Vida Nova



CAPÍTULO I - Vida Nova


 


Foi um sono profundo, de um rapaz cansado, cansado de uma batalha, ou melhor de uma guerra. Desde o dia que deixou A‘Toca no meio do casamento, essa era a primeira vez que pode dormir, e descansar, e a primeira vez em sua vida após o retorno de Voldemort que pode colocar a cabeça no travesseiro com a tranquilidade de saber que ele nunca mais perturbaria sua vida, pois ele mesmo fez questão de destruí-lo pessoalmente.  Como estava dito na profecia " nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver ". Obviamente ele não fez isso sozinho, teve auxílio de seus amigos, e de muitos outros bruxos que não queriam mais viver sob a tirania de Tom Riddle. Perdido em seus pensamentos, se lembrou de que poderia ter uma vida normal a partir de agora, mas nisso ele poderia pensar depois, agora queria saber o que estava acontecendo com aqueles que tinham sobrevivido. Quando abriu as cortinas de sua cama, deparou-se com um Rony com cara de quem estava esperando ele acordar.


- Até que enfim Harry! - exclamou Rony - faz meia hora que estou acordado esperando você acordar!


- Desculpe Rony, faz tempo que não durmo direito. Precisava de um descanso, aliás, porque você também não está dormindo? - Perguntou Harry.


- Você sabe né, meu estômago pedindo comida, é mais forte que qualquer sono!


Os dois ficaram rindo do comentário, até que Harry perguntou:


- Onde está Hermione?


- Está ali em baixo no salão comunal, me disse para descer com você quando acordasse. - Respondeu Rony.


- Então vamos, só me deixe ir ao banheiro, escovar os dentes e lavar meu rosto. - Harry saiu, deixando Rony a então em sua cama, quando voltou, eles desceram ao salão comunal, e Harry deparou-se com Hermione e ... - Gina! - Exclamou Harry, que quando a viu, se lembrou da discussão que ela teve com a mãe, que pediu para que ela ficasse trancada na sala precisa, mas ele precisou que ela saísse para poder entrar e destruir a Horcrux que estava lá. Sentiu aquilo pesar em seu peito " se estivesse acontecido algo a ela, ele não se perdoaria. Mas ali estava ela, sorrindo para ele, ilesa, somente abatida, mas parecia muito feliz por ve-lo.


- Harry! - Gritou e veio correndo em direção a ele, deu-lhe um abraço tão apertado, e no calor do momento, seus lábios for de encontro aos dele, e os dele em direção ao dela, no calor do beijo, fez com que ela esquecesse tudo que passava na cabeça dela, toda dor, toda aflição, que dominava o seu ser. E para Harry aquele beijo fez com esvaísse de sua cabeça, a imensa falta que ele sentia de Gina, e todo pesar em relação a ter deixado desprotegida durante a batalha. Quando estava prestes a afastar-se dos lábios de Gina, ouviu a voz de Rony.


- Dá para vocês pararem de se agarrar?! Eu estou aqui!


- Cala a boca Ronald! Seu hipócrita! - Retrucou Gina.


- Olá Harry! - Disse Hermione.


- Hermione, bom dia! – Falou Harry. - cadê todo mundo?


- Estão fazendo buscas no castelo, para ver se encontram mais algum corpo ou alguém ferido. - Disse Hermione com pesar, e evitou olhar para os amigos. - O castelo ficou destruído, mas estão todos se empenhando em ajudar a reconstrui-lo.


Harry olhou para a amiga, encarou Rony em seguida, apertou a mão de Gina e disse:


- E os funerais de todos que morreram na batalha?


Rony ao ouvir isso, fitou o amigo, e lembrou da perda que teve em sua família, seu irmão Fred foi morto em combate, e quando isso voltou à tona em sua mente olhou para Harry e disse:


- Minerva avisou a família das vítimas, e perguntou onde queriam que enterrassem seus entes, pediu que viessem até Hogwarts. Ela avisou a todos que os mortos em batalha, que morreram na tentativa de destruir Voldemort, poderão ser enterrados no cemitério de Hogsmeade, mas se as famílias preferissem por levarem os corpos para outro cemitério, será construído um monumento em Hogwarts em homenagem a todos que morreram em combate. E os funerais de todos serão realizados hoje a tarde nos jardins. 


Após Rony terminar de falar, Harry disse:


- Vamos descer e procurar seus pais Rony.


- Vamos sim, mamãe já deve estar preocupada - disse Gina.


 


Os quatro se levantaram e desceram para o salão principal, e lá se depararam com o Sr. e a Sra. Weasley, Percy, Jorge, Carlinhos, Gui e Fleur, todos com a aparência abatida, triste e cansada, a perda de Fred doía muito em todos eles, mas quem sofria muito era Jorge. Com exceção da Sra. Weasley era o único que ainda chorava. Estava desolado, afinal, eles eram inseparáveis. Em visto a situação de Jorge, Rony foi ao seu encontro e lhe deu um abraço bem forte. O que fez Jorge entender que mesmo com a perda de Fred, ele ainda tinha apoio de seus outros irmãos. Quando Harry se aproximou, se dirigiu a Jorge e começou a dizer:


- Desculpe Jorge, seu eu tivesse... – mas ninguém chegou a ouvir o que Harry ia terminar de dizer, Jorge reuniu suas forças e disse:


-Harry, você não tem culpa de nada, de nada, entendeu? Todos que estiveram em batalha, todos que morreram, ou se feriram, nada disso foi culpa sua, sabemos que você é quem era destinado a destruir Voldemort, mas ninguém morreu por que você não pode impedir, morreram porque buscavam destruir as forças das trevas, imposta por Voldemort. Ninguém merecia viver como estávamos vivendo Harry, todos que partiram, estavam atrás do ideal de construir um mundo melhor.


Quando ouviu essas palavras de Jorge, Harry sentiu um pouco do peso de toda aquela tragédia sair de suas costas, ele sentia que se tivesse conseguido fazer as coisas sem alarmar a todos, Fred, Remo, Tonks, e muitas outras pessoas poderiam estar ali ainda, mas se ele continuasse pensando assim, como conseguiria continuar vivendo? Carregando essa culpa, de fato ele não tinha culpa dessas mortes, “todos que partiram estavam atrás do ideal de construir um mundo melhor” essa frase ecoava na cabeça de Harry com tanta força, que fez ele sentir que Jorge estava certo, então foi até ele e lhe deu um forte abraço. Em seguida foi a vez de abraçar a Sra. Weasley.

Os Weasley, aquela família humilde, que embora nunca tivessem obrigação com Harry, sempre lhe deram todo o apoio e carinho necessário, com eles Harry teve a sensação de ter uma família, eles realmente eram as melhores pessoas do mundo e ele estaria com eles até o fim.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.