Férias de Inverno



Evoluxa: Ok... nós somos mto, mas mto enrolonas msm!! Haiuahiauha

Samy: mas msm d férias as coisas não estão saindo como o planejado...

E: Gostaríamos de ter postado esse cap como presente de Natal, ou pelo menos perto... mas obvio que não deu...

Sa: 1º pq nós duas fomos viajar cada uma pra um lugar diferente, por períodos diferentes e praticamente sem acesso a Internet!

E: Depois o site ficou fora do ar... e dps a gente foi viajar de novo!! (afinal tb somos filhas de Deus, neh?)

Sa: e qdo voltamos, o que? Site fora do ar de novo! Haiuahiauha

E: passados os transtornos e ameaças de morte, aqui estamos nós... não vamos responder os comentários hoje para não atrasar mais, vai q o site sai do ar de novo, não é mesmo?!

Sa: Então é isso pessoal! Esperamos que vocês gostem!

E: e continuem comentando ou vamos postar de novo a nossa lista negra!! *risada maligna!*

BJOS!

*********



CAPÍTULO 19 – “Férias de Inverno”


Harry passara todas as férias de inverno em Hogwarts, com exceção do quinto ano quando estivera ali no número 12 do Largo Grimmaldi, com Sirius, outros membros da Ordem da Fênix e toda a família Weasley. Mas para alunos “normais”, as férias de inverno eram momentos felizes de voltar para as famílias, celebrar o Natal e a entrada do Ano Novo.

Com Louis e Lily por perto será que os garotos iriam conseguir fazer o que pretendiam?? Pelo que ele sabia dos marotos sobre se tornarem animagos isso só aconteceria no 5º ano e depois de muito estudo... Para saber ter as respostas que procurava, Harry teve que se concentrar na próxima foto que já começava.




A primeira semana das férias transcorreu com extrema tranqüilidade, pois a escola toda contava com menos de 15 alunos, sendo 7 da Grifinória , 2 da Sonserina, 3 da Corvinal e mais 2 da Lufa-Lufa. No banquete da véspera de Natal o diretor convocou todos os alunos a compartilharem a mesa com os poucos professores restantes na escola, o que não fez o grupo todo passar de 20 pessoas.

O jantar transcorreu calmo e só o diretor, que usava flamejantes vestes vermelho vivo e um chapéu verde musgo com as cores do Natal, conversava animadamente com todos os presentes, oferecendo e pedindo pratos diversos do banquete, tentando fazê-los partilhar do clima natalino.

Mesmo os alunos estando todos juntos na mesa, as divisões continuavam. Snape só conversava tediosamente com o outro sonserino, e assim que ambos terminaram rapidamente de comer deixaram a mesa quase de forma mal-educada. Tiago e Sirius cochichavam o tempo todo um assunto que parecia aborrecer profundamente a Remo, mas o loiro não proferiu nenhuma objeção.

Lily e Louis sentaram-se perto de uma aluna da grifinória do 5º ano, e as três conversavam animadas. Um outro aluno da Grifinória que estava no 7º ano, comia em companhia dos corvinais, enquanto os 2 lufa-lufas conversavam somente entre si. Com muita discrição, a 5anista da Grifinória fez Louis perceber que David a observava silenciosamente do outro lado da mesa, e a morena sorriu para ele quando seus olhares se cruzaram por alguns instantes antes dela volta sua atenção para Lily novamente.

Ainda não eram 10 horas quando todos se retiraram do Salão Principal, voltando aos respectivos salões comunais. Na torre da Grifinória, Remo, Tiago e Sirius esperavam todos irem para os dormitórios para sair escondidos sob a capa da invisibilidade, seguindo em direção a biblioteca, mais precisamente em direção a Seção Reservada.

_ Vocês fazem idéia de quantas regras estamos quebrando? – exasperou-se Remo que havia tentado persuadir os amigos de todas as maneiras a desistir do plano bolado durante o jantar.

_ Várias... – sussurrou Tiago animado – uma só pelo fato de estarmos acordados... outra por estarmos fora dos dormitórios...

_ Porte ilegal de objeto mágico... – lembrou Sirius com os olhos brilhantes – além do acesso a área proibida...

_ Sim, nós sabemos, Remo... – falou Tiago arfando de ansiedade – a diferença é que não ligamos... – completou ele e Sirius sufocou uma risada – agora vamos logo...

_ Porque não podemos fazer isso amanhã de manhã? – perguntou Remo ainda indeciso – não é crime nenhum ir a biblioteca...

_ Para você não... mas seria no mínimo estranho a gente aqui... poderíamos acabar levantando suspeitas.. – explicou Sirius.

_ E devemos desviar o máximo possível a atenção dessa história... ficaríamos realmente enrascados se alguém descobrisse nossas intenções... – argumentou Tiago.

_ Então está explicado porque vocês se dedicam tanto a conseguir tantas detenções... – resmungou Remo.

_ Hum... também... – respondeu Tiago rindo – às vezes elas até servem de disfarce...

_ Silêncio agora... – avisou Sirius apontando para Madame Nor-r-ra que acabara de aparecer no final do corredor – qualquer barulho e vamos ser descobertos...

Eles esperaram silenciosos que a gata continuasse sua ronda e só então seguiram o caminho até a biblioteca. Ao entrarem lá, trancaram a porta e despiram a capa.

_ Se vamos mesmo fazer, vamos fazer logo... – resignou-se Remo – onde ficam os livros que vocês pegaram para o relatório de animagia?

_ Aqueles não vão servir... – falou Tiago entrando com pressa na Seção Reservada – esgotamos as informações que tinham lá só para fazer o relatório...

_ Tudo sobre animagia, mas nada de útil sobre como efetivamente se tornar um animago... – explicou Sirius seguindo o amigo.

Os três recolheram vários livros que poderiam interessar sobre o assunto e começaram pesquisar avidamente nas centenas de páginas disponíveis, quando o relógio de Remo apitou 4 horas da madrugada eles se deram por vencidos devolvendo os livros e saíram da biblioteca frustrados.

_ Quatro horas de pesquisa para descobrirmos só o que já sabíamos... – irritou-se Tiago.

_ Porque esses livros estão na Seção Reservada se só trazem baboseiras? Que tipo de perigo poderiam oferecer? – indignou-se Sirius com os resultados infrutíferos.

_ Pelo menos agora sabemos que animagia é muito mais complicado do que imaginávamos – falou Remo – e que nenhum animago escolhe o animal que vai se tornar, embora o feitiço certo possa revelar o animal... – ponderou o loiro esfregando os olhos de sono.

_ Ainda sobraram alguns livros que não olhamos... – lembrou Tiago esperançoso – talvez tenhamos mais sorte amanhã...

_ Talvez... – rendeu-se Remo, para o espanto dos outros dois.

Devido a precaução de manterem-se sempre totalmente cobertos pela capa, os passos eram lentos e cuidadosos e só depois de mais de meia hora os alunos finalmente conseguiram chegar a Torre da Grifinória e despencar exaustos de sono em suas camas.

_ Feliz Natal para vocês... – sussurrou Tiago antes de adormecer profundamente.

_ Feliz Natal... – responderam Sirius e Remo despencando em suas camas, também muito sonolentos.


***

_ FELIZ NATAL! – soou a voz límpida e alegre de Louis dentro do dormitório feminino do 3º ano.

_ Feliz Natal! – respondeu Lily também saltando da cama.

_ Presentes! – exclamou Louis apontando para as 2 pequenas pilhas de presentes colocados aos pés das camas das garotas.

Lily ganhara dos pais um gracioso conjunto de cachecol, touca e luvas verdes que destacavam seus olhos de maneira encantadora e uma linda cesta enfeitada de seus doces trouxas favoritos com um lindo cartão no qual sua mãe lhe desejava Feliz Natal e dizia que estava com saudades.

De Mel, a ruiva ganhou um par de presilhas para prender o cabelo que tomavam a forma e a cor que a pessoa quisesse (de estrela, de coração, de borboleta, azul, vermelho, amarelo, etc) e um cartão postal com a família Wellek acenando animada em Paris e a Torre Eiffel ao fundo, também desejando Feliz Natal.

O presente de Louis era um pequeno embrulho decorado com papel dourado e maças vermelhas. Lily abriu o pacote e encontrou um diário de couro vermelho e brilhante que cintilava à luz que entrava pela janela com bordas e uma fechadura dourada.

_ Mamãe pôs um feitiço realmente interessante neste diário... – falou Louis entusiasmada – sempre que você escrever nele vão aparecer frases para você...

_ Mas de quem são as frases? – perguntou Lily admirando as folhas do diário trabalhadas com corações nos cantos.

_ Da sabedoria antiga, de bruxos famosos, alguns ditados populares... – explicou a morena – na maioria das vezes são frases engraçadas, alguns trocadilhos e etc... espero que você goste!

_ Eu adorei! – falou a ruiva abraçando a amiga.

Louis também abriu seus presentes. De seus pais ela ganhou uma nova vassoura, não a mais moderna, pois eles não tinham dinheiro para isso, mas já era bem melhor do que a que ela tinha até então. De Mel, além do cartão idêntico ao de Lily, ela ganhou um livro com toda a história e as fotos de todas as jogadoras de todos os tempos do Holyhead Harpies, o time de quadribol favorito da garota, e dos pais de Remo, Louis ganhou uma caixa de doces e chocolates.

_ Queria te dar um presente tão legal quanto o que você me deu, Louis, mas você sabe que meus pais são trouxas e eu não pude ir sozinha ao Beco Diagonal... – explicou Lily insegura entregando uma caixa azul – espero que você goste...

Louis abriu a caixa e de dentro tirou uma linda miniatura de bruxinha com longos cabelos negros e brilhantes olhos azul turquesa.

_ Achei que se parecia com você... – justificou a ruiva enquanto a morena admirava absorta a miniatura.

_ É linda, Lily! Quem me dera um dia me parecer com ela... – suspirou Louis sorrindo e observando cada minucioso detalhe da estátua – preciso ir entregar o presente do Remo, você vem comigo? – perguntou ela quando finalmente conseguiu desgrudar os olhos do presente encantador.

_ Hã... acho que não... vou descer e te encontro no café... – esquivou-se Lily.

_ Ok então... – falou Louis saindo do quarto ainda de pijamas.

_ O que é que você comprou para ele? – perguntou Lily notando que a garota não tinha nada nas mãos.

_ Ahh, não sei ainda... – ela sorriu – ele ainda vai ter que escolher... – completou ela dando de ombros e saindo.

Quando ela chegou no dormitório dos meninos, abriu a porta já gritando “FELIZ NATAL” e pulando na beirada da cama de Remo que assustado acabou quase caindo da cama.

_ Você não dorme nunca, Whitefield? – resmungou Sirius de mau humor, colocando o travesseiro sobre a cabeça.

_ Eu? Durmo é claro que sim... – respondeu ela intrigada.

_ Não parece... – retrucou Tiago – que horas são?

_ Já são oito e meia... – respondeu ela – mas pelo jeito vocês vão continuar dormindo... – concluiu ao ver que até Remo já estava pegando no sono novamente – bom, só vim trazer o seu presente Remo... Lily está me esperando para descermos tomar o café... Feliz Natal, meninos – falou ela deixando um pergaminho enrolado na cabeceira da cama do loiro.



Horas mais tarde, os três já estavam recuperados da noite na biblioteca e finalmente resolveram levantar para não perder o horário o Almoço de Natal.

Três pilhas de presentes estavam postas aos pés das camas dos garotos. A de Tiago era enorme, com pacotes muito coloridos, aparentemente toda a família Potter mandava presentes para o garoto. A de Remo era bem menor e continha apenas dois pacote de seus pais, um da mãe de Louis e o pergaminho que a garota havia deixado ali de manhã.

A de Sirius tinha vários embrulhos de papel negro e opaco, uma linda caixa igual aos que os pais de Tiago haviam mandado para o filho, uma cartela de bombons em forma de coração que formavam o nome “MEGAN” (que foi logo jogado de lado!), e uma pequena e simples caixinha pouco maior do que uma caixa de fósforos, embrulhada em papel prateado.

_ Ei! Eu vou começar a ficar com ciúmes assim... – brincou Tiago ao ver a caixa de presente dos Potter para Sirius, porém o moreno nem deu atenção a ela, pois seus olhos estavam fixos na caixinha pequena.

_ De quem é esse presente? – perguntou Remo ao ver como o amigo estava sério.

_ Minha prima Andrômeda... – falou Sirius afetado, tirando uma correntinha prata com um pingente de dentro da caixinha.

Ele olhou absorto para o presente por algum tempo e então pôs a corrente no pescoço guardando o pingente dentro das vestes.

_ E então, o que foi que vocês ganharam? – perguntou Remo tentando quebrar o suspense no ar.

Tiago desfiou a longa lista de presentes em sua maioria roupas e alguns brinquedos mágicos que seus tios e avós sempre mandavam. Os pacotes negros de Sirius eram da família Black, que embora parecessem detestar o filho, não permitiriam que ele se vestisse de maneira inadequada para a posição social da família e por isso sempre lhe davam roupas caras.

_ Bom, então devo supor que ganhei o melhor presente... – falou Remo sorrindo e estendendo aos amigos o pergaminho de Louis.

Sem entender, os dois leram o pergaminho. “Como fazer tudo! – Um guia completo para qualquer assunto. Editora Oportunidades Incríveis”.

_ É só eu escolher um tema, e terei um guia completo sobre qualquer assunto... – explicou Remo vendo a incompreensão na feição dos amigos – como por exemplo... ANIMAGIA! – falou ele encostando a varinha no pergaminho, onde finas linhas apareceram.

”Como fazer tudo! – um guia completo para qualquer assunto.

Tema escolhido: Animagia
Número do pedido: 265849771
Data de entrega: um dia útil
Forma de Entrega: Correio-coruja

Atenciosamente,

Editora Oportunidades Incríveis”


_ Uau!! – exclamaram os dois.

_ Isso vai nos poupar um trabalhão em pesquisas inúteis... – alegrou-se Tiago.

_ Além de tornar nossos estudos muito mais seguros... – aliviou-se Remo, pois agora diminuiriam as excursões noturnas à biblioteca.

_ Mal posso esperar para saber em qual animal eu vou me tornar... – alegrou-se Tiago – um leão seria bem legal, não seria?

_ Eu gostaria de ser um dragão... – comentou Sirius começando a trocar de roupa.

_ Ahh seria ótimo... – ironizou Remo seguindo o gesto do amigo e começando a se levantar– e como vocês imaginam que caberiam um lobo, um leão e um dragão, além de algum outro bicho no qual o Pedro vai se transformar, dentro da Casa dos Gritos?

_ Hum... talvez um dragão não seja assim uma idéia tão boa... – concordou Sirius – mas um hipogrifo já estaria de bom tamanho... – falou ele abrindo um sorriso convencido.

_ Tomara que você se transforme num coelhinho de nariz cor-de-rosa! – provocou Remo fazendo o amigo reprimir uma careta.

_ Não ia ser muito útil nas suas transformações... – revidou o moreno.

_ Mas que ia ser engraçado ia... – provocou Tiago fazendo Remo rir e Sirius voltar a fechar a cara enquanto os três saiam do dormitório em direção ao Salão Principal.


****

A semana entre o Natal e o Ano Novo transcorreu monotonamente para a maioria dos alunos em Hogwarts, com suas rotinas se limitando a dormir até tarde, comer e descansar o máximo possível. Mas para Remo, Tiago e Sirius a situação era outra,logo no dia 26 o tal guia sobre animagia chegou causando um grande alvoroço no café da manhã, pois foram necessários 4 corujas para conseguir trazer todos os livros, apostilas e pergaminhos.

Remo conseguiu contornar a situação ao explicar o tamanho dos embrulhos com a desculpa de que ele havia pedido um tema bastante genérico para aproveitar bastante o presente e durante quase todo o tempo livre os 3 estavam escondidos em alguma sala vazia, para não levantar suspeitas, estudando o máximo que seus cérebros conseguiam por dia.

_ Eu estou ficando exausto... – reclamou Tiago terminando o 4º pergaminho de anotação feitas só naquele dia.

_ Acho que isso vai acabar sendo mais complicado do que imaginamos... – suspirou Sirius massageando o pescoço dolorido de tanto fica debruçado sobre os livros.

_ Ninguém disse que seria fácil... – ponderou Remo que parecia ser o mais cansado de todos com enormes olheiras – além do mais, acho que estamos exagerando... não vamos conseguir nada se ficarmos loucos de tanto estudar...

_ Concordo em fazermos uma pausa! – falou Tiago começando a juntar todo o material espalhado e jogando dentro da mochila.

_ Que tal se saíssemos para explorar o castelo hoje à noite? Não fazemos isso há séculos... – sugeriu Sirius.

Para surpresa de Tiago e Sirius, Remo não se opôs, apesar da aparência doentia que a proximidade da Lua Cheia proporcionava, ela também mexia com os sentidos do garoto.

_ Não vai dizer nada, Remo? – espantou-se Tiago.

_ Se eu disser vai adiantar alguma coisa? – retrucou o loiro cético também guardando todo o material espalhado fazendo cada movimento parecer extremamente difícil de se realizar tamanha a sua fraqueza.

_ Finalmente você está entrando no espírito... – comemorou Sirius.

_ Só se for espírito de porco... – resmungou ele sem que os amigos entendessem o que ele queria dizer.

_ Não faz diferença... – interferiu Tiago – o que importa é saber aonde vamos hoje à noite?

_ Que tal a floresta? – sugeriu Sirius.

_ Com a temperatura fazendo menos 5º lá fora? Acho que não... – dispensou Tiago – que tal o lado Oeste poderíamos tentar descobrir a entrada para o Salão Comunal da Lufa-Lufa...

_ Ótima idéia! – respondeu Sirius.

_ Bem melhor do que ir a floresta... – concordou Remo.

_ Algum interesse no Salão da Lufa-Lufa, Remo? – estranhou Sirius.

O comentário fez a face pálida do loiro corar furiosamente.

_ N-não... claro que não... – esquivou-se ele.

_ Hm... sabe de uma coisa que eu esqueci de perguntar a você , Remo? – falou Tiago com um sorriso maroto aparecendo de leve – quem era aquela garota com quem você estava conversando outro dia?

_ Quem? A Amy? – perguntou Remo distraído, antes que pudesse se dar conta da armadilha do amigo.

_ Ah... a Amy... – repetiu Sirius com muita malícia na voz.

_ Vocês são tão íntimos assim para se chamarem pelo primeiro nome? – provocou Tiago vendo o desconforto do amigo.

_ O-o quê? N-não... ela não... quer dizer... – enrolou-se ele todo desconcertado e corando cada vez mais – nós fazemos Estudos dos Trouxas juntos é só isso...

_ Sei... – respondeu Tiago sarcástico lançando a Sirius um olhar significativo.

_ Bom está decidido então... Busca pelo Salão Comunal da Lufa-Lufa hoje à noite... – decretou Sirius.


Depois do jantar os garotos logo se retiraram para o dormitório com a desculpa de que Remo não estava se sentindo muito bem, o que não deixava de ter um fundo de verdade, pois já há alguns dias o loiro dava sinais de que aquele mês seria um mês de transformações muito difíceis.

Quando os três consideraram que todos já deveriam estar deitados, vestiram a capa da invisibilidade e saíram pela passagem do retrato. Com muito cuidado para que os pés de nenhum deles aparecessem por baixo da capa, eles seguiram para o lado Oeste do castelo.

_ Está começando a ficar abafado demais aqui embaixo... – resmungou Sirius sentindo o ar ficar cada vez mais difícil, principalmente quando Remo arfava quase desesperado em busca de ar.

_ Acho que seria melhor se tirássemos a capa um pouco... – sugeriu Tiago que suava apesar do rigoroso inverno da época.

Remo aparentava estar ainda mais debilitado e foi o primeiro a se despir da capa, sorvendo o ar em grandes lufadas enquanto tentava recuperar o fôlego.

_ Ok... acho que estamos com sorte hoje nem a guitarra velha e nem a bola de pêlos dedo-duro estão por aqui... – comentou Tiago.

_ Podemos começar investigando os quadros... quem sabe se a passagem deles também não está atrás de um quadro... – sugeriu Sirius.

_ Bem pensado... – concordou Tiago.

Os dois começaram a procurar pro quadros que fossem grandes o suficiente para comportar uma passagem secreta. Quando eles chegaram ao fim do corredor sem encontrar nenhum que se parecesse com o retrato da Mulher Gorda é que deram da falta de Remo.

_ Onde está o Remo? – alarmou-se Sirius ao não avistar o loiro em lugar algum.

_ Não sei... ele estava aqui até agora... – surpreendeu-se Tiago.

Os dois garotos retrocederam pelo corredor e ao virar um das esquinas encontraram Remo caído no chão, mais pálido do que nunca e desacordado.

_ Ai não!!! – exclamaram os dois.

_ Remo!! Acorda, cara!! – chamou Tiago, ajoelhando-se ao lado do amigo.

_ Melhor voltarmos... nunca conseguiríamos explicar o que estamos fazendo fora da cama a essa hora... – falou Tiago começando a levantar um dos braços de Remo.

_ E a última coisa que Remo precisa é que encontrem ele nesse estado... – lamentou-se Sirius que já conhecia bem o amigo para saber o medo que ele de que seu segredo fosse descoberto.

Sirius ajudou Tiago a levantar Remo e a se cobrirem com a capa, porém todo o cuidado para que os pés não aparecessem ficou esquecido, pois só o que importava era levar o amigo em segurança de volta para o Salão Comunal.

Depois de muitos e cansativos minutos os três conseguiram chegar até o retrato da Mulher Gorda, rapidamente despiram a capa e entraram, colocando Remo num dos sofás.

_ ONDE É QUE VOCÊS ESTAVAM?! – soou a voz estridente e desesperada de Louis no meio da escada – Ahh meu Merlin, REMO!!! – suspirou a garota ao ver o loiro caído no sofá – o que aconteceu com ele?! – perguntou ela terminando de descer as escadas correndo até onde os três estavam.

_ Acho que ele desmaiou... – falou Tiago incerto.

_ Eu não acredito que vocês saíram... ele já não estava bem há dias... – ralhou ela preocupada – esperei horas até que Lily finalmente dormisse e fui ao dormitório de vocês exatamente por isso, para ver como ele estava... imaginem a minha grande surpresa ao encontrar o dormitório completamente vazio!!

_ É melhor levarmos ele a enfermaria... – sugeriu Sirius também preocupado.

_ Vamos levá-lo para a cama, ele precisa descansar... – retrucou Louis – Se amanhã ele não estiver melhor, aí então o levamos para lá... com tão poucos alunos o sumiço dele de uma noite para outra seria percebido rapidamente...

Os dois meninos muito sem jeito concordaram silenciosamente e levaram o amigo para o dormitório. Louis ajudou a ajeitar os travesseiros sob a cabeça do amigo de forma preocupada e depois deu um leve beijo na testa dele.

_ Posso falar com vocês aqui fora um minutinho... – pediu ela olhando de maneira nada amistosa para os dois.

_ Olha, Whitefield... não queríamos que acabasse assim... – desculpou-se Tiago já antecipando a bronca da garota.

_ Eu sei... – respondeu ela, para a surpresa dos garotos.

_ Você sabe? – repetiu Sirius incrédulo.

_ Bom eu pelo menos espero, não é? Seria muita idiotice se vocês tivessem planejado assim... – retrucou ela, mas seu tom de voz já não era tão irritado – a amizade de vocês é muito importante para Remo, principalmente quando faz com que ele seja menos preocupado e se sinta mais, vocês sabem, normal... – continuou ela escolhendo bem as palavras – mas também é muito importante que vocês não ponham a saúde e o segredo dele em risco... – alertou ela de forma veemente.

_ Não vai mais acontecer... – prometeram eles ainda sem jeito.

_ A amizade dele também é importante para nós, Whitefield... – falou Tiago.

_ Nunca faríamos nada que colocasse o segredo dele em risco de propósito... pode acreditar! – completou Sirius.

_ Eu sei... eu acredito em vocês... – sorriu ela – Boa noite então, Tiago... Boa noite, Sirius - terminou ela, deixando claro ao usar o primeiro nome dos garotos de que não estava brava nem nada parecido e o quanto estava satisfeita com as respostas deles.

_ Boa noite, Louis... – desejaram eles em resposta ao “voto de confiança” da garota.



Na manhã seguinte Remo não acordou muito melhor e antes da hora do almoço foi levado para a enfermaria. Faltava apenas um dia para a Lua Cheia que coincidiria com a noite do Ano Novo, o que significava que Remo não estaria presente à comemoração da passagem do ano. Como de costume, quando as transformações o impediam de participar normalmente das atividades do castelo, ele “foi para a casa” e dessa vez a desculpa seria “visitar os pais e passar o Ano Novo com eles”.

Louis e os garotos sabiam que não poderiam ir visitá-lo na enfermaria sem levantar suspeitas nos outros alunos e por isso resignaram-se em não procurá-lo durante o dia 31, apenas esperando até que a Lua Cheia tivesse passado e ele pudesse voltar.

Na noite do dia 31, um novo banquete comemorativo estava sendo preparado, mesmo com tão poucas pessoas em Hogwarts a data não poderia passar em branco. Todos os alunos e os professores que estavam na escola se deliciaram com os pratos servidos, apesar do clima estar muito mais frio do que na noite de Natal o ambiente parecia mais agradável, pois todos conversavam animados, com exceção dos insossos sonserinos, é claro.

Louis, Lily e a 5anista da Grifinória estavam sentadas com David da Corvinal, e mais um garoto e uma garota da Lufa-Lufa. Sirius e Tiago estavam com o grifinório do 7º ano e os outros dois corvinais, todos conversando animadamente. Porém para Louis, Tiago e Sirius a animação era um pouco fingida na tentativa de camuflar a preocupação com Remo.

Quando faltavam apenas pouco menos de trinta minutos para meia-noite, Dumbledore anunciou que todos deveriam se agasalhar bem e se dirigir para fora do castelo, pois ele havia preparado uma surpresa para a comemoração da virada do ano. Os alunos apressaram-se em voltar aos dormitórios e pegar mais agasalhos e quando faltavam apenas 5 minutos para meia-noite todos estavam posicionados nos jardins perto da entrada principal do castelo.

_ A atenção dos senhores, por favor... – solicitou o diretor com sua voz magicamente ampliada – agradeço a presença de vocês aqui fora, apesar do frio e garanto que valerá a pena... Em instantes daremos início a famosa contagem regressiva para a entrada do novo ano... um momento sempre muito especial mesmo para quem já o presenciou tantas e tantas vezes como eu...

_ Com certeza... – cochichou Sirius para Tiago e os dois abafaram risadinhas ao tentar adivinhar quantos anos o diretor teria.

_ Por favor, queiram direcionar a preciosa atenção de vocês para o céu, acima do lago... – indicou o diretor apontando a varinha para o alto e fazendo sair dela faíscas roxas.

Em seguida ao gesto de Dumbledore grandes números apareceram no céu feitos de faíscas e estrelas... 10, 9, 8 ... todos começaram a acompanhar a contagem com a ansiedade aumentando... 7, 6, 5... agora faltava pouco para a tão esperada chegada do ano novo... 4, 3, 2... antes que o segundo final aparecesse no céu um longo e angustiante uivo foi ouvido... 1!

Teria sido de gelar o coração de todos os que ouvissem se seguido a ele não ocorresse toda a explosão de fogos de artifícios mágicos que Dumbledore havia preparado. No céu sucediam-se imagens coloridas, estrelas, dragões, círculos, fadas, leões, cobras, texugos, corvos, o símbolo de Hogwarts brilhava intensamente com as cores das quatro casas sob os dizeres “FELIZ ANO NOVO!”

Ninguém pareceu ter prestado atenção, todos se ocupavam em comemorar e cumprimentar os amigos, abraços e desejos de felicidades no novo ano (menos com os sonserinos, é claro!) para todos os lados. Mas para Tiago e Sirius o som não passou despercebido, um forte arrepio percorreu a espinha de ambos quando novamente o uivo foi ouvido ao longe, porém abafado pela falação e pelos fogos que ainda estouravam.

_ Precisamos acelerar os estudos... – suspirou Tiago ao ouvir o segundo uivo.

_ Remo precisa de nós... – falou Sirius de maneira angustiada – precisamos ajudá-lo...

Depois de cumprimentar Lily e os outros que estavam por perto, Louis se dirigiu até onde os dois garotos estavam para cumprimentá-los, quando se aproximou escutou o segundo uivo. Ela sabia bem o que era aquilo, mesmo que ninguém parecesse ter percebido, para ela era como se estivesse logo a sua frente. Ouvir aquele lamento agudo e dolorido era como sentir que uma mão forte e poderosa estivesse esmagando seu coração.

Ao se aproximar dos garotos ela pode ouvir o comentário de Sirius e viu que eles também tinham ouvido e também estavam angustiados. Remo estava certo em confiar neles.

_ Feliz Ano Novo, Louis... – falou Tiago e uma suave lágrima fugiu dos olhos da garota enquanto se abraçavam e cumprimentavam.

Um soluço foi reprimido quando, ao ver que a menina chorava, Sirius afagou gentilmente seus cabelos enquanto a abraçava.

_ Não fique assim... ele não gostaria de saber que você esteve chorando por ele... – completou Tiago também tentando consolá-la.

_ Eu sei... – murmurou Louis se afastando dos dois e enxugando os olhos – fico feliz por saber que Remo tem amigos como vocês... – sorriu ela – Feliz Ano Novo para todos nós...




Com tristeza Harry lembrou-se das várias aulas que Lupin faltou quando era seu professor e como muitas vezes ele parecia extremamente doente, sempre pálido e com olheiras. Ver a preocupação de seu pai, de Sirius e Louis o fez imaginar o que ele faria se Rony ou Hermione estivessem em situação parecida, e concluiu que (como todos sempre disseram!!) ele era mesmo igualzinho a seu pai...


*****

N/As: Então é isso... mais um cap entregue!! Como já explicamos (n vezes!) de vez em qdo a gente dá uns saltos no tempo e logo isso vai acontecer para acelerar a coisa... soh mais uns poucos fatos do 3º ano e ai a gente já começa o 4º... estamos ansiosas pelas mudanças, e vcs? =X

Bjos!!

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