Outra Vez



N/A: E aqui temos a continuação. A idéia me veio assistindo o DVD de Ana Carolina. Hehehehehehehe. Sem falar que a Gina Potter me mandou um comentário sugerindo que eu a fizesse. Bem, primeiramente eu até pensei em colocar a música “Confesso” de Ana Carolina. Mas achei a perfeita!!! “Outra Vez” do Roberto Carlos, também cantada por (Adivinhem?) Ana Carolina no show do DVD. Rsrsrsrsrs. Espero que gostem. Vamos aos comentários.

Gina Potter - Quando eu li o teu comentário, eu logo tive uma idéia repentina, mas ela me veio mesmo assistindo o dvd...hehehehe. Você pensou que fosse o Remo? Bem, eu também pensei em coloca-lo, mas achei aquela música a cara do Sirius, sem falar no dilema dele... Tiago era praticamente seu irmão, e ele estava apaixonado pela mulher do seu amigo. Você sentiu vontade de chorar?? y.y. Hehehe, você foi a primeira mesmo. Fico muito feliz por isso!!!!

nth-potter - Ah, muito obrigada pelos elogios!!! (^.^) E obrigada por ter comentado!!!

Nattyzinha - Não sabe como eu consigo fazer o Sirius sofrer desse jeito? Bem, eu também não...hehehehe. Talvez por eu gostar tanto dele, que minhas idéias malucas sempre vêem primeiramente com ele. Você já reparou que todas as songs que eu já publiquei é sobre ele...huahahaha. Bom, aqui está o "epílogo"!!! hehehehehe.

Gika Black - Te fiz chorar?? Sorry... Ah, que bom que você gostou da teoria^(^.^). É bom saber que gostou das minhas doidices...rsrsrsrs.

Maysa Black - Você está se esgoelando de chorar??? o.O. Ah, mil perdões... eu realmente não pretendia. * Aí você pergunta, e por que eu escrevo fics assim????rsrsrsrs*. Não mais judiar dele dessa maneira? Hum, bem, eu não prometo nada... vai que surge algo pior? * com medo que você leia esse cap...rsrsrsrs*

Aline - Ah, que bom que você gostou!!!!

Beijos para todos que estão leram/e ou comentaram. E vamos a continuação!!!

Outra vez

“Você foi o maior dos meus casos
De todos os abraços o que eu nunca esqueci”


Sirius suspirou profundamente enquanto fitava a lareira apagada à sua frente. Ainda se encontrava com a roupa que usara no casamento de Tiago e Lílian. A gravata estava torta em seu pescoço e os cabelos negros extremamente bagunçados. Quem chegasse perto dele naquele momento, poderia sentir o forte cheiro de vinho que ele exalava. O copo, um pouco cheio, ainda encontrava-se em sua mão e a garrafa jazia vazia aos seus pés.
-Está acabado, Sirius, você perdeu. – ele fechou os olhos e sentiu as pálpebras tremerem. Podia sentir também as lágrimas que insistiam em brotar dos seus olhos e rolarem incansavelmente pelo seu rosto. – Você teve a chance de lutar por ela, mas, como um fraco, acabou por desistir.
Num gesto irritado, ele jogou o copo na parede, fazendo com que a pintura branca se tingisse de vinho, formando o que parecia ser um corte largo... igual ao que ele sentia agora em seu coração.
Ainda ofegante, ele enterrou o rosto nas mãos e deixou-se soltar um grito de raiva. Não lhe importava que os vizinhos o ouvissem, que o mundo o ouvisse... para ele, se tudo fosse para o inferno, não ligaria... estava tudo acabado mesmo. A vida perdera o sentido no exato momento em que Tiago Potter e Lílian Evans trocaram alianças e juras de amor.

“Você foi, dos amores que eu tive
O mais complicado e o mais simples pra mim”


Ele não soube como conseguira assistir a cerimônia sem ter derramado uma única lágrima. Não soube como ficara por horas durante a festa, rindo e bebendo com eles. E, muito menos, não soube como aceitara ser o padrinho deles. E, não sabia porque agora estava chorando se dissera para si mesmo que iria esquecê-la, se conformar com os fatos e retomar sua vida. Quem sabe até sair com novas garotas?
Sabia que não conseguiria. Por Merlim, ele já não tentara isso tantas vezes? Quantas foram às vezes que aquelas paredes testemunharam suas promessas mudas de que a esqueceria de uma vez por todas? Por quantas vezes ele não trouxera garotas para a cama em seu quarto e chamava sempre por ela no final? Sempre garotas ruivas, sempre garotas de olhos verdes, para assim, lembrar-se dela... ficar imaginando que seria ela ali abraçada a ele, e não outra qualquer.
Sentia que ia enlouquecer a qualquer momento. Aquilo era mais do que um simples amor, era uma obsessão, aquele sentimento fazia parte da vida de Sirius. Era impossível arrancá-lo. Ele sabia. Ele não desejaria outra mulher para si que não fosse Lílian Evans.
Ele soltou um longo suspiro. Tentava não pensar que, novamente, ele estava tocando-a e a fazendo feliz. Não gostava de pensar que o seu melhor amigo estava nos braços da mulher que amava. Sentiu ânsias de invadir a casa deles e matá-lo com suas próprias mãos, mas por fim, desistiu. Entendia Tiago, sabia perfeitamente o efeito que Lílian Evans fazia em um homem. Ficou relembrando do único beijo em que trocaram e, assim, vencido pelo cansaço, adormeceu.

“Você foi o maior dos meus erros
A mais estranha estória que alguém já escreveu”


Os meses se passaram rapidamente, sem que Sirius notasse. Desde o casamento, ele só avistara Lílian poucas vezes e, a felicidade que ela irradiava era tanta, que Sirius podia jurar que ela era palpável. Encontrava Tiago todos os dias, e o mesmo estava em igual estado. Tentava não sentir ciúmes do amigo, mas era algo impossível. Quanto Tiago tocava no assunto “Lily”, na maioria das vezes, Sirius desviava do assunto discretamente para não sentir ganas de acabar por revelar-se apaixonado pela mulher dele e, talvez, acabar com uma amizade que lhe tanto era estimada – apesar de tudo.
Aquela era mais uma noite insone para Sirius e, assim como a meses atrás, a chuva caía incansavelmente. Com um suspiro ele voltou o olhar para a janela, fitando-a distraidamente. “Como será que Lílian está?”.
Balançou a cabeça rapidamente a fim de espantar os pensamentos, e voltou a atenção para o que estava fazendo.
Em sua mesa, pilhas e mais pilhas de papéis se espalhavam desorganizadamente, enquanto ele fitava um deles distraído. Trouxera todo o trabalho para casa. Talvez assim, pudesse finalmente dormir quando se visse dominado pelo cansaço.
Ao que parecia ser duas da manhã, a campainha da sua casa tocou insistentemente. Uma chuva mais grossa caía, fazendo ruídos no telhado da sua casa e batendo nos vidros da janela violentamente. Ele suspirou e, sem ao menos ter se levantado, ficou se perguntando quem seria à uma hora daquelas.
A campainha tocou mais forte, seguida agora de batidas na porta. Extremamente irritado, o rapaz se levantou e foi atendê-la.

“E é por essas e outras que a minha saudade faz lembrar
De tudo outra vez...”


Ao abrir a porta, sentiu alguém desabar sobre si e chorar copiosamente em seus braços. Sirius olhou para baixo, e prendeu a respiração ao reconhecer aqueles rubros cabelos.
-L-Lily? – seu coração deu um salto e bateu aceleradamente.
A ruiva o abraçou mais forte em resposta e reprimiu um soluço.
-Sirius... – ela sussurrou levemente, sua voz estando um pouco abafada pelo fato dela ainda estar recostada ao peito dele.
Ele sentiu o coração apertado e um nó na garganta. A última coisa que desejava no mundo era vê-la sofrer.
-O que houve, Lílian? – ele falou docemente, enquanto afagava os cabelos dela, que se encontravam encharcados, além de toda a sua roupa. – Me conta, o que foi que aconteceu?
Ela se afastou dele um pouco e enxugou as lágrimas levemente. Os cabelos bagunçados e a capa que usava pingavam constantemente, molhando o piso aos seus pés. Lílian reprimiu um novo soluço, com o olhar baixo.
Num gesto gentil, Sirius ergueu a cabeça dela pelo queixo e afagou-lhe os cabelos com a outra mão.
-O que foi, Lily? – ele sentiu um leve tremor de preocupação ao constatar o quanto o queixo dela estava queimando.
-Ele... eu... eu e o Tiago... nós, nós brigamos Sirius.
-Brigaram? – ele indagou com o cenho franzido. Por alguns segundos, não pôde deixar de se sentir feliz com aquela notícia. Quem sabe Tiago deixara de amá-la, deixando o caminho livre para ele? Uma chama de esperança acendeu dentro de si.
-Sim. – ela reprimiu um novo soluço. – Não me lembro quem foi que começou. Só sei que ele foi embora, Sirius, saiu de casa ontem à noite. E pela tarde fora direto para algum lugar em missão da Ordem... sem ao menos ter falado comigo.
Ela tremeu um pouco, Sirius não soube dizer se pelo frio ou pelo fato dele ter ido embora.
-Vamos entrar, Lily. – ele a abraçou pelos ombros e fechou a porta com o pé. Tirou a varinha do bolso e acendeu a lareira, logo depois enxugou as roupas de Lílian.
Sirius a guiou lentamente até o sofá. Ela se sentou ao seu lado e tornou a abraçá-lo fortemente.

“Você foi a mentira sincera
Brincadeira mais séria que me aconteceu”


-Calma, Lily, vai ficar tudo bem... - ele a consolou docemente, enquanto afagava os cabelos dela.
-O que eu fiz de errado, hein, Sirius? – ela falou entre soluços. – Não houve razões para ele sair de casa. – mais um soluço. – Podia tudo ser resolvido, mais tarde, com calma... Brigamos por tolice, eu sei... puro ciúme.
Lílian fungou levemente e soluçou mais uma vez. Ela se afastou de Sirius aos poucos e o fitou afetuosamente.
-Será que ele volta, Sirius?
O rapaz se virou para Lílian e a encarou com um misto de raiva, ciúmes e amor. Era difícil para ele vê-la falar de como sentia falta e de como estava sofrendo por causa do outro. Por outro lado, estava extremamente preocupado com a ruiva. E vê-la sofrendo daquela forma fazia seu coração se dilacerar por dentro.
-Não sei, Lily. Essa é, definitivamente, uma pergunta que eu não sei responder. É muito difícil saber o que se passa na cabeça do Pontas na hora da raiva. – balançou a cabeça a fim de espantar de si os pensamentos de que ele não voltaria.
A ruiva o abraçou mais forte. Sirius fechou os olhos e suspirou. Tentava não pensar nisso, mas aquele contato com ela o deixava louco. Alisou os braços dela levemente, como quem consolasse, a fim de espantar seus pensamentos.
-Sirius, por que ele fez isso comigo, hein? Por quê?
O rapaz percebeu que ela ainda estava quente quando a mesma recostou a testa em seu pescoço.
-Lily, você está ardendo em febre. – ele disse por fim, separando-a lentamente.
-Não me importo... – ela murmurou. – Me ajuda, Sirius...
Tornou a fechar os olhos e sentiu as pálpebras tremerem. Lílian estava entrando num estado de perfeita insanidade.
-Eu vou fazer isso, Lílian, não se preocupe.
Sabia que seria muito arriscado carregá-la em seus braços. Aquilo seria pedir muito de si mesmo, mas assim ele o fez. A ruiva aconchegou-se em seus braços, já não mais soluçando. Mas Sirius podia sentir as lágrimas dela molharem sua camisa.
-Vai ficar tudo bem...
-Não, não vai. – ela sussurrou. – Ele não vai voltar, Sirius. Ele não me quer mais. Acabou.
-Não diga isso, Lílian. – ele falou docemente, apesar de se sentir péssimo com isso. Como ele era capaz de dizer uma coisa dessas, sendo que, o que mais desejava no mundo era dizer o contrário? Sentiu-se um verdadeiro Black. Sujo, dissimulado, falso, mentiroso... Ajeitou Lílian nos braços enquanto subia as escadas em direção ao seu quarto.

“Você foi o caso mais antigo
O amor mais amigo que me apareceu”


Sirius sentiu-se embriagado pelo cheiro de lírios que exalava dos cabelos dela, apesar de misturado com o aroma de vinho branco. O seu corpo estremeceu ao se deparar com a porta do seu quarto. “Mas o que você está fazendo? O que você está pensando, Sirius? Esqueça isso!” pensou, emburrado. Colocou Lílian gentilmente no chão. A ruiva sustentou o seu peso no ombro dele, sentindo-se um pouco tonta.
Abriu a porta do quarto com cuidado. Passou a mão da ruiva por trás dos seus ombros e a outra segurou firmemente a sua cintura.
-Venha, acho melhor você deitar.
-Fica comigo, Sirius... Não me deixa sozinha, por favor... – ela murmurou suplicante.
-Lily, você não está bem... – ele repetiu. Tentou não pensar nas inúmeras interpretações que essa frase teria... tentou não pensar especialmente em uma delas, e que era a que ele mais desejava em sua vida.
Deitou Lílian gentilmente na cama e a cobriu com as cobertas.
-Volto já... – ele murmurou rapidamente e deu as costas para ela.
Sentiu uma mão gelada sobre seu pulso.
-Não, Sirius, por favor... não me deixa aqui sozinha.
Ouviu o farfalhar dos lençóis e percebeu que ela estava sentando na cama. Sirius apenas a fitava de soslaio, por cima do ombro. Soltou um longo suspiro.
-Você não vai ficar sozinha, Lílian. Eu vou ficar aqui com você, mas não por agora. Preciso te dar uma poção para essa febre baixar. Se você me soltar agora, prometo que voltarei.
-Volta mesmo?
Ele assentiu rapidamente e ela o soltou. Sirius se dirigiu apressado para fora do quarto e recostou-se na porta, logo depois de batê-la.
-Merlim, por que isso comigo? – ele soltou um longo suspiro e esfregou o rosto levemente. – Será que ela quer que eu faça o que eu estou imaginando?
Sacudiu a cabeça nervosamente, a fim de espantar os pensamentos. Desceu até a cozinha e buscou a poção necessária. Sentiu o corpo estremecer de ansiedade e temor... talvez até um pouco de excitação.
Soltou um muxoxo irritado por estar pensando nisso novamente e, por fim, decidiu que não voltaria a por os pés naquele quarto durante toda a noite.
Sentou-se no sofá, colocando a poção em cima da mesa de centro. Ajeitou as almofadas e deitou-se contrariado, ajeitando-se inquietamente. Fechou os olhos, tentando dormir.
Passado alguns minutos, viu que não tinha sono nenhum. Bufou de raiva e sentou-se no sofá, enterrando a mão nos cabelos e apoiando o cotovelo nas coxas.
-Chega, Sirius, chega. Pára com isso, sim?
Levantou-se e pegou o frasco da poção. Sem nem mesmo ter comandado seus pés direito, viu-se novamente parado à porta do seu quarto. Rezou internamente para que ela já estivesse dormindo e abriu a porta devagar.

(...)

Encontrou-a deitada de bruços na cama, ainda chorando.
-Lily? – chamou-a um pouco receoso.
A ruiva ergueu os olhos marejados e sorriu fracamente.
-Ah, é você Sirius...
Ele pigarreou levemente.
-Eu... eu trouxe uma poção para você. Vai te fazer se sentir melhor.
Ele colocou em cima da escrivaninha do quarto e deu as costas.
-Estou lá embaixo, se quiser qualquer coisa... é só me chamar.
-Sirius... não vá embora... por favor...
Sirius sentiu o corpo se arrepiar. Novamente aquela voz suplicante... aquele tom implícito de sensualidade. Suspirou.
-Não posso, Lily. Temo não responder pelos meus atos.
Lembrou-se que ela estava com febre, lembrou-se que ela estava emocionalmente abalada. Provavelmente, aquele tom de voz seria fruto da sua imaginação... sua tola e idiota imaginação. Talvez o fato dela e Tiago terem brigado mexera com ele de tal forma, que o fazia agir quase como um bobo apaixonado. O desejo queimava dentro de Sirius e ele sentiu o sangue pulsar rapidamente por todo o seu corpo.
Sua mão tremeu na maçaneta e ele a segurou mais firme.
-Até amanhã, Lily.
Sorriu fracamente. Havia conseguido ignorar ao seu desejo. Suspirou e abriu a porta. Quase conseguiria sair ileso daquela situação constrangedora, se não sentisse alguém abraçá-lo por trás.
-Por favor... faz essa dor parar... Sirius, isso é mais do que eu posso suportar. – ela soluçou compulsivamente. – Ele me odeia agora, Sirius. Do mesmo modo com que eu dizia que eu o odiava. Eu pude ver o desprezo no olhar onde antes eu via puro amor... ele não gosta mais de mim... eu sei disso.

“Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter”


Sirius sentiu a respiração falhar, mas não impediu que suas mãos entrelaçasse as dela com carinho. Olhou de soslaio para a poção em cima da escrivaninha e suspirou.
-Não posso, Lily... – ele murmurou num sussurro rouco. – Não me peça para fazer isso.
-Você é o único que pode... – ela recostou a testa nas costas dele. – Eu sei que é o único.
Ela estava delirando. Só podia ser a única explicação plausível para ela estar agindo daquela maneira. Uma guerra se iniciara na mente de Sirius. Ela estava ali, pronta para o que ele sempre desejava fazer com ela, ela estava quase que implorando para que ele o fizesse. Por outro lado, as mãos frias que ele entrelaçava as suas denotavam que ela ainda queimava de febre... ou de desejo, talvez. E ainda tinha Tiago. Por Merlim, ele não era o seu melhor amigo? Tiago não a amava intensamente, até mais do que ele próprio amava a ruiva? Qual seria a reação dele se descobrisse aquela dupla traição? Não fora ele que várias e várias vezes vira Tiago Potter chorando por saber que Lílian não o amava e o consolava, dizendo que um dia eles seriam felizes? Suspirou. Não podia fazer isso com Tiago, não podia fazer isso consigo mesmo... não podia fazer isso com Lílian.
-Não, Lílian, você está completamente enganada. Eu não posso. – respondeu no tom mais frio que conseguiu fazer. – O melhor que você tem a fazer agora é deitar na cama e dormir.
Ele soltou as mãos dela um pouco relutante e fechou os olhos. “Não podia, realmente, não podia...”
-Sirius, por favor, faz essa dor parar... Me faz esquecer dele.
Ele sentiu as pálpebras tremerem quando as mãos dela abriram um dos botões da blusa dele. Podia sentir todo o corpo dela junto à suas costas, o que fez o seu coração palpitar.
-Lily, por favor, não... – ele murmurou com a respiração ofegante.
-Não diga isso, Sirius... não está vendo o quanto eu estou sofrendo... não percebe a minha dor? Quero me sentir amada novamente, Sirius...
Sentiu as mãos frias e delicadas dela sobre a sua barriga. Soltou um longo e ressonante suspiro e fechou os punhos com força. Era o seu limite. Não tinha forças para qualquer atitude, principalmente pará-la.
Com um leve tremor, Sirius percebeu que a camisa dele já estava desabotoada. Ainda no mesmo lugar, a ruiva subiu as mãos – agora extremamente quentes – sobre o peito dele e retirou a camisa dele lentamente.
-Lílian... não. – ele apertou os olhos e abaixou a cabeça. Por que não saía de uma vez dali? Mesmo gostando, não podia ficar ali. Era traição! Ela estava delirando e ele estava perfeitamente lúcido!

“Só assim sinto você bem perto de mim
Outra vez”


Ela beijou o meio de suas costas. Ele deixou escapar um fraco gemido e esticou um pouco o corpo, a fim de aumentar a distância entre eles.
-Eu sei que você também deseja isso, Sirius... para quê resistir?
“Oh, Merlim, por que me tenta dessa forma, Lílian?” foi a única coisa que ele permitiu-se pensar no momento.
-Eu não posso fazer tudo sozinha, Sirius. – ela sussurrou antes de depositar um novo beijo em suas costas. Um longo e sensual beijo.
Mordeu o lábio inferior. Ela não podia estar fazendo isso com ele, não podia. Aquilo o estava enlouquecendo.
Pensou que talvez pudesse fingir que estava aceitando a proposta dela, somente tempo suficiente para escapar pela porta aberta e trancá-la dentro do quarto, mas desistiu dessa possibilidade no minuto seguinte. Não teria forças para tanto.
Aqueles beijos eram mais do que ele podia agüentar. Lílian por certo sabia como dominá-lo. Por um segundo, pensou se ela fazia com Tiago o que ela estava fazendo com ele agora.
-Lílian, chega... por favor... – foi a vez dele suplicar.
-Sirius, só há uma forma de eu parar... – ela arranhou de leve o peito dele, no que ele sentiu o corpo estremecer mais uma vez.
Ele mal percebera a hora em que ela cessou os beijos em suas costas e beijou seus lábios sedentamente. Sirius ergueu as mãos como quem se rendesse e separou um pouco os corpos, dando alguns passos para trás, seguido rapidamente por ela.
A ruiva segurou seu rosto firmemente, a fim de não interromper o contato entre as bocas. Sirius parou de andar, abriu os olhos e a encarou com uma feição surpresa.
Desceu as mãos pela lateral do corpo dela, dedilhando os dedos no ar. Perto da região da cintura da ruiva, ele as sacudiu levemente e fechou os punhos indignado. Não iria fazer isso.
Ela desceu as mãos lentamente pelos seus ombros e abraçou-o fortemente. Sirius deixou escapar um suspiro por entre os lábios de Lílian ao sentir o seu peito rente ao dela. Sua respiração estava descompassada e ele sentiu o coração dela bater tão forte quanto o dele.
Lílian desceu para o pescoço dele. Ele fechou os olhos desesperado. Suas mãos subiram lentamente e seguraram-na pelos ombros. Reuniu todas as forças que lhe restavam para separá-la de si.
-Lílian, já chega. – ele sussurrou roucamente. – Eu não... não quero.
A ruiva apenas fitou Sirius com os orbes verdes extremamente brilhantes.
-Sirius... não faz isso... – os olhos dela automaticamente ficaram marejados. Sirius percebeu que ela ainda estava quente.
-O que você quer de mim, Lílian? – ele perguntou por fim. – Um amigo? Um consolador? Um objeto de vingança? O Tiago te traiu Lílian, foi isso?
Ela soluçou levemente.
-Havia uma carta... dentro do bolso dele... de uma garota se declarando para ele. Já era de dias. – ela enxugou as lágrimas emburrada. – Ele podia simplesmente ter me contado! Eu teria entendido... ele não gosta mais de mim, Sirius. Aliás, duvido que tenha gostado de mim algum dia. E, se aquela carta não tivesse significado nada para ele, ele não teria guardado no sobretudo por tantos dias seguidos.
-Lílian, a existência da carta não significa que ele tenha traído você realmente. E, o que você está querendo fazer comigo... – ele suspirou antes de continuar. – ...é algo que, com certeza você irá se arrepender depois... nós iremos nos arrepender.
-Não me importo... Eu quero você, Sirius, será que não entende isso?

“Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer “


Ele não respondeu. Sentiu no segundo seguinte os lábios dela junto ao seu. Ele achava que os beijos que trocaram não podiam ser mais aprofundados do que já eram... Doce ilusão.
Lílian ficou na ponta dos pés e o enlaçou firmemente pelo pescoço. Levemente desesperado, ele percebeu que ela o desequilibrara de propósito .Sentiu suas costas baterem no colchão vazio da sua cama.
“Ela só podia estar louca, era isso!” ele pensou desesperado, apertando os lençóis da cama com força. Lílian se remexeu em cima dele, aumentando a proximidade entre os corpos.
Sirius sentiu o sangue bombear rapidamente por todo o seu corpo, era mais do que ele podia suportar. Sem nem mais pensar nas conseqüências dos seus atos, ele a segurou firmemente pela cintura.
Começou a beijá-la amavelmente, da maneira com que sempre sonhara em fazer. Levantou levemente uma das pernas a fim de aumentar a proximidade entre eles. Sua mão passeava de leve pelas costas dela e brincava com o zíper da blusa.
Inverteu as posições quando abrira todo o zíper. Sirius retirou a blusa dela lentamente, como se disposto a não perder nada daquele momento sublime. Lílian suspirou enquanto ele descia os beijos a medida que a blusa era retirada.
Terminado o trabalho, ele subiu os beijos lentamente até beijá-la nos lábios com ardor. Suas mãos desenhavam lentamente as curvas do corpo dela. Sentiu um arrepio percorrer seu corpo... finalmente teria a noite a qual tanto sonhara.

“Decidi te lembrar quantas vezes eu tenha vontade
Sem nada perder”


A ruiva ao seu lado ressonava. Sirius zelava pelo sono dela numa feição séria. Afagou-lhe os cabelos de leve e sentiu um aperto no peito. Recebera a pena da sua traição. Ele lhe dera todo o amor que tinha dentro de si, mas, o único nome ao qual ela pronunciou foi “Tiago...”. Lembrou-se de ter vacilado um pouco quando ouvira ela o chamar a primeira vez. Mas estava tão desesperado por aquele contato, por aquele corpo... tão apaixonado por ela, que ele não conseguiu recuar. Ignorou os que sucederam a esse, assim como as outras garotas com que se deitara ignorava os “Lílian” dele.
Virou-se para o teto, um pouco arrependido. Ele não devia ter cedido. Sabia que, apesar de tudo, Lílian Evans era apaixonada por Tiago... e seria para sempre dele.
Sentiu-se o ser mais desprezível da face da terra. Traíra a pessoa a quem tinha mais estima. A pessoa que sempre o ajudou nos momentos mais difíceis... traíra o seu próprio irmão.
Voltou o olhar para Lílian. Se aproveitara dela no momento em que ela estava mais vulnerável. Ele, mesmo amando-a da forma com que a amava, não podia ter se deixado levar pelos delírios dela. Suspirou cansado. Ela merecia carregar a dor da culpa?
Levantou-se calmamente e sentiu uma mão se fechar sobre o seu pulso.
-Sirius, onde é que você vai? – ela murmurou, extremamente sonolenta.
-Lugar nenhum, Lílian, durma. – respondeu ele docemente, depositando um beijo na testa dela. – Esqueça de tudo o que aconteceu essa noite, Lílian, será melhor para você.
Ela ajeitou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos, voltando a dormir segundos depois.
Sirius retirou gentilmente a mão dela do seu pulso e se levantou da cama, procurando suas roupas pelo chão do quarto e vestindo-as calmamente.
Fitou a ruiva dormindo com ternura. Apesar de tudo, não podia negar que tivera uns dos momentos mais maravilhosos da sua vida. Sorriu fracamente. Não a faria sofrer com a culpa, assim como ele estava sofrendo levemente agora. A dor de ter traído Tiago pode ser mais duro para ela suportar.
Ele pegou as roupas dela lentamente. Retirou os lençóis da cama cuidadosamente e, depois de admirar aquele corpo pela última vez, vestiu-a cautelosamente. Deixando-a apenas com a blusa branca que usava e a calcinha preta.
Com a mesma dedicação, ele a cobriu carinhosamente e depositou um beijo na sua testa.
-Eu te amo, Lily... mas do que tudo nesse mundo. Te agradeço, apesar de tudo.
Colocou a calça dela em cima da cama e saiu do quarto. Com uma cópia da chave do quarto, ele a trancou por fora, para parecer que ela havia trancado por dentro antes de ir se deitar e que mais ninguém entrara no quarto àquela noite.
Suspirou. Se desse tudo certo, ela jamais pensaria que ouve algo entre eles.

(...)

Lílian ainda dormia e ele preparava alguma coisa para comer, quando a campainha soou nervosamente pela casa.
Sirius não precisou pensar duas vezes para deduzir quem seria. Abriu a porta lentamente e se deparou para o seu amigo... e seu rival.
O sangue ferveu dentro de Sirius. Ele estaria ali provavelmente para fazer as pazes com ela. Pela primeira vez sentiu um imenso ódio de encarar aqueles olhos castanho-esverdeados e sentiu ganas de colocá-lo dali para fora aos chutes, mas se controlou. Ele tinha esse direito. Tiago era casado com Lílian. O outro da história era ele e não Tiago. Controlou-se ao máximo para não derramar uma lágrima sequer. Tiago ainda fitava o amigo em silêncio, com uma feição extremamente séria no rosto.
-Ela está aqui, não é? – ele perguntou aflito. – Ela veio te procurar, não foi, Sirius?
As roupas de Tiago estavam sujas e havia um corte imenso na face direita do seu rosto e no super-cílio, onde o sangue já se encontrava seco.
-A Lílian? Sim ela veio. – ele respondeu seriamente. – O que você fez a ela, Tiago? – perguntou estreitando os olhos.
Tiago suspirou.
-Nós brigamos.
-Sim, ela me disse... você a traiu?
Tiago arregalou os olhos e abriu e fechou a boca várias e várias vezes.
-Claro que não! Eu... jamais trairia Lílian.
-Não foi isso o que ela me disse. – ele sentiu a raiva fervilhar dentro de si.
-Eu... ela acabou discutindo por causa de uma carta que ela encontrou no meu bolso e que eu sequer pensara que ela estava lá. Descobri ser de uma antiga colega Grifinória, que Lílian insistia em dizer que já tínhamos tido um caso. Eu acabei me exaltando e iniciamos uma discussão. Eu acabei dizendo o que ela queria “tanto” ouvir na hora da raiva e saí irritado da nossa casa.
-Ela sofreu muito por causa disso, Tiago. – Sirius se controlava para não sair gritando para ele que dormira com a mulher dele.
-Posso entrar? Ou vamos ficar a conversar aqui na porta?
Sentiu ânsias de bater a porta no rosto dele, mas apenas deu espaço para Tiago entrar.
-Eu não consigo viver longe dela, Sirius... eu sei que não. – ele suspirou, desabando no sofá e passando a mão pelos cabelos nervosamente. – Merlim, você não sabe o quanto eu senti falta dela ontem à noite. Me afligia a idéia de morrer brigado com ela.
Sirius suspirou e sua raiva rapidamente foi embora quando as primeiras lágrimas rolaram pelo rosto do amigo. E, mas uma vez, sentiu-se o intruso da história.
-Ela está no meu quarto, Pontas. – murmurou baixinho, antes que se arrependesse.
-Ela está bem?
-Acho que na medida do possível. – ele falou do mesmo modo. – Estava com um pouco de febre ontem a noite, mas já está bem melhor.
Tiago levantou-se lentamente e segurou um dos ombros de Sirius.
-Obrigado por ter tomado conta dela, Sirius.
-É melhor você ir... – ele pigarreou levemente, abaixou o olhar por alguns segundo e voltou a encarar Tiago. – Acho que ela deve estar precisando de você, agora.
A felicidade irradiou no rosto de Tiago e o mesmo não pareceu notar a antagonia do sentimento no rosto do amigo. Quando Tiago subiu as escadas, Sirius deixou-se desabar no sofá e reprimiu um soluço, enxugando as lágrimas de seu rosto de uma forma brusca e irritada.

“Você foi toda a felicidade
Você foi a maldade que só me fez bem”


Dois meses haviam se passado desde o dia em que Tiago e Lílian se reconciliaram na sua casa. Lembrou que, naquela manhã, ele enxugara as lágrimas e forçara um sorriso quando ouviu os passos e risos dos dois vindos do andar de cima. Aparentemente, Lílian não denotava uma lembrança sequer do que houvera entre eles na noite anterior. Eles agradeceram mais uma vez e saíram da casa dele felizes. Sirius sentiu-se extremamente aliviado por carregar a culpa daquele erro sozinho.
Mais uma vez ele se via na casa dos amigos. Apenas “parasitando” a felicidade do casal. Soltou um longo suspiro e, cruzando os braços, recostou-se no sofá e fitou um Tiago extremamente animado, conversando com Remo.
Não estava para conversar aquela tarde. Decidiu se isolar de todos, assim como vinha fazendo no ultimo mês. Fitou Lílian de soslaio: ela estava radiante. Sorriu fracamente ao ver a felicidade dela. Atualmente, era o máximo que lhe era permitido e ele tinha que se contentar. Fitou o teto por alguns minutos, as lembranças daquela noite a povoar-lhe a mente.
-Sirius, posso falar com você um minuto?
Ele despertou dos seus pensamentos e automaticamente a encarou, exibindo uma feição surpresa.
-Claro, Lílian.
Um pouco confuso, viu que ela olhou para onde Tiago conversava animadamente com Remo e Frank e o puxou pelo braço, se dirigindo para a cozinha.
-Há muito tempo eu queria te falar isso, mas não tive oportunidade... nem coragem. – ela sussurrou e tornou a olhar para Tiago, que ainda podia ser visto mais ao longe.
-O que foi Lílian? – ele a observava ansioso.
-Eu sei o que aconteceu entre nós aquela noite, Sirius.
Ele suspirou e passou a mão pelos cabelos.
-Desculpe, eu realmente não queria, mas...
-Não se sinta culpado, Sirius. – ela exibiu um sorriso sincero. – Eu também tive minha parcela nisso. Se pecamos, pecamos juntos. – ela tornou a olhar para Tiago.
Ele sorriu marotamente.
-Bom pecado...
-Sirius! – ela sussurrou, dando um tapa no braço dele.
-Lily, você sabe que...
Ela suspirou.
-Sim, eu sei. Portanto, não o culpo. Fico feliz que tenha escondido isso de mim, para a possibilidade de eu não me lembrar do fato, aliviando assim o meu sofrimento. Você me ama... e eu realmente lamento muito o fato de não poder fazer você feliz. – ela suspirou. – Você é um homem maravilhoso, Sirius. Nunca perca isso

“Você foi o melhor dos meus planos
E o pior dos enganos que eu pude fazer”


Sirius recostou-se na parede e fechou os olhos, inclinando a cabeça para cima.
-Se eu pudesse escolher, jamais teria escolhido me apaixonar por você. – ele abriu os olhos e a fitou ternamente. – Não pude impedir esse sentimento, Lily, assim como não pude impedir que aquilo acontecesse entre nós. Se eu te dissesse que estou de inteiro arrependido, seria mentira de minha parte. Aquele foi, com certeza, o melhor momento da minha vida... acho que, nem a considerada mulher mais linda e sensual do mundo seria capaz de proporcionar as mesmas sensações que tive quando você estava em meus braços... – ele suspirou saudoso. – Mas não posso negar que, de fato, me sinto como um traidor... trai sua confiança, a de Tiago e, acima de tudo, traí a mim mesmo. Prometi a mim mesmo que levaria esse segredo comigo para o túmulo, e lamento muito o fato de você ter descoberto daquela forma.
-Não foi ruim para você...? – ela sussurrou receosa. – Foi o Tiago a quem eu chamava o tempo todo... Isso não te magoou?
Sirius fechou os olhos novamente e colocou as mãos no bolso.
-Eu passaria por tudo novamente, só para te ter em meus braços só mais uma vez. – ele abriu os olhos e ela o fitou numa mistura de tristeza, ternura e surpresa. – Mas, não se preocupe... as lembranças daquele momento são mais do que suficientes. Não nego que te ver dizendo o nome de Tiago daquela maneira, enquanto era eu quem a beijava, me fez sofrer... e muito.
-Desculpa... – ela murmurou baixinho.
-Águas passadas... Nem todos nesse mundo podem ser felizes, Lily. Sei que essa frase pode ser um pouco mentirosa, mas... eu desejo toda a felicidade do mundo para vocês.
Ela sorriu fracamente.
-Espero que você não mude de atitude em relação a mim, sim? – ele suspirou quando sentiu os olhos um pouco marejados. – Seria mais do que eu posso suportar.
-Não mudarei, prometo. – ela o abraçou, no que Sirius apertou o abraço. – Obrigada, Sirius, por tudo.
-Lílian, eu te peço, não conta nada disso para o Tiago. Eu não quero decepcioná-lo.
-Não se preocupe, não vou contar.

“Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter”


Eles se separaram rapidamente e ela sorriu, enxugando a lágrima que caiu dos olhos dele.
-Estou sentimental demais... – ele falou com um riso, enquanto uma nova lágrima caia.
-É a primeira vez que eu te vejo chorar.
Ele riu novamente.
-Talvez seja a única pessoa que já me viu assim.
-Fico feliz em saber disso. Estou vendo o lado mais sensível de Sirius Black.
-Ah, muito obrigado pela parte que me toca. – ele falou ironicamente enquanto enxugava as lágrimas.
-Sirius... – começou a ruiva seriamente. – O Tiago não esta dando essa festa por causa de uma simples reunião entre amigos. – ela suspirou. – É porque... eu estou grávida.
Sirius engasgou com a própria saliva. Isso não podia...
-Lily... você está dizendo que...
-Eu não tenho certeza. Não sei ao certo. Não tem uma data provável. Eu só... eu só queria que você soubesse. – ela suspirou.
-Lily, isso muda tudo... nós devíamos contar para ele. – sussurrou rouco.
-Assim como você, eu não quero decepcioná-lo. – pela primeira vez seus olhos brilharam tristemente e ela riu nervosa, passando a fitar Tiago. – Olha para ele, Sirius. Está radiante.
Apesar de tudo, Sirius não pôde deixar de rir. Realmente, apesar de estar conversando animadamente, ele parecia mais alegre do que era normalmente.
-Ele sempre quis ter um filho comigo. – ela sussurrou baixinho, com medo de que aquilo pudesse magoá-lo mais ainda. – Acho que não devemos destruir esse sonho assim por causa de um...
-...momento. – ele suspirou. – Sim, entendo.
-Desculpe estar fazendo isso com você, Sirius... – ela passou a mão pelos cabelos nervosamente. – Mas é preciso.
-Lily, mas se o filho nascer parecido comigo? – mesmo sendo uma situação desesperadora, ele não podia negar que se sentia feliz com a possibilidade. Sentia-se radiante por uns breves segundos e não se importava nem um pouco se com isso teria que erguer sua felicidade sob a tristeza de outros. – Não vai ser pior para o Tiago?
-Oh, Sirius, nem me fale. – ela tremeu um pouco. – Ele vai nos odiar. Contudo, é melhor deixar como está.
Ele assentiu contrariado.
-Sirius... o Tiago... ele quer que você seja o padrinho.
Ele exibiu um fraco e sincero sorriso.
-O amarei como se fosse um filho... mesmo se não for.
-Obrigada, Sirius. – ela olhou de soslaio para Tiago e depois voltou o olhar para o maroto a sua frente.
Sirius se surpreendeu quando ela deu um selinho nele e saiu. Recostou-se na parede novamente e passou os dedos nos lábios.
-Lily! – ele a chamou baixinho.
Lílian, que já estava na entrada da cozinha, parou rapidamente.
-Sim? – ela se virou para ele e sorriu.
-Por que você fez isso?
-Assim como o Tiago, você também tem um lugar em meu coração. – ela piscou o olho. – Talvez vocês dois briguem pelo espaço, mas o Pontas sempre sai por vencedor.
Ele sorriu radiante, sentiu-se feliz como há muito tempo não sentia.
-Quer dizer então que eu não sou tão ruim assim?
Lílian corou um pouco e riu.
-Nem um pouquinho.
-Temos diferenças?
-Sirius!
-A qual é, Lily! Faça um Almofadinhas feliz. Qual o melhor?
-Me recuso a responder isso. – ela falou revirando os olhos. – Seu pervertido!
Sirius gargalhou, no que ele riu fracamente.
-Vamos voltar.
Sirius assentiu e a seguiu rapidamente.
-Hey, o que vocês dois estavam fazendo sozinhos, na cozinha? – Tiago rapidamente desviou a atenção dos amigos e sorriu radiante para a ruiva e para o amigo.
-Como medo de que eu agarre sua ruiva, Pontas? – ele sorriu pelo canto dos lábios. – Eu bem que tentei, mas ela tem uma ótima joelhada.
Tiago gargalhou.
-Já que vocês estão finalmente aqui. – ele falou rapidamente. – Tenho uma notícia a dar para vocês.
Lílian sorriu constrangida e olhou de soslaio para Sirius quando Tiago a abraçou pela cintura e beijou o rosto dela.
Sirius deu de ombros levemente e procurou um lugar para se sentar. Estava feliz ao menos por saber que não era tão odiado assim pela “sua ruivinha”.
“Assim como o Tiago, você também tem um lugar em meu coração.” suspirou ao lembrar-se da frase. Seria um pouco mais fácil para ele depois dela ter dito aquilo. Percebeu então que, mesmo se não fosse com a mesma intensidade com quem ela amava Tiago, ela sentia algo muito intenso por ele também...

“Só assim sinto você bem perto de mim...
Outra vez”


... e ficava feliz em saber disso.

N/Beta Maluca: sabe, Lê, eu sinceramente senti ganas de te mandar uns feitiços quando vi a Lily tentando o NOSSO Sirius (tá legal, fic sua, Sirius seu. Mas, fic minha, Sirius meu, ok?? UHuhasuhasuhasuas...) daquela maneira, e ele cedendo. Mas depois das coisas que a Lily disse, eu te perdôo. Mas não imagino o Sirius traindo o Tiago, nem a Lílian. Embora na tua fic (sei lá, você deve ter as mãos de um deus) ficou muito bonito... e talvez isso explique o grande amor que o Sirius tem pelo Harry, mesmo sabendo que o Harry é filhote do Tiago. Ele poderia ser seu filho, e, de certa maneira, era. E Harry lembra Lílian, que lembra momentos felizes (sem malícia!). Mas, enfim, eu adorei. Está fantástica... por mais que tenha feito o Sirius sofrer e uma loucura no melhor estilo “triângulo amoroso”. Hehehehe... beijão, e parabéns por mais uma fic-sucesso!! Gween Black.

N/A: / se esconde atrás da cadeira / Não me matem. O que fazer se minha maluca mente imaginou isso? Só esclarecendo esse final. Eu só estou narrando os sentimentos dos Sirius, e não acredito na teoria do Harry não ser filho do Tiago. Apenas citei isso porque... sei não, achei fofinho!! (^.^) /não tentem entender minha cabeça... huahahahahahahaha/.
Beijos e comentem please, nem que seja para me xingar.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (2)

  • Pp Potter

    *O*

    2013-01-30
  • jully potter

    não gostei do sirius ter dormido com a lily foi bem estranho e ainda ter traido o pontas isso foi horrivel da parte dele como amigo mas fora isso ficou bem legal e bem diferente tambem bjos

    2011-10-14
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.