Um amigo em perigo



Rony percorreu todo o trajeto até o museu calado. Harry tentou animá-lo, mas não obteve resultado. Hermione ainda braba seguia na frente com Krum. Esse era um dos medos de Harry, que seus amigos namorassem e depois brigassem e nunca mais voltassem a se falar. Ele teria que esperar para ver o que aconteceria.
-Bonito esse quadro, não? Foi pintado por um Ravenclaw.
-Siiim.
-Hermione? Posso falar com você? – perguntou Rony que falava pela primeira vez depois do trajeto. – Em particular. – e olhou com desdém para Krum.
Harry ficou com Vítor, enquanto via os amigos se distanciarem.
-Por quê você está visitando este museu? – perguntou a Krum.
-Me disserram que erra um bonito museu, e eu vim prra cá. E rrealmente é lindo. Mas irrei emborra amanhaa mesmo. Pelo que vejo causei um cierrto desentendiimentu entrre os dois.
-Não se preocup... – Harry quis terminar de falar, mas ouviu o grito de Hermione.
-ENTÃO ACABOU AQUI!
Hermione parecia super exaltada, mas Rony somente mantinha a cabeça baixa e a sacudia de um lado pro outro. Ao levantá-la, ainda notava-se a aparência doentia dele. Seu olhar estava opaco, ele olhou fundo nos olhos de Mione, e saiu do Museu.
-O que foi que ele disse pra você acabar com ele?
-O mesmo que ontem, e ele está enganado se vai me controlar.
-Não acho que ele queira te controlar. – eles, Harry, Krum e Hermione, estavam descendo as escadas de saída do museu. – Ele apenas queria ficar ao seu lado.
Hermione abaixou a cabeça como se estivesse concordando, quando parou de chofre.
-O que houve? – perguntou Harry.
-Isso é do Rony! – exclamou Mione, pegando uma das luvas de Rony no chão coberto de neve. – Ele não largaria isto aqui. Aconteceu alguma coisa. Temos que achá-lo. Ele estava com uma aparência horrível. O que será que aconteceu? O quê Harry?
-Acalma-se! Eu também não sei. Vamos para a pensão, ele deve estar por lá, talvez tirou a luva, e sem querer perdeu. Vamos!
Mas Harry sentiu uma dor na cicatriz, Rony estava em perigo. Ele precisava ajudar, ir até onde o amigo estava. Levou a mão até a cicatriz.
-Foi ele, não foi? Levou o Rony, não foi? Voldemort? – Hermione perguntava desesperada. Krum tentou acalmá-la.
-Vamos parra a pensãoo.
-NÃO, EU NÃO VOU! HARRY? Cadê o Rony?
-Acho que foi levado para a montanha. – ele não sabia como acalmar a amiga. E sabia que se ele fosse atrás de Rony, ela ia junto. – Vou atrás dele. Você fica com Krum.
-NÃO!
-Está bem. Vem comigo então. Krum?
-Eu vou juntu.
-Ok. Vamos.
-Aparantando! É melhor Harry.
-Eu nem tirei licença.
-Mas você pode ir com Krum. Será mais rápido assim.
-Tá.
E os três aparataram até a montanha.
-Como estaa frrio aquii...
-Harry para que lado?
-Acho que é o da direita. – Harry não tinha certeza, mas não tinha tempo a perder. Seu amigo estava nas mãos de Voldemort, podia estar sendo torturado. E era culpa sua, ele tinha que salvá-lo. Se arrependeria para o resto da vida, se algo acontecesse ao amigo.
Caminharam um bom tempo. À medida que o tempo passou o dia tornou-se noite, a neve se tornava mais congelante sobre os pés, e o vento mais frio. Chegaram a uma caverna, Harry sentiu a presença de Voldemort.
-Por aqui. Eu vou na frente.
Lá estava Voldemort, e Rony praticamente inconsciente aos seus pés.
-Accio... – a voz fria foi dizendo, mas Krum se meteu à frente de Harry.
-Estupefaça!
Mas não causou efeito, pois Voldemort driblou-se do ataque.
-Eu tentei pelo modo mais simples. Mas vejo que tenho que conseguir pelo mais difícil. Dê-me sua varinha Potter!
-Pra quê você quer?
-Nada em especial, apenas me dê ela. Anda Potter! A não ser que quer ver seu amigo morto.
-NÃO!
-Olha! A sangue-ruim está aqui! Você já devia estar morta...
-Cale-se!
-Como ousa mandar calar o Lorde da Trevas, Potter? Me dê sua varinha, em troca lhe dou seu amigo.
Harry precisava pensar rápido. Rony estava inconsciente no chão, mas gemia de frio. Hermione chorava, enquanto Krum a segurava. A qualquer momento apareceria algum comensal da morte e então qualquer plano poderia ir água abaixo. Olhou para o amigo, que parecia estar voltando a si. ‘Isso Rony! Acorda! Levanta-se, enquanto eu distraio Voldemort. Vamos!’
-Mas pra quê você quer a varinha? – perguntou, e acenou a Rony, enquanto Voldemort parecia pensar.
-Vou lhe dizer, mas creio que já sabe. Nossas varinhas foram feitas de um mesmo material, que você sabe qual é. Preciso de sua varinha, pois vou destruí-la. – enquanto Voldemort falava, Harry olhava para o chão, assim era difícil para Voldemort penetrar em seus pensamentos. Ele estava murmurando mentalmente um feitiço de proteção aos seus amigos. Assim ele atacaria Voldemort e seus amigos poderiam fugir. – Assim será impossível para você lutar contra mim.
-Deixe meu amigo em paz!
-Accio...
-Impedimenta!
Nesse instante de luta, ele conseguiu acenar para Hermione, que ao entender, pegou na mão de Rony, e escoltada por Krum, saiu da caverna.
-Você não pode contra mim!!! Cruci...
-Sectusempra! – Voldemort se desviara com muita facilidade do feitiço.
-Pensa que pode? Os comensais já estão chegando. Poderão assistir seu final. Estou mais forte do que antes Potter. Seus amigos escaparam, mas meus servos os matarão outro dia. Primeiro você!Avada...
Harry foi mais rápido:
-Accio varinha!
-O quê? Devolva minha varinha Potter!
-Se você ficaria mais forte com a minha sendo destruída, o inverso também deve acontecer.
Nessa hora chegou alguns comensais da morte. Harry não fez questão de reconhecer nenhum. Só o que ele precisava, era fugir.

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