Lembranças



Um ano havia se passado, a dor da morte de Dumbledore ainda corroia Harry por dentro. Ainda lembrava que no dia do seu aniversário de 17 anos, passara o dia todo na janela esperando pela carta do ex-diretor. Qualquer palavra, uma explicação, um sinal de vida. No final do dia teve que aceitar o que passara o verão todo tentando negar: o diretor realmente havia morrido.

Mas agora eram novos tempos, pensava Harry sentado em sua casa, com a pena na boca e os pensamentos nos velhos tempos de Hogwarts. Nos velhos amigos.... ah, os velhos amigos, a ultima vez que tivera noticia dos amigos foi no seu aniversário do ano anterior. Lembrava que estava arrumando as malas quando Edwiges chegou. Trazia alguns pergaminhos, Harry pegou e os leu. Um de Rony, um de Mione, um de Nevile, um de Hagrid, um de Luna, e de Gina.

Seu coração ainda batia forte de pensar naquela ruivinha. Tinha deixado ela no dia do enterro de Dumbledore, e a ultima vez que soube dela foi nesta carta de aniversário. Foi a ultima vez que respondeu para ela também. Mandou para a ex-namorada uma correntinha com um coração, pediu que ciudasse de Edwiges enquanto ele estivesse viajando, e pediu que ela não o procurasse. Ele sabia a missão que tinha e estava decidido a faze-la sozinho.

No dia seguinte ao seu aniversario partiu. Não havia mais como ficar na casa de seus tios já a tempos. Naquele momento, em que atingia a maioridade não havia mais também o porque. Saiu pela lareira mesmo, em direção ao Caldeirão Furado. Ali, girando na lareira viu que um novo capitulo de sua vida começava a ser escrito. Sentiu que durante aqueles segundos podia ver que havia escolhido a solidão. Avisara aos seus amigos, a mesma frase em todas as cartas: “estarei fora, viajando, não me procurem”.

Chegou ao Caldeirão Furado, carregava poucas coisas: uma pequena mala, sua varinha e a carta de Gina. Decidira assim que vira a carta que aquele seria o motivo de ele voltar: o amor por Gina. Sua viagem começava naquele momento. Encontrou uma mulher muito velha que sentava-se num dos bancos.

-Ei, Tonks! Pronta para ir?

Tonks sofria tanto como Harry com as angustias das culpas pelas mortes de Sirius e Dumbledore. Sendo assim o bruxo aceitou a auror como sua única companheira. Ver Tonks lembrava a Harry ótimos momentos de sua vida. Ele gostava dela e confiava nela. Tonks, assim como ele, não tinha mais família. Também tinha um peso muito grande nas costas: mostrar a todos que era capaz e não era uma atrapalhada que não tinha como fazer a coisa certa, na hora certa.

Dali os dois saíram. Viajariam como um jovem casal em lua-de-mel. Obviamente Tonks devia parecer mais nova (apenas estava como velha para não ser reconhecida no Caldeirão) e Harry deixara o cabelo e a barba crescer um pouco. Haviam combinado tudo na despedida em King's Cross e agora iriam colocar tudo em pratica.

Harry olhou novamente pela janela. Tonks realmente lhe trazia ótimas lembranças. As vezes, durante as viagens ela assumia um cabelo ruivo que lhe doía o coração... Gina... Lembrando-se novamente da ex-namorada resolveu que já era hora de começar a escrever. Sua vida tinha que voltar ao normal. Harry vivia recluso e escondido desde que derrotara o Senhor das Trevas. E, mesmo conhecendo quase todo o mundo, sendo mais famoso do que antes e tendo derrotado o temível Voldemort, ele ainda não havia terminado a escola.

Era hora de tomar coragem e escrever a carta. Mesmo que Hogwarts sem Dumbledore fosse algo que não podia imaginar ele tinha que faze-lo.










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Nota da autora: Povo, este é o primeiro capitulo a minha primeira fic. Por favor, ajude comentando, sugerindo, criticando, corrigindo.
Valeu, espero que vocês gostem e continuem lendo.

O capitulo 2 já esta a caminho!
Kisses,
Flá!
:)

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