Seja Bem Vindo!



align="center">AMOR NUNCA É DEMAIS

CAPITULO I

SEJA BEM VINDO!


Havia no ar um estranho clima, que misturava festa e melancolia. Todas as promessas de uma linda primavera nas flores que, com valentia, enfrentavam o solo duro do inverno e mostravam seus primeiros botões.


As pessoas convidadas aos poucos iam chegando à Toca, com aparatações aqui e ali, como se estivessem meio tímidas. E na verdade estavam. Era uma comemoração, as boas vindas à alguém novo
e ainda assim, tinha um sabor meio amargo da despedida, do último adeus.


Embora todos tivessem ainda muita vontade de chorar, por aquele que se fora, não podiam mais: Dumbledore não permitiria que lamentassem sua partida, não tendo tantas outras coisas importantes à se fazer.

E o batizado de Brian Potter, seria com toda certeza, uma dessas coisas importantes, que não permitiria o pranto de ninguém.


- Ora... Sirius! – Remo reclamou exasperado – você já ficou com ele tempo suficiente! Daqui a pouco Hermione vai descer e eu não poderei ficar nem um pouco com Brian!


- Deixe-me corujá-lo Remo. – Sirius virou o corpo, escondendo o pequenino bebê do amigo – afinal, agora que os Potter têm sua própria casa, eu não posso ficar com ele tanto quanto gostaria.


- Mas também não pode monopolizar a atenção Sirius – Hermione ralhou de brincadeira, chegando por trás dos dois.


- Hermione! – exclamou Remo deliciado, voltando sua atenção para ela – você está maravilhosa!


- Está vendo porque não posso entregá-lo ao Remo? – Sirius abanou a cabeça em desalento – ele perde a concentração rapidamente!


Remo e Hermione acabaram por rir. Desde que eles haviam se mudado para o apartamento, que Sirius vinha se mostrando estranhamente obsessivo por Brian.


- Mas eu sabia que era só procurar a estrela do dia, que encontraria você Sirius – Tonks alfinetou de longe, enquanto com suas passadas largas, ia chegando perto. – Você está linda de amarelo Hermione. – elogiou sincera.


- Você também Tonks – e todos riram. Porque, logicamente, o vestido de Hermione era amarelo, agora em Tonks... Bem, o diferencial tinha mesmo que ser os cabelos.


- Vamos, seu velho babão, me deixe pegar um pouco essa coisa linda.


Depois de muitas caretas e reclamações de Lupin e resmungos, Brian passou para o colo de Tonks. O que ele achou muito mais confortável, já que ali havia um aconchego macio onde se encostar.


- Me dêem licença, sim? – pediu Hermione e deixou os três com o filho, indo em direção à porteira da Toca.


Muitas outras pessoas iam chegando, mas aquelas que estacionavam um lindo conversivel prateado eram importantes demais para Hermione.


- Ah! Ficomuito feliz por vocês terem vindo! – ela abriu os braços para Vanessa, que há bastante tempo não via.


- Hermione, eu quero lhe apresentar minha família – ela disse em voz alta e, cochichou somente para a amiga ouvir – o fato d’eu ter nascido aqui, foi mera coincidência.


Hermione riu baixinho.


- Este é meu pai, James Woolf – Vanessa apontou para um senhor de meia idade, mas que ainda estava em excelente forma. Os cabelos loiros quase não tinham mechas brancas e o corpo era ereto e rijo.


- Encantado em conhece-la Sra. Potter – o homem inclinou-se sobre a mão de Hermione, em um gesto antiquado – tenho certeza de que esse será o primeiro de uma vasta prole!


Hermione ainda olhou para Vanessa, antes de responder:


- Obrigada Sr. Woolf., mas acho que um filho é suficiente.


- AH! Os jovens... Lady Vanessa também não pensa em ter uma prole digna de sua posição. Por favor, Sra. Potter, gostaria que me chamasse de Conde Campion – ele disse numa voz meio emproada, mas riu ao ver o espanto das mulheres que lhe cercavam – bem, é esse o nome que tenho não é?


Vanessa gemeu envergonhada, enquanto sua irmã (tão bonita quanto Vanessa) ria de uma maneira um tanto esnobe.


- Não ligue para ele Sra. Potter, - adiantou-se a mãe de Vanessa – James sabe ser um tanto antiquado quando quer – e olhou de cara feia para o marido, mas esse apenas deu de ombros. – Sou Cristine, mãe de Vanessa e essa é minha outra filha Melissa.


Hermione cumprimentou a irmã de Vanessa, e ficou em duvida sobre qual das duas seria a mais bonita. Melissa era alta e loira, com olhos verdes tão luminosos que pareciam querer ferir uma pessoa ao olhar para eles. E Vanessa tinha aquele outro tipo de beleza, com seus cabelos pretos e olhos azuis. As duas eram muito parecidas com a mãe, mas ao mesmo tempo conseguiam ser completamente diferentes.


- Por favor entrem – pediu Hermione – é um batizado, mas Harry e eu preferimos não fazer nada muito formal. Gostaríamos que ficassem à vontade.


Todos sorriram e juntos rumaram para o centro do jardim.


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- Enfim hoje não é meu dia de sorte – queixou-se Rony, um pouco azedo, enquanto se enchia de uma bebida doce e vermelha.


- Não entendi – Harry estranhou, já que para ele, aquele estava sendo um dia mais que perfeito.


- Carol não vai poder vir. – ele bufou e revirou os olhos, e junto foi-se tudo o que havia no copo – o pai dela ainda não aceitou essa coisa do nosso namoro muito bem... bem, quero dizer, do jeito que está indo só vou poder namora-la quando tiver noventa anos!


- Bem melhor do que eu você está, Rony, - lamuriou-se Gina, que havia escutado um pouco da conversa – por que do jeito que mamãe e papai estão tratando Draco hoje...


- Não vou dizer que não seja merecido...


- Rony! – bufou Gina.


- Eu disse que não ia dizer! – eles riram – essa coisa toda é bem estressante não é mesmo?


- Não sei do que vocês estão reclamando – disse Harry de repente, como se só naquele momento percebesse algo – o pai de Hermione ainda não nos aceitou, e sequer quis ir ver o neto!


- Ela está arrasada não é mesmo? – perguntou Gina em uma voz solidária – eu já lhes agradeci por convidar o Draco para ser o padrinho do Brian?


Harry resmungou e revirou os olhos. Gina apenas riu. Afinal, ela sabia que devia agradecer exclusivamente à Hermione.


- Malfoy e a Sra. Granger foram escolhas de Hermione - ele respondeu como se ainda precisasse dizer o fato muitas vezes para se acostumar – mas já disse à ela: - vamos ter muitos outros filhos, e eu vou escolher todos os padrinhos de agora em diante.


Rony e Gina riram. Até Harry riu também. Nada naquele momento, nem mesmo o fato de Malfoy apadrinhar seu filho, poderia lhe estragar o bom humor. Nada.


A hora foi passando e a festa foi ficando cada vez mais animada. Mas aos poucos as pessoas começaram a perceber que a madrinha não chegava, e um clima de constrangimento e ansiedade tomava conta de todos.


Até mesmo Brian, em seus poucos meses, conseguira perceber o clima estranho e tinha começado a chorar.


- Harry – Hermione sussurrou baixinho no ouvido dele – você acha que aconteceu alguma coisa à ela? Acha... acha que meu pai pode... pode ter impedido mamãe de vir?


- Acalme-se Hermione. É claro que ela vem. Só que Londres é longe daqui, ela deve já estar a caminho. – ele segurou nas mãos dela – e pare de olhar para a porteira de cinco em cinco minutos.


- Estou muito nervosa. – admitiu Hermione por fim, e foi pegar o filho, que como um condenado, chorava nos braços de Gui.


Ainda se passou mais vinte minutos de conversas sussurradas e especulações, antes da celebrante do Ministério chegar perto de Hermione.


- Sinto muito Sra. Potter, mas ainda tenho outro batizado para ir esta noite, será que poderíamos começar?


Com o filho nos braços, Hermione olhou para a mulher como se ela fosse louca.


- Mas... mas... a madrinha ainda não chegou! – disse meio atarantada, porque Brian não parava de chorar.


- Eu sei, mas não pode haver outra pessoa para esse lugar? Quero dizer, não há uma mulher que a sra. possa chamar para madrinha do seu filho?


Hermione olhou para os lados e viu Gina, Vanessa e a Sra. Weasley. Todas elas dariam ótimas madrinhas para Brian, mas... elas não eram sua mãe. E ela seria a melhor pessoa do mundo para essa tarefa.


- Sinto muito Sra. Kusak, mas não pretendo abrir mão da madrinha que escolhi! – ela levantou a cabeça, e ajeitou melhor o filho nos braços – se o sra. não puder esperar... bem, sinto muito!


- Eu é quem sinto muito – disse ela constrangida, porque todas as pessoas prestavam atenção no diálogo – mas então eu vou embora, porque realmente não posso esperar mais e...


As palavras da Sra. Kusak morreram na garganta, porque nesse momento todos ouviram a buzina de um sedã preto, que acabava de chegar.


- Ah! A Madrinha chegou! – disparou Hermione contra o nariz empertigado da mulher e foi direto para a porteira. Brian chorava mais que nunca.


- Me desculpe o atraso, querida – disse a mãe com as faces afogueadas, enquanto descia do carro – mas têm anos que eu não dirijo, e peguei uns dois caminhos errados antes de conseguir chegar aqui.


Hermione sorriu.


- Não tem importância mamãe, o bom é que você está aqui! – ela abriu ainda mais o sorriso – e está muitíssimo bonita.


A sempre discreta e recatada Sra. Granger vestia um vestido longo, cor de rosa pálido, mas que lhe parecia feito sobre medida.


- Obrigada meu bem... agora me de esse chorão e vamos logo. Você sabe o quanto eu detesto estar atrasada!


Hermione entregou o filho e seguiu a mãe.


As roupas podiam mudar, mas as pessoas, em essência, continuavam as mesma.


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- Estamos aqui hoje, - começou a celebrante com uma voz calma – reunidos para ver reconhecido, diante de toda comunidade bruxa, o nascimento deste lindo menininho.


A Sra. Granger, com o pequeno Brian no colo, e Draco estavam do lado direito da celebrante. Hermione e Harry do esquerdo e todos os outros convidados na frente ou em volta. O mais absoluto silêncio reinava, pois ninguém queria perder uma palavra que fosse da celebrante.


- O reconhecimento público de um nascimento é o primeiro evento do qual fazemos parte. É a oportunidade que temos de sermos conhecidos e inseridos dentro da sociedade que conhecemos.


Algumas pessoas assentiram e outras riram se olhando.


- E é nesse momento que pergunto à vocês, pais: Reconhecem Brian Potter como filho perante o Ministério da Magia, aqui representado por mim, e de todas as pessoas presentes?


- Sim – disseram Harry e Hermione ao mesmo tempo.


- Draco Malfoy e Dóris Granger, vocês conhecem os deveres de padrinho e madrinha, sabendo que na falta dos pais, passarão a ser responsáveis por Brian Potter?


- Sim – disse a Sra. Granger, que acalentava o pequeno no colo.


- Sim. – Draco respondeu de maneira grave.


- Reconhecem então, perante o Ministério da Magia, aqui representado por mim, e todos os presentes, serem os padrinhos de Brian Potter?


- Sim. – respondeu a Sra. Granger, com um sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos.


Antes de responder, Draco ainda virou para trás e olhou para Gina. Ela sorriu para ele. Virando-se para frente, ele finalmente respondeu:


- Reconheço.


Todos os presentes bateram palmas felizes.


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N.A. : chegou finalmente o primeiro cap da nova saga! Hehehehe... espero que vocês tenham curtido esse primeiro momento! Eu adoro festas, e foi muito especial escrever sobre essa!


Então, gostaram do sexo do bebê? Entenderam o porque do nome?



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