O Retorno de Cho



Harry chegou em sua pequena sala no Ministério da Magia completamente atordoado, jogando o casaco no chão e se esticando no sofá de couro que Hermione comprara a alguns meses. Sua sala era diferente dos outros aurores, pois era a única que tinha fixado na porta o nome do dono.

Algumas vezes Harry surpreendia alguém encostado junto à porta, apontando para a placa com seu nome enquanto batiam uma foto.
Ele esperava que aos poucos todos fossem se acostumando com sua presença, já que depois da morte de Lord Voldemort, Harry passava mais tempo no escritório fazendo trabalhos burocráticos.

Enquanto uma leve chuva batia em sua janela, Harry ficou a pensar na loucura que ele e Hermione cometeram... E se ela tivesse engravidado, o que ele iria fazer?
Seus olhos presenciaram a loucura cometida por aqueles bruxos a alguns dias. Para eles nada de mal acontecera já que continuavam a levar suas vidas normalmente. Muitos deles até trabalhavam com Harry ali no ministério.
Mas era isto que Hermione queria ao conduzi-lo na cama, ela queria um filho.
Mesmo que Harry tenta-se racionalmente pensar em algo ele fazia qualquer coisa por Hermione, até ousar entrar numa igreja mesmo sendo ateu confesso para observá-la enquanto reza, como um cão de guarda pronto a afastar os intrusos.

Este lampejo de fé de Hermione era resquício de sua origem trouxa. Fazia-lhe bem se sentar na primeira fileira junto ao altar, enquanto que Harry andava no fundo da capela inquieto.
No ministério comentavam em tom jocoso que o ateu ia vigiar a sua santa e levá-la para a igreja todo domingo pela manhã, bastante sonolento e de mau humor.

A governanta da casa à senhora O’toole gostava por demais de Hermione e incentivava a união dos dois, dizendo como seria lindo um filho que nascesse dela e Harry, já sabendo como Hermione estava louca para emprenhar depois de 03 anos de casada, mesmo que isso atrapalhasse seu sonho de se tornar professa em Hogwarts. Ela ensinou algumas poções para Hermione que fariam qualquer mulher engravidar, independente de sua idade ou saúde.
O sexo era ótimo e era natural que fosse, ambos tinham necessidade de se entregar um ao outro. Eram jovens com um vigor sexual a flor da pele.
Não era difícil para Harry ter uma ereção ao observar Hermione levantar-se da cama logo pela manhã.
Para Hermione bastava sentir o cheiro de Harry impregnado na roupa, nos lençóis para seu coração bater mais forte e suas pernas tremerem.
Eles se olhavam como se quisessem fazer amor sem se importar com os presentes.

Alguém bateu na porta e Harry assustou-se. Por um momento ele tinha se esquecido que Cho estaria chegando.
Rapidamente pulou do sofá, pegou o casaco e sentou-se em sua cadeira, ajeitando o retrato de Hermione para observá-la sorrindo enquanto Cho estivesse ali.
A secretária de Harry abriu a porta e Cho passou por ela entrando na sala, observando aquele modesto escritório. Usava um conjuntinho preto, obviamente com segundas intenções.
Ela parecia mais solícita que Harry e quase pulou em seus braços se ele não estivesse esticado a mão de modo mais cortes.
Cho esperava mais de Harry, afinal eles não se vinham há quatro anos e ele não poderia negar que eles tinham vivido um grande affair no seu 5° ano de Hogwarts.

Apesar de estar incomodado com a situação (imagine se Hermione ficasse sabendo que Cho esteve em seu escritório, será que ela entenderia que não há mais nada entre ele e a garota e que tudo foi uma paixonite estudantil, boba e fugaz) Harry manteve-se calma ouvindo Cho contar de sua estadia em Praga, aprofundando seus estudos em Magia e se preparando para competir pela vaga de professora de defesa contra a arte das trevas em Hogwarts.
Harry levou um choque, ele sabia que Draco Malfoy e Parvati Patil almejavam o mesmo cargo que Hermione, mas agora Cho também queria aquela cadeira.
Por uma fração de segundo Harry se perguntou porque todos os últimos alunos de Hogwarts antes da morte de Dumbledore queria aquela vaga, mas com medo de ser visto por alguém conhecido convidou Cho para irem numa cafeteria ali perto.
Apesar de demonstrar cordialidade Harry estava entediado com as perguntas de Cho. Ela queria saber como estavam todos e perguntou sobre Neville, Gina, Luna e Rony, mas ela não perguntou sobre Hermione.
Harry fez questão que ela nota-se a sua aliança e batia os dedos contra a mesa fazendo barulho.
Depois de falar que Neville e Gina tinham se casado. Luna estava à frente do Pasquim e que ele e Rony tinham cortado relações, Harry decidiu deixar tudo bem claro e contou que tinha se casado com Hermione assim que derrotou Voldemort.

Cho pareceu não se importar com aquela notícia e maliciosamente colocou sua mão sobre a mão de Harry, tocando a sua aliança.
Harry ficou chocado, dando um pulo da mesa, derrubando a cadeira no chão e café em sua camisa.
Deixou Cho sentada ali e voltou para o Ministério, batendo a porta do seu escritório se jogando novamente no sofá. Um arrepio percorreu todo o seu corpo em pensar em Hermione.
Ela entenderia aquela estranha visita de Cho?

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.