Cap Único



N.A.- esta história não é exatamente minha ( ok, não é quase totalmente minha!), e os personagens também não. Eu li um conto, da qual gostei muito, e como uma personagem do conto, se parecia com a Hermione, eu não resisti... hihihi * envergonhada*. De qualquer maneira, o conto é “Vestida de Perto” de Mário de Andrade, do livro “Contos Novos”. Não se preocupem, eu não pretendo copia-lo ao pé da letra.

Não sei bem por que escrevo isso, é mais uma vontade de me abrir. Mesmo anos depois, ainda sinto falta dela. E é por ela, que escrevo esse conto. Se bem que não sei se é conto, mesmo. Só sei que é verdade.
Quando eu fui para Hogwarts, conheci meus dois melhores amigos: Harry Potter e Hermione Granger. Só que, com o tempo, Hermione começou a significar mais para mim, do que amiga. E eu só precebi isso mais tarde, de meus 14 para 15 anos. Ela foi meu primeiro amor, talvez o único totalmen- te verdadeiro e puro.
Mas, só pelo meus 17 anos, consegui mostrar-lhe isso. Era uma tarde muito quente, e por isso todos estavam no lago, menos eu e ela. Eu estava no meu quarto, acabando uma tarefa de poções, que deixei para a última hora, quando ela entrou.
_Rony, você tem uma pena para me emprestar?- ela perguntou,pondo a cabeça, para dentro do quarto.
_Essa é minha única.- respondi envergonhado, mostrando e minha pena acabada.
_Ah, tudo bem. Quem sabe o Harry tenha? De qualquer forma, o que você está fazendo?
_Tarefa de poções atrasada.
_Quantas vezes eu digo para você não deixa-las para a última hora?- ela respondeu brigona.
_Eu sei, eu sei. Mas, essa eu tive que deixar. Agora, se não vai ajudar, poderia sair, está me atrapalhando.
Mas, ao contrário disso, ela entrou e fechou a porta, vindo se sentar ao meu lado na cama.
_Falta muito?
_Ainda tenho que escrever dez centímetros.- resmunguei medindo minha redação.
_Me dê.- ela pegou e começou a ler.- Ah, mas está faltando um monte de coisas! Vai dar até mais de quinze centímetros.
_Com dez eu estaria satisfeito.- resmunguei, não gostava de fazer papel de bobo na frente dela.
Ela me ajudou na tarefa, que deu bem mais de vinte centímetros.
_Obrigado, Mione. Não sei o que seria de mim sem você.
_Um “T” na tarefa do Snape.- ela sorriu.
_Engraçado.
_Esfriou, não é?- ela perguntou bocejando.
Só então percebi o frio.
_É mesmo. Está bom para tirar um cochilo.
_Acho que eu vou para minha cama.- ela disse se levantando depressa.
_Espera. Se quiser pode deitar aqui.- eu comentei com as orelhas vermelhas, e juro, sem nenhuma maldade.
Ela me olhou, e fez uma coisa que eu nunca imaginei que faria. Se deitou ao meu lado, de costas para mim, se combrindo. Eu pus minha tarefa de lado, e fiquei admirando o restinho de travesseiro, que ela tinha me deixa- do. Restinho, sim! Os cabelos dela, perfeitos, tomavam conta de todo ele.
_Você não quer deitar?- ela me perguntou.
Eu tentei não encostar, mas os cabelos dela me fizeram cócegas. Senti vontade de espirrar. Mas, se o fizesse, acabaria com aquele momento, com toda aquela ternura, sem malícia. Então, comecei a afundar o rosto naque- les cabelos, e veio a noite. Não vi mais nada, ficou fácil continuar enterran- do a cara, a cara toda, a alma, a vida, naqueles cabelos. Até que meu rosto, tocou em seu pescoço delicado.
Então, me deu uma louca vontade de beija-la. Fui me ajeitando, sem-cerimônia, ela se virou delicadamente, e a beijei. Quem falou que este mundo é ruim! só de me lembrar... Beijei Hermione! E eu nem sabia beijar, só beijava minha mãe, contacto sem nenhum calor sensual.
Hermione, só se inclinou ligeiramente para trás, me fazendo sentir que estava comigo em nosso amor. Nada mais aconteceu, e nada mais haveria de acontecer.Estávamos felizes daquele jeito, naquela total inocência, não tinhamos vontade de mais nada, poderíamos ter passado uma noite inteira daquele jeito.
Mas, então, a porta do dormitório se abriu.
_O que está acontecendo?- ouviu-se Simas dizer.
_Hermione Granger? Na cama de um menino?- Dino murmurrou.
Ela saiu correndo envergonhada, eu não pude fazer nada.
_Vejam o que vocês fizeram!- gritei com raiva.
_Ora, Rony. Pelo jeito, quem fez foi você.
Naquele dia, eu e Simas fomos para a ala-hospitalar, mas mesmo assim, eu fiquei sabendo que a notícia se espalhara por Hogwarts, e que Hermio- ne havia levada uma dura daquelas.
E foi nesse acordar à força, que Hermione começou a ter uma inexpli- cável indiferença por mim. Não conversávamos mais, não ríamos, nem brigrar, brigámos. Fiquei zonzo. Parecia que Hermione não me queria mais.
Um ano se passou, até que num jantar na casa de Harry nos encontra- mos. Eram férias de natal, e eu estava bombando em Hogwrats de novo. Cheguei ao ponto de levar os livros, para estudar no jantar. Eu era consi- derado um caso perdido, mas isso não me incomodava, afinal, eu ia mal mesmo.
E foi na entrada que a vi. E a amei, como sempre. Ela nem sorriu ao me comprimentar com um leve aceno de cabeça. Passei correndo, para deixar os livros, no escritório de Harry, e estava voltando, quando ouvi Parvati Patil comentar:
_Lá vai seu namorado, Hermione.
_Eu não caso com bombeado.- ela respondeu numa voz tão feia, mas tão feia, que parei estarrecido. Era sua decisão final, não tinha dúvida nenhu- ma. Hermione não gostava mais de mim. Eu bobo, parado, mal conseguin- do respirar.
Fui abraçando os livros de mansinho, acariciei-os junto ao rosto, pousei minha boca num capa, e a retirei sem desgosto. Naquele instante eu não sabia, hoje sei: ero o segundo beijo que eu dava em Hermione. Um último beijo, beijo de despedida, que o cheiro desagradável do papelão confir- mou. Estava tudo acabado entre nós, agora não tinha mais volta, nunca deixaria de ser um bombeado.
Não tive mais coragem de voltar à festa. Me sentia tão triste, que nem raiva conseguia ter. Só tinha vontade de chorar, e chorar foi tudo o que pude fazer. Afinal, eu era um perdido mesmo, Hermione tinha razão... que tristeza!
Mas, o esquisito é que isso não foi o fim. Anos se passaram, e pus tal força em esquecer Hermione, que nem meus pensamentos me traíram. Foi espantoso o que aconteceu comigo. Eu comecei de gostar de aprender. E gostar mesmo! Lia , estudava, pesquisava, sem ninguém me pedir, por vontade própria!
Já Hermione, parecia uma doida. Namorava com Deus e o mundo, aos vinte anos ficou noiva de um rapaz bastante rico, o noivado durou três meses, e se desfez de repente, para dias depois ela noivar com outro, e se casar em duas semanas, com um diplomata bruxo riquíssimo. Ela rindo muito no altar e partiu em buscar duma embaixada americana, com o se- cretário chique de seu marido.
Eu ficava tonto, acompanhando esses acontecimentos de longe. E me lembrava com saudade, da época em que fomos muito felizes sem saber. Além disso, eu tinha um a namorada, Violet. Da qual estava quase noivo.
Porém, em uma tarde, encontrei a mãe de Hermione, no Beco Diagonal. E ela, lamentando a saudade da filha, que estava na América, comentou:
_Pois é, Hermione gostou tanto de você, Rony. E você não quis!... agora ela vive longe de nós.
Fiquei novamente estarrecido. Percebi tudo como um tiro de um canhão. Percebi ela doidejando, noivando com um, casando com outro, se atordo- ando com dinheiro e brilho. Tudo por que ela ainda me amava, e achava que eu não a amava. Tudo por um mal entendido!
Percebi que fui uma besta. Não era Violet quem eu amava, mas Hermio- ne! Hermione era quem eu amara sempre, como um louco! Como eu pude me imaginar feliz, sem ela? E ela, se acabando sem mim! Casando, se divorciando, por um pintor que retratava efeitos da luz! Hermione falada, Hemione bêbada, Hermione passada de mão em mão...
Os nossos papéis haviam se invertido. Sendo que eu tinha me transfor- mado numa Hermione, que sempre vivera dentro de mim, e ela se transfor- mado no imperfeitíssimo Rony. Agora, eu queria me igualar à ela. Foi esse o motivo da briga com Violet, e a embriagez, que me levou ao hospital.
Bom, eu tinha que visitar Hermione, uma última vez. Ela vinha passar um tempo na casa dos pais, e eu fui lá, uma noite, num jantar. Iria chegar tarde, deixar um bilhete e ir embora. Só que cheguei muito cedo.
Acabei esperando para comprimentar os donos da casa. Estava entretido com uma pintura na parede quando senti alguém na sala além de mim. Virei. Hermione estava na porta, olhando para mim, se rindo, toda vestida de preto. Olhem: eu sei que agente exagera no amor, mas insisto. Se já ti- ve a sensação da vontade de Deus, foi quando vi Hermione, toda vestida de preto, fantasticamente mulher, muito diferente dos tempos de Hogwarts. Meu corpo soluçou todinho e tornei a ficar estarrecido.
_Ao menos dia boa-noite, Rony.
Meu desejo era fugir, era ficar e ela ficar, mas sem que nos tocássemos. Eu sei, eu juro, que ela estava se entregando a mim, me prometendo tudo, me cedendo tudo quanto eu queria, naquele se deixar olhar, sorrindo leve, mãos unidas caindo em frente ao corpo, toda vestida de preto. Uma cena me passou, em um segundo, eu com ela num quarto de hotel. Foi horrível! Não era daquele jeito que eu queria amar Hermione, queria continuar amando-a com a inocência infantil, amor verdadeiro. E qualquer gesto ou frase, podia acabar com aquela lembrança viva dentro de mim. A Hermione que eu queria, que eu amava, só existia agora em minha mente e coração, lembrança de nossa adolescência. O máximo que tinha dela, agora, era vê-la ali, parada, me sorrindo, sem dizer nem tocar. Balbuciei um boa-noite muito indiferente, e saí.
Agora sou falsamente um solitário, porque esse amor por ela, me acom- panha, e cuida de mim, vem conversar comigo. Nunca mais vi Hermione, que ficou na América, divorciada afinal. Hoje dizem que está vivendo com um bruxo canadense, interessado em trouxas. Um maluco qualquer. Mas, dentro de mim, Hermione... bom: acho que vou falar abanalidade.

Fim

P.S: Gostaram?!! Espero que sim! Ela ficou um pouco maior que eu preten- dia, mas eu a escrevi às 9 da noite, com uma prova de mat. amanhã, para me preocupar. Comentem, nem que seja para criticar, bliz!!! Beijos, e por favor, leiam as minhas outras fics, que não tem nada a ver com essa ( Uma Outra Vida- romance pós-Hoggy D/G e R/Hr, e 3 mamães quase prefei- tas- comédia D/G, R/Hr e H/L)
Bigada!!! Mary Campbol.





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