cap unico



Existia uma loja que vendia de tudo, desde balas até mansões de chapéus até aviões, tudo tinha um preço. Todos os produtos dessa loja continham sua descrição e seu preço. ( avião R$ 1.000.000 ; bala R$ 0,10 ).


Mas existia nessa loja um embrulho, muito bonito, que não tinha preço somente a descrição. Ele ficava na prateleira mais alta, da mais alta estante; essa estante ficava no meio da loja atrás do balcão, onde ficava o dono de tal loja, lá ele recebia o pagamento de todas as coisas que eram vendidas ali. ( o dono era um senhor muito gentil e doce. ).


Todos os dias, pelo menos 3 vezes ao dia, tinha confusão na loja, por causa do bendito embrulho que não tinha preço.


Em um dia normal da loja, chegou uma senhora muito rica ( a loja era freqüentada por todos os tipos de pessoas, ricas ou pobres. ) ela foi ate o balcão, que ficava no meio da loja, para pagar suas coisas. Quando olhou para cima viu o embrulho e se encanto por ele. Virou para o dono da loja e disse.


– Senhor quanto custa aquele embrulho ? eu vou levar.


O dono da loja olhou para onde a mulher estava apontando e disse.


– Me desculpe senhora, mas não esta à venda.


– Não, o senhor não entendeu. – ela disse – eu posso pagar, pode colocar ai que eu vou levar.


– Senhora, lamento. Mas realmente não esta à venda. – o dono repetiu docemente.


– Olhe eu dou R$ 300 mil por esse embrulho.


– Mas já disse que não esta à venda. – gentilmente falou o dono.


– Tudo bem. – ela disse. – eu dou R$ 400 mil.


– Senhora, já lhe disse, lamento, mas não esta à venda. – disse o dono sempre muito educado.


– Acha que não posso pagar ? Acha que não tenho dinheiro suficiente para comprar aquele pacote ? – ela já estava se alterando e começando a gritar.


– Senhora, já lhe disse. Não é com a senhora. Só que o embrulho não esta mesmo à venda. – o dono continuou inalterado.


Os funcionários como já tinham se acostumado com confusões como aquela e não ficaram espantados, os clientes pelo contrario param o que estavam fazendo para olhar no que ia dar aquela situação.


– EU POSSO COMPRAR TUDO QUE EU QUISER. – a mulher continuou a gritar.


– Acredito que posso, não duvido que tenha dinheiro suficiente. Mas realmente não esta à venda. – disse o dono gentilmente para ela.


– esta bem. – ela disse se acalmando e abrindo a bolsa. – o senhor quer negociar ? Vamos negociar.


Ela puxou o talão de cheques e começou a preencher.


– R$ 500 mil. Sei que não deve valer tudo isso, mas eu dou R$ 500 mil pelo pacote.


Ela pegou o cheque e colocou na frente do dono; que por sua vez gentilmente pegou o cheque e devolveu para a mulher.


– Não estou negociando. É verdade que não esta à venda.


Na mesma hora os seguranças já estavam bem perto do balcão, onde se encontrava a mulher e o dono da loja.


* se já viram homens de preto, eles se vestiam igual a eles. Com óculos escuros, terno preto.


Como isso acontecia muitas vezes ao dia eles já sabiam como reagir.


– O senhor é bom com negociação. – ela disse mais calma.


Pegou o cheque da mão do dono e rasgou e começou a preencher outra folha.


– Senhora não gaste folhas do seu talão. Não esta mesmo à venda.


– R$ 1 milhão. E é minha oferta final.


Ela estendeu o cheque balançando- o na frente do dono.


– Lamento senhora.


– Mas eu quero, EU QUERO! – ela começou a gritar de novo, e jogou o cheque em cima do dono, ele se abaixou e pegou o cheque que tinha caído no chão e devolveu a ela, mas ela o jogou de novo.


Nessa hora os dois seguranças pegaram a mulher, um de cada lado e ela continuou a gritar.


– ME LARGA. VOCÊS NÃO SABEM QUEM SOU EU. EU PAGO QUALQUER COISA.


– Senhora. A senhora esta sendo convidada a se retirar dessa loja. – disse o primeiro segurança.


– MAS EU QUERO, EU QUERO E EU POSSO TER. – ela continuava a gritar.


– A senhora esta causando um tumulto dentro da loja. Por favor, venha conosco. – disse o segundo segurança.


Mas a mulher ignorou completamente a pequena multidão que tinha se formado ali.


– EU QUERO, EU QUERO. EU POSSO TER QUALQUER COISA! POR QUE NÃO POSSO TER ISSO ?


– Eu realmente sinto muito – disse com tristeza o dono da loja.


Um dos seguranças pegou o cheque, que estava no chão e colocou no bolso a mulher, que se debatia e gritava. Levando-a para fora da loja.


Depois daquela confusão a loja voltou ao normal. Algumas pessoas ainda comentavam o ocorrido.


Tiveram alguns que também queriam compra o embrulho, mas o dono gentilmente dizia que não estava à venda.


Perto da hora de fechar, entrou uma menina com uns 6 anos de idade e foi até o centro da loja onde ficava o balcão.


Como ela era muito pequena teve que se esticar toda e colocou algumas moedas em cima do balcão e disse.


– Moço eu quero dois pirulitos de uva, por favor.


O dono se inclinou para frente e sorriu para a garotinha. Foi até onde ficavam os doces e pegou os dois pirulitos.


– Aqui esta senhorita.


A menina deu um enorme sorriso e disse – Obrigada. Você sabia que o seu pirulito é o melhor do mundo inteirão.


– serio ? – o dono abriu mais o sorriso.


– serio. Posso te dar um abraço ? – perguntou a garotinha.


O dono ficou surpreso com o pedido, mas deu a volta e ficou em frente à menina, que deu um abraço apertado nele.


– O senhor é muito legal também. – a menina disse e se virou para sair.


O dono se levantou e ficou olhando a menina se distanciar e depois olhou para o pacote que estava na estante atrás do balcão. E gritou.


– Ei menina. Volte aqui.


Mas a garotinha já estava longe e não escutou.


Um dos seguranças viu que o dono queria falar com a menina, a chamou de volta.


Ela voltou saltitando com um pirulito na boca e outro na mão. Quando estava bem perto do dono. Ele disse.


– Eu queria te dar um presente.


Saiu e foi para trás do balcão, pegou uma escada enorme de correr (daquelas que tem em bibliotecas. ) e subiu, pegou o embrulho que naquele dia já tinha valido R$ 1 milhão. E entregou para a garotinha.


– Pra mim ? – perguntou a menina com o rosto iluminado, pelo tamanho do presente.


– sim pra você. – disse o dono satisfeito.


– Puxa, o senhor é muito legal mesmo. – disse a garota dando outro abraço no dono – OBRIGADA. – gritou pelo ombro enquanto saia da loja correndo, com o embrulho nos braços.


Os seguranças vendo a cena olharam um para o outro e reviraram os olhos e deram os ombros ( como se dissessem “ que cara louco” ) . Se lembrando que naquele mesmo dia tinha oferecido R$ 1 milhão pelo embrulho e o dono da loja tinha acabado de dar o pacote de graça.


Nessa mesma hora o dono da loja foi até o deposito e entrou em uma sala trancada, onde tinha um estoque daquele embrulho, e pegou outro.


Voltou para a loja e colocou no mesmo lugar. Na prateleira mais alta da maior estante, onde todos pudessem ver; o único embrulho que nunca era vendido, que não tinha preço, somente sua descrição.


#FELICIDADE.


“A FELICIDADE É O ÚNICO PRESENTE QUE NÃO SE PODE COMPRAR”

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