Capítulo 1 - Sobre o autor



No mundo bruxo contemporâneo, qualquer estudante ou pesquisador em Magia Natural, seja no campo da Herbologia, seja no campo da Magizoologia, já leu ou citou Pierre Baudelaire. Esse magizoólogo francês é conhecido por descobrir e traduzir o serêiaco submarino, uma modalidade gestual-visual da língua utilizada pelos sereianos. Após formar-se na Academia de Magia Beauxbatons, o bruxo ingressou na Escola de Altos Estudos em Magia Natural. Durante os seus estudos avançados, ele defendeu uma monografia em Herbologia ("Os diferentes usos de Mentha spicata por sereianos do Mar Mediterrâneo"), uma dissertação em Magizoologia ("A domesticação de Hippocampus maritimis por sereianos do mar Mediterrâneo") e uma tese em Magizoologia ("A cultura e a língua serêiaca do mar Mediterrâeno") que inaugurou um campo do conhecimento mágico totalmente novo e transdisciplinar: os Estudos Serêiacos. A dedicação ao estudo da vida de colônias de sereianos permitiu que Pierre passasse a ocupar o cargo de investigador-chefe da então criada Divisão de Seres do Observatório Marinho de Criaturas e Plantas Mágicas. Dentre suas publicações, destacam-se Minha vida com sereianos e o Dicionário Ilustrado Trilíngue de Serêiaco Submarino.

Apesar do exitoso currículo de Baudelaire, nem tudo foi tranquilo em sua carreira. A relação com a colônia de sereianos estudada pelo magizoólogo nem sempre foi amistosa. Embora Pierre tenha reunido uma lista extensa de evidências que justifiquem o argumento de que sereianos devam ser tratados como seres mágicos, o bruxo enfrenta críticas hostis de ativistas pelos direitos de sereianos e centauros se compreenderem como criaturas. Para piorar, Baudelaire é acusado pela mídia sensacionalista de ter mantido relações com um membro da colônia de sereianos que analisou no Mar Mediterrâneo. Essas e outras histórias, entretanto, resistem aos principais feitos do bruxo. Em 2017, ele socorreu uma colônia de sereianos do Atlântico durante o incidente com uma plataforma petrolífera. Pierre também presidiu a Sociedade Francesa de Magizoologia entre 2011 e 2014, e é assessor permanente do Comitê Internacional de Magizoologia em assuntos sobre seres mágicos. Recentemente, o bruxo tem iniciado um projeto que visa documentar o comportamento linguístico de sereianos de água doce na Amazônia.


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