As férias mais longas.



Era uma tarde quente na Rua dos Alfeneiros nº4. Harry Potter como em todas as férias estava trancado em seu quarto, sem qualquer meio de comunicação com o mundo que mais amava, pois havia soltado sua coruja há algumas semanas e ela ainda não retornara. Estava Deitado na cama tentando não pensar nos acontecimentos ocorridos a pouco mais de duas semanas: A morte de Dumbledore,a descoberta da falsa horcrux, a separação de Gina.Ah Gina...Como ele a amava.Mas não podia te-la,pois não podia arrisca-la.Tudo repassava-se em sua mente minuto a minuto desde o ínicio das férias escolares,que a partir deste ano,seriam permanentes.
Estava mais uma vez distraído em seus pensamentos quando Edwiges entrou pela janela, com um rato morto na boca.
A coruja havia ficado fora duas semanas, durante as quais Harry pensara muito em Rony e Hermione, seus melhores amigos desde o 1°ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E decidira Escrever para eles:


Caros Rony e Mione,

Durante esse tempo em que permaneci na casa dos Dursley, estive pensando muito nas Horcruxes que me faltam descobrir, na localização delas e em como destruí-las. Também pensei muito no que me disseram no nosso último dia em Hogwarts. E é por esta razão que lhes envio esta carta, com o objetivo de saber se realmente vocês irão comigo e para avisar que se forem, nós podemos nos encontrar no caldeirão furado as 2 da tarde no dia 1 de setembro.Se forem me enviem uma resposta.




Harry.

Fez outra idêntica, endereçou a primeira a Ronald Weasley e a segunda a Hermione Granger. Enrolou cada pergaminho em uma pata de Edwiges e soltou a coruja.
Dias se passaram até que chegaram as respostas.Primeiro Harry leu a carta de Hermione.


Harry,
Como eu já havia lhe dito, eu vou permanecer ao seu lado custe o que custar, pois durante a guerra você terá de ter aliados já que Voldemort o tem. Mas você não precisava ter marcado a data de nos encontrarmos, pois, se você não se lembra, nos encontraremos no casamento de Gui e Fleur no dia 31 de agosto.


Te espero lá,
Afetuosamente,
Hermione.


E depois leu a de Rony:



Harry, eu irei com certeza, mas você me verá antes da data marcada, por conta do casamento de Gui e Fleur! E não se preocupe pois nesse dia alguém da ordem vai se encarregar de buscar você aí na casa dos seus tios e Mione na casa dela. Traga suas coisas, todas elas hein?

Rony.

Harry estava tão preocupado com as horcruxes que se esquecera completamente do casamento de Gui e Fleur e agora não faltavam muito mais do que 4 dias,com com certeza demorariam a passar.
Já haviam passado 3 dias até que Harry resolveu juntar suas coisas todas elas, e colocar no seu malão.Ele não podia se esquecer de nada pois, depois daquele dia nunca mais voltaria a rua dos Alfeneiros n° 4.
Enquanto arrumava as malas Harry, encostou-se na cama para descansar a cabeça pois já passava da meia noite, e acabou adormecendo.Acordou apenas no outro dia com tia Petúnia já dentro do quarto sussurrando desesperada:
-Harry!Acorde!Tem um dos seus aqui-ela estava aterrorizada.-VAMOS, AGORA!!
Harry passou a mão sobre o criado-mudo a procura dos óculos,mas logo percebeu que já estava com eles, havia esquecido de tira-los para dormir.
-O que foi?-exclamou o garoto ao ver a cara ossuda de tia Petúnia muito mais branca que o normal.
-Tem um deles aí embaixo, e vá logo!Não quero gente da sua laia aqui dentro!-concluiu a mulher.
-Cuidado ao modo como se refere á nós...-interrompeu um homem cheio de cicatrizes no rosto,uma perna mecânica e um chapéu tombado para o lado esquerdo do rosto,certamente para esconder o olho mecânico que devia estar rodando descontrolado para todos os lados.
-Olá professor Moody!-cumprimentou Harry alegremente ao ver a expressão e terror no rosto da tia.-Como vão as coisas?
-Tudo ótimo!-respondeu Moody levantando o chapéu e deixando o olho á mostra,só para aumentar ainda mais o desespero de tia Petúnia.-Está pronto?
-Só faltam alguma peças de roupa.
-Ok.Se quiser comer alguma coisa antes de irmos,será uma longa viagem.Em meia hora nós partimos certo?-disse o professor consultando o relógio e se retirando do quarto do qual tia Petúnia havia saído pouco antes.
Harry concordou com a cabeça, se vestiu rapidamente jogou as peças de roupa que faltavam dentro do malão, e desceu para a cozinha onde comeu apenas uma torrada.
-Estou pronto para ir professor.
-Certo.Está coma sua vassoura?
-Sim.
-Então iremos voando até a casa dos Weasley.
-Não podemos aparatar?-consultou o menino inseguro.
-Não é seguro para você.Você ainda não passou no teste de aparatação passou?
-Não.-respondeu o garoto pegando o malão e se dirigindo até o hall de entrada.
O menino se despediu dos tios e do primo que por mais que de muita má vontade o acolheram durante 16 anos.
Já do lado de fora, Harry deu uma última olhada na casa em que crescera e em que se fosse possível nunca mais voltaria a pisar.Lembrou de todos seus momentos lá e por um instante pensou “sentirei saudades”.

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