Os hóspedes



“Caro senhor Potter, temos o prazer de informar que foi aceito na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!”

Como poderia se esquecer dessa carta? Até a guardara numa caixinha de lembranças, e está lá até hoje. O tempo passou rápido. Rápido até demais, para ele. Finalmente, sétimo e último ano! Poderia viver sua vida em paz e nunca mais precisaria se preocupar com Voldemort, ou Snape e etc...

No dia seguinte após a formatura, Harry foi procurar um lugar para morar, afinal não poderia viver no Caldeirão Furado para sempre, uma vez que seus tios praticamente o expulsaram de casa sabendo que era o seu último ano e que ele alcançara, finalmente, a maioridade.

Como não achou um local de seu gosto foi pedir opinião ao seu amigo Ron, que também se hospedara no Caldeirão, pois, como Harry e o resto dos formandos grifinorianos, teve todo dia anterior festejando.

- Olha, eu sei de um lugar muito bom para se viver. Não é Hogsmeade, mas é parecido. Há muitos bruxos lá. Uma linda paisagem, céu aberto, ar puro.Um lugarzinho muito bom até... – disse ele pensativo.

- Você só elogiou o lugar Ron, mas não falou onde fica! – disse Harry.

- Ah tá, desculpa é que... Enfim, fica perto do mar. O nome do vilarejo é Pratical Magic.

- O nome é meio...

- Denunciador demais não é? Mas ninguém vê nada demais não. Tem bruxos e trouxas lá. Acredite você irá gostar.

No dia seguinte Harry foi ver como era o lugar. A casa que Ron mencionou estava à venda. Era quase como uma mansão de tão grande. Seu terreno era vasto e dava para o mar. Tinha aparência antiga, mas por dentro era linda com tons meio rústicos, mas bem atuais.

- Eu compro. – disse Harry.

No mesmo dia, porém à tarde, o caminhão da mudança foi para lá. A parte mágica, como lareira com rede Pó de Flú e feitiços protetores, já havia sido instalada no momento em que Harry aceitou a casa. Era uma casa muito grande para morar sozinho, mas ele pensaria nesse assunto mais tarde.

Passaram-se dois meses. Harry abriu uma loja no lugar onde vendia remédios e manipulados. Ele, como seus pais, fez uma horta no quintal de sua casa, porém bem maior. Lá continha uma variedade de plantas medicinais para os remédios manipulados e o resto era tudo do mundo mágico.

Logo, toda a vizinhança passou a comprar os seus produtos. Era um lugar meio pequeno, onde todos se conheciam e sabiam de (quase) tudo. Tirando esse simples fator, era tudo mais que perfeito. Com o passar dos meses, Harry não pôde deixar de notar Faye. Uma mulher de muito bom coração, simples e linda.

Aconteceu tudo muito rápido. Harry a conheceu em sua loja, quando ela havia ido comprar um xampu. A partir daí, eles começaram a se conhecer melhor e depois de um ano e meio Harry a pediu em casamento. Esta, sem exitar, logo aceitou.

Passados alguns anos, para ser exato seis anos, ela morreu de depressão pós-parto. Então Harry passou a cuidar de seus dois filhos sozinho. Lily, em homenagem à avó e George. Lily era a mais velha e tinha 12 anos e George 8. Lily estava aproveitando suas férias pois no próximo ano iria para seu terceiro ano escolar.

As vezes Harry avistava um objeto ou mobília com asas ou metade animal. Era seu filho George, que ainda estava desenvolvendo seus poderes. Estava sendo difícil tanto para Harry como para o filho controlá-los. Mas no final das contas, tudo estava muito bem.

Harry tentava não usar magia, pois queria viver uma vida “normal”. Até mesmo seus dois filhos diziam para deixar essa idéia de lado, e aceitar quem ele era. Mas (sempre há um, não é?) ele não se referia a esse ponto. Ele queria apenas evitar problemas, segundo seus pensamentos.

- Ai pai, a gente evita os problemas usado mágica! Sem ela, aí sim eles virão. – dizia Lily.

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Então, numa noite quente de verão, ele recebe uma carta de Ron que perguntava se poderia passar um tempo lá com sua nova namorada. Imediatamente, Harry mandou outra carta respondendo que podia, contando que não ficassem aos beijos perto das crianças.

Parecia que com a morte de sua esposa, ele havia ficado mais adulto e sério. Naturalmente, pois ele era responsável por seus filhos.Na semana seguinte, Ron chegou.

- Tio Rony! O tio Rony chegou! – saiu gritando George ao avistar Ron entrando pelo jardim.

Harry quase foi derrubado pelos filhos. Nem bem Ron tocou a companhia e eles trataram de abrir e recebê-lo.

- Fala aí gente! Tudo bom com vocês? Nossa como estão crescidos! – disse Ron abraçando um a um. – Harry, diga meu amigo, como tem passado? Obrigado pelo favor. – cumprimentou Ron abraçando Harry assim que ele chegou.

- Bom te ver amigão! Que isso, você me receitou esta casa então estou te retribuindo o favor. – sorriu Harry.

No instante seguinte, Harry viu uma mulher vestida de jaqueta de couro, pele branca e cabelos negros despenteados. Estava com um cigarro entre os dedos e uma garrafa de cerveja na outra mão.

- Ahn, oi. Prazer, sou o Harry... – iniciou Harry, tentando ser educado.

- Potter. Eu sei. Cresci ouvindo sobre você, e o Ron não pára de falar em você. Violet Elliot, muito prazer. – disse ela soprando a fumaça do cigarro na cara de Harry e estendendo a mão.

- Igualmente... – disse ele evitando tossir.

- Então esses são os seus pimpolhos? – disse ela olhando para Lily e George. – Prazer....

- Lily. – disse a menina.

- George. – disse George sorridente.

- Bom, agora que todos se conheceram vamos entrar? – disse Ron.

- Claro! Fiquem a vontade. – disse Harry dando passagem para os dois.

Lily e George ficavam olhando de esguelha para a namorada de Ron. Ela não havia apagado o cigarro e terminara de beber toda a garrafa, depositando-a em cima da lareira da sala.

- Deus nos ajude! – disse Harry baixinho para si mesmo.

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