Obrigações...




Bateu a porta de casa enquanto retirava a capa. Severus que estivera lendo algo sentando em um sofá ergueu a cabeça para olha-la.

- ótimo que você esteja aqui... – Kassi se jogou no sofá, do lado dele – dá uma olhada nisso.

Colocou um prontuário nas mãos dele.

- esse paciente teve seis convulsões seguidas hoje, fez o meu dia virar um inferno. – ela retirava as botas de salto alto. – a lesão no cérebro está se alastrando, percebi pelos exames que fiz hoje.

Ele lia as folhas do prontuário calmamente.

- o que você acha...?

- que é uma grande ironia tudo isso. – ele jogou o prontuário de volta pra ela – é uma lesão causada claramente por excesso da imperius... tem certeza que não foi você que o lesou desse jeito?

Kassi pegou a prancheta e leu o nome do paciente, fez uma expressão curiosa:

- não, esse não. – respondeu tirando as meias arrastão. – mas já peguei um ou outro que a “culpada” fui eu.

- E o que você fez...?

- Já ouviu falar no termo eutanásia? – ela deu uma risadinha maldosa. Jogou as pernas sobre o colo de Severus e se deitou no resto do sofá. – o Lord detesta meus trabalhos feitos pela metade, por isso eu tive que terminar...! Mas então, o que você me diz desse pobre infeliz...?

- Que ele vai morrer.

- Eu sei que ele vai morrer Severus! – Kassi começou a ficar impaciente – mas como curandeira eu tenho o dever de tentar, pelo menos, retardar o máximo essa morte. Ou fingir que estou fazendo isso.

- Você já tentou a...

- Já, já. Isso também, e idem pra isso o que você tá pensando agora. – agora ela estava realmente impaciente – já tentei tudo o que era possível, ao contrário não estaria recorrendo a você!

- E o que você quer que eu faça...?

- Sei lá, inventa mais uma dessas suas poções milagrosas pro infeliz ficar vivo até o Natal e fazer a felicidade da família dele! Coloca esse seu cérebro brilhante pra funcionar! Aí você recebe mais uma vez muitos pares de galeões do St. Mungus por serviços prestados e pode continuar sua vidinha de proscrito sem se preocupar com dinheiro!

Ele riu do raciocínio dela:

- vou ver o que posso fazer...

- sei que você vai pensar em algo! – ela se sentou no sofá – Aliás até hoje não sei por que você não se tornou um curandeiro.

- Por que eu não tenho o dom de ajudar os outros. – ele respondeu prontamente

- E quem disse que eu tenho? – Ela perguntou, andando pela sala.

- Por que trabalha nisso então...? e por que se dá o trabalho de ser tão boa no que faz...? – o tom das perguntas era de desafio.

- Por que o salário é bom...! – ela respondeu piscando pra ele, maliciosa. – e eu não me dou ao trabalho de ser boa. Eu sou naturalmente boa em tudo que faço!

- Sei... – desdém total... – Rodolphus estava te procurando.

- Ah, claro. – ela já subia as escadas. – temos um servicinho pra essa noite...! – sua empolgação era visível – e a propósito, você e minha prima se divertiram hoje...?

- Cuide da sua vida Kassi. – ele voltou ao livro que lia inicialmente.


- sempre achei que você fica muito sexy com essa roupa...! – Kassi tinha aparatado numa distante vila, exatamente ao lado de um homem alto vestido com uma longa capa negra, máscara e capuz.

- Já você eu prefiro sem o capuz e com os cabelos verdes aparecendo Queen..!

- Fala a verdade Rod, a mim você prefere sem nada dessa roupa. Ou melhor, sem roupa alguma. – ela ficou na ponta dos pés pra despejar um beijo nos lábios dele, por cima da máscara.

Ele sorriu, mesmo que ela não pudesse ver. Ou sorriu exatamente por que ela não podia ver e perceber que ele concordava.

- me diz, a Bella tá muito, mas muito irritada? – ela perguntou.

- Extremamente irritada.

- Ótimo! – ela teve que se controlar pra não dar pulinhos de satisfação. – adoro fazer isso...

- Vocês e essa antiga guerra... – ele murmurou, depois pigarreou e apontou a vila – conhece o lugar...?

- É, conheço. Uma vila totalmente trouxa. – por debaixo de sua máscara se formou uma expressão de repulsa. Detestava matar trouxas. Detestava aquela expressão de surpresa que eles tinham no rosto quando eram atingidos por uma maldição da morte, o fato de que eles não sabiam por quem estavam sendo mortos a deixava irritada. Matar bruxos sempre era mais divertido: eles saberiam exatamente quem estava lhes tirando a vida e morriam com uma incrível expressão de terror no rosto. Aquela que sempre se formava no rosto de algumas pessoas quando se mencionava o nome “Comensais da Morte”.

- Melhor não perder tempo... – ele começou a andar.

- É, realmente. Temos coisas mais divertidas a fazer depois disso...! – Kassi dispensou um tom de voz totalmente malicioso.
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Pessoas! Sorry por não responder os coments mas é que eu tô correndo com minha vida! Coisas de mais a fazer!
Por isso nao atualizei antes e pra compensar tô postando dois seguidos!
Enjoy!
Bjus, Kassi!

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