Saíndo de casa
Era mais uma noite na casa dos Dursley, onde Harry Potter esperava ansiosamente pela meia-noite, a passagem para o 31 de julho: seu aniversário.
Não parava de imaginar como seria sua maioridade, quando poderia finalmente abandonar os Dursley e usar magia fora da escola de Hogwarts.
	Harry esperava, também, por uma surpresa de seus amigos, os quais haviam mantido contato durante todo o verão. Disseram que lhe fariam uma surpresa, mas que tipo de surpresa?
	- Sabe, Edwiges, eu acho que o tempo está demorando muito a passar – disse Harry, passando a mão de leve na cabeça da coruja – eu queria saber o que é a surpr...
	Harry foi interrompido por três batidas na porta. 
	- Que foi? – perguntou, pensando ser Duda ou um de seus tios – Não quero jantar hoje.
	 A porta começou a abrir, vagarosamente. Harry teve uma sensação nada agradável e puxou a varinha. Perguntou novamente. Ninguém respondeu. Foi se aproximando sorrateiramente, a varinha em mãos, já estava na altura da porta quando...
	- Surpresa!!!! – e um grupo de jovens pulou em cima de Harry. Este apenas deu um sorriso.
	- Eu, nossa, nunca imaginei vocês aqui – disse Harry, ajeitando os óculos – como vieram??
	- Pó de flu – respondeu Rony, sorrindo – viemos parar na lareira de seus tios.
	- É – confirmou Gina – eles quase tiveram um ataque. 
	- Até imagino a cena – falou Harry, ajudando Hermione a se levantar – faltam apenas alguns minutos para o meu aniversário...
	Hermione confirmou com a cabeça. Harry não podia conter-se de tanta empolgação. 
	- E adivinha? – perguntou Hermione – trouxemos seus presentes!!
	- ah, que isso não precisava.
	- Precisava sim – retrucou a garota – e por falar nisso, será que posso lhe dar um abraço?
	- hum, claro – respondeu Harry meio sem jeito.
	Hermione pulou no pescoço de Harry, que corou levemente. Depois deu um aperto de mão com Rony e, por último, foi cumprimentar Gina. Deu-lhe um forte abraço, quando ela cochichou no ouvido de Harry:
	- Vai me dar só um abraço mesmo?
	- Gina, acho que nós já conversamos sobre isso...
	- E você sabe o que eu penso – disse, se livrando de Harry
	- Er, Harry – começou Rony – se tiver outro lugar aqui que possamos ir, deixaremos você a sós com Gina...
	Harry estranhou muito a fala do amigo, mas depois percebeu a real intenção de Rony: ficar a sós também com Hermione.
	- hum, acho que vocês podem ficar aqui – disse sem mais delongas – eu vou conversar com Gina no jardim. Piscou pra Rony, que lhe devolveu o gesto.
	-Er, venha Gina – chamou Harry. Fechou a porta e foi com Gina rumo ao jardim.
	- Sabe, Harry, eu não te entendo – começou Gina – você sabe que eu estou mais protegida ao seu lado do que sozinha...
	- Eu já te disse, Gina. Viver do meu lado vai ser um constante perigo.
	- Eu não me importo Harry. Eu tenho medo de deixar para depois o que podemos fazer agora. E se um dia você simplesmente não voltar? O que farei da minha vida??
	-Gina, eu não posso. Eu te amo, mas não posso correr o risco de te perder.
	-Harry, a vida é um constante perigo. Amanhã, quem sabe, pode ser tarde de mais.
	-Gina eu...
	Mas Harry fora interrompido pelo beijo de Gina. No começo ele relutou, mas depois se entregou. A coisa em seu peito era mais forte. De repente Gina cessou com o beijo e, nos ouvidos de Harry, susurrou:
	-Feliz aniversário, meu amor.
	Resolveram voltar para o quarto, passava de mãos dadas com Gina pela sala quando tio Valter esbravejou:
	- AH, SEU MOLEQUE!! – sua face estava vermelha de raiva – Já disse que não essa gente da sua laia aqui! E muito menos saindo da minha lareira!!!!!!!
	- Não se preocupe – retrucou Harry calmamente – é a última vez que piso nesta casa. Adeus.
	Dito isso, Harry subiu as escadas, rumo ao seu quarto. Nem mesmo olhou para trás para ver a cara de espanto de seus tios. Quando chegou, bateu na porta, antes de entrar, como que prevendo alguma coisa poderia estar acontecendo entre os amigos. 
	- Harry, parabéns! – gritou Hermione, abraçando Harry novamente. Ele olhou para Rony, como que querendo saber se havia acontecido algo, mas o amigo balançou a cabeça negativamente.
	- Er, parabéns Harry – disse Rony – Muitas felicidades para você.
	- Venham – falou Harry – me ajudem a arrumar minhas malas, não quero ficar nem mais um minuto nesta casa.
	- Hum, eu acho que você pode ficar lá na Toca – disse Gina, com Rony concordando. 
	Começaram a juntar todas as coisas de Harry. Foi um trabalho fácil, tendo em vista que Harry pôde usar magia. Cinco minutos depois, estavam descendo a escada. Não havia mais ninguém na sala.
	Dirigiram-se para a lareira, Hermione já estava com o saco de pó de flu nas mãos. 
	- Vamos todos para a Toca – perguntou Hermione.
	- Claro – respondeu Gina, naturalmente.
	Um a um, foram jogando o pó e gritando “A toca”. Harry foi o último e, antes de entrar, deu uma última olhada para a casa. Não sentiria saudades.
	-A toca – gritou, entrando nas chamas.
 
                    
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