DESCOBERTAS



Evoluxa: Más? Torturadoras?? Nós??

Samy: pois é ninguém nunca está contente...

E: qdo demoramos pra postar um novo cap somos más...

Sa: qdo o cap está pronto somos torturadoras?!

E e Sa: *risada maléfica*

E: ok, ok... vamos postar então o cap 22...

Sa: esperamos q vcs gostem!!

E: e só pra avisar e se preparem para novas listas negras!!

Sa: é... pq nós continuamos anotando qm aparece, mas não comenta!! Abaixo alguns nomes...

* Jonss * Yuri Medeiros * Tayane Andy * Priscilla Oliveira * * André Maia k999 * brenogyn * mariana miwa gunji *Mariana Aranha * * karina maciel monteiro * Paulinha E. Potter * Mari Anna ** Maria Helena Loch Padilha Cybelle * * Jane Yosoyama * Maria luiza Degan * aline Ferreira Ril ** ginna mraz * rafaela bresciani *

E: Be warned!!


CAPÍTULO 22 – DESCOBERTAS


Harry estava ansioso para a próxima foto e começar a acompanhar o quarto ano dos marotos. Aliás, seu próprio quarto ano em Hogwarts fora bastante movimentado. Pensando bem, não que seus outros anos também não tivessem sido! Hogwarts não sabia o que era um ano letivo “normal” desde que o herdeiro dos Potter cruzara pela primeira vez o umbral do castelo...

Os dias da escola pareciam muito mais comuns quando vistos pelas fotos. Quer dizer, comuns na medida do possível, já que a escola ensinava magia e aceitava lobisomens como alunos e meio-gigantes como guarda-caças, refletiu ele. Mas ele sabia que algo estava próximo de abalar o equilíbrio daqueles dias.

Dumbledore havia lhe dito que antes de perder seus poderes, Voldemort ascendera por 11 anos ininterruptos... será que o trabalho dos Potters no Ministério teria algo a ver com isso? Talvez, mas com certeza a tortura e morte de trouxas que Remo viu no jornal tinham...

Com a expectativa alta demais para continuar apenas especulando, Harry virou a página e começou a acompanhar a próxima foto.



Lá estava novamente a Plataforma 9 ½ apinhada de bruxos e bruxas, adultos, crianças e adolescentes. Alunos se preparando para embarcar e pais se despedindo dos filhos. Aos poucos todos os alunos foram entrando no trem e este logo partiu da estação, ganhando mais e mais velocidade a cada curva.

Mel, Lily e Louis estavam instaladas em uma confortável cabine no meio do trem, quando Alice, a outra grifinória do 4º ano que dividia o dormitório com elas, chegou.

_ Olá, meninas! – cumprimentou ela alegremente se sentando ao lado de Lily – como foram as férias?!

As três contaram um pouco de suas respectivas férias, com o entusiasmo em proporção direta a qualidade delas, ou seja, Mel contou cada detalhe da maravilhosa viagem a Itália, Louis comentou um pouco de seus férias, com exceção dos problemas de Remo, e Lily limitou-se a dizer que as delas “foram uma porcaria”.

_ Cooper está procurando por você, Melina... – falou ela, assim que se lembrou – passei por ele no corredor e ele me perguntou se já tinha encontrado com você...

_ Ficamos de se encontrar na Plataforma... – explicou a loira corando levemente – mas com tanta gente lá não nos achamos...

_ Hum... então está mesmo rolando alguma coisa com ele... – não era uma pergunta, era uma constatação feita num tom de voz muito risonho.

_ É... acho que sim... – sorriu a loira – quer dizer, nós ficamos juntos no último passeio a Hogsmeade e ele me escreveu nas férias... – acrescentou com um tom de voz mais baixo, quase num sussurro, pois já sabia o que viria.

_ Ele te escreveu?? – perguntaram Lily e Louis pulando de animação em seus bancos.

_ Sua tratante!! Nem nos contou!! – ralhou Louis sorrindo eufórica – pode desembuchar agora mesmo!!

- É queremos saber tudinho!! – reforçou Lily também contente pelos avanços da amiga.

_ Ah... foi... sei lá... normal! – falou ela voltando a corar com a pressão das amigas – cartas de férias como as que vocês me mandaram... – completou vendo que as amigas não ficariam satisfeitas.

_ Sem essa!! – exclamaram as outras três rindo.

_ Ok, ok... eu conto... mas a srta Lílian Evans vai ter que contar também!! – acusou Melina desafiadora.

_ Contar o quê? – protestou ela – já contei tudo o que Petúnia me fez passar no verão, não tenho mais nada para contar!!

_ Sem essa você!! – indignou-se a loira com um irritante sorriso de quem sabia das coisas – Collin me disse que o Diggory ia te escrever também!

_ Oh!!! Duas traidoras é isso que vocês são!! – ralhou Louis achando graça das acusações – como assim Srta Minhas-Férias-Foram-Um-Tédio??

_ E-eu não recebi carta nenhuma do Diggory!! – protestou a ruiva sem entender.

_ Como assim não recebeu? – repetiu Alice – se Cooper falou que ele mandou, é porque deve ter mandado...

_ As únicas cartas que recebi foram de vocês duas e da escola com a lista de material... – justificou-se ela – Juro!!

_ Sério mesmo?! – perguntou uma voz masculina a porta.

As meninas se viraram para a porta num pulo e viram Amos Diggory, Collin Cooper e David Summers parados ali. Aparentemente fora Amos quem falara, pois ele repetiu a pergunta.

_ S-sério... – respondeu Lily um pouco encabulada, tentando saber o que mais os garotos teriam ouvido da conversa delas.

_ Isso é estranho... – tornou ele – porque eu enviei pelo menos 2 cartas, antes de desistir por não receber nenhuma resposta...

_ Eu não recebi mesmo... – confirmou a ruiva de maneira veemente, que não deixou dúvidas – a menos que... – completou ela depois que uma idéia súbita lhe passou pela cabeça.

_ A menos que?? – incentivaram Alice e Mel curiosas.

_ Como eu disse a vocês, eu fiquei muito tempo no meu quarto... descia só para as refeições... – explicou ela para os garotos que agora encontravam-se dentro da cabine – é... foram 2 vezes! – exclamou ela depois de uma pausa – eu entrei na sala e Petúnia estava lendo alguma coisa que não me deixou ver... ela escondeu nas costas e saiu da sala...

_ Mas porque ela não escondeu também as cartas das meninas? – perguntou Amos ainda indeciso.

_ Acho que porque as corujas delas estão acostumadas a me encontrar no quarto, voaram direto para lá... – explicou a ruiva com seu raciocínio aguçado.

_ é... – entendeu Mel - e sua coruja entrou pela janela da sala, aquela cara de cavalo... desculpa , Lily, sei que ela é sua irmã, mas por Merlin! Aposto como ela pegou as cartas e escondeu!

_ Só pode ter sido ela! – exclamou Louis indignada, que gostava cada vez menos de Petúnia.

_ Ah... – suspirou Amos parecendo aliviado e com um sorriso bonito no rosto completou brincalhão – bom então quer dizer que você não me ignorou de propósito?

_ Pois é... – respondeu a ruiva, encabulada com a situação.

_ Então acho que não vai ser muito pegajoso da minha parte dizer que você está muito bonita hoje... – elogiou ele com um sorriso sincero.

Desde que Diggory pusera os olhos na ruiva ainda na estação vinha se perguntando se ela teria mesmo o ignorado de propósito, pois isto seria uma pena, ela voltara das férias ainda mais linda.

_ O-obrigada... – murmurou ela sem jeito.

_ Viu só? Não falei? – cochichou Louis no ouvido da ruiva, de maneira que ninguém mais ouviu – vai se acostumando aos elogios!

_ Bom, acho que essa cabine ficou apertada demais... – brincou Alice – acho que vou dar uma volta por ai e ver se encontro o carrinho de doces porque estou faminta... – mentiu ela, que na verdade só queria deixar as amigas e os garotos a sós.

Quando Alice saiu, os garotos se acomodaram. Louis, Lily e Amos em um banco e Mel, Collin e David no outro. Logo Mel estava animada contando novamente detalhes da sua viagem para os garotos. Collin apreciava interessadíssimo no relato da garota e de maneira delicada colocara sua mão sobre a dela. Quando Mel terminou, apreciando muito o contato das mãos, Amos perguntou a Lily sobre as férias dela e pareceu realmente convencido quando a ruiva lhe contou sobre a praga nojenta que tinha como irmã, solidarizando-se com ela.

Louis esperou ansiosa que David perguntasse como tinham sido as férias dela, mas ele não o fez, mas fora isso a conversa na cabine desenrolou-se normalmente, os garotos também contaram suas férias e todos comentaram as expectativas para o novo ano letivo. Esporadicamente, a morena lançava olhares furtivos a David, que nem parecia notar. Apenas uma vez seus olhares se cruzaram durante toda a viagem, mas quando isso aconteceu, ele sorriu. Um sorriso que iluminou o astral de Louis, fazendo-a sorrir de volta.

Mais algum tempo e os garotos se retiraram da cabine, indo trocar de roupa, pois a escola já se aproximava e logo eles desembarcariam na estação de Hogsmeade. As garotas também trocaram as vestes pelos uniformes da escola e esperaram até o trem parar para começarem o desembarque. Porém, descer do trem pareceu demorar muito mais do que o normal, pois uma enorme confusão havia se instalado num dos corredores. Quando elas conseguiram se aproximar, descobriram 4 corpos estirados no chão, parecendo horrendas mutações genéticas.

Tufos de cabelo muito loiro e aguado circundando enormes orelhas de burro indicavam que o corpo caído cujas pernas não paravam de sambar pertencia a Lúcio Malfoy. Bem como as cascatas oleosas que cobriam todo o um suposto corpo recostado na parede deveria ser Severo Snape. Ainda ao chão com tentáculos verdes saindo do nariz e dentes tão grandes que ultrapassavam o cinto da calça, estavam Evan Rosier e ao seu lado, com furúnculos por toda a parte, corpo duro feito pedra, Marcus Malcubier.

Em pé e em estado muito melhor que os sonserinos, estavam os quatro garotos da Grifinória levando uma bronca magistral do monitor-chefe da Grifinória. Tiago estava com os óculos tortos e um corte fino no lado esquerdo do rosto, Sirius com um olho-roxo e ainda soltando esporádicas e incontroláveis gargalhadas agudas (efeito de um feitiço mal lançado), Remo trazia as pontas do cabelo loiro-escuro chamuscados e Pedro, de longe o mais prejudicado, teve suas orelhas encolhidas e o nariz aumentado em 3 vezes, as mangas da capa estavam em chamas que não queimavam, mas consumiam o pano que diminuía lentamente.

As garotas passaram pela aglomeração atônitas. Potter e Black se meterem em confusões era normal, mas Lupin e Pettegrew geralmente não entravam na “festa”. Na verdade, era de se esperar que Remo influenciasse os dois e não ao contrário!! Embora Louis relutasse em deixar o amigo para trás sem saber exatamente o que acontecera, as outras duas garotas a convenceram de que ela não poderia falar com ele agora, e que o melhor seria esperar até todos estarem no Salão Comunal.

_ O que foi que aconteceu no trem?! – perguntou Louis aflita para Amy, quando a encontrou na entrada do castelo.

_ E-eu n-não sei direito... – gaguejou ela parecendo abalada – quer dizer, uma hora estávamos numa boa dentro da cabine conversando e de repente os sonserinos passaram, abriram a porta falando besteiras para o Black... chamando-o de traidor do sangue e dizendo que depois dos trouxas e... gluh... – ela repensou se seria capaz de repetir o que os sonserinos disseram na frente de Lily – bom, depois dos sangues-ruins, os traidores seriam os próximos... – falou ela num tom de voz assustado.

_ Quem exatamente falou isso? – perguntou Lily, já que obviamente ela estaria envolvida no que quer que fosse essa história.

_ A-acho que foi o Malfoy... mas todos estavam lá rindo e debochando juntos... ai vieram os feitiços para todos os lados, Remo conseguiu me tirar da cabine, disse para eu procurar um monitor e voltou para ajudar os outros... – continuou ela ainda abalada – bom eu vou para a minha mesa... vocês poderiam pedir a Remo que me procure depois do jantar?

_ O que será que eles quiseram dizer com “os próximos”? – estranhou Lily, depois que a corvinal saiu em direção a sua mesa no meio do Salão Principal.

_ Não sei... mas seja lá o que for eles se deram mal... – falou Louis revoltada – bem feito para eles!! Eu bem que deveria ter dado umas belas bicudas naqueles idiotas quando passamos... – lamentou-se a morena, enquanto ela e as amigas foram se juntar a Alice na mesa da Grifinória.



Do trem, os quatro foram levados diretamente para a sala da professora McGonagall, a diretora da Grifinória. Não só os lábios estavam contraídos, mas também as sobrancelhas eram duas linhas finas e comprimidas em sinal de irritação.

_ Obrigada, Vance... – rosnou ela para o monitor que acompanhou os garotos até ali – eu mesma cuido deles agora, pode voltar para o banquete.

Quando o monitor saiu, os três desembestaram a falar todos juntos e de maneira furiosa, enquanto Pedro apenas choramingava e se lamuriava torcendo as mangas da veste que agora parecia uma regata. (N/as: bundão!!! Bem feito que tenha ficado mais zoado msm!! Tonto do jeito q é!!)

_ SILÊNCIO! – bradou ela, e os 4 calaram-se no mesmo instante – vou dar a vocês a chance de se explicarem, mas já vou avisando que elas terão que ser realmente convincentes!! Sr Lupin, por favor... – falou ela crispando os lábios com tanta ferocidade que até as bochechas ficaram pálidas pela falta de circulação do sangue.

_ B-bom, professora... foram os sonserinos que começaram... – justificou ele.

_ Com certeza quando eles acordarem dirão que foram vocês... preciso de fatos, sr Lupin! – esbravejou ela.

_Certo... bom, nós estávamos todos na nossa cabine quando a porta abriu e Malfoy, Snape, Rosier e Malcubier entraram falando coisas para o Sirius... – explicou ele ficando ligeiramente pálido – falaram sobre trouxas, s-sangues-ru-ruins... – ele engasgou – e que os traidores do sangue seriam os próximos...

_ Q-quem falou isso? – perguntou a professora e toda sua face empalideceu, mas o tom de voz não era mais inquisidor.

_ Malfoy começou... mas Snape parecia bem informado também... – continuou Tiago, com um filete de sangue ainda escorrendo no rosto.

_ Isso faz algum sentido para você, Black? – perguntou a professora e sua voz agora parecia levemente assustada.

Para a surpresa de todos, Sirius acenou afirmativamente com a cabeça.

_ Oh! Certo... bom, vocês devem ir a enfermaria imediatamente – falou ela apontando para Tiago e Pedro – o seu cabelo deve voltar ao normal pela manhã, sr Lupin, portanto o senhor está dispensado e pode voltar para o Salão Principal... quanto a você, Black, precisamos ir ver o diretor... – concluiu ela olhando significativamente para Sirius que novamente concordou com um aceno.

_ Ótimo... então vamos... – falou ela empurrando os quatro para fora da sala. Em seguida, ela ergueu a varinha e fez sair dela um jato prateado que atravessou as paredes.

Remo foi o primeiro a se separar do grupo, voltando para o Salão, onde o banquete de boas vindas já havia começado a algum tempo. Depois, a professora e Sirius acompanharam Tiago e Pedro até a Ala Hospitalar, mas Tiago recusava-se a ficar ali.

_ Eu estou bem! – insistiu ele – quero ir com vocês falar com o diretor!

_ Tenho certeza de que Black está suficientemente bem para dar o depoimento que precisamos ao diretor... – insistiu ela – se o senhor se sente bem, então talvez ainda dê tempo de aproveitar o banquete... – falou ela categórica, virando as costas e saindo com Sirius, enquanto Madame Pomfrey levava Pedro e Tiago (quase a força) para dentro da enfermaria.

_ Você tem certeza do que ouviu, Black? – certificou-se a professora.

_ Sim, senhora... – confirmou o garoto – e não foi a primeira vez que eu ouvi coisas desse tipo... – completou ele amargo, o que fez a professora apressar o passo.

Quando os dois chegaram a estátua de gárgula que guardava a escada para sala do diretor, o próprio Dumbledore já estava ali.

_ Que bom que o senhor já está aqui, diretor... – falou ela parecendo finalmente aliviada.

_ Imaginei que um enorme gato prateado ronronando sobre a mesa era uma mensagem sua... – falou o diretor sorrindo com sua doçura característica – eu havia me esquecido como seu patrono tem uma forma tão graciosa... algumas alunas quase saíram de seus lugares para acariciá-lo... – comentou ele, enquanto a professora fechava a cara.

Obviamente ter um patrono “gracioso” não combinava com ela. Mas ela não falou mais nada, até que o diretor pareceu finalmente perceber a presença de Sirius.

_ Jovem Black, eu presumo que sua visita aqui tenha algo a ver com esse olho-roxo... – falou ele bondosamente.

_ De certa forma, Dumbledore, mas também muito mais do que isso... – falou a professora com um olhar significativo.

_ Certo... queiram subir então... – convidou ele calmamente, dizendo a senha e fazendo a escada em caracol aparecer.

Quando chegaram à sala do diretor, este sentou-se em sua escrivaninha cheia de objetos estranhos e cercada de retrato de antigos diretores da escola. Com a deixa dada pela professora, Sirius começou primeiro contando sobre os acontecimentos do trem, e ele percebeu os olhos cintilantes de Dumbledore irem se aguçando conforme ele contava.

_ E você me disse que essas coisas faziam sentido para você, Black... – continuou a professora – que já as tinha ouvido antes...

_Sim... – confirmou ele – nas férias, meus... ugh... pais receberam uma visita... – começou ele – a minha família inteira estava lá, e também os Malfoy, os Lestrange, os Rosier e outras famílias, todos muito ansiosos pela tal visita...

_ E quem era essa visita? – perguntou a professora num assalto, recebendo um olhar severo do diretor por isso.

_ Eu não sei ao certo... não me deixaram ficar na sala... mas era um homem e ele falava em tomar o poder a força... purificar o mundo bruxo... – continuou ele parecendo ansioso também – eu ouvi do meu quarto ele fazer um longo e entusiasmado discurso sobre eliminar trouxas, sangues-ruins e os traidores do sangue...

Os adultos se encararam por um instante.

_ E as pessoas presentes pareceram concordar com isso? – indignou-se a professora.

_ “Concordar”? – repetiu o garoto num tom sarcástico – eles pareceram adorar!! – protestou ele irritado.

_ Acho que o senhor já nos informou tudo que podia, sr Black... – interferiu o diretor amavelmente – por favor siga para a Ala Hospitalar para que Madame Pomfrey cuide desse olho-roxo, providenciarei para que seu jantar seja levado assim que você voltar para o dormitório...

O menino parecia relutante em sair, mas ao ver que as atenções do diretor foram desviadas para a professora, ele seguiu os conselhos do diretor.

_ O que vínhamos temendo aconteceu, Minerva... – tornou a falar ele parecendo repentinamente cansado enquanto tirava os óculos em forma de meia-lua para limpar na manga das vestes – acho sensato convocarmos todos os professores para uma reunião agora mesmo...

A professora concordou com a cabeça e saiu apressada.



Quando Sirius chegou ao dormitório masculino do 4º ano da Grifinória ninguém estava dormindo. Bom, Pedro estava cochilando um pouco, mas ele não conta porque é tão idiota e preguiçoso que não conseguia ficar acordado! Assim que o garoto entrou, os amigos se empertigaram em suas camas, prontos para ouvir tudo o que ele tinha a dizer sobre sua ida a sala do diretor e também sobre os acontecimentos das férias.

Mais uma vez Sirius contou tudo o que ouvira em sua casa, acrescentando as observações feitas pela professora e pelo diretor.

_ E eles não falaram mais nada? - perguntou Tiago ansioso, assim que o amigo terminou.

_ Não... o diretor me mandou ir a Ala Hospitalar e depois voltar para o dormitório... - reforçou ele, sem nem perceber que o jantar prometido pelo diretor já estava ali.

_ Bom, então definitivamente está mesmo acontecendo alguma coisa... – suspirou Remo – aquelas notícias no jornal e...

_ Meus pais... – murmurou Tiago, completando a frase para o amigo – eles devem estar trabalhando nisso!!

_ Com certeza o Prof Dumbledore vai falar com o Ministério... – ponderou Remo – isso se eles já não estiverem sabendo, é claro...

_ Acho melhor nós dormirmos, amanhã as aulas começam cedo... – interferiu Pedro sonolento. (N/As: preguiçoso! Desmiolado!!)

Ninguém retrucou e todos se dirigiram às suas camas, mas daí a dormir era outra história. Tiago deitou-se tão perdido em seus pensamentos que nem tirou os óculos. Sirius fechou as cortinas de sua cama de dossel sem nem tocar na comida posta sobre mesinha de cabeceira. Remo demorou ainda muito tempo para conseguir fechar os olhos, refletindo novamente todas as informações. Só mesmo Pedro, que era idiota demais para conseguir compreender as complicações de toda a situação, conseguiu dormir imediatamente, logo espalhando seus roncos pelo quarto.


*****

No dia seguinte, os alunos foram acordando lentamente. Aos poucos iam deixando seus dormitórios e salões comunais e se dirigindo ao Salão Principal para o café da manhã. Muitos ainda pareciam sonolentos, desacostumados a acordar cedo, o que fez os garotos não parecerem tão cansados perto dos outros, mesmo tendo dormido muito pouco durante a noite.

Na mesa da Grifinória, quando os quatro chegaram, as meninas já estavam acomodadas na ponta oposta. Mesmo com os olhos pregados de sono, Tiago olhou discretamente para Lily e ela também estava muito bem de uniforme. Mas seu interesse foi desviado por uma figura diferente na mesa dos professores.

_ Suponho que aquele seja o novo professor de Defesa Contra Artes das Trevas... – murmurou Sirius, vendo o olhar do amigo.

_ É sim... – concordou Remo – o nome dele é Gregory Goldsmith, e ele é americano...

_ A...eri...ano? – repetiu Pedro com a boca cheia de comida.

_ É... o diretor disse que ele era um tipo de auror lá... – explicou Remo – e agora está na Grã-Bretanha para cuidar de outros assuntos, mas aceitou a vaga...

_ Será que esse fica? – perguntou Tiago – quer dizer, até agora temos tido um professor por ano nessa matéria...

_ Falam que o cargo é amaldiçoado... – falou Pedro tremendo um pouco diante da perspectiva – mamãe disse que teve 7 professores em 7 anos...

_ Tomara que este seja melhor que os outros... já cansei de ficar apenas lendo tediosos livros-textos... – resmungou Remo pouco crédulo.

_ Hum... teremos que esperar até... – Tiago consultou o horário entregue pelos monitores aos alunos – quarta-feira à tarde para ver...

_ É... agora vamos logo... eu quero achar uma carteira bem confortável para dormir na aula do Binns... – retrucou Sirius, saindo para a aula de História da Magia.

_ Eu espero estar em condições para estar lá – resmungou Remo, sentindo os efeitos da Lua Cheia se aproximando – é bem no dia da minha transformação – suspirou ele infeliz.


Como sempre a primeira semana de aula era dedicada a revisões e os professores tentavam fazer os alunos pararem de por a conversa das férias em dia e prestarem atenção em alguma coisa.

Na segunda-feira, a aula de História da Magia foi entediante como sempre, o professor falava monotonamente sobre alguma revolta acontecida há séculos atrás com algum ser mágico de pouca significância para os alunos. As duas primeiras aulas da segunda-feira logo se tornariam apenas um tempo a mais para os alunos descansarem do fim de semana. Com exceção de Lily e Remo, os únicos que permaneciam acordados e fazendo anotações, sem ninguém saber como nem porquê.

Depois de acordarem às 9:45 h com o sinal do fim da aula, os alunos da Grifinória tinham 15 minutos para chegarem as estufas 4, onde a jovem e entusiasmada profa Sprout os esperava para dar-lhes as boas-vindas e revisar os diferentes tipos de fertilizantes para a remessa desse ano de plantas.

Depois do almoço, os 4anistas tiveram Trato das Criaturas Mágicas, que era a primeira aula da tarde, apenas revisando sobre os animais e suas camuflagens vista no anterior e em seguida aproveitaram nos jardins ainda ensolarados um tempo livre, enquanto Remo seguia com outros alunos para aula de Estudos dos Trouxas.

_ Precisamos recomeçar os estudos de animagia... – falou Tiago subitamente, quando os três garotos estavam sentados sob a enorme faia, perto do lago.

_ É... – concordou Sirius – você acha que já dá pra fazer aquele feitiço para descobrirmos os animais?

_ Não, sei... Remo disse que ainda é cedo, mas acho que ele só está enrolando a gente... – falou Tiago.

_ E se tentássemos fazer sem ele? – sugeriu Sirius – porque ele sempre dá um de do contra quando falamos nisso... e também acho que ele está enrolando...

_ S-sem R-emo? – balbuciou Pedro, que nunca entendia uma vírgula antes que Remo se pusesse pacientemente a explicar para ele – N-não...

_ Talvez não sem ele... mas que tal prepararmos tudo e só então contarmos a ele? – sugeriu Tiago.

_ Ótimo... assim ele não pode pular pra trás... – concordou Sirius animado – e vê se não abre essa sua boca perto dele, Pedro...

_ Tá... – falou o gorducho resignado – não vou falar nada...

No jantar todos se encontraram a mesa animados. Remo terminou logo seu prato e saiu com Amy do Salão, enquanto os outros três foram para o dormitório checar o que era necessário para o feitiço da animagia.

_ Certo... a primeira coisa que precisamos achar é um espelho de corpo inteiro com fundo de prata puro... – falou Tiago verificando a lista do “Guia Completo para Qualquer Assunto” de Remo.

_ e um lugar para guardá-lo... – salientou Sirius – afinal não dá pra ficar andando com um troço desses por aí...

_ Depois precisamos fazer uma poção para “revelar nossa essência”... – tornou a dizer Tiago.

_ Ainda bem que pra isso não vamos precisar do Remo... – lembrou Sirius – ele não é muito bom com poções... (N/As: O próprio Remo diz isso em “O Prisioneiro de Azkaban”!!)

_ Ele é melhor que eu... – murmurou Pedro, tentando defender o amigo.

_ O que não significa nada... – retrucaram Tiago e Sirius sorrindo.

_ Ótimo... vamos nos concentrar nos ingredientes para a poção então... – falou Tiago – tem muita coisa aqui que eu nunca ouvi falar...

_ Temos Poções amanhã, podemos perguntar para o Slughorn... – falou Sirius, concluindo o assunto – agora vamos dormir que eu estou pregado!


No dia seguinte, eles tiveram Feitiços e Transfiguração pela manhã, revisando Feitiços para Animar e como transformar objetos sólidos. Remo, que fizera dupla com Pedro na aula de Feitiços, ainda soltava risadas histéricas enquanto transformava uma cadeira numa tina de banho, pois o babaca gorducho havia exagerado um pouco na animação.

À tarde, Tiago e Sirius foram para Adivinhação, matéria que poucos alunos da Grifinória faziam, além deles, só Lily e Alice. A aula foi só não perdia em tédio para a de História da Magia, porque às vezes era engraçado ficar supondo inúmeros acidentes de acordo com borras de chá e desenhos em bolas de cristal. Este ano eles veriam astrologia, tentando entender como os planetas influenciavam suas vidas.

_ Sinceramente, não sei por que ainda faço essa matéria... – reclamou Lily com a amiga quando todos começaram a sair da sala – nunca consigo ver nada em lugar nenhum!! – exasperou-se ela.

_ Eu também não, mas deve ser melhor do que Aritimancia... sou péssima com números... – falou Alice jogando a mochila nas costas.

A última aula do dia era Poções e Lily adorava essa matéria. Era boa em praticamente tudo, mas essa era a matéria que realmente se dedicava por prazer. Uma pena que tivessem que dividir a aula com os alunos da Sonserina.

Numa das mesas de trabalho já estavam Louis e Mel, então Lily a Alice se instalaram atrás delas. De forma bem atípica, Tiago e Sirius, que geralmente ficavam no fundo, estavam bem nas primeiras carteiras, quase colados à mesa do professor, com Pedro e Remo logo atrás.

Depois de uma rápida revisão sobre alguns ingredientes especiais que eles haviam aprendido no ano anterior, o professor introduziu a nova matéria.

_ Este ano vamos começar com alguns antídotos... – explicou ele, passando com sua pança gigantesca entre os alunos – os mais simples, é claro... mas ainda assim muito importantes...

Ele continuou discorrendo sobre vários tipos de poções e venenos que poderiam ser facilmente anulados com antídotos simples e quando a sineta tocou ele disse:

_ Por favor, os senhores Potter, Black, Malfoy e Snape, esperem um minuto... – pediu quando os alunos começavam a sair – a senhorita também, srta Evans... – falou ele sorrindo e tocando o braço da menina quando ela ia passando por ele para sair.

_ Hum... claro – concordou ela.

Quanto aos 4, parecia óbvio o motivo pelo qual estavam ali, com certeza deveria ter algo com a confusão no trem, ponderou ela, já que o professor de Poções era o diretor da Sonserina. Mas o que ela teria a ver com isso? Para sua surpresa, ela estava enganada.

_ Bom, não sei se vocês já ouviram falar... principalmente porque eu não fico alardeando meus favoritos por ai... – começou o professor com um sorriso enorme na cara redonda – e até porque o diretor prefere que os participantes do Clube do Slug estejam, pelo menos, no 4º ano... – continuou ele.

Só Malfoy parecia estar entendendo o assunto, abrira um sorriso de satisfação.

_ Clube do Slug?! – perguntou Tiago não entendendo.

_ É... é como um grupo de estudos... – explicou o prof sorrindo – fazemos algumas reuniõezinhas para conversar, descontrair, trocar informações... eu reúno os alunos que se destacam nas minhas aulas... – ele apontou para Lily e Snape – ou em outras áreas – ele apontou para Tiago e Sirius – ou, ou... enfim... os melhores – continuou ele, deixando no ar a suspeita de que Malfoy só estava ali pelo nome de sua família, pois não se destacava em nada para merecer.

Os alunos pareceram não entender a “grandiosidade” do convite, então o prof voltou a falar.

_ Estou marcando uma festinha para o final do mês, para comemorar a volta às aulas... seria ótimo se vocês pudessem juntar-se a nós...

Os alunos concordaram, embora não tão entusiasmadamente quanto o professor gostaria, e em seguida saíram da sala. Do lado de fora, Louis e Mel estavam esperando por Lily e Remo e Pedro por Tiago e Sirius.

_ O que é que ele queria com vocês? – perguntou Remo, mas expressando a dúvida de todos.

_ Nos convidar para entrar pro “Clube do Slug”... – respondeu Tiago sem animação, perdera a chance de falar com o professor sobre os ingredientes para a poção.

_ Ele que vá esperando que eu apareça numa festa cheia de nerds e filhinhos de papai... – protestou Sirius – sem querer ofender, Evans... – desculpou-se ele ao ver a careta da garota.

_ Não ofendeu, não, Black... – respondeu ela – acho que concordo com você... me parece errado separar os alunos assim... – completou ela sincera.

Todos subiram das masmorras direto para o Salão Principal, pois já estava quase na hora do jantar. Mataram um pouco o tempo conversando sobre coisas diversas e começaram a servir dos deliciosos pratos servidos. Depois todos estarem saciados e de Pedro se servir 3 vezes de sobremesa, eles voltaram para o Salão Comunal.

_ Bom, amanhã de manhã só aulas repetidas... – falou Louis olhando para o horário – e a tarde finalmente teremos DCAT com o professor novo...

_ É... o pessoal da Lufa-Lufa falou que é ele pretende realmente dar aula... – comentou Remo, que tivera aula com a outra casa em Estudo dos Trouxas.

_ Tomara! – exclamou Lily – já cansei de ficar só lendo livros sobre coisas...

_ Sem contar que podemos precisar!! – falou Pedro medroso, lembrando das coisas que Sirius contou.

Ninguém deu muita atenção ao que ele disse, embora Remo tenha ficado realmente tocado com a constatação também se lembrando dos episódios do trem, das notícias do jornal e de tudo que Sirius dissera. Mas era cedo para entrar em paranóia por boatos...

Logo Tiago, Sirius e Louis engataram uma animada conversa sobre o time de quadribol e as chances de serem tetracampeões. Embora o assunto andasse chateando a menina pelos comentários que o pai fizera nas férias, era impossível não se animar com a perspectiva de voltar a jogar.

_ Nós podíamos retornar o grupo de estudos que montamos ano passado... – falou Lily para Remo e Mel, enquanto Louis discutia com Tiago e Sirius sobre Chloe continuar como capitã – acho que as matérias estão bem mais difíceis esse ano – comentou a ruiva.

_ Também acho... – concordou Remo, que andava se dedicando tanto aos estudos de Animagia que seria bom ter ajuda nos estudos regulares – podemos começar semana que vem... – sugeriu ele, pois o início dos estudos teria que esperar, ele já estava bastante afetado pela proximidade da Lua Cheia que seria no dia seguinte.

Mel suspirou. Sentia que quanto mais próxima ficasse de Remo, pior seria, mas não resistiu, e concordou com um sorriso. Afinal, como ela lembrava-se diariamente, ele estava namorando Amy e, por mais que lhe doesse admitir, parecia feliz assim... sem contar que ela e Collin também estavam se dando muito bem.

*****

A manhã da quarta-feira passou rápido, o almoço voou. Tudo parecia conspirar para aumentar a ansiedade para a aula de DCAT. Até Remo, que acordara extremamente fraco, conseguiu esforçar-se para ir a todas as aulas, alimentado pela expectativa da aula com o novo professor. Quando a sineta tocou, todos os alunos já estavam dentro da sala a espera do professor.

E a sala estava diferente. Até então os “projetos de professores” nunca personalizavam o ambiente, que mais parecia uma sala abandonada do que outra coisa. Agora não, o lugar era decorado com centenas de objetos estranhos que ficavam virando e às vezes apitando. Havia muitos livros, mas também caixas, aquários, etc espalhados por todos os cantos.

Quando o professor entrou na sala, todos emudeceram. Ele não tinha um aspecto severo, mas certamente impunha respeito. Tinha cabelos grisalhos e talvez sua aparência um pouco cansada desse a idéia de ter mais idade do que realmente tinha.

_ Bom dia, alunos da Grifinória... – saldou ele, sorrindo e assim parecendo rejuvenescer quase 10 anos – eu sou o professor Gregory Goldsmith e vou ensinar Defesa Contra Arte das Trevas... como andei me informando, vocês já tiveram aulas teóricas o suficiente... – sorriu ele solidário – portanto, pretendo ter mais varinhas e menos livros em minhas aulas...

Um murmúrio de aprovação correu a sala.

_ Como vocês já devem saber, muitas são as criaturas com tendências ao mal... alguém saberia me dizer alguma?

Muitas mãos se levantaram, a de Lily entortou o rabo de cavalo e descabelou Melina, e a de Remo tirou os óculos de Tiago, devido a rapidez da subida.

_ a srta? – falou ele indicando Alice.

_ Stuart, senhor... – informou ela – bicho-papão!

_ Sim, está certo! Os bichos-papão se alimentam dos nossos medos, mas, na realidade, se pensarmos bem, eles só assustam... – falou o professor cordial – mais alguém?

_ Dragões! – falou um aluno da Corvinal que teriam aulas com eles.

_ Bom, certamente que dragões são perigosos, mas não são malignos... – corrigiu o professor – quem mais?

Várias respostas foram pipocando pela sala, umas corretas e outras absurdas, até que as respostas pareceram se aproximar de onde o professor queria chegar.

_ Sim, gigantes podem ser muito cruéis... – concordou ele animado – Estamos chegando lá... dez pontos, srta Evans!

_ Dementadores... – sugeriu Tiago.

_ Ótimo!! Esses são muito ruins mesmo... senhor? – eloigiou ele.

_ Potter, senhor... – informou o garoto orgulhoso.

_ Mais dez pontos para o sr Potter, então... vamos lá pessoal... sei que vocês conhecem mais criaturas... – estimulou ele, agora olhando fixamente para Remo, que estava ainda mais pálido e com a aparência frágil.

_ Hã... l-lobisomens... – falou Remo num suspiro, entendendo o que aquele olhar penetrante significava.

_ Certamente que sim, sr Lupin... – concordou o professor, sem demonstrar nenhuma emoção – mais dez pontos...

Não passou despercebido entre os garotos que Remo fora o único aluno a quem ele não perguntara o nome.

_ Nas nossas aulas... – continuou ele de súbito – vamos ver algumas dessas criaturas, mas de maneira superficial, à medida que for atraente incluí-las no nosso programa principal... – explicou ele – Durante todo este ano estudaremos a criatura com maior tendência ao mal...

A classe suspendeu a respiração, numa palpável excitação.

_ Estudaremos os pormenores da espécie mais cruel do mundo, tanto bruxo quanto trouxa... uma espécie que é tão cruel a ponto de prejudicar de livre e espontânea vontade seus semelhantes, de maneira fria e calculada... o homem...

O silêncio em que a sala mergulhou só foi quebrado pela sineta, que veio muito antes do que os alunos desejavam.

_ Bom, mas isso pelo jeito vai ficar para a próxima aula... – sorriu ele – até lá!


Os alunos saíram parecendo uma manada de hipogrifos descontrolados. Não paravam de comentar a aula.

_ Ele parece mesmo saber das coisas... – confirmou Sirius admirado.

_ Inclusive meu nome e meu problema... – completou Remo indisposto.

_ Todos os professores sabem... – conciliou Tiago que também simpatizara com o novo professor.

_ É mais nenhum deles esfrega isso na minha cara! – irritou-se o loiro, o que espantou aos três, pois Remo nunca se comportara assim.

_ Calma, cara... – falou Sirius, pondo a mão no ombro do amigo – ninguém percebeu!!

_ Até agora... esperem até ele chegar no item “como reconhecer um lobisomem”... – falou ele parecendo furioso – estou indo para a enfermaria... avisem a profa Sinistro por mim...

Remo saiu batendo o pé, enquanto todos seguiam para a torre de Astronomia, para ter aulas com a profa Sinistro.

_ Onde é que Remo foi? – perguntou Louis aos cochichos para Sirius, quando os alunos começavam a montar seus telescópios no alto da torre.

_ Pra enfermaria... ele não gostou muito do final da aula de DCAT... – respondeu o moreno entre sussurros e com um olhar significativo.

_ Hum... ele ficou irritado, não foi? – perguntou ela já sabendo a resposta.

_ Um pouco, mas logo passa... deve ser efeito da Lua Cheia... – opinou ele.

_ Black e Whitefield! – ralhou a professora – será que vocês podem parar de conversar e começar a trabalhar?

Com um sorriso amarelo para a professora, Louis se dirigiu até onde Mel e Lily tinham armado seus telescópios e ali ficou até o final da aula.

_ Bom, como eu disse a vocês hoje teremos a passagem de cometa muito bonito... – falou a professora – se alguém se interessar em vir assistir é só falar comigo e eu providenciarei a autorização...

_ Eu gostaria muito professora! – pediu Mel, que era fascinada por astros e estrelas. Depois de Trato das Criaturas Mágicas, Astronomia era sua matéria favorita.

_ Ótimo, Wellek... vou falar com a professora McGonagall e nos vemos aqui as 11:30, que tal? – sugeriu a professora.

_ Perfeito! – sorriu a loira contente.

_ Mais alguém pessoal? A lua cheia vai dar um toque todo especial ao evento... – insistiu a professora, mas nenhum outro aluno estava disposto a ter uma aula extra de astronomia às onze e meia, principalmente tendo aula no outro dia logo cedo - Até mais então... – despediu-se ela.

_ Porque é que vocês não vão comigo? – insistiu a loira durante o jantar – aposto como vai ser lindo!!

_ Ahh Mel... estou muito cansada... – respondeu Lily – e temos aula de Feitiços amanhã de manhã...

_ Além do mais é só um cometa... – falou Louis continuando a comer.



Às 11 horas, Mel juntou as coisas de seu telescópio e saiu do Salão Comunal. A torre de Astronomia ficava do outro lado do castelo e ela não queria se atrasar, então apertou o passo. Mas deveria ter chegado muito cedo, pois a professora Sinistro não estava lá ainda. Para não ficar sem fazer nada, a loira pôs-se a arrumar o telescópio com todo o cuidado, deixando-o milimetricamente ajustado.

Ela olhou no relógio e viu que ainda faltavam 15 minutos. Será que a professora se atrasaria? Logo estaria na hora do cometa passar... Enquanto esperava pela professora, a garota demorou-se admirando a vista da torre. Encostada no parapeito ela via toda a extensão dos terrenos da escola.

O lago escuro e espelhado refletindo a enorme lua cheia no céu, passando do reflexo na água, ela pôs-se admirar o satélite no céu. A lua a fascinava completamente, suas fases e mudanças, tantas faces de um mesmo astro. A lua cheia então era um duplo encanto, naquela noite estava redonda, baixa e avermelhada, circundada por algumas poucas nuvens, dava a visão um toque de paisagem como as pinturas que existiam no castelo...

Banhado pela claridade da lua, tudo parecia mais bonito. A grama dos terrenos parecia prateada, o próprio castelo parecia brilhar refletindo o luar. Absorta em seus pensamentos, Mel avistou ao longe a pequena cabana onde morava o guarda-caças, aquela estranha árvore que certa vez quase arrancou o olho de um aluno. Ao olhar em direção ao Salgueiro-Lutador, algo chamou sua atenção.

Duas pessoas pareciam estar caminhando diretamente para ele. Ela correu até o telescópio e focalizou a dupla. Pelas roupas, uma sem dúvida era a enfermeira da escola, Madame Pomfrey, a outra parecia ser um aluno. Mas o que Madame Pomfrey estaria fazendo a esta hora fora da escola com um aluno? intrigou-se ela.

Aumentando o zoom do telescópio, ela tentou focalizar o rosto do aluno. Aos poucos a imagem começou a entra em foco. Ela viu primeiro cabelos castanho-claros refletindo sobre o luar... uma pele muito pálida... de súbito o garoto virou o rosto, um calafrio percorreu sua espinha e ela pode reconhecer com perfeição a quem tal rosto pertencia. Sem dúvida, era Remo Lupin!




Do nada, a foto simplesmente apagou. Harry estava com os olhos arregalados, a tensão castigando seus nervos. Os indícios vinham surgindo de toda parte... quem seria louco de ignorá-los? Remo teria razão para não gostar do novo professor, quando todos pareciam adorá-lo? Qual seria suas reais intenções? E agora Melina estava um passo a frente para descobrir seu segredo...



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Tcha-rans!!! E ae?? Bom, esse cap foi um cap mto estranho de escrever!!! Uma indecisão só!!!! Põe isso... não tá mto forte... põe aquilo... não tá mto fraquinho... mas enfim pronto!! E nem demorou tanto assim, neh?? Tah vendo só como nós não somos tão más assim?? ahiuahaiua

Comentem!!! Plixxx!!

Bjos!!



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