Até Ti, Dione?



Capítulo 2

Até Ti, Dione?


Primeiramente, tenho que dizer que a minha sorte é admirável.Admirável mesmo.


Exemplo:eu tenho a sorte de ter uma amiga há sete anos, que só hoje veio me dizer que têm simpatia pelos Marotos.Têm simpatia pelo Potter.Acha ele um cara legal.Falou isso mesmo sabendo que ele me chama para sair sempre, e que tem como passatempo azucrinar o meu dia-a-dia.


Tenho a sorte de ter o Potter me perseguindo e acabando com minha paciência e minhas amizades.A sorte de ter o Potter dobrando o meu trabalho de monitora mais do que seria convencional.A sorte de ter o Potter sucumbindo minha melhor amiga para o lado dos Marotos!!!


Eu disse que tinha uma admirável sorte, não foi?Pois me desculpem, não dei a frase completa. Eu tenho uma sorte admiravelmente má.


Então tá.Ainda no meu segundo dia de colégio, observe bem o que aconteceu, por que assim talvez uma alma ajuizada consiga me compreender:


Assim que desci para o café da manhã, encontro (olha que ótima visão para se começar uma manhã) os Marotos reunidos, sentados onde EU costumo me sentar, como se estivessem me esperando.E estavam.Mas na companhia de quem?

De minha melhor amiga.Dione Kiths.


Foi realmente demais para mim.Assistir a MINHA melhor amiga conversando animadamente com todos aqueles Marotos, inclusive com o Potter, quando até ontem ela me ouvia deslanchar mil e um motivos pelos quais eu não falava com eles.

È, me parece que ela não ouviu nenhum deles.

Parei estática na porta do salão principal ao ver aquilo, mas depois, meio que por instinto, segui em frente, para onde costumava ser o meu lugar.Mas um indivíduo que obviamente não era eu estava muito bem acomodado nele.Potter.


Fui me aproximando bem devagar deles, a tempo de ouvir um pedaço da conversa, o seguinte:


'Mas ela só faz isso para disfarçar, creio eu.È o jeito dela" Dione estava dizendo isso a nada mais nada menos do que Sirius Black, o braço direito de Potter.
"Ah, então disfarça muito bem.O Pontas aqui que nos diga, não é mesmo?" deu um tapinha nas costas do amigo.
"Eu só gostaria de saber um motivo, apenas um para essa aversão dela a mim" ele disse, que foi quase inaudível, tive que me aproximar mais para escutar.
"Será por que você a pede para sair de cinco em cinco minutos?" ponderou Di. "Isso a incomoda um pouco".
"Vai completar...hum...onze horas desde o último pedido" disse Tiago, consultando um relógio trouxa de pulso.Todos começaram a rir, mas no momento eu me pronunciei.


"Hum-hum" pigarreei, anunciando minha chegada.Tiago, que estava de costas para mim, virou-se na cadeira e me encarou com aquele sorrisinho todo...todo...ah, com aquele sorrisso dele!


"Bom dia, Lilly!"


"Estava ótimo até agora, Potter". Me sentei no único lugar disponível, que era ao lado de Tiago.Não por escolha minha.Meus olhos circularam toda a mesa da Grifinória antes de concluírem desesperadamente que aquele era o último lugar vazio.Olhei significativamente para Dione, tipo, "a culpa é sua!" e me sentei.


"E sobre o que vocês estavam falando?" perguntei, tentando parecer despreocupada, dissimulei que tinha ouvido a conversa, agarrando três torradas com geléia da mesa.


"Nada de importância, assunto banal.Apenas sobre você e o Tiago" disse Dione.


"Sobre o Potter e eu?" Respondi, encarando-a, e começando a alterar voz.


"Muito simples" Black continuou "Estávamos apenas tentando encontrar uma razão justificável para que você, Evans, ignorasse tanto assim nosso querido Pontas."


"E inclusive pediram a minha ajuda" confimou Di, com a maior sorriso de que "estou fazendo o bem para todos".


Ou meus ouvidos tentavam em enganar cruelmente, ou era realmente verdade o fato de que Os Marotos e Dione estavam comentando minha vida e a de Potter na minha ausência.

Encarei Tiago mortiferamente.


"Você que começou isso, não foi, Potter?"


"Eu??" fez cara de surpreso.Estivera calado até aí.
"Evans, nós apenas chamamos a Dione (reparem que eles estavam chamando a Di pelo primeiro nome!) para conversamos, e te entendermos melhor, já que você não dá oportunidade para tal" Lupin disse tudo isso como se fosse um argumento incontestável.


"Ah, então agora surgiu do nada permissão para que vocês, as pessoas que eu menos tenho necessidade que me entendam, começem a me psicanalisar?"


"Não é isso, Lilly!" começou Dione "O Tiago á um cara legal! Extremamente metido, arrogante, auto-glorificador..." .


"Você está mesmo tentando ajudar, Kiths?" interrompeu Black.


"...e irritante às vezes" ela continuou "Mas é um cara super-legal".


Meu mundo caiu.


Não posso acreditar que Dione Kiths, minha melhor e única amiga em Hogwarts, estava defendendo Tiago Potter.

Isso é uma dimensão paralela ou o quê? Por que, se não for, eu realmente não compreendo o que está acontecendo.


"È mentira." respondi, testando meu auto-controle.


"O que afinal de contas é mentira?" disse Black.


"Não acho Potter um cara legal, Dione, apenas por que ele é o melhor jogador de quadribol da Grifinória, por que vive bagunçando o cabelo e por que é o cara mais popular do colégio.E não é você interagindo como meu manual de instrunções que ele vai conseguir mudar a minha idéia"


"Mas Lilly, eu apenas..."


"Bem , acho que perdi a fome.Passem bem" Me levantei repentinamente e começei a andar para fora do salão o mais depressa possível, mas não a tempo de não ouvir Black dizer:


"Sua ruivinha anda cada vez mais doce, hem, Pontas!"


Me virei e disse num tom que deve ter saído bem alto:


"Eu não sou a ruivinha dele!!!!!" E saí batendo pé, furiosa.Mas posso jurar que escutei Tiago dizendo:


"Pelo menos não ainda, Lilly"




N/A:

Bem, aqui está o segundo capítulo.Espero que tenham gostado!

Nesta N/A, eu quero agradecer aos que estão lendo minha fic, e pedir que deixem comentários, por que isso é um grande incentivo para autores! Até mais, e continuem acompanhando a história!


Beijos,


C.Tonks

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