Os Pretendentes de Hermione



Era uma linda manhã de sábado em Hogwarts, porém, fria. Hermione estava deitada em sua cama pensando na vida. Logo, resolveu se levantar. Ela foi para o banheiro se arrumar e desceu para o Salão Principal. Quando chegou lá, avistou Harry, que já estava tomando o café da manhã. Ela se aproximou, se sentou e perguntou:



-Madrugando hoje, Harry?



-Não, perdi o sono! – disse ele, olhando imediatamente para ela



-Está frio hoje, não? – perguntou ela, e passou suas mãos pelos seus braços



-Sim, que bom que é sábado, não? – disse Harry – Não tem nada pra fazer!



Hermione deu um sorriso e pegou uma torrada que estava na mesa. Harry se sentia estranho ao lado dela, mas não sabia o que ele tinha. Logo, Rony chegou, se sentou na mesa e começou a comer feito um desvairado. Hermione o olhou com olhos arregalados e disse:



-Meu Deus Rony, que horror!



-Eu sempre comi assim! – disse Rony.



Rony olhou para Hermione, e, quando seus olhos se cruzaram, ele estremeceu e percebeu que ficara quente. Aqueles olhos castanhos o deixavam em estado de transe. Ele tentava desviar o olhar, mas não adiantava, nada o fazia tirar os olhos de Hermione. Harry percebera um clima entre os dois e sentira uma dose muito forte de ciúmes, mas não sabia o porque. Logo, Hermione percebeu a guerra de olhares que havia ali no momento e disse:



-Harry, que foi? Rony, você está babando aí... Gente, o que deu em vocês?



-Nada Mione, nada! – disse Harry, voltando seu olhar para sua comida



-Quem nada é peixe! – disse Hermione – Gente, que é que tá havendo aqui?



Nesse momento, um grupinho de alunos da Sonserina vinham passando por perto da mesa de Grifinória, dando altas risadas e debochando dos alunos. Menos um único aluno não fez nada, apenas sorriu para Hermione ao passar. Era Draco Malfoy, pior inimigo dela desde o primeiro ano, que agora, parecia estar se apaixonando. Quando ele sumiu da vista de Hermione, a garota disse:



-Ai, me poupe!



-O que foi Mione? – perguntou Harry



-Malfoy, fica jogando charminho em cima de mim! – respondeu Hermione, sem imaginar a reação do amigo após isso



-COMO É QUE É? – berrou Harry, se levantando – ELE FICA TE CHAMANDO DE SANGUE-RUIM DEPOIS FICA JOGANDO CHARMINHO EM CI MA DE VOCÊ?



-Harry calma, ele é um besta! – disse Hermione, tentando fazer o amigo parar.



Rony levantou os olhos para Harry com a boca cheia de comida. Aquela cena merecia tirar uma foto: Harry, berrando feito louco de pé e Hermione tentando fazer ele parar, o puxando para baixo com toda força que tinha, mas não conseguia, Harry era forte demais. Logo, o sangue de Hermione lhe subiu em ver o amigo naquele estado, então, berrou:



-HARRY, CHEGA!



O Salão Principal inteiro se virou para ela. Nunca ninguém tinha visto uma cena daquela antes. Rony até parara de comer de tanto espanto. Harry se sentou e se preparou para o sermão de Hermione.



-Harry, você é doido? – perguntou Hermione – Você nunca fez isso, nem pela Cho! – disse Hermione, mas se arrependeu na mesma hora.



Harry fechou os olhos e sentiu o sangue lhe subir. Logo, disse:



-Não diga o nome dela! Nunca mais!



-Tá certo, mas é que você amava tanto ela! – disse Hermione, mas se arrependeu na hora novamente, pois Harry lhe jogou um olhar feroz – Tudo bem, já calei a boca já...



Depois desses dois deslizes de Hermione que magoaram Harry um pouquinho, não houve mais nada, a não ser a frescura de Malfoy de ficar jogando charminho em cima de Hermione.



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No Salão Comunal de Sonserina, Pansy Parkinson e Emília Bulstrod estavam conversando sobre o estranho comportamento que Draco estava tendo no decorrer dos dias.



-Pansy, você não acha que o Draco está estranho? – perguntou Emília



-Meio estranho? – repetiu Pansy – ele está totalmente estranho! – responde Pansy



-Por que será? – perguntou Emília, refletindo sobre isso – Será que ele está apixonado?



-Nem pense nisso! – disse Pansy, se levantando da poltrona em que estava sentada



-Porque? – perguntou Emília, espantada – Ele não pode se apaixonar?



-Depende por quem! – responde Pansy – Se você não sabe, eu amo o Draco!



Emília ficou espantada. Nunca ouvira isso da amiga vindo da boca dela. Logo, disse:



-Um minuto! Mas ele não gosta de você!



-Como você sabe? – perguntou Pansy – Sabe de quem ele gosta?



-Sei, muito bem! – respondeu Emília



-De quem é? – perguntou Pansy, desesperada – Por favor, me fala!



-Ai, falei besteira! – disse Emília – Eu não posso falar, prometi guardar segredo!



-Me dá alguma pista, por favor! – implorava Pansy



-NÃO! – disse Emília, nervosa – A única coisa que eu sei dela é que ela odeia ele!



-É da nossa casa? – perguntou Pansy, tentando arrancar tudo da amiga



-Não posso falar mais nada! – disse Emília



-Por favor, só mais isso! Por favor, por favor, por favor! – implorava Pansy



-Ela não é da nossa casa, ela é da Grifinória, está no mesmo ano que nós e anda com dois meninos que disputam o amor dela! – Emília deixou escapar – Pelo amor de Deus, se o Draco souber que eu disse isso a você... Tô indo!



Emília saiu do Salão Comunal de Sonserina e Pansy ficou lá, refletindo.



-Garota da Grifinória, anda com dois meninos... Acho que já sei quem é!



Pansy se sentou na poltrona em que estava sentada e refletiu mais um pouco, para ver se era essa pessoa que ela estava achando que era.



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Na mesa de Sonserina, Draco admirava Hermione de longe. Logo, Emília chega ao seu lado e pergntou a ele:



-Pensando na vida Draco?



-Um pouco! – responde ele, sem tirar os olhos de Hermione.



Logo, Emília respira fundo, toma coragem e diz:



-Draco, sem querer, eu dei pistas de quem você gosta para a Pansy!



-Você o que? – pergunta Draco, finalmente, tirando os olhos de Hermione



-Bom, eu só dei pistas, não falei quem era! – diz Emília, assustada com a expressão no rosto de Draco



-Que pistas você deu a ela? – perguntou ele



-Bom, que ela te odiava, que era da Grifinória e que andava com dois garotos que disputavam o amor dela! – disse Emília



-Caracolas, é assim que você guarda segredo? – pergunta Draco, furioso



-Desculpa, ela tava me enchendo tanto o saco que eu deixei escapar! – disse Emília



-Mas, do jeito que ela não pensa, não vai descobrir tão cedo quem é! – disse Draco



-Não sei não, hem! – disse Emília – Do jeito que ela estava disposta a descobrir quem é, acho que até já descobriu!



-Ai, saco! – diz Draco, dando um grande soco na mesa que fez seu copo de suco de abóbora pular na mesa



-Desculpa Draco! – disse Emília



-Olha aqui, eu só vou te avisar de uma coisa, uma coisinha só – disse Draco – Se ela fizer mal a Hermione, qualquer coisa que seja, arrancar um fio de cabelo dela, vocês duas me pagam, a, me pagam sim!



Emília engoliu em seco. Se Pansy fizesse algum mal a Hermione, Draco estaria disposto a exterminar as duas. Ela ficou lá na mesa, e, logo depois que Draco saísse, iria correndo falar isso para Pansy.



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Na mesa de Grifinória, Hermione percebera que Draco a estava observando. Ela disse:



-Mas que coisa!



-O que foi Mione? – perguntou Harry



-O Malfoy, não pára de me olhar! – respondeu a garota.



Rony olhou para trás. Draco só faltava bater a cara na mesa, de tão encantado que estava. Ele sentiu suas orelhas começarem a esquentar. Em segundos, já estavam vermelhas e quentes. Logo, se virou novamente para Hermione e disse:



-Não liga não, ele é um idiota mesmo!



-Ah, eu já percebi isso a muito tempo! – disse Hermione



Nesse momento, Gina aparece ao lado deles e pergunta:



-O que está havendo aqui?



-O tonto do Malfoy não para de me encarar! – responde Hermione.



Por um momento, Gina percebe o ciúmes de Harry e Rony. Logo, olha para Draco. Parecia que ele estava no Mundo da Lua, ou melhor, ele estava. Logo, Gina disse:



-Hum... Mione, posso dar uma palavrinha com você? Ás sós?



-Claro, vamos para o Salão Comunal! – diz Hermione, e ela e Gina se levantam e vão rumo a Sala Comunal de Grifinória.



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Na mesa da Sonserina, Emília diz:



-Draco, ela já saiu, por favor, quer parar de ficar no Mundo da Lua?



-Pelo menos, lá é melhor que esse mundo! – diz ele



-Pelo amor de Deus, ela te odeia, deixa de ser besta! – disse Emília, mas se arrependeu na hora, de pensar a reação de Draco.



-Xinga, pode xingar, eu não estou nem aí! – disse ele.



Emília ficou aliviada que Draco não teve reação. Ele parecia um morto-vivo. Logo, Emília saiu da mesa de Sonserina e foi contar a Pansy o que havia acontecido. Ela não conseguia segurar, tinha que contar.



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Na mesa de Grifinória, Harry, pela primeira vez, ficara com lágrimas nos olhos por coisas bobas. Quando Rony percebeu, disse:



-Ei, Harry, que houve? Ta chorando, virou mariquinha?



-Licença Rony, preciso ficar sozinho um pouco! – disse Harry, e saiu, sem esperar a resposta do amigo.



Ele foi para o jardim, onde podia ficar sozinho. Lá, lágrimas escorriam dos olhos do garoto, mas nem ele sabia o porque. Logo, Luna apareceu. Ela perguntou:



-O que houve Harry?



Harry não respondeu, apenas abraçou fortemente Luna. Lágrimas e mais lágrimas escorriam de seu olhos. Luna não entendeu nada, mas respondeu ao abraço. Logo, disse:



-Harry, não fica assim!



Quando Harry se soltou de Luna, disse, com a voz trêmula:



-Eu não sei o que está acontecendo comigo!



-O que houve? – perguntou Luna, novamente – Viu alguma coisa que você não gostou? Ficou chateado? O Rony brigou com você? A Mione brigou com você?



-Não! – respondeu Harry – Não é nada disso!



-Então o que é? – perguntou Luna, impaciente



-Acho... Acho que estou começando a gostar de alguém! – respondeu Harry.



Luna ficou espantada. Nunca vira Harry chorar por causa que estava começando a gostar de alguém. Só se fosse um homem, aí sim, ele tinha que chorar, mas certamente, não era. Logo, Luna disse:



-E você fica aí chorando? Devia estar pulando de alegria!



-O problema não é esse! – disse Harry, chorando mais ainda



-Então, o que é? – perguntou Luna, novamente, vendo se o garoto se abria com ela



-Mais duas pessoas gostam dela! – respondeu Harry, chorando mais do que nunca.



Luna achou que ia formar um lago na frente de ambos. Nunca na vida vira Harry daquele jeito, nem mesmo quando Sirius morreu. Luna percebia o esforço de Harry para tentar parar de chorar, mas não adiantava. Logo, ela perguntou:



-Harry, para com isso! Afinal, de quem ela gosta? Quem é ela?



-Hermione! – respondeu Harry.



Luna arregalou os olhos. Logo, Harry disse, rapidamente:



-Mas, calma, eu nem sei se é isso que eu sinto por ela mesmo!



-Eu estou calma, calma demais! – disse Luna.



Finalmente, aparecera um sorriso no rosto de Harry. Ele se divertia bastante com Luna, apesar de suspeitar de ela gostar de Rony. Luna também sorriu. Logo, disse:



-Bem, vamos entrar, você já chorou muito aqui, daqui a pouco, teremos um lago aqui bem na nossa frente!



Harry se levantou do banco em que havia sentado e ele e Luna entraram para o castelo. Mesmo sentindo algo por Hermione, ele se sentia bem ao lado de Luna.



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No Salão Comunal de Sonserina, Emília entra ofegante pela porta, parecendo que vira um fantasma. Quando viu Pansy, disse, sem mais sem menos:



-Pansy, nem se atreva e chegar perto da...



Pansy olhou para Emília com uma cara de felicidade, assim, sabendo o nome da garota que Draco gosta, poderia acabar com ela.



-Diga, de quem? – perguntou Pansy



-Não... Posso... Dizer! – disse Emília, pausadamente – achei que já tivesse descoberto quem é!



-Estou quase descobrindo, só falta esse seu empurrãozinho seu! – disse Pansy



-Que empurrãozinho menina, é doida? – perguntou Emília



-Esse seu, que você ia dizer o nome da garota! – disse Pansy



-Ai, me esqueci de falar uma coisa pro Draco! – mentiu ela – Tenho que ir!



Emília saiu correndo do Salão Comunal de Sonserina e, depois de tanto andar, entrou no primeiro armário de vassouras que viu. Quando entrou, fechou a porta e disse para si mesmo:



-Aqui ela não vai me achar! E eu não posso cair na besta de falar quem é para ela!



E ela ficou ali por um bom tempo, até ter certeza que ela não estava por perto para lhe tentar novamente.



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No Salão Comunal de Grifinória, Hermione e Gina conversavam sobre o que acontecera no Salão Principal.



-Gina, o Harry e o Rony estão muito estranhos! – disse Hermione



-O que será que há com eles? – perguntou Gina – Bom, o meu irmão já sei o que é, deve ser bobeira, agora o Harry, achei que você soubesse, você conhece ele melhor do que ninguém!



Hermione olhou para ela com os olhos arregalados. Logo, Gina completou:



-Quero dizer, você conhece ele bem, passa a maior parte do tempo com ele, bom, achei que soubesse o que fosse!



-A bom! – disse Hermione, se recuperando do susto que levara – Bom, como ia dizendo, eles estão esquisitos demais!



-Mione, fica calma, eu vou arrancar tudo do meu irmão e vou descobrir porque eles estão assim! – disse Gina



-Obrigado Gina! – disse Hermione, se encostando na cadeira e começando a refletir.



Gina saiu do Salão Comunal de Grifinória e foi para o Salão Principal, falar com Rony.



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No Salão Principal, Rony não entendera a reação do amigo. Logo, quando se virou para a porta, viu Harry e Luna, entrando. Logo, Luna foi para a direção da mesa da Corvinal e Harry na direção da mesa de Grifinória. Ele andou um pouco até chegar na frente de Rony. Ele se sentou e Rony perguntou:



-Harry, que ataque foi aquele que você teve aqui? Nossa, seu olho tá meio inchado, andou chorando?



-Ah... Sim! – respondeu Harry, corando um pouco



-Pelo amor de Deus! – disse Rony – Chorando a toa?



-NÃO! – explodiu Harry, vendo a amigo rir de sua cara – EU FAÇO ISSO PELO AMOR!



Rony parou de comer na hora. Nunca vira Harry tão sentimental. Logo, Gina chegou:



-Harry, Rony, a Mione tá super-preocupada com vocês! – disse Gina, ofegante



-O que? – perguntaram Harry e Rony, juntos



-Eu disse que ela está estranhando vocês! – disse Gina



-Onde ela está? – perguntou Harry



-Lá no Salão Comunal! – respondeu Gina.



Harry se levantou correndo e foi a caminho do Salão Comunal de Grifinória. Corria o mais rápido que podia. Lá, Hermione refletia mais e mais sobre os amigos. No corredor que dava acesso ao Salão Comunal de Grifinória, Harry estava correndo mais rápido do que nunca. Rony teve que dar uma de Firebolt para conseguir alcançar Harry, mas não dava, até que ele parou no meio do caminho. Gina ficou com ele. Harry, finalmente, chegara no retrato da Mulher Gorda. Harry disse:



-Cerveja Amanteigada!



A porta se abriu e ele entrou. Hermione estava no sofá, com a mão apoiando a cabeça. Ele foi até ela, se sentou ao seu lado e perguntou:



-Mione, o que houve? Fiquei sabendo que você está preocupada com nós, o que foi?



-Nada Harry, é a reação de vocês, e... – Hermione percebera os olhos pouco inchados de Harry – Harry, esteve chorando?



-Ah... – ele queria muito dizer não, mas não conseguia mentir para Hermione – Sim!



-Porque, o que houve, alguém te magoou? – perguntou ela



-Não, não é nada disso, é besteira minha! – disse Harry, e mirou seus olhos no de Hermione – Acho que estou começando a gostar de alguém!



Hermione se sentiu caindo no precipício. Seus olhos se encheram de lágrimas. Harry percebeu, então, perguntou:



-Mione, o que você tem?



-Não estou me sentindo bem – mentiu ela – Vou descansar um pouco!



Hermione se levantou e saiu correndo. Harry não entendeu nada, então, se encostou na poltrona. Hermione chegou em seu quarto, trancou a porta, se deitou de bruços em sua cama, agarrou seu travesseiro e começou a derramar lágrimas em sua linda face. Na sala, Harry estava se lamuriando.



-Porque você não disse que esse alguém era ela? – disse ele, para si mesmo – Seu burro, agora que ela nunca mais vai querer ficar comigo!



Em um canto, era Hermione, chorando muito, em outro, era Harry, se lamuriando. Afinal, nenhum dos dois sabia o porque estavam daquele jeito, mas só podia ser uma coisa: amor.

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