História da Magia



Arthur já estava no fim da sua refeição gratificante quando o homem de cabelos mais-que-negros que chegara aos cochichos com o diretor se ergueu na bancada dos professores. Belforth o fitava atencioso, parecia tão doente como na vez que aparecera na cozinha do Cafofo de Arthur.
- Enfim, estamos de volta, caros alunos. – disse o homem. Seus cabelos negros que iam até quase a boca, tamborilavam pra lá e pra cá. – O diretor Belforth pediu que lhes passasse os avisos de início do ano letivo e...
Os alunos olhavam com cara de espanto para o homem à frente deles. Arthur achou que talvez não fosse comum ele dar os avisos, logo confirmou sua teoria quando ouviu um sextanista murmura a uma garota de cabelos crespos e grossos sobre qual seria a razão do “tal Virgilius” estar passando os avisos. A garota apenas deu-lhe os ombros.
- ... Primeiramente fico grato em dizer... – continuou o homem. Sua cara não demonstrava que ele estava grato com coisa alguma. –... que o novo campo de quadribol está pronto e que a temporada não será mais interrompida como no ano anterior, por isso...
Houve uma baforada de palmas e vivas. De toda forma, Arthur presumiu que o homem de cara azeda, o tal Virgilius, estava dando boas notícias. Talvez quadribol fosse algo de bom. Deveria ser pelo estardalhaço.
Virgilius deu uma breve tossida a fim de apassivar a agitação dos alunos.
- E o CBCV será terminantemente obrigatório a todos os alunos até o terceiro ano a partir de hoje... – Virgilius foi saudado de muitas vaias ao dizer isso.
O homem olhou para os alunos, sua cara transparecia de fúria, seu olho esquerdo pulsava num tique nervoso, e pouco a pouco as vais se dissiparam. Ele ainda os fitou por uns 30 segundos como que desafiando-os a prosseguir com o protesto.
- O que é CBCV? – perguntou Arthur a Thiago. A cara de fúria, e até medo, dos alunos o estavam o deixando curioso e temeroso. Ao contrario da coisa anterior que se esquecera o nome, essa tal CBCV parecia ser realmente desagradável, alguns alunos até falavam em alta voz que suas vidas tinham se acabado.
- Num faulso iddeua – disse Thiago atacando uma coxa de frango suculenta. Havia pedido ainda mais comida. Arthur nunca vira ninguém (nem mesmo seus irmãos-pivetes) comer tanto.
- Curso Básico de Combate com Varinhas. – afirmou um garoto desengonçado a frente de Arthur. Os óculos de tamanho exagerado do garoto pareciam fazer sua cabeça arriar para frente. Os cabelos castanhos milimetricamente penteados para trás com uma espécie de gel o deixavam com uma aparência incrivelmente engraçada. – Vítor Menezes, prazer.
- Ah, oi, Arthur Mortense. – cumprimentou o garoto.
- Combate com Varinhas? – indagou Thiago cortando os dois. – parece legal.
Vítor fez uma careta e se contorceu no banco. Olhou para o Virgilius que se sentava e meneou a cabeça.
- Diz isso porque nunca cursou essa coisa. – disse finalmente. – entrei em Palas ano passado e, bem, não era obrigatório, mas eu estava animado quando vi o cartaz, dizia coisas do tipo “aprenda a se proteger”, “livre-se de incômodos”, “um guia da auto-proteção”... Isso me animou. – Vítor parecia triste. – nunca fui bom em combates, achei que seria legal cursar, pelo menos só o Básico e... – tremeu malevolamente. – e sai correndo daquela aula logo na primeira semana. Era opcional por isso não houve problemas...
Vítor deu a última garfada em seu prato infeliz.
- Agora você terá que freqüentar. – disse Arthur pensativo.
O colega confirmou com a cabeça.
- Sim, acho que vou. Vou, na verdade.
- É tão ruim assim, a CBCV? – disse Thiago se esticando após finalmente terminar de comer. – afinal o que vocês fazem nessa aula, enfrentam dragões?
- Antes fosse. – confessou Vítor. – O Jorge Virgilius que nos dá as aulas da CBCV, dizem que faz forçado, e acredito, pois nunca se vê ele tão mal-humorado como na CBCV, não que ele tenha humor em qualquer aula, mas lá... parece que ele se tornar um coisa-ruim!
Arthur engoliu em seco.
- Por que, coisa-ruim? – perguntou. E assim que Vítor disse a primeira palavra não teve certeza se queria saber.
- Ele nos manda lutar com monstro, monstro terríveis. – Vítor tremia ao falar. – nós lutamos entre a gente também, e quando estamos indo mal... nos põem no Quarto Escuro. – acrescentou com o estômago dando duas voltas inteiras de pavor.
- Quarto Escuro? – exclamaram Arthur e Thiago juntos.
- Não me pergunte nada sobre isso, por favor. – finalizou o garoto. – e nem a ninguém que esteve lá... É terrível!
Thiago olhou para Arthur sem saber se ria ou não. O garoto achava que nada realmente perigoso podia acontecer numa escola, afinal, foi o que sempre ouvira – alguns acidentes, brigas, mas nada acima disso. Já Arthur não compartilhava desta opinião.
O Virgilius parecia ser realmente capaz de fazer algo horrível. Olhou para ele, na bancada dos professores, comia sorrindo pelo canto da boca para todos. Continuava a falar aos cochichos com Belforth. Arthur tremeu quando o homem pareceu apontar para ele.
Não, disse a si mesmo, imaginei isso.
Por que olharia para mim?
Ana Rivers se levantou nesse momento e se afastou, com seu nariz torcido, para a outra mesa. Arthur não pode deixar de notar que ela sentou ao lado de Blackheart. Seu olhar simplesmente a seguiu involuntário. Notou o garoto passar o braço por ela e lhe beijar o rosto.
- Queria, realmente, saber o que ela ver naquele cara! – disse Thiago desgostoso. – o que qualquer garota ver naquele vagabundo nojento.
- Eles são... – começou Arthur.
Thiago o interrompeu.
- Namorados? Acho que sim... – fez uma expressão de profundo nojo para os dois abraçados na outra mesa. – Blackheart a beijou, na boca, um selinho bobo se quer saber, a uns dois anos. Numa das festas que nossas famílias costumam ir.
- E ela...
- Gamou! Simplesmente aguarda desde esse dia que ele a torne sua namorada... – Thiago estava cada vez mais vermelho, sua cabeça queimava. – E sabe o que eu vi o desgraçado dizer a ela na semana passada?
Arthur meneou a cabeça.
- Que lhe daria a “honra” de sair com ele em Palas, que ela já estava “no ponto” para ser a garota Dele... – socou a mesa.
Vítor sorriu sem graça.
- Típico do Blackheart. – afirmou o garoto.
- Você o conhece? – perguntou Arthur, olhava para Thiago que fungava irritado ao seu lado.
- Sim, sou um dos muitos que ele persegue. – olhou para Arthur confiante. – como você. – e acrescentou rindo. – acho que você é o Sr. Coitado deste ano.
- QUÊ?
- Digamos que você é a vítima deste ano de Blackheart. – contou Vítor. – Mas não esquente, ano que vem ele vai te deixar em paz. Depois que acabar com você...
Thiago fitou o segundanista pasmo.
- O que te dar tanta certeza que ele vai acabar com Arthur? – alvejou.
- Ninguém, nem os caras mais velhos desafiam o Blackheart. – disse Vítor tristonho. – Ele sempre arruma um capacho para o ano, sempre acaba com ele...
- Acabou com você! – disse Thiago rindo.
Vítor sentiu o rosto corar. Estava tão quente que poderia estar com febre.
- Fala isso só porque foi o capacho do nojento do Blackheart ano passado, era calouro ano passado, não era? – atacou Thiago severamente. – Apanhou nas mãos do babaca e agora fica ai pregando que todos são fracassados como VOCÊ!
O segundanista inflou de raiva. Por um momento Arthur achou que ele fosse pular no pescoço de Thiago, contudo, ele mirou o garoto com desagrado, e ao que pareceu uma cara de choro se retirou do salão.
Para a sorte de Vítor assim que ele levantou todos começaram a se retirar também, e com isso ele não foi notado. Thiago mirou o esboço dele contornando os colegas com prazer.
- Não ligue, Arthur, iremos dar uma lição naquele Blackheart. – disse ao se levantarem. – mostraremos aquele covarde que o Tremendão é na verdade um Bobalhão.
Arthur gostaria de ter tanta certeza.
Os garotos seguiram com a revoada de alunos rumo aos dormitórios na ala oeste do castelo de Palas. Basicamente os dormitórios eram divididos em: Masculinos, lado esquerdo, Femininos, lado direito. Dentro de cada dormitório havia sete quartos, um para cada ano em Palas.
Arthur e Thiago manobraram a esquerda, seguidos pelos inspetores, dois funcionários barrigudos e cansados que pareciam prestes a desabar no sono. As meninas viraram para o lado contrário. Thiago olhou aborrecido ao ver Ana dar um beijo, no canto dos lábios de Blackheart ao se despedir dele.
Ao atravessarem um grande arco dourado os garotos chegaram aos seus dormitórios. Do lado direito do corredor havia sete portas cada uma com uma plaqueta escrita a que ano o quarto pertencia, e do lado esquerdo havia outras três portas, duas eram banheiros e a outra um velha dispensa de materiais mágicos de limpeza.
Arthur adentrou na primeira porta a direita cuja plaqueta anunciava com letras animadas, que pulavam e piscavam: 1º Ano.
O quarto era amplo e tinha cerca de quase 100 beliches de mogno, não os beliches de ferro enferrujado que Arthur costumava ver, mas grandes beliches coloniais, quase da largura de uma cama de casal. As velas do cômodo se acenderam magicamente quando os primeiranistas entraram.
Thiago avançou entre os Beliches e acabou por escolher o último, que ficava ao lado de uma janela ampla que mostrava uma bela vista do mar. Da altura que o castelo de Palas ficava da praia, encima da colina regorcijante dava para se ver muito ao além no mar, e até uma ponta do ancoradouro onde o Báltico ainda estava parado.
Arthur ficou no mesmo beliche que Thiago na parte de baixo.
- Chegou atrasado, Sr. Coitado. – brincou o garoto quando Arthur se jogou deprimido no beliche. – os primeiros ficam em cima e... que foi cara? Não me diga que ainda ta ligando para o... Zé ninguém do Blackheart?
- Não, não é ele... – disse Arthur incerto. – é que de repente me senti...
- Enjoado? – tentou Thiago encarando o garoto.
- Mal... – respondeu com sinceridade. – me sinto como se estivesse fraco, é como estar doente...
- Não é comida, é? Você comeu menos do que eu – bem menos! – mas também num é para tanto.
Arthur se deitou. Pensou que tinha que retirar as vestes escolares, mas antes que pudesse se levantar de novo tudo se apagou. Era como se alguém tirasse o mundo da tomada. Não havia vozes ou imagens ou pensamentos.
Não havia nada até que...
... que vultos escuros emergiram. Era engraçado como na total escuridão Arthur pudesse definir vultos. Foi então que ele percebeu que não estava na total escuridão. Estava no dormitório. Mas não havia mais nenhum aluno ali. O garoto tinha certeza que estava cercado de alunos há apenas um segundo.
Onde estariam todos?
Uma figura disforme que vagamente lembrava uma forma humana se debruçou sobre Arthur. Seu corpo era como fumaça e se desfazia a cada movimento. Sua grande mão negra avançou sobre o rosto do garoto e o apertou.
Presas, negras como todo o resto do corpo esfumaçado da coisa, surgiram sobre um rasgo no que pareceu a cabeça e penetrou o pescoço de Arthur, próximo ao ombro. O que escorreu do ferimento, ele notou com temor, não era sangue e sim um líquido opaco, viçoso e escuro. O fluído que saía do ferimento de Arthur desceu pela boca da criatura horripilante e caiu nos lábios do garoto.
Era amargo, um gosto distante do gosto, um gosto sem gosto, na verdade. Gelava a goela ao passar. Todo o calor de seu corpo parecia ter desaparecido, sentiu-se impulsionado a gritar, mas não podia.
Não quis gritar.
Sentiu-se dominado, preso ao monstro. Sentiu o sangue que ele carregava em sua saliva, o ardor de sua fúria. E ouviu sua voz:
- Mortense... sseu sangue ée a chasveeee! – silvou a criatura. O ar de sua respiração queimava a pele de Arthur, embora fosse frio como o gelo. – chave... sim, depois de mais de dois séculos o sangue retorna... Mortense...!
Um clarão inundou as vistas de Arthur e este se viu caído no chão de pedra, frio e duro, do quarto. Um raio acabara de cruzar pela grande janela ao seu lado. As camas ao seu redor estavam cheias de novo. Thiago roncava acima dele.
Arthur demorou a se tocar que tivera um pesadelo.
Apenas um pesadelo, pensou.
Retirou suas vestes de dormir do malão e adormeceu dez minutos depois. A visão da criatura foi se apagando de sua cabeça até que sumiu por completo. Na manhã seguinte não teria a menor lembrança dela.
E assim foi.
Quando despertou e rumou para o Salão Principal com Thiago mal tinha idéia de como adormecera, lembrava de estar conversando com o garoto quando aconteceu. Deduziu que estivesse muito exausto com tudo que ocorrera e por isso caiu no sono inesperadamente.
Thiago dissera, enquanto entulhava o café da manhã, que Arthur desabara tão de repente que todos no dormitório correrão para ver se ele passava bem. Só depois que o colega desatou a ri, deixando escapar alguma coisa que não se definia bem da boca, foi que Arthur sacou que era uma piada.
Vítor Menezes sentou-se com eles, para surpresa de Arthur. Acreditava que o garoto deveras ficara muito irritado, irritado o suficiente para sentar distante ou até em outra mesa. Contudo...
- ‘Dia. – murmurou o segundanista ao se sentar.
Sua expressão estava ainda mais infeliz que a do dia anterior. Arthur notou que o lado esquerdo de seu rosto estava inchado. E seus olhos pareciam ter derramado muitas lágrimas agora a pouco.
Não demorou muito para se descobrir porque Vítor preferira sentar com os garotos. Um grupo de garotos, quintanistas e sextanistas, gritavam coisas como “Fracote” “Bunda-Mole” “Bichinha”, enquanto davam socos no ar.
- Você não é nada popular, meu amigo. – comentou infelizmente Thiago. – porque permite que aqueles retardos fiquem zombando de você?
- Que quer que EU faça? – retrucou o garoto infeliz.
- Que se defenda.
Vítor riu.
- Pode até conhecer Blackheart e achar que se sai bem com ele, mas aquele... – a voz de Vítor vacilara, quase se calara momentaneamente. – pasmo não é o único engraçadinho por aqui...
- Para mim você que é otário. – suspirou Thiago. – ninguém nessa escola me fará de palhaço igual a você.
- Veremos se é tão capaz quanto diz. – resmungou Vítor se levantando quase sem comer nada.
Quando o segundanista sumiu das vistas dele Arthur perguntou:
- Não podia ter pegado leve com ele?
Thiago franziu a testa sério, embora risse levemente.
- Não gosto de maricotas. – respondeu com simplicidade.


Após uma aula fascinante de Feitiços, Poções e Biologia & Botânica Mágica a próxima aula de Arthur seria História da Magia. A primeira depois do almoço. Assim que ele e Thiago saíram do Salão Principal se dirigiram à sala nove no terceiro andar.
Thiago puxou um pergaminho com os horários das aulas e deu um urro de infelicidade ao verificar História da Magia.
- Que foi? – indagou Arthur distraidamente. – não estamos indo para aula certa?
- Estamos, mas bem que não queria. – lamentou o garoto. – é o tal do Jorge Virgilius que ensina História da Magia. Só espero que Vítor só tenha falado aquilo dele porque é um baita covardão!
- É tomara...
Arthur tinha sérias duvidas quanto a isso. O Virgilius lhe dava uma sensação ruim tão quanto aquela besta nos seus sonhos na noite anterior. Arthur ficou se perguntando logo em seguida com que Virgilius lhe dava sensação de que? Sonho de ontem?
Enfim percebeu que amalucara do nada. Não tivera sonhos ontem à noite.
Chegaram a sala nove.
Abriram a porta e só havia outros 5 estudantes lá dentro. O Profº Virgilius permanecia sentado em sua mesa à frente da turma lendo qualquer coisa indiferente a todos os presentes. Dois minutos depois a sala já estava lotada.
- Muito bem. – disse o homem quando o último aluno entrou. – hoje, em nossa primeira aula, comentarei um pouco do que espero de vocês para... que... possamos nos dar bem, no decorrer do ano.
Os olhos nublados, cor de carvão, de Virgilius baixou na direção de Arthur muito brevemente. Quase uma olhada casual e tornou a fitar todo o resto da turma rapidamente.
- Certamente, e espero que sim, verão que não sou um professor tão exigente. – voltou a falar. – o máximo que peço é que deixem toda e qualquer conversinha com seus colegas para longe de minha aula e... – respirou fundo, quase com ironia. – que estejam sempre em dia com suas lições extra-classe.
A primeira vista Arthur não achou Virgilius tão ruim assim. Não exigira mais que os outros professores. No entanto cada vez que olhava para o homem sentia suas costas arrepiarem, o estomago revirar. Pouco antes do sino tocar, fitou-o por quase 30 segundos direto e teve uma súbita vontade de correr da sala de aula.
Fugir de Palas.
Não faltava mais de 3 minutos para que o sinal batesse quando Arthur se sentiu fora do mundo novamente. Dessa vez não ficara apenas no escuro. Na verdade podia ver as formas da sala, ondulosas e vagas enquanto séculos pareciam passar diante dele.
Sentiu uma fera brotar de seu peito. Viu os olhos de espanto de seus colegas quando vomitou uma criatura de quase 1,40m de olhos fundos e escamas mucosas. Garras como lâminas se erguiam dos dedos do ser, assim como as presas, como cascos de ossos, na sua gengiva. Andava curvado jogando os longos fiapos de cabelos crespos para todas as direções ao andar.
Antes que o garoto pudesse segura-lo, ele já havia estrangulado quase todos na sala. Viu com temor o pescoço de Thiago se aberto por uma das garras do monstro. A coisa deu uma bebericada no líquido que escorria da cabeça decapitada sorrindo.
- Sangue... sangue Mortense em Palas. – disse se fartando do sangue do falecido Thiago. – é a chave para minha redenção... e vitória. Meu igual.
A sala sumiu e Arthur se viu assentado sobre os corpos de suas famílias. Enquanto a criatura ria ao seu lado.
- O sangue nos uni. – bracejou a criatura. – sangue que nos torna... IGUAL!
- NÃOOOOOOOOO! – berrou Arthur tropeçando em seu irmão Pedro.
Pareceu tocado ao sentir a poeira do chão de pedra de Palas. Virgilius segurava seu braço e os outros alunos pareciam preocupados. Foi então que percebeu que nada daquilo acontecera, não vomitara um monstro assassino. Todos estavam bem.
- Está bem? – rugiu Virgilius preocupado.
- Bem... – murmurou Arthur. – todos bem!
- Quê? Vamos, acho que você precisa ir até a enfermaria.
Virgilius o ergueu e o escorou saindo com ele da sala. Logo que chegaram ao corredor Arthur tentou dizer que estava bem.
- Melhor irmos a enfermaria mesmo assim. – disse quase paternalmente.
O corredor a frente tremeluziu.
Arthur desfaleceu.

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