O primeiro beijo



Cap. 4.: O primeiro beijo.


O tempo se passara rápido demais, e já havia dois meses que Harry estava ali na casa dos Weasleys. Pensava que já estava passando da hora de sair dali e tomar um rumo em sua vida, afinal não queria incomodar mais ninguém, sabia que todos da casa o consideravam como da família, mas não poderia negar que queria o seu canto. Sua aproximação a Gina havia se tornado ainda mais forte, porque Rony mal largava Hermione, se ela não estava lá, ele estava na casa da menina, então para não ficar sozinho Harry ficava com a ruiva.
As tardes eram ainda mais divertidas a seu lado, viviam brincando e sorrindo. Rufus andava tendo muito trabalho, por isso não ia muito até a casa da moça vê-la, o que fazia com que os dois brigassem. Infelizmente ou felizmente, Harry não sabia descrever se ficava triste ou feliz por isso. Talvez triste por ver que a menina ficava abalada, mas logo a ajudava e a via sorrir, e ficava feliz ao mesmo tempo, por ela sempre chegar e vir falar com ele, por ela confiar nele e poder "chorar" suas mágoas.
"EU DEVO TER CARA DE PALHAÇO SÓ PODE" - pensava Harry divertido.
Porém, um pouco daquilo iria acabar, pois ele já estava decidido que sairia da casa da Toca para poder seguir a sua vida. Já tinha um emprego no ministério, já havia feito o seu curso para auror ano passado junto a Snape, que na verdade era seu Prof°, no início não gostara muito da idéia, mas acabou se acostumando. Então estava decidido que falaria com os Weasleys assim que acordasse.


A manhã chegou e Harry foi abrindo seus olhos devagar. Olhou para a janela e viu que já havia clareado, Rony estava dormindo ainda, então deduziu que não era tão tarde assim, afinal não conseguira dormir direito aquela noite, acordava toda a hora de meia em meia hora ansioso para poder conversar com todos da casa, sabia que não seria muito agradável, mas ele havia tido uma idéia, se todos ali topassem ele e a família ficariam felizes.
Levantou da cama e foi até a janela, viu que estava bem frio lá fora, pois as janelas estavam embassadas, e os passarinhos que costumam cantar de manhã cedo ainda não haviam cantado suas canções matutinas. Olhou o relógio que tinha do lado da cabeceira do amigo e se espantou ao ver que ainda era 6:45 am, daqui a pouco todos estavam acordando para irem trabalhar.
Porém, aquele dia era domingo e a casa acostumava a ficar barulhenta mais tarde, mesmo assim resolveu pegar a sua roupa e tomar um banho bem quente no banheiro para ver se a tremedeira passava, mas foi tudo em vão, pois depois aquele delicioso banho ficou tremendo de frio com a mudança de temperatura. Se arrumou e desceu as escadas pé anti-pé para não fazer muito barulho na madeira, chegou com sucesso até a sala e se sentou na poltrona que estava em frente a lareira, pegou sua varinha e a acendeu. ´
" Até que aquele banho adiantou para alguma coisa, não estou com tanto frio assim” - pensava o rapaz, mas fora interrompido com um barulho vindo da cozinha.
" Será que alguém já haviam acordado?” - colocou as mãos por dentro das vestes e apertou a varinha, não queria sacá-la ainda para não ter que assustar ninguém. Foi chegando mais perto da cozinha, apertou ainda mais a varinha, chegou na porta e deu uma espiada, viu que a geladeira estava aberta...
Sorriu e ficou um pouco mais calmo, afroxou a varinha, mas ainda não soltou, olhou para a parte da geladeira que não tampava a pessoa que estava ali por trás da porta aberta, viu duas pantufas rosas e um pano rosa meio transparente. Soltou a varinha e foi rumo a mesa. O habito de sempre ficar se protegendo de tudo fez com que ele ficasse meio paranóico com relação a segurança.
- Bom dia Srª Weasley - falou sorridente e aliviado ao mesmo tempo.
- Bom dia – a mulher olhou assustada para o garoto sentado a mesa - Oh, é você Harry, me desculpe - deu um sorriso sem graça, chegou perto dele e o beijou na face - Porque acordou tão cedo? Caiu da cama?
- Talvez - ainda meio sem graça pela conversa que teria mais tarde com os Weasley, tentou não tocar muito no assunto - ansioso!
- Vai sair hoje querido?
- Não não, apenas preciso conversar com vocês, nada demais!
- Sobre? – Molly começou a arrumar a mesa de café de manhã e a quantidade de alimento que tinha ali era assustadora, pois dava para alimentar uma família inteira de gigantes.
- Mais tarde vocês irão saber.
Os dois ficaram ali conversando por muito tempo. Hora ou outra, Harry ajudava a Srª Weasley arrumar a cozinha para todos tomarem café e quando foram ver, o relógio já marcava 8:00 am. Ela subiu para se arrumar, e conforme foi amanhecendo o pessoal da casa estava acordando. Primeiro o dono da casa, Sr° Weasley, depois a mais bela de todos os seres para Harry, Gina, e pra variar Rony havia acordado por último, mas só porque a Sr° Weasley mandou Harry chamar, porque se não ele iria até mais tarde!
- Poxa mãe, hoje é domingo - disse indo até a mesa e colocando a mão no pão doce que estava ali, mas logo foi repreendido por Molly levando um tapa na mão - AIII !!!
- Espera todo o mundo chegar.
- Todo o mundo quem? - agora quem falou foi Gina, que estava quieta desde a hora que chegou.
- Gui e Fleur, Carlinhos e Chyang, Fred e Jorge e Hermione é claro.
- Será que esses dois nunca vão arranjar uma mulher pra eles não??? - brincou Rony fazendo todos da sala rirem menos a Srª Weasley
- Está enganado maninho - vindo pela porta da cozinha Fred riu da cara de assustado do irmão - mãe, pai, gente, quero apresentar pra vocês Alice Puldsfoot.
- E essa gente é Angelina Puldsfoot - apresentou Jorge.
- UAUU, vocês conseguiram gêmeas - disse Rony sonhador.
- Mas vocês não se confundem, sei lá? - perguntou Gina espantada.
- Que nada maninha... - brincou Fred
- Com o tempo acostuma - disse Jorge. Felizes com a cara de espanto de todos, afinal, era isso que os gêmeos queriam.
- Bom, sentem-se, fiquem a vontade, estamos apenas esperando o restante - disse a Srª Weasley querendo quebrar o silêncio.
Todos estavam animados e conversando muito como sempre, Hermione não demorou muito para chegar e Gui e Fleur também não, faltavam apenas Carlinhos, Chyang e....Rufus?
- Escuta Gina - Harry chegou mais próximo da moça para que todos não ficassem ouvindo - Rufus não vai vir?
- Ah Harry, quer saber? Nem to esquentando muito a cabeça não sabe? Eu sei que ele pode vir, e não sei porque não vêm! Se aparecer está ótimo, mas se não, fazer o que né? - disse um pouco desanimada, mas não mostrando muita tristeza, que na verdade, não havia também como mostrar, porque não estava triste, e sim com raiva.
- Ei ei, não fica assim ok?? – ele pegou e levantou o rosto da menina com as mãos, fazendo-a sorrir, quebrando aquele momento todo com um bocejo.
- Não dormiu bem essa noite não?? Parece cansado.
- Mais ou menos, muito pensativo talvez.
- Porquê? – perguntou ela curiosa.
- Você só vai saber quando todos estiverem juntos.
- Grrr, já disse que eu odeio isso em você? – brincou ela.
- Eu também te amo – brincou ele.
Passado alguns minutos, saíram duas pessoas da lareira da casa, Carlinhos e Chyang. Quando Harry olhou a moça ficou espantado, pois ela era a copia exata de Cho, só que bem mais velha e com mais cara de mulher. Quando eles chegaram e cumprimentaram a todos, o Sr° Weasley os chamou para a mesa de café da manhã.
- Bom, antes de iniciarmos - começou a Srª Weasley a falar, olhando fixamente para Harry - acho que Harry quer nos dizer uma coisa.
Todos pararam de conversar e ficaram ali fitando Harry e esperando que ele começasse a falar alguma coisa, mas nada saia.
- Bom - enfim saiu uma palavra - gostaria de agradecer a todos vocês por me hospedarem aqui durante esse tempo todo, mas acho que já passou da hora de eu ter que ir - ouve um grande burburinho por um tempo até ele conseguir a atenção de todos para ele novamente - só que eu só vou poder sair daqui com a autorização de vocês.
- Por mim você morava aqui a sua vida toda - falou Rony e todos concordaram.
- Fico agradecido pelo carinho de vocês, mas o que eu quero dizer é que, bom, o terreno da toca é imenso, então eu venho juntado um dinheiro para poder montar a minha própria casa sabe? Tem a herança dos meus pais também, e eu queria saber de vocês - e olhou para o Sr° e a Srª Weasley que o olhava com um olhar paterno - se eu posso construir a minha casa aqui ao lado da de vocês, prometo que não será nada muito grande, é apenas até eu conseguir construir uma família e tudo, apenas para eu não ficar sozinho em uma casa longe das pessoas que eu mais amo.
Todos ficaram olhando Harry com uma cara de pena e ao mesmo tempo satisfação, eles sabiam que o rapaz os considerava muito, mas nunca havia demonstrado isso, ainda mais depois da perda de Sirius, que foi a época que o menino ficou mais isolado de todos.
- Bom - começou o Sr° Weasley - Não ha nenhum problema Harry, no dia que você quiser é só começar a arrumar as coisas para montar a casa, e também não sei o porque de tanto drama, pensou que não deixaríamos?
Harry apenas sorriu e ficou muito feliz por saber que aquele era sua família, por mais que tenha entrado e saído gente de sua vida, aquelas eram as pessoas que ele poderia sempre contar e que estariam do seu lado sempre. Naquele momento seu olhar se cruzou com o de Gina, os dois muito sem graça, mas não pararam de se olhar, a menina que não estava muito longe dele sorriu e abaixou a cabeça. Mais tarde, depois de todos comer e rir muito com as palhaçadas dos Gêmeos, foram para a sala.
- Harry - chamou Gina num sussurro, o menino procurava quem o chamava, mas não achava - Harry, aqui atrás - ele olhou e viu a menina um pouco excluída no canto da sala, pediu licença a Rony e Mione e foi ao encontro da ruiva.
- Aconteceu alguma coisa? - perguntou Harry preocupado.
- Vamos dar uma volta? - chamou a menina com o olhar um pouco triste.
- Claro – ele pegou na mão dela e foram juntos para o jardim. Estava muito frio e por mais que estivessem agasalhados tiveram que se abraçarem de lado para não tremerem tanto. Os dois ficaram em silêncio por um longo tempo até que ela resolveu quebrar o silêncio.
- Eu não estou agüentando mais, Rufus não me liga, não diz se está tudo bem, e sempre que a gente se fala acabamos brigando.
- São fases, isso passa – diz ele tentando confortá-la.
- Espero que passe mesmo, não pretendo ficar aturando isso por muito tempo não – ela parou de frente a Harry.
- Como assim? – perguntou ele confuso.
- Bom – ela parou e ficou de frente ao rapaz – não preciso ficar me prendendo a alguém que me trata mal – ela abaixou a cabeça e deu um sorriso triste.
- Meu bem – o rapaz se aproximou mais da ruiva, levantou seu rosto com os dedos e a enlaçou pela cintura – não fica assim, eu cuido de você – ambos sorriram e se encaravam. Harry acariciava o rosto da menina com a ponta do polegar e lentamente, puxou seu rosto para mais perto. Já sentiam a respiração um do outro e logo, se entregaram a um beijo carinhoso, mas Gina logo se afastou dele.
- O que houve? - perguntou Harry meio sem graça.
- Ouvi passos - quando olhou para trás viu que Rufus estava chegando perto de sua porta, mas por sorte não havia visto nada.
- É melhor você ir lá - falou Harry desanimado não querendo deixar a menina ir.
- Sim....é melhor – ela suspirou, abaixou a cabeça e foi falar com o loiro que estava ali.



***


Genteeeeeee....eu sou mááááá..
lalalala...o que será que Rufus quer com a ruiva eim? eim?
uhauhahuahu..

curiosos? não percam o próximo cap ok?
bjuss

e comentemmm

^^

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