De volta a Hogwarts



Provas de amor e amizade

Harry acordou naquela manhã demasiadamente animado. Iria para Hogwarts, encontraria seus amigos. Harry deu um sorriso meio bobo e olhou pela janela. A Rua dos Alfeneiros estava muito ensolarada e o sol ofuscou seu olhar.
Despiu-se do pijama e colocou suas vestes de trouxa. Desceu as escadas correndo, sabia que os Dursleys estavam ali esperando-o para que fizesse o café da manhã. Entrou na cozinha e foi direto pro armário pegar os ingredientes pra fazer panquecas.
- Ah, hoje iremos nos livrar de você - disse tio Válter, um homem gorducho com um grande bigode.
- Sorte a sua - indagou Harry, numa ironia que o garoto nunca pensou que poderia ter.
- Ouça, vamos levá-lo até a porta da estação e fingiremos que não nos conhecemos. Lá você se vira.
Ouviu-se um barulho e Duda apareceu na porta da cozinha. Era imensamente gorducho e forte para um garoto de 16 anos. Sentou-se à mesa e esperou o café.
- Oi, pai. Harry, onde estão as panquecas? - perguntou Duda, esfomeado - Estou morrendo de fome!
- Você tem sorte pois estou de bom-humor.
Harry terminou as panquecas e as levou para a mesa. Duda avançou sobre o prato e enfiou duas ao mesmo tempo dentro da boca. Harry olhou e fingiu estar se engasgando, mas na verdade estava rindo do primo.


Harry chegou à estação de King's Cross às dez e quarenta e cinco. Estava apinhada de trouxas, pessoas não-bruxas, e outras que Harry logo reconheceu. No meio da multidão, ele pode ver cinco cabeças ruivas e um cabelo cheio e crespo andando em direção da barreira. Desatou a correr empurrando o malão com sua coruja branca Edwiges entre as pessoas. Alguns o chamavam de maluco, mas ele não estava nem aí. Alcançou os amigos perto da barreira que levava até a plataforma 3/4. Harry, Rony e Hermione deslizaram pela parede suavemente, um tanto distraídos, conversando. Ao chegarem ao outro lado, Gina apareceu atrás deles, junto com a Sr. e a Sra. Weasley.
- Um trouxa me viu passando pela barreira - dizia ela, andando em direção ao trem - Arthur precisou usar magia para fazer ela esquecer o que tinha visto. É preciso ter cuidado com os trouxas dessa estação.
Estavam a dois passos da locomotiva quando o apito soou. Harry e os outros correram, quardaram seus malões e se despediram rapidamente dos Weasley. Entraram e procuraram uma cabine vazia. Acharam uma, mas estava ocupada por Luna Lovegood, uma menina loira da Corvinal. Era um tanto sonhadora, andava em passos leves. A outra pessoa era Neville Longbottom, um menino da turma de Harry na Grifinória. Esquecido como ninguém, vive recebendo Lembrols da avó. O trio, mais Gina, entrou.
- Será que dá pra gente ficar aqui? - perguntou Hermione, já se acomodando nos bancos estofados do trem.
- Claro - disse Luna, distrída. Estava lendo O Pasquim, jornal que seu pai era editor.
Harry entrou e sentou-se ao lado de Neville que estava admirando os olhos azuis de Luna. Rony, sentando-se ao lado de Hermione, percebeu o gesto do colega. Neville percebeu que Rony havia percebido seu interesse por Luna, parou de olha-la no memso instante. Ficou envergonhado e começou a brincar com seu sapo, Trevor. Harry começou uma conversa animada com Rony sobre quadribol.
- Mas, e se nós tentarmos a Finta de Winsky? É uma boa idéia e pode dar certo.
- Não sei, eu preciso treinar mais. Está ficando difícil de jogar quadribol, nem lembro direito o que é uma goles.
- Oi, Harry - disse uma voz suave que fez Harry gelar.
Era Cho Chang. Uma linda menina apanhadora do time de Corvinal. Foi a primeira pessoa por quem Harry se apaixonou. Ele havia beijado-a no ano passado. Depois, convidou-a a ir em Hogsmead no Dia dos Namorados, mas a garota teve um ataque de ciúmes por conta de Hermione.
- Olá, Luna - indagou a garota, mirando a colega de casa no canto da cabine - Vejo que vocês gostam de passar o tempo juntos.
Cho deu um sorriso que Harry achou que forçado demais.
- Harry, será que podemos conversar?
- Acho que não - Harry levantou-se e sentou-se ao lado de Hermione. A garota estava nervosa, não sabia o que o amigo ía fazer. Antes que pudesse pensar, Harry deu um beijo em Hermione e todos os acompanhantes da cabine arregalaram os olhos, principalmente Rony.
- Ah, Harry? - cochichou Gina, estranhando o ex-ídolo - O que você está fazendo?
Mas Harry não respondeu, olhou para Cho que estava parada na porta tamanha surpresa. Cho olhou para todos dentro da cabine do trem e saiu correndo chorando.
- Cara... você... beijou... a... Mione?! - Rony estava tão surpreso que gaguejava.
- Ah, foi só pra dar um sumiço nela... Desculpa, Mione?
Hermione não conseguia falar. Confirmou com a cabeça e ficou sem graça olhando para os pés. Levantou a cabeça abriu a boca e desatou a falar.
- Bem - disse ela disse, consultando o relógio - É melhor colocarmos as vestes, já estamos chegando.
A garota abriu a porta e deu uma corrida frenética pelo corredor do trem. Gina e Luna seguiram atrás, fechando a porta da cabine.


Harry, Rony e uma Hermione muito envergonhada por conta do beijo, entraram no Salão Principal junto com Gina, Neville e Luna. A última de juntou aos colegas da Corvinal e os outros foram diretamente para a mesa da Grifinória. Quando se sentou, avistou Cho sentada sozinha e sem a companhia de suas amigas risonhas. Parecia ter os olhos inchados de tanto chorar e não parecia feliz.
- Mione, olha a cara da Cho - indagou Harry para a amiga.
Ela olhou e levou um susto. Virou-se para Harry.
- Harry, por favor. Vai falar com ela. Acho que ela está realmente apaixonada por você, por favor não me deixe estragar seus sentimentos por ela!
Harry parecia bastante confiante em falar com Cho. Levantou-se e foi até a mesa de Corvinal.
- Eh, será que eu posso explicar o que houve hoje?
- Acho que já ouvi o bastante de Hermione Granger hoje - indagou Cho, os olhos vermelhos e inchados.
- Por Merlim, garota! - Cho levou um susto quando ouviu Harry falar assim. - Eu quero explicar o que houve no trem hoje!
- Harry, e por que você acha que eu estou assim? - Ela apontou para os olhos. - Eu estou chorando desde aquela hora e sabe quem causou isso? Você - Apontou para Harry e olhou fundo nos olhos do garoto - Foi você que me fez estar assim. Harry, eu ainda gosto muito de você. Naquela época eu estava confusa por causa da morte do Cedrico e comecei a gostar de você aí tudo se misturou e eu... Eu não sabia o que fazer. Agora eu resolvi esclarecer tudo e a primeira vez que te vi hoje, sabia que era o momento perfeito pra falar... Mas, acho que você não gosta mais de mim. Ah, tudo bem, não tenho mais ciúmes da Hermione. Percebi que vocês são grandes amigos.
O garoto mal pudia falar. Depois de tantas declarações, a única coisa que Harry percebeu que valia a pena naquela hora era dar um beijo em Cho. Primeiro olhou para ver se havia algum professor no Salão. Nada. Ele resolveu o que iria fazer. Segurou o braço de Cho, que levou um susto, e a beijou apaixonadamente. Os outros alunos da Corvinal que estavam perto de Cho, gritaram vivas e ficaram brincando com Harry e Cho. A garota agora sorria radiantemente para Harry.
Hermione lhe perguntou quando ele se reuniu aos amigos na mesa da Grifinória:
- Parabéns, vocês fizeram as pazes?
- Sim - respondeu Harry, sorridente.
- Caramba, você se entenderam rápido, hein? - palpitou Rony, olhando para a mesa de Corvinal. Cho estava rodeada das tais amigas risonhas que Harry tanto detestava.
O Salão Principal estava cheio de alunos usando suas vestes comuns do uniforme e chapéus cônicos. Estavam conversando animados sobre várias coisas e lançavam olhares ansiosos para as grandes portas de carvalho. Os professores já se posicionavam em seus lugares à grande mesa. Harry viu Dumbledore entrar pela porta atrás à grande mesa e com um estalo as portas de carvalho se abriram e revelaram a Profª McGonagall posicionada à frente de um grupinho de alunos novos do primeiro ano. Era, crianças amedrontadas, fascinadas com o Salão Principal da nova escola. Olhavam para as mesas das casas sem entederem nada.
- Bem vindos à mais um ano em Hogwarts. Minerva, comece por favor.
A Profª McGonagall explicou aos meninos o que fazer. Muitos olhavam distraídos para os lados, sem prestar atenção às explicações de McGonagall.
Ela começou a chamar os nomes. Harry nem estava ali, olhava para Cho que falava sem parar e olhava para Harry a cada três segundos. A seleção das casas prosseguia.
- Fishburn, Marta.
Uma garotinha de longos cabelos pretos correu e sentou-se no banquinho. A Profª McGonagall colocou o Chapéu Seletor na cabeça da menina.
- Hum... deixe-me pensar... Sonserina!
A mesa da Sonserina explodiu com os vivas e palmas quando Marta se reuniu à eles. Harry viu de relance Draco Malfoy, com seu rosto frio e maldoso, saudando Marta. O garoto odiava Malfoy desde a primeira vez que se encontraram no trem.
- Lohan, Lindsay.
Uma menina ruiva e sardenta, parecida com Gina, andou assustada até a Profª McGonagall e colocu o Chapéu.
- Grifinória!
Harry levantou-se, assim como seus colegas, e cumprimentaram a nova aluna. Logo restavam poucos alunos. Quando Teresa Tresure (Lufa-Lufa!) sentou junto aos colegas, Dumbledore tornou a falar.
- Alguns avisos agora. O cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas foi preenchido nada mais nada menos do que uma pessoa muito especial e que você vão gostar muito. Por favor, Ninfadora Tonks.
Hermione soltou uma exclamação de surpresa e começou a aplaudir. Rony fez o mesmo que a amiga. Harry começou a rir para Tonks, que acenava para ele e Gina.
- Agora, mas uma coisa. Bom apetite.
O banquete estava servido. Cordeiro assado, o prato preferido de Harry em Hogwarts. Ele avançou e o único som que ouvia era o tilintar de talheres e vozes animadas conversando. Quando terminaram de comer, os pratos sujos desapareceram e no lugar deles doces e mais doces fizeram a alegria dos estudantes.
- Olha, Harry! Tortinhas de abóbora! - disse Rony, agarrando um bocado de mini-tortinhas alaranjadas.
- Me dá um cálice de caramelo - Harry pediu à Rony, e o amigo lhe deu cinco pequenos copinhos de caramelo, que Harry devorou com vontade.
- Mione, come esse doce aqui - Rony mostrou à amiga um doce roxo - Isso é Lua-Violeta, um doce novo da Dedosdemel. É muito gostoso, prova um.
Hemrione pegou o doce e provou. No instante seguinte, comia três ao memo tempo. Assim que o último doce foi ingerido, Dumbledore retornou à falar.
- Agora que já comemos e desfrutamos da nova companhia de nossos novos colegas, podem ir se deitar. Boa noite e lembrem-se amanhã começamos nossas atividades.
Os alunos começaram a se retirar e os novos acompanhavam os monitores.
- Ah, esqueci que somos monitores. Harry, temos que ir. Vamos, Rony.
Hermione e Rony seguiram correndo até encontrar os outros alunos. Harry foi até Cho para falar com a garota.
- Oi.
- Ah, olá - Cho deu um sorriso que Harry ficou meio abobado.
- Posso ir com você? Sabe, até as escadas.
- Claro - Cho deu outro sorriso e Harry deu outro beijo nela. Os estudantes em volta fizeram estardalhaço e Harry viu alguém que ele detestava. Draco Malfoy estava se aproximando com sua trupe de alunos da Sonserina, Pansy Parkinson com uma cara que parecia um bebê buldogue, Crabbe e Goyle, grandes e meio lezados, pensava Harry.
- Olha, Potter e Chang finalmente juntos - dizia Pansy Parkinson, com sua notável voz esganiçada.
- Então, Chang, quando vai sair a foto do casal no jornal? Já até imagino a manchete: Mais uma fisgada do menino Potter. Parece até que você só está com ele para ter fama, não é? Depois do Diggory, você só atrai perdedores.
- Cala a boca, Malfoy.
- Uh! O que? Vai me lançar um feitiço? Vá em frente. Dumbledore está logo ali. E não vai gostar de ver o queridinho dele atacando outro aluno.
- Me deixa em paz.
- É, Malfoy, eu não preciso ser famosa pra ser feliz, ao contrário de você. E você vai ganhar mais fama quando seu pai for apodrecer em Azkaban.
Draco surtou. Pensar no pai em Azkaban fazia o garoto empalidecer e ficar mais branco do que já era.
- Que foi Draco, viu um fantasma? - perguntou Harry, irônico.
Os alunos em volta riram, até mesmo Pansy Parkinson, que parou ao ver o olhar desesperador de Draco.
- Vo-você... nunca-ca mais fale assi-ssim do me-meu p-pai - gaguejou o loiro, com a voz rouca.
- Deixa a gente em paz. Vamos, Cho.
Harry e a garota desapareceram na massa de alunos que subiam para suas respectivas salas comunais.
- Ah, Harry, preciso ir - disse Cho, desapontada - Até amanhã.
O casal deu um longo beijo de boa noite e se soltaram. Harry ficou olhando para a namorada indo em direção ao dormitório da Corvinal. Logo percebeu que as escadas estavam esvaziando à medida que os alunos íam deitar-se. Correu pelas escadas até encontrar Hermione patrulhando os corredores do sétimo andar, junto à Rony.
- E aí? - perguntou Hermione.
- Encontrei o Malfoy.
- Que desagradável.
Rony apareceu naquele instante e parecia demasiadamente cansado.
- Podemos entrar agora? - falou em tom desesperado.
Os três apareceram na frente do retrato da Mulher Gorda de vestido rosa e ela logo lhes pediu a senha.
- Nimbus Trovejare - aprontou-se Hermione. Ao entrarem, perceberam que a sala comunal estava relativamnete vazia. Os alunos já haviam ido dormir. As únicas pessoas ali jaziam tranquilamente nas poltronas. Eram Parvati e Lilá, colegas de Harry na Grifinória. Rony propôs-se à dar um susto nas duas só desistindo da idéia quando seu olhar encontrou o de Hemrione.
- Eu vou direto pra cama, estou muito cansada.
- É, eu também. Tomar conta dos melequentos e mal-educados foi muito ruim!
- Ronald, você também já foi assim! E o Harry e eu também!
- Assim como? Melequentos e mal-educados? Não causávamos problemas no primeiro ano!
Hermione o olhou com desprezo e foi para o dormitório das meninas.
- O que que deu nela?

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.