Introdução




Não faltavam elogios, quando os professores referiam-se a turma de calouros de1972. Todos lembravam muito bem da noite de chegada daqueles alunos tão especiais na história da boa e velha Hogwarts.

Podem todos detalhar a você, como a noite de entrada dos pequenos foi de um céu noturno límpido e incrustado de estrelas brilhantes, à noite em que a escola sabia que abrigava em suas entranhas alguns dos mais brilhantes bruxos já existentes. E que talvez, nem mesmo eles saibam o quanto foram importantes...



As portas duplas do Salão Principal abriram-se acolhendo os alunos naquela noite. Alguns entraram confiantes, de cabeça erguida, orgulho no peito, enquanto os alunos mais velhos ovacionavam, os pescoços espichados para ver, por de cima do mar de chapéus negros, os recém-chegados. Outros curiosos, observando o pitoresco teto sobre suas cabeças, mostrando o céu lá fora. E alguns outros, entraram de cabeça baixa, evitando chamar atenção para si próprio.

A sua frente, cabeceando os novos pupilos, marchava a severa professora de transfiguração, Minerva Mc. Gonagal, com seu típico coque espichado sobre a cabeça, e os óculos quadrados estrategicamente arrumados sobre o nariz.

A frente de todo salão, colocou um banquinho de três pernas onde todos pudessem enxergar. Sobre ele, descansava um chapéu cônico, roto e remendado. De um rasgo na aba do chapéu começou a sair uma voz, e todos perceberam que a fenda tornara-se a boca do mágico chapéu, e que ele agora, declamava uma poesia sobre as quatro casas de Hogwarts: Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa. Terminada apresentação, Profª. Mc. Gonagall dirigiu-se novamente a frente do salão.

-Quando eu chamar, venham até a frente, e coloquem o chapéu sobre sua cabeça. Quando ele anunciar sua casa, dirija-se a mesa correspondente. Black, Bellatrix. –chamou ela com a voz austera, empunhando o tradicional rolo de pergaminho, contendo o nome de todos novos alunos.

Uma garota bonita, de olhos semi-serrados e o liso cabelo, negro como a noite dirigiu-se ao banquinho, e no momento em que encostou o chapéu sobre a cabeça, este falou imediatamente, em alto e bom tom: “SONSERINA!”.

A mesa de Sonserina explodiu em aplausos e assobios quando a nova companheira juntou-se a mesa.

-Black, Sirius! –continuou a professora, após o salão acomodar-se novamente.

Todos puderam perceber o acotovelamento entre os calouros, quando um belo garoto de nariz empinado, sorriso branco e cabelos negros, sentou no banquinho e depositou o chapéu no alto da cabeça.

O chapéu demorou um questionável tempo para decidir-se, mas ainda assim anunciou ao Salão que o aluno pertencia a Grifinória. Alguns professores remexeram-se desconfortáveis em suas cadeiras, no momento em que o garoto praticamente corria a mesa, com um sorriso nos lábios.

A professora continuou com a cerimônia, chamando alguns nomes, que eram respectivamente colocados em suas casas, após uma salva de palmas.

-Evans, Lílian! –chamou a professora, com um estranho sorriso bondoso nos lábios. Uma pequena garota desprendeu-se do aglomerado de pupilos. Possuía cabelos acajus, e olhos profundamente verdes. Apesar do medo, parecia confiante.

Ao que o chapéu tocou sua cabeça, imediatamente foi mandada para a Grifinória, e sentou-se ao lado de Sirius Black.

-Sirius Black, prazer. –apresentou-se ele, esticando a mão para a garota, que a apertou educadamente. Pode ouvir a professora Minerva chamando alguns nomes, e algumas palmas.

-Lílian Evans... –respondeu ela.

-Você é neta, ou alguma coisa da famosa vidente Evans? –perguntou ele, curioso.

-Não, meus pais não são bruxos... –respondeu ela despreocupada, os olhos fixos na cerimônia.

-Lupin, Remo! –chamou a professora, enquanto um garoto com ar lupino colocava o chapéu e juntava-se a Grifinória.

Após ele, um garoto baixo e gorducho sentou-se perto ele, apresentando-se como Pedro Pettigrew.
Havia a pouco sido selecionado.

-Potter, Tiago! –chamou Minerva, ainda empunhando o amarelado pergaminho.

Um garoto relativamente alto, de cabelos negros desalinhados praticamente saltou sobre o banquinho, num andar elegante e convencido. Parecia muito seguro de si, e foi logo convocado a unir-se a mesa da Grifinória.

No fim só sobrara uma garotinha de cabelos castanhos que lhe chegavam à cintura, que esperava ser chamada de braços cruzados e pouco pacientes. Seu nariz empinado se franziu quando Tiago foi escolhido para a Grifinória.

-St. Clair, Victória! –chamou a professora, novamente com um sorriso bondoso nos lábios. Seus olhos geralmente severos brilharam quando a menina passou perto de si.

A menina sentou animada no banquinho, e sorriu no momento que foi selecionada para a Grifinória, a mãozinha pequena e delicada a acenar para os futuros amigos que batiam palmas.


Dizem que quando uma história chega ao fim, temos o costume de lembrarmos apenas do inicio e do fim. Nessa história, não poderemos esquecer os fatos que se sucederam entre isso, pois a mais bela e pura amizade nasceu no momento em que aqueles foram selecionados a mesa da Grifinória.

Mas isso é apenas o começo...

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