina percebeu. E sabia por que ela estava agindo dessa forma.

- Já está melhor?- Harry perguntou, sentando-se do lado esquerdo de Gina.

Ela puxou a gola de suas vestes de uma forma selvagem e o beijou. Ele correspondeu.

- Isso responde a sua pergunta?- ela riu ao ver de canto de olho Julie sentar-se petrificada no leito vazio ao lado direito de Hermione.

- Ôh! Se responde!- ele riu.

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