Amigos no número 4



Capítulo 1 – Amigos no número 4

Uma bela tarde fazia e cobria a rua dos Alfeneiros, as sombras das árvores bem cortadas, as flores se movendo em direção do vento, um quente sol fazendo reflexos no carro de marca do Sr. Válter Dursley, o proprietário da casa número 4, ele era um gorducho, e possuía um grande bigode, e sempre comprava de tudo e de melhor para seu filho, Duda Dursley, que neste ano estava mais calmo e comportado, depois de um ataque que houvera com os dementadores a dois anos, embora ainda fazendo de tudo para irritar e insultar seu primo. Não havia dúvida de que aquilo era uma das melhores tarde do verão, Harry, o primo de Duda, que adora irritar era um menino magricela, que usava óculos de lentes arredondadas, um adoslescente que não era comum como os outros, pois ele era, literalmente, um bruxo, ele estava sentado na calçada, arrancando as pequenas folhas do gramado á frente do nº4, Harry não parava de pensar, no que houve no seu ano anterior em sua escola (que não era comum como os das outras, era uma escola de Magia, chamada Hogwarts), a morte de uma das pessoas que ele tinha mais consideração, Dumbledore, o diretor de Hogwarts. E que descobrira e desmascarara finalmente o professor que ele mais odiava, Severo Snape, ele foi o responsável pela morte do diretor, e mais, ele obtinha um livro que possuía feitiços e preparos de poções produzido por si mesmo, e nele estava escrito como o dono do livro, um apelido adotado por ele, Príncipe Mestiço.
A porta da casa do número 4 se abriu, e de lá saiu Petúnia, uma mulher magricela, loira e alta, possuía um grande pescoço, pois ficava espiando os visinhos, era mãe de Duda, e mulher de Valter.
- Você não está vendo que está destruindo o meu gramado? – gritou ela, Harry puxou a folha que segurava com muita força pelo susto, pois não sabia que Petúnia havia aparecido à porta, Harry parou de puxar, virou de costas para olhar Petúnia, que continuou – Venha, já escurece, e você tem que servir os biscoitos com leite ao Dudinha , pois se você não sabe, ele quebrou os pés quando ele foi jogar bola com os amigos deles.
- Ainda está cedo, – disse Harry nervoso – e não estou afim de servir Dudinha nenhum.
- Ora essa! – gritou mais forte ainda, agora um vizinho que passava nos Alfeneiros, quase derrubou o jornal que lia – Estou ocupada fazendo a janta pelo qual você come!
- Por mim, não precisa – disse Harry.
- Escute aqui, Potter, VOCÊ VAI ATÉ A SALA, LEVAR OS BISC...
- JÁ DISSE QUE NÃO VOU! –gritou Harry, mais alto que Petúnia.
- Válter! – chamou Petúnia.
Valter então, apareceu na porta, atrás de Petúnia.
- O que houve Petúnia? – perguntou, já imaginando alguma encrenca com o Harry, ao observar ele olhando com raiva a Petúnia.
Harry se levantou, e Petúnia respondeu:
- Ele se recusou a levar os Biscoitos e o Leite para o Duda!
- Não seja idiota Harry, de recusar a fazer is...
- Não seja idiota Valter, de me obrigar a fazer isso – Harry ameaçou tirar a varinha de dentro do bolso de trás da sua calça.
- N-N-ão P-ode F-azer mag... você-sabe-o-que F-ora da s-s-ua m-maldita e-e-e-scola. – gaguejou Valter, ao interromper a palavra magia, para nenhum de seus vizinhos ouvirem, para não descobrirem que há um anormal dentro da casa dos Dursley, e isso era uma coisa que a família mais temia.
- Já fiz isso em minhas férias de verão, e continuo indo para a escola, sem problema algum, lembra não é mesmo? – disse Harry, lembrando-se quando foi acusado de fazer uma magia que não fora ele e sim Dobby, um elfo doméstico que Harry , e quando ele lançara um Patrono para se livrar dos dementadores a dois anos.
- N-n-ão q-q-q-uero s-s-aber, só s-s-s-ei q-q-eu v-v-ocê s-s-erá expuulso da escola se v-v-ocê usar a ...
- Como vou ser expulso de uma escola que está prestes a fechar as portas? – disse Harry com firmeza, mas ao mesmo tempo, triste, relembrando do que ocorrera no ano passado.
- O quê? – Valter recuperou sua voz, depois de ouvir o que Harry acabara de dizer.
- É o que o senhor ouviu, a escola irá se fechar.
Petúnia arregalou os olhos, levando as mãos a boca. Duda apareceu na porta também, sua aparência estava melhor, mais magro que nos anos anteriores, seu cabelo agora, estava roxo, pintava em cima do loiro, e sua perna enfaixada, que fazia ele andar mancando.
- Foi bem o que ouvi também pai, - disse Duda, em tom de deboche – Harry não vai voltar para a porcaria da escola dele, pois ela está se fechando! Por quê Harry? Aqueles desmentidores invadiram sua escola, e ninguém suporta o frio de lá?
- Não seu idiota, está prestes a fechar pois um professor matou o diretor Dumbledore! – disse Harry, estranhamente tia Petúnia ficou paralisada.
- Nossa, professores matando diretores – Duda soltou gargalhadas – Pensei que o seu mundinho era mais civilizado que o nosso.
- Cala a tua boca – Harry agora, retirou definitivamente a varinha de seu bolso, apontando para Duda – Ou se não ...
- Não faça isso, Potter! – gritou Valter, aterrorizado, Duda se calou na hora e Petúnia, agarrou o filho, fechando os olhos.
- Sectum...
- HARRY, NÃO! –gritou uma voz se aproximando no fundo da rua dos Alfeneiros, Harry parou na hora, e mirou a varinha para o vulto que vinha em sua direção.
Aos poucos, uma face e um corpo foi se formando, Harry apertou os olhos, e enxergou um garoto alto, de cabelos ruivos, e possuía sardas em seu rosto. Harry reconheceu.
- Rony! – Gritou Harry feliz, derrubando a varinha no chão sem se importar. – Que saudades! – Rony era o melhor amigo de Harry, e estudava em Hogwarts com ele.
Harry deu um forte abraço em Rony, amigavelmente.
- Nossa, o que você estava fazendo? – perguntou Rony, surpreso, lembrando da cena que viram um minuto antes.
- E-E-u... só estava me vingando de meu primo Duda.
- Ah, ele é o Duda, como cresceu também – disse Rony, olhando Duda dos pés a cabeça – como vão vocês? Errr... Vladtur e Petrucia , como vão?
Valter e Petúnia ainda estava aterrorizados com o que presenciou na frente da sua casa, para responder ao que Rony perguntara.
- É, Valter e Petúnia, Rony – disse Harry, sorrindo, e ao mesmo tempo, observando a cara nojentas dos tios – Então, quer entrar?
- Acho melhor não, sente-se aí, vou lhe contar uma coisa que fiquei sabendo neste verão, mas quero que me prometa uma coisa, que nunca falará a ninguém. – pediu Rony, sentando-se a beira da calçada.
- Prometo – disse Harry depressa, sentando-se de costas para seus tios e Duda, e sentando defronte a Rony.
- Então, -começou Rony, olhando para Harry, sério – Hermione ...
- O que tem ela? O que houve? – perguntou Harry, ansioso.
-Deixa eu ao menos começar Harry! – disse Rony, e Harry, abaixou o rosto, envergonhado e ao mesmo tempo ansioso. – como ia dizendo, a Hermione ... – Rony olhou para Petúnia que se agachara e pegara a varinha e ... – Harry, olhe!
Harry olhou para trás após Rony apontar para Petúnia, que fazia força para quebrar a varinha ao meio. Harry e Rony se levantaram depressa e ficaram de frente a Petúnia, Valter e Duda.
- Accio Varinha! – disse Harry, pegando a varinha de Rony das calças do mesmo.
A varinha veio direto para sua mão, Petúnia deu passos para trás, recuando-se.
- O que você queria fazer, sua vadia? – gritou Harry, nervoso, apontando a varinha para ela.
- C-c-omo s-s-s-e a-a-treve a falar a-ssim com a Petúnia? – gritou Valter.
- Já estou cheio de vocês três! – Harry gritara, então firmou sua mão direita, e continou – Petrificus Totalus! – repetindo o feitiço três vezes, para os três, que caíram como pedra no chão, fazendo as gramas se entortarem.
Rony, olhou dos corpos para Harry, de Harry para os corpos, e não falou nada, estava apenas boquiaberto, sem se quer se mover. Harry olhou para o amigo, e soltou gostosas gargalhadas.
- Como você consegue rir por uma coisa dessas? – perguntou Rony, surpreso – Acho que você fez algo que não podia, daqui a pouco chega a carta do Ministério. E isto é sério.
- Ah Rony, você vê o que está acontecendo por aí? Os Comensais Da Morte, a Marca Negra, e Lord Voldemort ... – Ao Harry pronunciar Voldemort, Rony se estremecera novamente, e fizera uma cara horrenda – Rony, pára com isso, já deve se acostumar com esse nome neh!
- Desculpe Harry – lamentou Rony, que voltou a sua face normal, embora um pouco recaída.
- Ah, nada, eu que fui muito grosseiro. – disse Harry, continuando – Então, com tudo isso acontecendo, você acha que o Ministério vai se importar com um simples feitiço como o Petrificus Totalus?
- Perto de trouxas, e esse é um motivo enorme para eles se preocuparem.
- Bom,já que assim, então, err, posso fingir não ser eu, não queria te contar isso, mas já que estou de ficha meio “suja”, você pode ... – Rony olhou com uma cara desconfiada, mas Harry continou o seu pedido – fingir que foi você quem lançou o feitiço?
- Se desse Harry, se desse.
- Dá, o Ministério não consegue rastrear o bruxo que lançou o feitiço, lembra que te contei?
- Nossa, é mesmo, no ano passado você comentou, tinha até me esquecido, mas ...
- Por favor Rony.
- Ah, Harry.
- Por favor, Rony, por favor.
- Ah está ok, se esconda então ...
- Obrigado Rony, fico muito feliz por ter colaborado! – agradeceu Harry, que correu para dentro da casa dos Dursley, para se esconder.
Lá fora, estava Valter, Petúnia e Duda deitados no chão, duros, imóveis, sem mover um músculo se quer. E também estava Rony, de pé, com sua varinha na mão, e esperando a coruja do Ministério da Magia. Aquela ensolarada tarde gostosa e quente parecia se despedir, enquanto o sol abaixava-se para se encontrar no outro lado do mundo, as sombras que tomavam conta da rua dos Alfeneiros, parecia aumentar, e a escuridão de uma noite, chegar. Rony, esperou ali, dez minutos, e o sol quase se fora, até que então, uma coruja marrom, de bicos amarelados e asas com bordas negras, soltou uma carta um pouco distante de Rony, perto de uma moita local, no lado esquerdo do número 4, Rony, sem entender por que a carta foi jogada ali, foi até lá e buscou para ler o pergaminho:

Prezada Sra . Granger.
Chegou ao nosso conhecimento que V. Sª executou o feitiço de Petrificação às dezessete horas e quarenta e sete minutos de hoje em uma área habitada por trouxas e em presença de três deles.
Comunicamos para não repetir o caso, pois maiores providências serão tomadas, do que esta simples advertência.
Atenciosamente,
Percy Weasley
Seção de Controle de Uso Indevido de Magia
Ministério da Magia.

Rony se estranhou, ao ler “Sra. Granger”, e não se importou pelo nome de seu irmão está no cargo de Seção de Controle de Uso Indevido da Magia, Rony espiou pelos lados, e não avistou mais ninguém, a não ser os tios, e o primo de Harry. Rony então decidiu bater na porta do número 4 para Harry sair. Harry abriu a porta, com uma cara de medo, e Rony falou:
- Não se preocupe, não é com seu nome, olha – e entregou na mão de Harry o pergaminho
Harry leu, levou a sua mão esquerda que não segurava o pergaminho a boca.
- Nossa, Percy? Seção de Controle de Uso Indevido de Magia? E... Sra. Granger? Desta vez não entendi!
- Ah, o Percy está ajudando no cargo desta Seção do Ministério, depois da morte da Mafalda, e a única coisa que não entendi, – admirou-se Rony, apontando para o nome para que a carta fora enviada. – foi o sobrenome da Hermione estar aí ...
- Eu também não, mas peraí, a onde a carta foi jogada, Rony? – perguntou Harry.
- Bem ali, perto daquela moita – respondeu Rony, apontando para a mesma moite de onde caíra a carta.
Depois de Rony responder, Harry foi andando de leve até a moita, abaixando-se para andar rastejando pela grama da casa dos Dursley, então, Harry virou brutamente sua cara, e ...
-Hermione! – exclamou Harry, Rony também veio em direção a Harry, e viu Hermione. Ela e Harry se levantaram.
- Ah desculpe gente, eu queria entrar na casa dos tios do Harry, para fazer uma surpresa, aliás, amanhã é seu aniversário Harry – disse Hermione sorrindo, entregando um pacote verde com laços vermelhos que embrulhava o pacote para Harry. – E Rony! Você ia contar a Harry que eu ia trazer um presente para ele! – Hermione amarrou a cara para Rony, que olhou para Harry, vermelho.
- Obrigado Hermione! – agradeceu Harry, que rapidamente abrira o pacote, rasgando aos pedaços de papéis que caíram ao verde gramado.
Harry não sabia o que era aquilo, um quadrado acrílico, na forma de um livro, e do tamanho de uma carteiria, que não se abrira nem nada, era como se fosse um pedaço de vidro quadrado, só que com lados como se fosse um cubo.
- Err ... o que é isso ? – perguntou Harry, examinando todos os lados do objeto estranho.
- Ah, Harry, isso é um Transpartor, é só passar ou colocar isto em cima de qualquer objeto, não importa o tamanho, nem peso, nem nada, é só colocar acima de qualquer objeto, que ele desaparece, ou melhor, só aparece para o dono do Transpator, funciona como a capa de invisibilidade, mas apenas para objetos, e como já disse, só o dono pode visualizar o objeto!
- Ual Hermione, obrigado, mesmo, vai servir muito daqui a diante. – agradeceu Harry, novamente, guardando o objeto dentro do bolso.
- E... Hermione, você recebeu um aviso do Ministério. – falou Rony.
- Eu sei, eu ouvi a conversa de vocês, mas não me importo, é apenas uma advertência, o que fico triste, é de eu ter azar de ter rastreado eu ... sendo que foi com a varinha do Harry!
- Você sabe, o Ministério está doido da cabeça, ninguém tem mais controle de nada – disse Harry, triste.
- Ah Harry, o importante é que estamos aqui, salvos, vivos e felizes, conversando entre nós.
Harry deu um sorrisinho seco para Hermione e pediu para Rony e ela sentarem no gramado para conversar. Os Dursley se levantaram, parecia que o efeito do feitiço tinha passado, mas eles não falaram nada, apenas entraram correndo, desesperados para casa, dando um olhar para Harry, Duda que mancava tanto, conseguiu correr o mais rápido que pôde quase tropeçando na beira da entrada da porta. Rony deu risada deles, e Hermione olhou aterrorizada com os rostos más que os tios fizeram para Harry, e também, era a primeira vez que ela via os tios e o primo de Harry tão nervosos.

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