O primo mais amado de Gina

O primo mais amado de Gina



- Harry, o quê houve? – a voz de Lola parecia tão distante – Não consegue sentir as pernas?

E agora? O quê aconteceria se ele não melhorasse? “Um bruxo pode curar isso facilmente”, pensou tentando se acalmar.

- Não se mexa eu vou chamar alguém! – Lola saiu do quarto e voltou com um homem e empurrando uma cadeira de rodas, ele o ergueu e o colocou na cadeira. – Obrigada Jhonn, pode voltar para a recepção.

- Eu não quero ficar em uma cadeira de rodas. – reclamou triste – Eu não vou ficar assim muito tempo, não é?

- Acredito que não, não é nada de mais – Lola parecia tão maternal agora, passou a mão sobre os cabelos dele tentando arrumá-los – Eles não abaixam nunca? – Fez que não com a cabeça.

Ela empurrou a cadeira para fora do quarto, eles se encontravam no meio de um corredor muito longo.

- O Dr. Foster vai te examinar, ele é um excelente médico – quando terminaram o corredor eles passaram por uma grande recepção, muitas pessoas que pareciam terrivelmente mal sentadas em bancos e sendo indagadas por enfermeiras com pranchetas.

- Bom dia Lola – uma enfermeira magra e alta com os cabelos castanhos presos em uma trança caindo graciosamente em seu ombro chegou perto – Este é o Harry?, que garoto lindo!

- Para você também Mônica, sim, ele é realmente lindo, mas nós precisamos ir direto ao Dr. Foster, surgiram complicações – disse em um tom de falsa animosidade.

E o empurrou rapidamente ele até uma sala onde se lia “Dr. Richard Foster” e entrou com ele dentro da saleta onde se viam inúmeros instrumentos médicos, e sentado atrás de uma mesa de mármore branco estava o médico, ele já era velho, sou rosto tinha rugas, seu cabelo era branco, devia ter por volta de uns sessenta anos.

Depois de muitos exames, os olhos imensamente negros do médico o fitaram e ele perguntou:

- Você estava em greve de fome ou seus tios lhe maltratam o deixando sem comer? Você tem sérios vergões no corpo – Aqueles machucados fora da última batalha contra os Comensais, ou melhor, Snape. Era sua chance, se contasse tudo os tios iriam presos, mas não, achou melhor mentir.

- Não, eu estava em greve de fome mesmo, me sinto um inútil sem poder ajudar o mundo – ele atuava muito bem. – E agora que estou assim, ficou pior.

- Enfermeira Lola, chame Augustus e mande-o dar uma volta com o jovem no jardim, o dia está lindo, mas volte aqui, eu preciso conversar com você depois.

Lola saiu da sala e voltou com o garoto que entrara chorando no quarto mais cedo, ele tinha olhos de um azul profundo, transbordando sabedoria e calma, seu rosto tinha traços firmes, lembrava tanto Sirius.

- Vem – sua voz calma – O dia está tão belo, ficar aqui dentro não melhora nada e empurrou a cadeira para fora da sala.

- Tchau Lola – Harry disse à enfermeira que deu um sorriso de volta.

- Você se chama Harry, não? – ele assentiu – Nós vamos fazer uma parada antes de chegar ao jardim, você não se importa?

- Claro que não – na verdade não estava com muita vontade de ir ao jardim, mas não disse nada. Eles pararam e Augustus entrou em uma sala e na porta ao lado estava escrito “Vacinas e Injeções” e tinha uma fila de cadeiras encostadas na parede.

- Mamãe, eu tenho que levar picada? – um menino que aparentava ter cinco anos parecia com medo.

- Claro Rhudy, você quer ficar doente? – respondeu a mãe do garotinho pacientemente.

- Dói muito?

- Não dói nada, é só fechar os olhin... – por detrás da porta uma voz infantil gritava: Não, isso dói! Que agulha gigante nãããooo! Os olhos do menino arregalaram-se e sua boca ficou aberta, ele começou a chorar.

Augustus saiu da sala e correu até o menino e lhe entregou um pirulito, que por conseqüência parou de chorar olhando o pirulito como se fosse algo realmente valioso.

- Vamos? – perguntou e continuou empurrando a minha cadeira.

- Você é muito requisitado aqui não? – disse num tom de brincadeira.

- Eles abusam mais dos voluntários, mas em todo caso eu adoro ajudar.

- Há quanto tempo você vem aqui?

- Uns três anos. – Harry podia sentir que um sorriso se abria na face da Augustus – Aqui é como um lar, meu avô às vezes enche demais dizendo que eu preciso aprender mais, estou cansado de estudar, passei oito anos estudando de tudo, sem sair de casa, não conhecia o mundo fora dos portões da minha casa há três anos atrás.

Ao chegarem Harry viu um jardim extenso, com um tapete verde de grama, muitas árvores, muitas flores, bancos e muitas criancinhas brincando, e um portão preto que tomava toda a extensão do jardim.

- Esse é o seu problema, você não tem jeito – gritou uma menininha com o nariz extremamente vermelho – Wedlyn esquisita! – E mais crianças fizeram coro a Wedlyn esquisita a uma menina careca que se encontrava sentada abraçando os joelhos. Uma enfermeira apareceu e ralhou com as criancinhas.

O sol estava tão agradável, mas ele foi sumindo aos poucos, e Harry sentiu uma gota gelada cair no seu rosto. Quando viu já estava sendo empurrado para dentro do Hospital por Augustus.

Logo depois Augustus voltou correndo para buscar as outras crianças, Harry observava tudo pelas paredes de vidro da recepção, as portas elétricas não paravam de se abrir e todos que estavam no jardim entrarem correndo. Sua cicatriz doeu e o garoto a apertou com força.

Lola apareceu do seu lado resmungando zangada algo como: “Aquele velho tarado me paga!” E empurrou a cadeira de Harry de volta para o seu quarto, entrando lá Eduard gritava “Chô! Sai coisa”, e Harry viu que em sua cama se encontrava Edwiges.

- Como você me achou aqui hein? Lola, você poderia me arranjar papel e uma pe... – quase disse pena, como ele explicaria que estava pedindo uma pena, "É que eu caí de uma escada, sabe!" – ah... caneta?

- Essa coruja é sua? Desculpe Harry nós não podemos aceitar animais dentro do hospital, é anti-higiênico. – disse fazendo uma careta.

- Se você me arranjar o que lhe pedi ela vai embora – Lola foi até um armário do quarto e lhe trouxe um papel e uma caneta. Escrever ao Ron não parecia o melhor a fazer, achou melhor escrever diretamente a Sra. Weasley.

Sra. Weasley,

Espero que esteja tudo bom com a sra. Estou escrevendo para lhe fazer um pedido, eu caí na escada da casa dos Dursley, quebrei o braço direito e não consigo andar, se pudesse vir até o hospital St. Forrail Dunt para eu dar uma palavrinha e quem sabe me consertar.

Harry

Ele fechou a carta e escreveu Molly Weasley fora do envelope que Lola tinha deixado no criado mudo ao lado da cama. Edwiges a pegou no bico e saiu pela janela, ele sabia que as corujas tinham feitiços de impermeabilidade e por isso não se preocupou. A carta tinha ficado formal demais, mas tudo bem, ele não tinha intimidade com a sra.Weasley para escrever “E aí, beleza?”

A enfermeira chamada Mônica entrou no quarto com o carrinho de comida trazendo o almoço.

- Lola, você viu, o céu está verde, parece que deixaram um holograma de caveira no céu, é realmente horrível.

Harry não podia acreditar, Voldemort fizera mais uma vítima, sua cicatriz latejava com força, e tão perto dali.

Ele comeu preocupado, quem seria agora? Alguém conhecido? Ficou deitado na cama, não sabia quanto tempo já passara, Eduard falava, mas ele não ouviu uma palavra do que dizia.

- A senhora não pode entrar! – gritou Lola do lado de fora do quarto – Não é da família!

A porta estava aberta e Harry poderia ver três pessoas.

- Quero ver quem vai me impedir? – bufou a Sra. Weasley.

- Euzinha aqui! – Lola já estava gritando.

- Mas sou eu que o conheço há mais tempo, agora eu quero vê-lo.

- Você está surda? Ele não vai receber NENHUMA visita! – Lola disse seca.

- Eu sou a namorada dele! Quero vê-lo. – A voz de Gina soou mandona.

- O quê está havendo aqui? – Augustus.

- Não se intrometa Augustus! – gritou Lola.

- Augustus? – Gina e a Sra. weasley falaram juntas.

- Tia Molly? Gina? – Harry poder ver pela porta Gina correr até ele e abraçá-lo. – O que vocês fazem aqui?

- Você as conhece Augustus?

- Sim Lola, pode deixar.

Eles entraram no quarto a Sra. Weasley correu até Harry, só não o abraçou por medo de lhe machucar. Gina olhou pra ele sorrindo.

- Harry querido, você está bem? Como é esse negócio de não poder andar, o quê aconteceu? – Sua voz soou preocupada.

- Eu ia descer as escadas e o meu primo estava atrás de mim quan... – como não pensara nisso antes, Duda o empurrara – Quando aquela coisa me empurrou! Você conhecem o Augustus?

- Ele é o primo mais lindo do mundo – disse Gina abraçando-o pela cintura – Eu o adoro demais.

- Ele é filho da minha irmã Janet, com o irmão bastardo de Sirius.

- Quê? – Ele não acreditava no que ouvia. – Como é o seu nome?

- Augustus Black – disse com um sorriso no rosto.

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