O Começo do Fim



"Caro Harry, espero que esteja bem. Não posso escrever muito, pois a coruja pode ser interceptada. Não sei se já publicaram no Profeta, mas hoje McGonagall junto com a Suprema Corte dos Bruxos decidiu fechar Hogwarts, pelo menos por enquanto, até tudo isso acabar. Rony e Hermione querem saber se podem passar até seu aniversário na casa de seus tios. Não posso falar mais. Espero vê-lo em breve.
Remo Lupin “.

Um garoto magricela, de quase dezessete anos estava em seu quarto, terminando de ler a carta que havia recebido. Lia a carta pensativo, estava preocupado. Ele tinha várias perguntas a serem feitas, mas que não podiam ser respondidas, pois suas cartas podiam ser interceptadas. Quem não o conhecesse diria que era um adolescente normal, preocupado a toa. Mas Harry Potter não era, seus problemas eram maiores do que qualquer pessoa podia imaginar.
Ele ainda não havia contado nada para os seus tios e nem tinha a intenção de contar. Foi logo escrevendo um sim e enviando para Rony e Hermione. Não sabia como seria a reação deles, vendo dois bruxos aparatarem em sua luxuosa sala de estar, mas nesse instante isso era o que menos o preocupava.
Nesse instante, Harry tinha assuntos mais importantes para pensar, e nesse verão ele não tinha feito outra coisa a não ser ficar no seu quarto, só saindo quando necessário, pensando. Ele queria muito ver os amigos e perguntar como estava Gina, que mesmo tentando tirá-la dos seus pensamentos não conseguia. Perguntar sobre a Ordem, se todos estavam a salvo. Ele ficou ali durante horas, como sempre fazia desde esse verão.
Então um estalo fez com que ele saísse de seus pensamentos e olhasse ao redor. Uma coruja pequena tinha batido em sua janela. Ele olhou para o relógio, não tinha visto o tempo passar. Tinha ficado ali muito tempo.
Ele abriu a carta e leu.
“Estamos indo”
Então ele ouviu outro estalo, um que ele conhecia muito bem. Alguém tinha aparatado. Olhou pela janela e viu os dois amigos apertando a campainha. Abriu a janela e gritou:
- Oi! Já vou até aí embaixo.
Harry desceu correndo e foi até a porta. Escutou alguém se aproximando em direção ao hall, mas não deu importância. Abriu a porta e encontrou seus amigos.
- É tão bom ver vocês! – Disse ele com a maior sinceridade,
- Harry! Estava com saudades!Você está bem? – Perguntou Hermione abraçando ele.
- Oi Harry. Você está bem, cara? – Perguntou Rony.
- Oi. Estou bem. Entrem.
- Ãã... seus tios sabem?-Perguntou Hermione.
- Não. – Disse Harry.
Hermione lhe olhou com censura.
- Você devia...
- Quem está aí Harry? – Perguntou tia Petúnia entrando.
- Ãã... são meus amigos... eles vão ficar uns dias aqui em casa...
- Eles são amigos do hospício?
- Hospício? – Perguntou Rony sem entender.
- Sim. Essa é Hermione Granger, e esse Ronald Weasley.
- Olá Sra. Dursley. – Disse Hermione estendendo a mão. – É um grande prazer conhecer à senhora.
Mas Petúnia não respondeu.
- Algum problema? – Perguntou Rony.
- É claro que tem algum problema, Harry não me falou nada sobre...
- Mamãe quem está aí? – Perguntou Duda acabando de entrar.
- Dudoquinha fique aí, são amigos do Harry.
Duda colocou as mãos no traseiro e saiu. Rony riu. Hermione olhou para ele.
- Vamos para a sala, para podermos falar sobre... vocês sabem. – Disse Harry.
- Espere! Eles vão ficar mesmo aqui? Espere seu tio saber! – Disse tia Petúnia.
Harry se virou e a encarou.
- Tia, não sei se a senhora sabe, mas a qualquer momento Rony e Hermione que são bruxos maiores de idade podem amaldiçoar você e o Duda se não deixarem eles ficarem aqui.
Tia Petúnia olhou amedrontada para eles. Harry não deu importância e seguiu com eles para a sala
- Harry! Você não devia ter feito isso! – Disse Hermione. – Eles podem ser chatos e tudo mais, mas são seus tios!
- Tenho certeza que você não vai falar isso depois de ficar aqui em casa.
- Os trouxas são sempre assim? – Perguntou Rony. – Eles são... estranhos.
- Não, os Dursley são sempre assim. – Respondeu Harry. – Como está todo mundo?
- Bom, não sei se você sabe, mas mataram Fudge. – Disse Rony.
- O que? Mas eles não noticiaram nada!
- O ministério está tentando fazer com que não publiquem nada, mas está sendo difícil. – Disse Hermione.
E como está Gina? – Perguntou Harry, sem conseguir se controlar.
Hermione riu.
- Ela está bem Harry.
- E Lupin como está?
- Está ótimo, principalmente agora que vai casar com Tonks. – Disse Rony.
- A Fleuma também, não para de falar no casamento. – Disse Hermione.
- Então o Gui está bem?
- Está. Greyback não consegui transformá-lo, mas ele ficou com algumas cicatrizes. – Falou Hermione
- Espero que nenhuma tenha a forma de raio. – Disse Harry.
Rony e Hermione se entreolharam.
- Harry, tudo dará certo. – Disse ela.
Eles ficaram quietos por um instante.
- Acho que temos assuntos mais importantes para falar agora. – Disse Harry. – Estava pensando em quando vamos ir atrás das horcruxes, se vocês quiserem ir é lógico.
- É claro que queremos! – Disse Hermione. – Mas acho melhor esperarmos o seu aniversário para depois pensarmos em alguma coisa.
- Concordo com a Mione! – Disse Rony. – Quem sabe no dia do seu aniversário a gente vai pra Toca e lá vemos o que vamos fazer?
- Rony tem razão Harry.
- O.K. – Concordou Harry. – Vai ser uma tarefa difícil.
- Mas nós vamos conseguir! – Disse Hermione.
Por mais difícil de acreditar nessas palavras, elas fizeram Harry se sentir bem melhor.

Logo chegou o aniversário de Harry, ele arrumou suas malas e então se despediram dos Dursley.
- Bom, acho que provavelmente essa é a última vez que vamos nos ver. Então adeus.
- Tchau. – Disseram Rony e Hermione para os Durleys.
Tia Petúnia fez uma coisa que nunca tinha feito, abraçou Harry. Tio Valter nem olhou. E os três saíram.
- Hermione, como nós vamos chegar na Toca? – Perguntou Harry.
- Ah, isso é fácil. Tonks me disse que as dez e meia de hoje ela iria aparatar aqui, aí você aparataria com ela e o Rony comigo. E agora já são dez e vinte e nove, então a qualquer momento...
Eles ouviram um estalo, e uma bruxa de cabelos rosa chiclete aparatou.
- E aí beleza Harry? Hermione, Rony?
- Tudo O.k. Tonks. Ah, eu soube do casório. – Disse Harry.
Tonks riu.
- É melhor nós irmos. Venha Harry. Espere, acho melhor enviar essa bagagem para a Toca. – Com um gesto de varinha, as malas de Harry desapareceram.
Harry foi até ela, segurou seu braço e aparataram. Então chegaram na Toca.
A Sra. Weasley já esperava por eles.
- Olá Harry querido! Feliz aniversário! Hermione como vai?. Obrigada por trazerem eles em segurança Tonks. – Disse ela abraçando Rony.
- Olá Sra. Weasley. – Disse Harry.
- Não foi nada Molly, não fiz mais que a minha obrigação.
- Vamos entrar então. Não é bom ficar na rua nesses tempos.- Disse a Sra. Weasley.
Harry, Rony, Hermione e Tonks entraram junto com a Sra. Weasley para a Toca. Continuava igual á sempre.
- Arry! – Disse uma linda moça de cabelos louros prateados. – Gabrielle estah vindo para meu casamento! Eston tão feliz! – E deu dois beijos em sua bochecha.
- Que bom Fleur. – Disse Harry.
A Sra. Weasley olhou para o relógio em que mostrava os nove Weasley.
- Que bom! Arthur está vindo! Ele pediu uma folga no ministério para podermos passar o seu aniversário com você Harry.
- Que legal. O trabalho dele está bom? – Falou Harry.
- Está Harry. Mas estão tendo muitas ocorrências de falsos amuletos, ele quase não para em casa. E agora também está tendo muitos novos problemas, e o ministro disse que vai promover Arthur a uma nova cessão e aí... – Mas a conversa foi interrompida por uma batida na porta.
A Sra. Weasley foi até lá.
- Arthur é você?
- Qual a sua geléia preferida Molly?
- Não vejo o porque...
- Molly!
- Arthur! Não vejo o porque...
O Sr. Weasley suspirou.
- O.k, dessa vez passa. Mas só dessa vez!
A Sra. Weasley abriu a porta.
- Bom dia para todos! Feliz aniversário Harry!
- Obrigada Sr. Weasley.
- Vou começar a preparar o almoço. Ajude Harry a levar as malas até seu quarto Rony. – Disse a Sra. Weasley.

Após eles arrumarem as malas, e conversarem um pouco, a Sra. Weasley os chamou para o almoço. Harry estava nervoso, pois com certeza agora ele iria ver Gina.
Eles iriam almoçar no jardim, para todos se acomodarem. Para surpresa de Harry, Hagrid veio comemorar o aniversário dele.
- Oi Harry! Como andam as coisas?
- Bom... estou indo. E o Bicu... quer dizer Azafugaz?
- Está bem. Você tem que ver Grope Harry, agora que ele pode andar pelos terrenos de Hogwarts anda muito feliz. – Ele puxou um lenço e enxugou umas lágrimas que caíram de seus olhos. – Hogwarts está muito diferente sem Dumbledore, nunca pesei que veria a escola sem ele.
- Eu também nunca tinha pensado nisso.
- Harry! Como vai? – Disse Lupin entrando no jardim, cujas vestes cada vez mais remendadas. – Feliz aniversário.
- Olá, tudo bem?
- Tudo... apesar desses tempos difíceis, estou mais animado com meu casamento. Harry estive em Hogwarts, e como você já deve saber, cada ex-diretor tem um quadro em Hogwarts, e Dumbledore agora tem o seu. Com um quadro ele pode conversar, e eu andei conversando com ele. Dumbledore me contou o que vocês estavam fazendo e me falou sobre as horcruxes. Eu, Hagrid e Alastor estamos procurando informações sobre elas, e qualquer coisa que descobrimos contaremos para você. Agora eu e Hagrid precisamos conversar com Arthur.
E os dois saíram.
- Oi Harry. – Disse uma voz atrás dele. – Feliz aniversário.
Harry se virou e a viu. Estava mais bonita do que da última vez que havia a visto. Seus cabelos ruivos que lhe caiam sobre a cintura emolduravam seu rosto.
- Oi... Gina. – Disse Harry. – Você está bem?
- Estou. – E sorriu para ele.
- Harry, Gina, depois vocês conversam. Venham almoçar. – Falou a Sra. Weasley.
Harry repetiu três vezes a deliciosa comida da Sra. Weasley, e depois comeu três belos pedaços de bolo.
- Harry, estive pensando se você não quer dar uma volta pelo povoado. – Sugeriu Hagrid. – Eu e Lupin vamos com você. Hermione e Rony também podem ir.
Harry que queria muito sair confirmou.
- E quando vamos?
- Não sei, talvez amanhã, o que você acha?
- Por mim tudo bem.

No outro dia, Harry Rony e Hermione aguardaram Hagrid e Lupin chegarem e se despediram da Sra. Weasley.
- Tomem cuidado!
- Não se preocupe Molly, é só uma volta. Voltaremos antes do almoço. – Falou Lupin. – Vocês já passaram nos testes de aparatação?
- Hermione já. Eu e o Rony ainda não. – Respondeu Harry.
- Hum... então acho que vamos andar um pouco. Tchau Molly!
- Tchau. Cuidem-se!
Eles caminharam pelas vizinhanças desertas. Passaram por algumas lojas que ainda estavam fechadas. Enquanto olhavam uma vitrine de vassouras, uma voz arrastada fez com que eles se virassem para trás.
- Não sei porque temos que vir até aqui tia. Esse povoado não é do tipo que precisamos freqüentar. – Disse Draco Malfoy.
- Mas é preciso. Ele mandou a gente vir até aqui, você sabe porque. – Disse Bellatriz Lestrange.
- Já era de imaginar. Esse lugar é bem do tipo que traidores do sangue escolheriam para morar. Espero que não tenhamos de ficar aqui por muito tempo. Mas até agora não vi o chiqueiro que eles vivem. Será que estamos no lugar certo? – Disse Draco.
- Trabalhando para o Lorde? – Perguntou Harry sem conseguir se controlar.
- Harry não! – Disse Hermione.
- Algum problema sangue-ruim? Está com medo? – Perguntou Draco se virando.
- Ela nunca teria medo de você! – Disse Harry erguendo a varinha.
- Olhe Draco, ele está querendo nos enfrentar. Tome cuidado bebezinho Potter, você agora não tem Dumbledore para lhe proteger. – Disse Bella. - Venha Draco, temos coisas mais importantes para fazer.
- Seu mestre não vai ficar nada satisfeito em saber que vocês me viram e não tentaram me pegar.
- Harry para! – Disse Hermione.
- Você não sabe nada sobre quando o Lord das Trevas fica satisfeito. Venha Draco, o ambiente agora foi invadido por uma sangue ruim. Aparate para você-sabe-aonde. Tome cuidado Potter, é a única coisa que tenho para lhe dizer.
E os dois aparataram.
- Vamos, é melhor voltarmos para a Toca.
- O que você acha que eles estão fazendo aqui? – Perguntou Harry.
- Não sei, mas acho que não deve ser nada de bom.
- Estive pensando... acho que eles estão aqui para me vigiar...
- Não sei Harry, mas se fosse mesmo por isso, eles poderiam ter atacado você agora mesmo. – Disse Rony.
- Com desvantagem de cinco para dois? – Disse Harry. – Eu acho que não posso mais esperar, tenho que ir atrás dele.
- Atrás de Voldemort? – Perguntou Hermione.
- Sim.
- Tem certeza Harry? – Perguntou Lupin – É muito perigoso.
- Tenho. Não posso mais esperar.
- E os casamentos? – Perguntou Hagrid.
- Desculpa... mas acho que não vou poder esperar mais. Espero que vocês entendam.
- Nós vamos com você Harry! – Disse Rony.
- Mas... e Gui? O casamento de seu irmão? Você disse que não perderia por nada.
- Eu sei... mas ele vai entender. Isso é mais importante.
- Mas Molly será que vai deixar? E os testes de apartação? Vocês tem que fazer! É muito importante. – Perguntou Lupin.
- Já vimos que não existe mais nenhum lugar seguro. Draco e Belatriz Lestrange, estão aqui! E quanto aos testes os fazemos no caminho. Primeiro nós só vamos ir atrás das horcruxes. Depois atrás de Voldemort. Não vai ser um adeus, só um até logo. – Disse Harry,
- E quando vocês vão ir?
- Acho que hoje depois do almoço. A gente acha um lugar para dormir. Só vamos arrumar nossas coisas se despedir da mãe de Rony, e irmos. Tudo bem para vocês?
- Sim. Já esperava que você fosse querer isso Harry. – Disse Hermione.
- Por mim também está tudo o.k. – Disse Rony.
Então eles seguiram caminho até a Toca. Depois disso, só havia um destino, ir atrás de Voldemort.

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