Quase Anônimo



N/A: Olá gentee! Bom, não sei se gostaram do 1º capítulo, é a 1ª fic que escrevo hehe.. qualquer dúvida, sugestão ou qualquer outra coisa, me manda um e-mail ok?
Obrigada por tooodos os comentários que eu recebi!!! Obrigada mesmo, continuem opinando, é muito importante pra mim ;D
Agradecimentos especiais (que eu esqueci de deixar no 1º cap) para a minha beta particular hehehehe Cris, obrigada por tudo =D e é claro, pra minha capista, a Mari!!! Gostaram da capa? Ameeei! Minha capista particular também... ui que chique! Hahaha
Bom, espero que alguém leia isso.. pff! Hueheue

Beijos e beijos ;***






Quase Anônimo


Ginny estava muito triste e abalada nos dias que passaram. Mal prestou atenção nas aulas de Transfiguração e Herbologia pela manhã. As pessoas precisavam repetir de três a quatro vezes o assunto para que a garota entendesse. Estava em outro mundo. Pensava o tempo todo em Harry "Como ele faz falta..." e logo sentia uma lágrima rolando pela sua face. Uma manhã tediosa.

Não sentia fome, nem tocou em seu prato de comida na hora do almoço. Estava mal. Não reparou que na mesa atrás, algumas pessoas cochichavam e riam alto propositalmente.
Precisava ficar sozinha, sem ninguém perguntando e questionando o porquê de sua cara pálida e triste. Saiu do Grande Salão em direção à Sala Comunal da Grifinória. Contava os degraus enquanto subia, distraída. "O que eu faço agora?" pensava a ruiva angustiada, mais lágrimas se formavam em seus olhos. Sentou em um degrau da escada e, observando o pouco movimento, viu um grupo de garotas da Sonserina passando pelo corredor e rindo alto, lideradas por Pansy Parkinson, uma garota que mais parecia um buldogue, na opinião de Ginny.

- Aquela Weasley é ridicula! - comentava sem ar de tanto rir - Patética, pobre e burra. O que o Potter Pirado viu nela? Ah é verdade, eles terminaram! - e as garotas recomeçaram as gargalhadas enscandalosas.

Ginny sentiu o rosto quente de raiva. Lágrimas caíram e molharam o chão. As pessoas já sabiam e faziam questão de fazer disso o “assunto - notícia” dos últimos dias. “Podem falar o que quiserem, mas não de mim e de Harry, essas sonserinas sujas”. A raiva começou a aparecer, suas orelhas estavam mais vermelhas que seus cabelos. “Já chega” e se levantou.
Parkinson levou um pequeno susto ao ver a ruiva aparecer por detrás de uma pilastra do corredor. Abriu um sorriso cínico e foi andando vagarosamente na direção de Ginny, que já não conseguia esconder a fúria em seus olhos.

- Ora ora, se não é a patética da Weasley, o que foi? Perdeu alguma coisa aqui? – debochou a garota com cara de buldogue, começando a se aproximar. Ginny recuou um pouco, Parkinson parecia com mais cara de cachorro que nunca – Eu e minhas amiguinhas estamos querendo saber, desembuche Weasley.

A ruiva estava se controlando para não rir. Parkinson era realmente muito feia e metida. “Tenho dó de você” pensou Ginny, que estava começando a se preocupar com a expressão de ameaça da garota.

- Ou você fala o que está achando tão engraçado, ou... – Pansy ouviu passos e gelou. Não percebeu, mas estava aos berros com Ginny.

Um garoto muito pálido e loiro apareceu no alto das escadas onde Gina estava sentada minutos antes. “De onde essa doninha apareceu?” pensou a ruiva. O rapaz foi descendo lentamente, olhando para o rosto de cada garota do grupinho de Parkinson. Parecia feliz, “Se é que esse idiota sabe o que é felicidade...” falou Gina pra si. Um ar de triunfo - talvez.

- Cuidado com as palavras Parkinson, você pode se dar mal. – disse o garoto com rispidez. Um meio sorriso formou-se em seus lábios.

- Você quem sabe, Draquinho, eu só queria dar uma lição nessa... – mas foi interrompida.

- Quieta, lembre-se que sou monitor, não quero ver a Sonserina perder pontos por causa dessa... Weasley – e fez uma cara de nojo “Essa nojentinha, eu darei essa lição de forma digna e humilhante” pensou Draco. Pansy e suas amigas se entreolharam com dúvida e seguiram o corredor sem nenhum protesto.

O garoto fez uma cara de desprezo para a ruiva. Ginny fez uma careta, deu as costas e saiu pisando forte “Não preciso de um Malfoy me defendendo”, mas foi puxada pelo braço e deu de cara com o loiro. Aqueles olhos cinzentos e frios percorreram a face de Ginny por completo “Eca, essas sardas são... nojentas” completou Draco em pensamentos. Encostou a garota na parede e a encarou, mais do que ela queria, seu olhar era penetrante e fez com que a garota sentisse seu estômago afundar junto a arrepios na espinha. Uma estranha sensação. Draco parecia estar procurando algo no olhar da ruiva, que estava com cara de espanto e começando a corar com a atitude do sonserino.
Então o garoto falou, com sua voz mais suável e falsa que conseguia:

- Não vai agradecer, Weasley? – quase sussurrando no ouvido da garota. Estavam muito próximos. Draco se sentiu desconfortável. Uma leve inquietação.

- Agradecer o que Malfoy? Não preciso de você me defendendo, seu... trasgo! – completou encabulada e se livrou do loiro, e saiu correndo pelo corredor escuro, desaparecendo de vista.

- Você é quem sabe, Virgínia Weasley – e deu uma gargalhada com prazer.





Passaram-se algumas semanas, em meados de outubro o tempo estava favorável para as partidas de quabribol que se aproximavam. Estava frio, uma leve brisa. Um céu azul claro rasgado de algumas poucas nuvens chamou a atenção de Ginny, que passou parte do dia de sábado no castelo, não sentia vontade de sair. Porém a ruiva foi arrastada por seu irmão para uma partida de Snap Explosivo nos jardins. Estava tudo muito calmo, na opinião da garota. Ainda se sentia triste, mas parecia estar se recuperando.

No jantar, Ginny, que estava sentada em seu lugar na mesa da Grifinória viu quando Harry se sentou perto dela, encarando-a, parecia espantado. Não sabia por que, mas aquilo a incomodava, parecia estar sendo avaliada, não era nenhuma coitadinha. Ginny odiava que sentissem pena e recuou um pouco, queria distância do moreno, estava ainda muito triste, mas não queria se lembrar disso no momento. Seus pensamentos estavam voltados em Malfoy. Por que ele teria salvo Ginny? Com certeza queria algo em troca, ou aprontaria algo. “Que apronte” e soltou um muxoxo de raiva. Ele era estúpido, arrogante e ainda se sentia superior “Um dia ainda vai quebrar aquela cara branca, comensal maldito”. Querendo se livrar de Harry e seus pensamentos idiotas, terminou rapidamente seu jantar e se retirou da mesa.

Estava deixando o salão quando algo lhe chamou atenção. Um aglomerado de pessoas em torno do mural das casas, que sempre tinham notícias insignificantes. Só que dessa vez parecia interessar e entreter várias pessoas que davam altas risadas. Ginny se aproximou um pouco e pôde ver uma garota da Corvinal comentando com uma amiga.
- Que coragem de publicar o diário! – e riu alto, junto com a amiga – Fala sério, cada coisa brega que a gente vê, olhe só esses poemas, essas frases, só podia ser a ...

- Ginny, o que significa isso? – do aglomerado surgiu Hermione, gritando feito louca, tentando dispersar as pessoas. – Todos vocês, parem de bloquear a porta!

Ginny corou violentamente. Todos estavam olhando com curiosidade para a garota. Alguns davam risadinhas abafadas, outros cochichavam com expressões indignadas nas faces. Poemas? Não podia ser. Seu diário. Tinha perdido a vontade de escrever em seu diário e não tinha se dado o luxo de procurá-lo. Mas o que estava fazendo estampado e publicado no mural para todos verem? “Quem foi?” a pergunta repetia-se na cabeça de Ginny, furiosa e muito envergonhada.

- E-eu... – murmurou baixinho, se aproximando do mural e leu um trecho. Era a sua letra - escrita caprichosamente. Parecia que fora uma folha arrancada de seu diário. “Não é possível... como?” se perguntava, perplexa.

“Querido diário,
Eu não posso ficar sem pensar nele.
E isso me assusta
Porque eu nunca me senti assim.
Ninguém nesse mundo sabe melhor do que você,
Então, diário, eu vou confiar em você

Querido diário,
Ele sorriu pra mim.
E eu queria que ele soubesse
O que há em meu coração.
Eu tentei sorrir,
Mas eu mal pude respirar.

Eu devo contar o que sinto?
Ou isso irá assustá-lo?
Diário, diga-me o que fazer,
Por favor, diga-me o que dizer”



A ruiva sentiu seu rosto ruborizar a cada palavra que lia – estava abismada. Sem dizer mais nada, saiu do salão com lágrimas nos olhos “Quem foi, quem foi?” se perguntava repetidamente. Estava perto do corredor do 3º andar quando parou. Um corredor escuro e frio, apoiou-se na parede fria para respirar. Era muita humilhação, primeiro Harry terminava o namoro, Pansy debochava de sua cara, o que mais poderia lhe acontecer?

A resposta veio caminhando em sua direção. Ginny ainda não tinha percebido sua presença até ouvir uma voz habitualmente arrastada. Ele foi se aproximando, parecia estar se divertindo observando a ruiva com uma cara abobada e furiosa. Abriu um meio sorriso “Ela nem faz idéia de quem foi que publicou seu diário ridículo, burra” pensou o garoto com superioridade.

- Anda me perseguindo, Malfoy? – começou a ruiva, furiosa. Ele sempre aparecia nas piores horas. As últimas semanas foram de muitos encontros entre os dois. Muitas ameaças e brigas também.

- Ora ora, Weasley, andar pelos corredores escuros... – mas foi interrompido.

- Cala a boca, seu loiro aguado! – gritou a garota. – Não venha com essa, seu merda – Malfoy soltou uma gargalhada. Seu rosto parecia ter tomado cor por causa da intensidade da risada. Ele realmente estava se divertindo, mais do que o normal quando decidia amolar alguém.

- Espero que morra asfixiado – disse Ginny com arrogância.

- Oh... que agressividade, Weasley! Tenha educação – respondeu o loiro com tom de falsa ofensa se aproximando. Parou a poucos centímetros da garota – Ah é verdade, você não tem educação – complementou no mesmo tom de Ginny.

- Não enche Malfoy – disse a ruiva enfurecendo-se. Puxou a varinha lentamente das vestes e apontou para Draco, que não se moveu um milímetro. – Suma daqui, ou eu mesma farei isso – fez um sinal com a varinha.

O loiro não se intimidou, e em um movimento rápido, roubou a varinha da garota e encostou-a na parede, fazendo com que sua respiração parasse por um instante. Draco encarou Ginny por um momento, ela fez o mesmo, não iria abaixar a cabeça para Malfoy. A ruiva sentiu-se arrepiar por inteiro. Aqueles malditos olhos cinzentos a incomodavam mais do que deveria. Ele estava perfurando os olhos verdes dela, analisando sua alma.
Draco, por sua vez, sentiu uma forte atração pela ruiva, mas não admitiu isso para si. Estavam muito próximos. Ele não conseguia ficar apenas admirando sua face ruborizada “Admirando? Você enlouqueceu Draco?” repreendeu seus pensamentos “O que você está fazendo? Largue essa Weasley nojenta!” mas ele não conseguia. Sentia uma imensa vontade de...

- Mais respeito Weasley – sussurrou suavemente o garoto no ouvido de Ginny, que estremeceu – Ou você pode se dar mal. – e largou a garota, jogou a varinha no chão, deu meia volta e sumiu pelo corredor.

Ginny escorregou pela parede e caiu sentada no chão “Ele não presta, sonserino idiota” e suspirou profundamente. A presença dele a deixava irritada. Aqueles olhos a deixavam inquieta. Por que tanto incomodo? Draco poderia ter todos os piores adjetivos que existissem. Era arrogante, idiota, sonserino, frio e tudo mais, mas Ginny não podia negar que ele tinha classe, além de beleza. E charme, muito charme. “Pare com isso, Virgínia” e fez uma careta. Hesitou um pouco, levantou e foi em direção ao dormitório. Tinha sido um dia cansativo e confuso. Ainda teria que descobrir quem estava por trás dos poemas publicados de seu diário perdido.

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