alguns problemas...



Eles estavam assim a um tempo, se beijando e esquecendo tudo a sua volta. Era assim que o beijo de Cedrico fazia a loira ficar; mais aluada que de costume. E ele tentava de todas as formas possíveis mostrar o quanto a queria.

Num instante, o ar faltou aos dois. Eles se encararam risonhos.

- Acho melhor sairmos daqui, ne?! – ele disse, encarando os olhos dela.

Ela simplesmente assentiu, levantando-se e seguindo o lufa-lufa. Cedrico segurou a mão delicada dela, guiando-a a uma sala no primeiro andar.

- Acho que aqui já está bom. Senta ai. Tenho que falar uma coisa pra você. – ele falou, olhando com uma cara de preocupação e suspense.

Ela sentou na mesa, estranhando a cara dele.

- É, algum problema?

- Luna, olha, eu preciso que você fique quieta, sabe. Deixa eu falar tudo, ai depois você fala o que você quiser, ta?

- Ta bom, fala ai.

- Eu não sei o que está acontecendo comigo. Quer dizer, de um tempo pra cá, quando eu te olho a vontade que eu tenho é de te beijar. Não sei. Quando eu te vi chorando aquele dia, falando sobre alguém que não gosta de você, sei lá. Você precisa me dizer que ele é, porque eu vou quebrar a cara dele, porque ele é um idiota de não ter visto a garota linda que você é. Bem, linda é pouco, você tem alguma parente Veela? – ele encarou-a, tentando passar a ela uma ar descontraído. – Não, não responde. Deve ter. – aproximou-se dela. – Com esses cabelos bem loiros. – tocou de leve no cabelo dela, colocando uma mecha atrás da orelha da menina. – Os olhos azuis, a boca perfeita – disse a ultima palavra num sussurro, com o rosto bem colado ao dela. – Quer dizer, você é perfeita. E esse garoto é um idiota. – continuou sussurrando.

Luna deu um sorrisinho e puxou Cedrico para um beijo, enlaçando o pescoço dele, enquanto abria as pernas para que ele aproxima-se mais o corpo, para sentir mais o corpo musculoso dele. Foi o que ele fez, aproximou-se mais, agarrando a cintura dela, como se aquilo fosse a coisa mais importante de sua vida.

Ele separou as bocas, mas ainda abraçada a ela, disse:

- Viu o que eu disse? Não consigo ficar longe de você. É serio... To achando que você me lançou algum feitiço ou me deu alguma poção do amor, foi isso? – perguntou como se fosse a coisa mais natural de todas.

Ela sorriu ainda mais, enquanto ele falava. “Como ele pode ser tão perfeito, tão fofo. Será que eu tava enganada? Será que ele ta... Calma, Luna, não fica desesperada. Meu Merlin, olha o que ele ta falando, ao consegue ficar longe de mim... Que lindo.”, Luna pensou, ficando um pouco nervosa com toda essa intimidade.

- Não, Diggory, eu não lancei nenhum feitiço em você, nem te dei nenhuma poção. – disse, divertindo-se com a “dúvida” do rapaz.

- Acho que já passou da hora de você me chamar pelo primeiro nome, não, Srtª?

- Ok, Cedrico.

Fez-se um momento de silêncio, em que os dois analisavam aquela situação. Luna estava pensando no que ele havia falado, sobre estar perto dela, sobre o suposto garoto que ela gostava. Enquanto Cedrico pensava nela, somente nela e tudo o que estava sentindo, tentando encontrar uma resposta para toda aquela necessidade de ter Luna ao seu lado.

- Você não me respondeu. – ele disse, observando o rosto dela ficar ruborizado.

- Sobre? – perguntou fazendo-se de desentendida.

- Sobre o tal garot...

Mas nesse momento a porta foi aberta num baque ensurdecedor e, rapidamente, Luna e Cedrico se separaram. Pela porta entra Malfoy cambaleando e sendo segurado por Cedrico e logo em seguida Rony entra com Harry no seu encalço.

- O que aconteceu? – perguntou Luna, que levantou-se da mesa e rumou em direção ao Rony.

Mas antes de ser respondida viu o ruivo investir contra o loiro, com a varinha em punho. E soltando o primeiro feitiço que lhe vinha a cabeça.

- Levicorpus.

Draco foi erguido do chão, mas o sonserino continuava com a mesma posse de sempre, com cara de quem comeu e não gostou. Pouco se importando com o que acontecia.

- Weasley, desce ele agora. – Cedrico mandou.

- Doninha, hoje você passou dos limites. Beijar minha irmã e depois chamar a Mione de ... de... você-sabe-o-que.

- Weasley, já falei, desce ele. Senão serei obrigado a dar uma detenção a você.

- VOCÊ NÃO ENTENDE, DIGGORY. ESSE PANACA DO MALFOY, XINGOU A MIONE, E AINDA PENSOU QUE PODERIA BEIJAR A MINHA IRMÃ E SAIR IMPUNE...

- Rony, não vai adiantar você fazer isso. Cadê a Gina? – Luna colocou a mão no ombro do ruivo, tentando acalma-lo.

- Foi atrás da Mione, nos jardins. – agora quem respondeu foi Harry. Ele tinha uma cara de que também estava louco pra soltar um feitiço no sonserino, mas estava se controlando.

- Vou atrás dela.

Assim que Luna saiu da sala, ela ouviu um baque. “Pelo visto Cedrico conseguiu fazer o Rony descer o Malfoy.”


Desceu para os jardins, agora, o sol já estava se pondo. Luna vasculhou os jardins e perto do lago encontrou uma cabeleira ruiva e uma morena. Aproximou-se delas, percebendo que Mione tinha o rosto molhado, mas não estava chorando.

- E então? O que aconteceu com o Malfoy? – perguntou Gina, assim que Luna sentou-se ao lado de Mione.

- Hum, acho que Cedrico conseguiu fazer o Rony descer o Malfoy. – respondeu naturalmente.- Por sinal, depois eu tenho que pedir ao Rony pra me ensinar esse feitiço, Levi.. Levi..

- Levicorpus. – Hermione disse risonha.

- É, esse mesmo.

Passado algum tempo de silêncio, Luna olhou as duas grifinórias, suas amigas. Queria contar a elas tudo o que tinha acontecido entre ela e Cedrico, mas achou melhor entender o que tinha acontecido.

- Como começou aquilo tudo?

- Humpf. O Malfoy, abusado como sempre. – disse Hermione. – Ele passou por nós enquanto estávamos voltando pro castelo, depois de deixar você e Cedrico aqui, sabe?!

- Huh – confirmou, Luna encabulada.

- Ai, nós estávamos no Salão Principal. Depois de um tempo que estávamos lá, eu recebi uma coruja. Dizia para eu encontrar o Harry na Saguão de Entrada, só que não era a letra do Harry. – continuou Gina.

- Eu disse pra ela ir do mesmo jeito e eu fui com ela. Quando a gente chegou lá, o Malfoy estava lá. – Mione disse. – Ele falou alguma coisa do tipo: “Sabia que você viria, Weasley. Não resiste ao um chamado do Potter-cabeça-rachada.”

- Ai, eu disse pra ele não começar, que ele não ia conseguir o que queria. Mas ai, ele se aproximou e perguntou se sabia o que ele queria. Eu disse que era me irritar.

- Eu disse pra ele se afastar da Gina, mas a doninha não me ouviu. Eu disse que se ele não saísse de perto dela, eu iria ter que aplicar uma detenção nele.

- Ele disse: “Não me importo, Sangue...”. Ah, Luna você sabe, sempre a mesma coisa. – Gina continuou.

- Ai, depois, do nada, ele agarrou a Gina e deu um beijão nela. O problema é que o Rony e o Harry estavam descendo as escadas e ai, você já viu ne?!

- Rony ouviu de que o Malfoy chamou a Mione e viu também o beijo. – Gina completou.

- O Rony começou a brigar com o Malfoy. Eu disse para ele não fazer isso, mas ele não me ouviu. Novidade! – Mione bufou.

- É pelo visto, o Malfoy não ia sair bem dessa. O Harry também estava com uma cara que tava muito afim de dar umas porradas nele. – disse Luna, que agora olhava a Lua que brilhava no céu.

Harry e Rony vinham caminhando em direção a elas, sorridentes. Rony puxou Mione, dando a desculpa que precisava resolver um problema de monitoria. Harry pediu licença e levou Gina, com a desculpa de que queria saber como ela estava.

“Eles pensam que me enganam... Apesar de ser aluada, como me chama, deu pra perceber porque eles tiraram elas daqui. Quando eles vão pedir elas em namoro?! Meu Merlin, nem eu sou assim tão enrolada.”

- O céu pelo seus pensamentos. – sussurrou alguém no ouvido dela, tampando os olhos da loira.

No mesmo instante, os pêlos da nuca dela arrepiaram-se. Sabia muito bem de quem era aquela voz, aquela mão. Conhecia tudo nele.

- Diggory, você não me engana. – disse com tom de deboche.

- Resposta errada, Luna – frizzou bem o nome dela.

- Ok, Cedrico.

Ele sorriu e sentou-se ao lado dela.

- Você ta me devendo duas respostas. O que estava pensando?

- Nada demais. – ela olhou ele, e continuou, queria fugir da outra pergunta. – E ai, o que aconteceu com o Malfoy?

Ele a olhou. “Você não vai fugir agora, Luna”, pensou, enquanto dava um sorrisinho.

- Nada demais. Uma detenção. E eu liberei o Weasley e o Potter.

- Como assim, liberou o Potter?

- Depois que você saiu, ele se soltou e vou em cima do Malfoy. Acho que ele ta bem apaixonado pela Weasley. Gina, o nome dela ne!?

- É... – “Sabia! Ele nunca me enganaria... Tava na cara que ta amarradão na Gina... Ai, ai, amiga, amanha você vai ter muita coisa pra me contar.”

- Eu aconselhei os dois a se abrirem com a Granger, quer dizer, Mione e a Gina. Eles disseram que iam resolver essa noite.

- É, por isso eles levaram elas daqui. Cada um com uma desculpa idiota. Mas deu pra perceber que eles estão amarradões nelas. Sorte delas.

Luna admirou a lua mais uma vez. Estava linda, cheia e bem branca. Fazia a pele dela ficar mais clara que o normal e os olhos brilhavam.

- Na verdade, acho que Malfoy não vai poder comparecer ao Baile... – o loiro disse displicentemente.

- Por quê?

- Bem, ele falou o que não devia. Ai já viu ne!?

- Não entendi.

- Ele apanhou um pouquinho de nós 3.

- Vocês 3? Até de você? Por quê? – perguntou, incrédula, olhando agora o menino ao seu lado.

- Bem... Não sou nenhum santo. Ele falou mal de alguém que eu gosto muito. Apanhou, para aprender.

- Meu Merlin. De quem ele falou, para até você sair do seu juízo?

- De você. – disse diretamente.

Ela olhou estupefata o loiro. Não sabia o que falar, como agir. Suas mãos suavam frio, os olhos se enchiam de lagrimas de alegria. “Quer dizer, que ele se importa comigo?! Ele gosta muito de mim!! Ai, o que eu faço agora?!” Ela levantou-se num pulo.

- Acho melhor entrarmos. Já esta tarde e eu to com fome.

- Ta certo. – ele levantou-se também. Mas antes que ela pudesse dar o primeiro passo, ele a segurou pelo braço virando-a. – Mas você ainda não me respondeu, quem é o garoto que não é afim de você?

- Esquece isso, ok?! – sussurrou ela.

- Não consigo. – ele aproximou mais as bocas e segurou forte a cintura fina de Luna. – Eu acho que sou eu. Mas quero ouvir da sua boca. Me diz quem é. – sussurrou com os lábios encostados aos dela.

- É... é vo... é você.

Assim que a resposta saiu, Cedrico não teve nem tempo de raciocinar. Sentiu uma mão pequenina pousar em seu pescoço e os lábios quentes dela acabar com a distância que havia entre eles.

O beijo cada vez mais estava se aprofundando. Luna sentiu sua blusa ser elevada por uma mão quente. E a boca do lufa-lufa ir em direção ao seu pescoço. Estava tentando se controlar, mas Cedrico estava deixando-a atordoada com as sensações que provocava nela. Com um certo custo, ela separou-se dele e imediatamente sentiu frio.

- Acho melhor entrarmos. – disse, respirando fundo para controlar a vontade que tinha de agarra-lo mais uma vez.

- Ok, já entendi. – eles ajeitaram-se e olharam um para o outro. – Vamos?!

- Huh.. – assentiu ela.

Caminharam de mãos dadas até o Salão. Sentaram-se cada um em sua mesa, mas sempre se olhavam. Depois de um tempo, Gina e Harry e Rony e Mione entram de mãos dadas. As meninas sinalizaram para Luna, querendo dizer que estavam felizes. E os garotos agradeciam através de acenos de cabeça à Cedrico. Os loiros encararam-se e sorriram. Os sorrisos só não eram maiores do que dos quatro enamorados.

Rony parecia que não se cabia de tanta felicidade. Tudo nele mostrava que estava feliz, os olhos, o cabelo, os gestos, as palavras. Hermione não sabia se sorria ou ficava seria, por causa de uns comentários na mesa da sonserina. O pior de todos os comentários foi de Draco Malfoy:

- Já vi que Hogwarts vai ver muitas cabecinhas ruivas e CDF’s daqui a alguns anos. Só espero que não comecem a procriar logo. – disse num tom irônico à Pansy, que estava sentada ao seu lado. Todos na mesa Sonserina começaram a rir da “piada” de Malfoy.

Mas nem isso fez Rony perder o sorriso que tinha. Para ele, agora, tudo se resumia à Hermione J. Granger, a sua namorada.

Com Harry a situação não era diferente. Ele sentia-se completo. Dava e recebia muito carinho. Se Voldermort viesse encara-lo agora, ele tinha certeza que conseguiria vence-lo. Pois, na opinião dele, era o homem mais feliz do universo. Gina, no entanto, tinha que aturar olhares de censura e comentários idiotas do “Fan Clube do Harry”. Mas, ela se divertia com aquelas garotas.

- Agora a família Weasley tira o pé da lama. Cuidado, Potter! Você vai ser o próximo pobre da lista. Depois que a Weasley acabar com seu dinheiro e te abandonar. – Malfoy mais uma vez não ficou calado. E novamente, os sonserinos riam.

Harry, que nem se quer moveu um músculo quando o loiro se pronunciou, simplesmente continuou comendo e observando a ruiva ao seu lado, a sua ruiva. Gina M. Weasley.




N/A – bem demorei realmente pra postar é que eu estou sem tempo! É chato esperar eu sei!!! Mas aqui está o capitulo 6, ele foi escrito pela minha parceira!! A Mila! Então comentem =) vou tentar fazer o 7 o mais rápido que eu puder!

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