Sr. Weasley, Sr. Weasley...

Sr. Weasley, Sr. Weasley...



ÚLTIMO CAPÍTULO! - finalmente!!
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Um mês antes do fim do ano letivo, Lucy mandou uma coruja para seus pais, contando que estava melhor, que tinha ido bem nos exames finais e tinha certeza de que passara de ano. ( uma coisa óbvia, depois da fase nerd pela qual ela passou...)
Na carta de resposta de seus pais, eles disseram que ficaram felizes por ela e que, infelizmente, teriam que viajar no dia em que ela voltasse de Hogwarts. Eles iriam para a Dinamarca, não muito longe dali, a trabalho.” Essa é a grande desvantagem de ter pais trouxas e paleontólogos! Ficam correndo feito loucos atrás de dinossauros!” Então, eles buscariam Lucy na estação King’s Cross e depois iriam para o aeroporto. Os pais de Lucy não costumavam viajar muito, mas esse ano, parecia que tudo estava diferente, então, ela não fez objeções. Pois, esperava que Gui estivesse lá, esperando-a.
Mas, infelizmente, isso não aconteceu. Lucy chegara em Londres. Ela procurou por Gui, mas não o encontrou.
Seus pais a levaram para casa e, em seguida, foram embora. A garota, para não preocupar os pais, fingiu ainda estar feliz e despediu-se deles com alegria. Mas, na verdade, ela estava muito insegura, ela não sabia que Gui estava cheio de trabalho, será que ele tiraria férias e poderia ir vê-la? Ela simplesmente não sabia.
“Talvez ele não goste mais de mim. Talvez ele realmente tenha acreditado naquela história idiota!!! O que eu faço???” Era isso que ela pensava. Eram coisas totalmente sem sentido. Lucy sabia que Fred contara a Gui tudo o que aconteceu e que, agora, tudo já estava esclarecido. Mas ela não parou para pensar em mais nada.

Mais uma vez, a garota desfez suas malas e separou as lições extras para as férias em cima de uma escrivaninha que ficava em frente a sua cama, encostada na parede. Seu quarto era, consideravelmente grande, já que era filha única, tinha mais espaço. As paredes do quarto eram azuis, em cima da escrivaninha havia um computador. Sua cama era de casal, a garota não ocupava muito espaço na cama, mas gostava dela, pois ela podia se esparramar. Do lado da cama, havia uma pequena cômoda, com alguns livros e um abajur em cima, que ascendia se você encostasse nele.
Lucy dormiu com facilidade, estava muito cansada por causa da viagem. Mas, o que faria dali pra frente?

No dia seguinte, quando acordou, já era tarde, onze horas. Ela não estava com fome. Não tinha como falar com Gui... não sabia nem ao menos se ele viria realmente vê-la.

A noite chegou, ao tempo parecia se arrastar. Eram dez horas, Lucy colocou uma camisola, apagou as luzes e sentou em sua cama. Não conseguia parar de pensar em Gui. Por que ele não fora lhe ver quando ela voltou de Hogwarts? Será que acontecera alguma coisa com ele?
Várias dúvidas e suposições passeavam pela cabeça de garota. Ela concluiu que ele deveria estar bem e que, talvez, tivesse se esquecido dela, ou não queria mais vê-la. Talvez Fred tivesse lhe dito que Gui iria encontra-la na estação apenas para que ela se sentisse melhor. Ela não podia culpa-lo, considerando o estado em que ela estava. Mas não acreditaria que Gui faria isso com ela.
Ela resolveu se deitar. Começou a sonhar, mas não era um sonho comum, eram as lembranças de todos os momentos que ela passara com Gui, bons e maus. Ela devia ter aproveitado mais, ainda não conseguia se imaginar vivendo sem ele por perto, o que faria dali pra frente? Ela não sabia mais se era melhor viver ou morrer. Tudo estava escuro em sua mente, estava totalmente perdida. Ela começou a chorar e, de repente, ouviu uma voz conhecida, a voz Gui, e ele a chamava. Lucy queria que ele realmente a estivesse chamando, não valeria a pena se tudo o que sobrasse fossem lembranças e sonhos.

Lucy acordou. Gui estava ajoelhado ao lado de sua cama, preocupado. Ela ascendeu a luz. E viu seu rosto, o mesmo rosto lindo de sempre.

- Puxa Lu, você me assustou! Você tava chorando enquanto dormia e...
Ele não conseguiu terminar. Lucy se jogara em cima dele e começara a chorar desesperadamente.
- Eu pensei que...você...- ela mal conseguia falar, sua alegria era tão grande ao ver Gui ao seu lado novamente, que ela o abraçava o mais forte que podia, com medo de tudo ser um sonho, de que ele desaparecesse ou se virasse e partisse.
- Calma, eu to aqui, o Fred me mandou uma coruja explicando tudo- Ela não disse nada, as lágrimas rolavam se parar por seu rosto.- Desculpa, desculpa, eu prometo que nunca mais te abandono.
- Jura?- perguntou ela, engolindo o choro.
- Juro.- disse ele, num doce sorriso.

Gui limpou os olhos de sua namorada e lhe beijou. Foi o melhor e mais profundo beijo de toda a história.
- Eu senti muito a sua falta- disse Lucy recuperando o fôlego.
- Eu também senti muito a sua falta. Eu quase enlouqueci com todo esse tempo, pensando que você tinha mentido pra mim, sem poder te ver, te beijar.
- Ahã. Mais, por que você não veio me ver antes? Eu fiquei paranóica, pensando em várias besteiras.
- Eu tive alguns probleminhas no trabalho,- explicou Gui.- algum trouxa ficou preso em um dos feitiços das minas e deu a maior confusão!!! Então, eles só me deixaram tirar férias agora.
- Sei, sei...- brincou Lucy.
- A propósito, cadê o meu anel?- lembrou-se ele.
- Que anel? - disse ela, com cara de esquecida.- Ah, aquele anel, você achou que eu ia guardar aquilo, achou?
- Como assim aquilo?!- indignou-se, Gui.- Foi o anel de compromisso que eu te dei!
Ah, tá aqui- disse Lucy, abrindo uma gaveta na pequena cômoda ao lado de sua cama.- Eu guardei! Você achou, nem que seja por um momento, que eu ia jogar fora???
- Hum... – disse ele, mudando de assunto.- Você vai para o sétimo ano de Hogwarts, não é?
- É, e quando acabar, vou lá pro Egito, arrumar uma vaga pra trabalhar com o Gringotes como conjuradora de feitiços, eu faço, você desfaz.- disse ela, seriamente.- Vou ficar lá pentelhando, como sua estagiária, hehe.
- Então, acho que um ou dois anos são suficientes.- concluiu, Gui.
- Suficientes pra quê?- questionou, a garota.- Posso saber??
- Um ou dois anos...- começou, ele.- É o tempo que a gente vai ficar noivo, antes de se casar.
- O QUÊ??????- disse, Lucy, abismada. Ele só podia estar brincando, ela tinha apenas dezessete anos.
- É isso ai que você ouviu- disse, Gui, tirando uma pequena caixa do bolso.

O rapaz abriu a caixa, e dentro havia um anel de ouro branco, tão claro que realmente parecia branco, com uma pequena pedra brilhante no meio. Ele tirou o anel da caixa, pegou a mão de Lucy e retirou o antigo anel prateado de sua mão.

- Quer se casar comigo? –sussurrou ele em seu ouvido, colocando o anel de noivado no dedo dela.
- Qual resposta te agradaria mais?- brincou ela.
- Qualquer uma- disse ele.- Mas se for não, eu te mato mesmo.
- Então eu escolho o .... SIM!!!!- disse ela, tão feliz, e se sentindo tão leve que poderia voar naquele instante.

Os dois começaram a se beijar, não conseguiam parar e não havia como. A casa estava vazia.
Quando Gui acabara de tirar a blusa, uma lembrança não muito boa veio à cabeça de Lucy, ela não esperaria, tinha que perguntar, ali e agora:
- Gui, quem era aquela mulher, a Kelly?
- Bem...digamos que eu tenha cometido o grave erro de falar que ela era bonita, uma vez, quando eu estava no sétimo ano de Hogwarts. A partir daí, ela começou a me perseguir e a falar pra todo mundo que eu tinha beijado ela e que era apaixonado por ela.- explicou, ele.- Aquela Kelly é uma doida.
- E, quem você prefere?- ela sabia que não era uma pergunta muito apropriada, mas ela precisava saber. Não viveria com aquela dúvida, com aquela imagem na sua cabeça, de uma loira aguada dizendo: “ Você é só uma brincadeira para ele...”
- Eu prefiro aquela que será a futura Sra. Weasley.
- Ow...espera aí- disse Lucy, esquecendo-se por completo de toda a história anterior.- quando a gente se casar eu vou ter uns, sei lá, dezenove ou vinte anos, não é?
- É, por quê?- perguntou, Gui, confuso.
- Ser uma Senhora, com essa idade, não sei não...
- Quer dizer que você prefere não casar?!?- disse ele, com cara de bravo.
- Hum...não, é claro que eu caso, por você eu faço qualquer sacrifício.- disse ela, jogando a camisa dele longe.
- Qualquer um?- perguntou ele, num tom nem um pouco formal.
- É...por quê?- disse Lucy, desconfiada.- O que você tá pensando?
- Você já vai descobrir.

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