03 de Dezembro de 2016 (2014)



03 de Dezembro de 2014.


 


Olá você! Que coisa estranha de se fazer…


Sabe, acabei de mudar de idéia. Pera, deixa eu mudar ali e já volto.


Pronto!


Ah! Será que você se lembra do que eu fiz agora? Não importa, eu explico.


Eu pensei em escrever algo para você ler daqui a três anos. Mas percebi que é muito tempo. Então acabei de diminuir para dois. Afinal, em três anos, muitas coisas podem acontecer. Você sabe disso tão bem quanto eu, não é mesmo?


Vamos fazer assim: falar um pouco do meu passado e dos meus planos para o futuro. Quem sabe daqui a dois anos você não escreva outra carta?


Ainda não sei se é engraçado ou triste parar pra pensar em tudo que aconteceu na minha vida nos últimos cinco anos (vamos deixar cinco porque, afinal, já temos mais de quatro anos de namoro, e algumas coisas aconteceram antes dele).


 


Então, há cinco anos eu estava acabando o ano mais louco que eu já tinha tido. (obviamente, os próximos anos foram tão ou mais loucos do que 2009, mas eu não sabia disso. – Tecnicamente, podemos dizer que eu planejei isso, afinal, eu realmente acredito nisso, mas não tinha como eu saber como seria depois que eu já estivesse encarnada, não é mesmo?)


Será que eu ainda estava com a Brunna e a Sandy? Ou será que já havíamos brigado? Ah... “Como eu me arrependo daquela briga” é sempre um pensamento que me vem à cabeça. E então eu me lembro dele. Eu poderia nem ao menos ter conhecido ele, se não fosse a briga... Enfim, 2009 foi um ano louco. Eu estive mais comportada do que sempre, consegui passar de ano direto, o que eu realmente tinha medo de não acontecer. Ainda me lembro da primeira aula de matemática, com o Fabrício. Eu não fazia  a menor idéia do que ele estava falando. Foi quando eu percebi que escola particular seria mais difícil do que parecia. 2009 foi um ano legal. Algumas safadezas pelo caminho, mas tendo o cuidado de deixá-las fora da escola. Ahh, por quê mesmo eu não continuei com isso? Era tanta coisa na minha cabeça. Ou a falta de tanta coisa, vai saber.


Hoje eu percebo que a briga com as meninas foi culpa, de certa forma, da Priscila. Acho que nunca vou entender isso. Eu estava na minha melhor fase, precisava mesmo dizer que eu era infuenciável demais? Acabei me voltando contra elas. Como se elas me fizessem ser quem eu não era.


Precisei chegar ao segundo ano, quebrar a cara mil vezes, levar puxões de orelha de todos os lados, para entender que, não, elas nao me faziam ser quem eu não era. Eu era muito mais “eu” ao lado delas. Eu confesso que não me lembro dele naquele ano. Me lembro sim de alguém me perguntando por quê a coordenadora reclamou da minha calça. Me lembro de pensar algo tipo “Dã, como alguém não percebe que eu estou de calça jeans?”. Se alguém me dissesse, naquele momento, que eu havia acabado que responder o amor da minha vida, eu mandaria a pessoa à merda. Ou talvez não, não lembro se eu já estava “palavroada” nessa época. Então, eu tinha o Pedro, meu melhor amigo. Que no momento percebo que eu não lembro como escreve aquele sobrenome estranho dele. Enfim, um erro gritante. Mas, como eu acredito, era pra ser assim, não? Tudo acontece por alguma razão, no final das contas. Acabo de perceber também que não gosto do nome dele. Pedro. Engraçado, sempre achei bonito. Acho horrível. A duvida é: por causa dele ou por causa do Rabicho? Algo a ser pensado, obviamente.


2010 foi, definitivamente, uma caixinha de surpresas. Um ano cheio de confusão, erros e o melhor – e maior – acerto da minha vida. Vamos registrar de erros somente o óbvio e gritante transtorno alimentar que tive (mesmo com um peso menor do que deveria), a inexistência de uma auto-estima, a coisa do “me achem bonita” e as notas que quase me fizeram repetir de ano. Acho que não precisa de mais, é o suficiente. Aí ele entra.


Chato. Feio. Irritante. Irônico. Insuportável. Defintivamente não era meu tipo. Definitivamente. Um grande amigo. Acho super interessane como ele foi a primeira pessoa a dizer algo do tipo “Dá pra ver que você está mentido”. Não com mentira de um jeito geral. Mas aquela felicidade gritante, aquele sorriso imenso, aquele brilho cor-de-rosa choque com brilinhos. Como já disse, era para ser, afinal de contas. Me lembro como fiquei irritada por não poder dar um presente no aniversário dele. Como fiquei mais de uma hora escrevendo uma cartinha, porque era tudo que eu podia oferecer. Era só o que eu podia oferecer. Cheia de duplos sentidos. Cheia de abertura para ele "chegar” em mim, e – ao mesmo tempo – dizendo que eu não queria nada daquilo. Idiota. Me lembro do churrasco no aniversário dele. Quando chorei meio mundo e ainda borrei meu rímel de brilinho (não tão foderoso quando o atual) na blusa dele. Lembro de como ele me ensinava Literatura. Como eu queria calar a boca dele com um beijo. Como eu gostava da sensação de estar tão atraída por alguém e ao mesmo tempo odiava profundamente a falta de recepção da parte dele. Lembro como eu adorava quando a Iaci falava que estávamos juntos. E como quando eu forcei o sorriso mais falso do mundo quando ele pediu, educadamente, para ela parar – lembro como aquilo simplesmente partiu meu coração. Lembro das conversas sobre filhos – e do “Nossos filhos serão amigos.”. Lembro de ter parado no meio da calçada da Pouso Alegre, em choque (“Porra, como é que ele não tinha entendido AQUELA indireta???”). Lembro do “Você quer uma colher?” – acredite, isso ainda me irrita. Me lembro vagamente dos almoços na casa dele. Lembro da palha italiana branca da Momo antes de uma prova de recuperação. Lembro dele reclamando do preço, e – depois de um bom tempo de peso na consciencia – pensar “Foda-se, ele pode pagar”. (Talvez sem o “foda-se”.). Lembro de conhecer aquele cachorro gigante e ficar morrendo de medo. (Será que você ainda tem medo de cachorro? Imagino que sim. Se eu tenho até hoje...) Lembro do dia no Minas Shopping. De conhecer o Renato. Terno e gravata. Me esperando porque eu tinha demorado. E a preocupação de predujicar ele. O nervosismo. A culpa não foi minha, afinal. E nunca teve problemas, francamente, ele faz o horário de almoço que quiser. (Ainda faz? Se aposentou? Trocou de cargo, pelo menos?). Lembro da Priscila me dizendo que ele gostava de mim. Lembro do quando aquilo parecia impossível. Lembro da carta, na segunda, escrita e entregue antes da prova. Lembro de pedir para ele só ler depois. Lembro de como aquilo era absurdo. Ele era meu amigo. Meu melhor amigo. Meu super melhor amigo. Meu super hiper melhor amigo. Aquilo jamais daria certo. Nós dois jamais daríamos certo. E o que a gente tinha era mágico, precioso e importante demais para ser arriscado. Me lembro do dia seguinte. Da carta dele. Uma chance. O que mais ele poderia pedir? Lembro como aquilo pareceu idiota. Não que ele tinha parecido idiota, mas que não daria certo. Nunca daria certo. Lembro da quarta-feira. Lembro do garoto que eu gostaria de nunca mais ouvir falar, cujo irmão está no meu círculo íntimo. Cuja mãe eu ainda admiro e respeito. (Embora esteja gostando menos dela depois de saber que ela trata a Camilla mal. – Ainda estão juntos? Já casaram?) Lembro do momento que eu subi no ônibus. E percebi que não era aquela vida que eu queria. Pela primeira vez, eu sabia o que eu queria. Foi quando eu percebi que ele estava errado. Bem, eu gostaria que desse certo, naquele momento. Eu percebi que ele era a única pessoa que valia a pena tentar. Mas ele não poderia gostar de mim. A gente não daria certo. E eu acabaria me machucando. Eu não poderia me deixar abrir o suficiente para correr esse risco. E eu sabia que eu correria o risco, se fosse o que era preciso para estar ali. Percebi que eu queria estar ali. Do lado dele. Então, eu só tinha uma saída. Precisava explicar que ele estava errado. Que ele não iria me querer ao lado dele. Precisava fazer ele mudar de idéia. Que ele merecia coisa melhor, que eu não valia a pena, que ele era bom demais para alguém como eu.


Lembro perfeitamente bem de como eu estava nervosa. Lembro de subir as escadas da pizzaria e não achar ele. Descer desesperadamente com medo de ter levado um bolo. E ligar pra ele com a voz mais calma do mundo. Lembro de repasar na minha cabeça a imensa lista dos motivos pelos quais ele não deveria me querer. Lembro do momento em que vi ele. Em como todos os motivos simplesmente sumiram da minha cabeça naquele momento. E em como eu pensei algo bem perto de “Foda-se, eu quero ser feliz!”. Engraçado como lembrar disso meio que faz meus olhos se encherem de lágrimas. Eu errei muito durante a vida, principalmente naquele ano. Mas nunca acertei tão bem acertado quanto como quando eu disse “Sim” para aquele pedido de namoro. Não lembro se cheguei a pensar em como era idiota aceitar namorar com alguém antes de sequer dar um beijo, mas com certeza pensei nisso algum tempo depois. Lembro de como o beijo foi estranho. Como estávamos nervosos. Lembro de pensar algo como “Tudo bem, eu ensino ele depois”. E agora tudo que me vem a cabeça foi a resposta mal educada, debochada e risonha dele, algum tempo depois, provavelmente depois do sexo, “E você achou que ia me ensinar alguma coisa”. Odeio ele. Simplesmente odeio. (E é exatamente por odiar ele que classifico-o como o meu maior e melhor acerto. Sure.). Lembro dos nossos almoços na casa dele. Depois nas tardes em 2011. Lembro das idas à “Feira Hippie” que sempre significava o dia inteiro no Parati. Lembro de tanta coisa, nesse momento, nesse sentido, que poderia ficar até amanhã aqui... Depois disso, tanta coisa aconteceu.... Vamos interromper a parte mega nostálgica e começar a falar das partes ruins.


 


Quando meu pai e a Priscila se separaram pela primeira vez, meu mundo desmoronou. Se ele não estivesse ali, eu não teria aguentado, tenho certeza disso. Mas ele voltaram. E tdo ficou bem. Até que não esteve mais. E eles se separaram novamente. E eu continuei morando com ela, pelos meus irmãos – que na época eram muito mais meus filhos do que qualquer outra coisa. Foi um bom tempo de confusão. Eu pedia para o meu pai me deixar ir morar com ele, ele me pedia para cuidar dos meninos. Meu pai pedia para eu ir morar com ele, eu dizia que precisava cuidar dos meninos. Como eu disse, confuso. Até o dia que eu explodi. Relembrando agora, acho que a primeira vez que ouvi de uma amiga que a minha vida estava errada foi na 7ª série. Mas ele foi a primeira pessoa a não dizer, mas plantar a dúvida. Que a minha vida estava completamente errada, era claro para qualquer um de fora. Mas eu não percebia. Odiava minha vida, mas não achava que estava errada. Até ele aparecer. Depois da explosão, eu senti esperança de verdade, provavelmente pela primeira vez na vida. Quantas vezes eu pensei em fugir de casa? Quantas vezes eu pensei em me matar? E ainda não percebia como tava tudo tão errado...


Acontece que o mundo não é um lugar lindo, maravilhoso e perfeito onde tudo dá certo. Por algum tempo, consegui levar, relevar, entender... Mas quando se trabalha como uma louca, com um chefe extremamente cretino, ganhando uma pensão suficiente, e mesmo assim não pode ter nada, não pode comprar nada, as coisas voltam a ficar complicadas. Existem duas brigas que eu classifico como “Grandes brigas”. A Primeira Grande Briga me rendeu um dedo quebrado. A Segunda Grande Briga me rendeu uma coisa não-física. Um refúgio. Acho interessante como, mesmo depois da Segunda Grande Briga, eu continuei lá. Diferente, claro, jamais seria do mesmo jeito. Mas eu estava lá. Demorou um bom tempo até eu aceitar, ou admitir pra mim mesma, que eu não morava mais lá. Me lembro de tantas coisas ruins que poderiam entrar aqui, mas eu não quero falar delas. Espero que você tenha basicamente apagado-as da memória. Quero falar dela. De como eu nao fazia a menor idéia de como enrolar cabelo, e no final já conseguia fazer só com grampos. De quando eu chegava do trabalho extremamente irritada e colocava um falso sorriso no rosto, que não demorava muito pra virar um verdadeiro. Por causa dela. De esperança. De me preocupar com ela mais do que eu já preocupei com qualquer outro. Quero te lembrar, embora duvide que você tenha esquecido, que ela é (no presente, sim) a pessoa mais maravilhosa que você conheceu. Ahh, sim, ele é maravilhoso, mas não como ela. Não sei se você lembra, mas ela foi seu primeiro exemplo de “o que fazer” quando você só tinha exemplos de “o que não fazer”. Quero que se lembre de como ela cozinhava foderosamente bem, de como ela gostava de você, de onde ela saiu e de onde ela chegou. Não, ninguém é perfeito, tenho certeza disso, mas eu tenho certeza de que você jamais conhecerá alguém como ela. Lembre-se sempre do carinho que você tinha, do respeito, do amor que você tinha. Lembre-se do quanto qualquer coisa que digam sobre você que remeta minimamente à ela, te deixam mais orgulhosa do que qualquer outra coisa. Lembre-se do quanto você se orgulha ao pensar que ela poderia se orgulhar de você. Ahhh, eu estou ficando emotiva...


Então vamos passar para o próximo assunto, viu?


Eu tô louca pra chegar no presente e começar depois a fazer perguntas loucas. Mas eu preciso falar de outra história primeiro. A história mais novelesca da minha vida. Sim, eu estou falando dela. Como vocês estão? Espero que tão bem ou melhores do que estamos hoje! Eu corro aí pra puxar sua orelha se não! Como começar a falar sobre ela? E sobre tudo que vem com ela? Já sei! Dos pseudo-banhos de banheira com mil bichinhos. Ovo cozido com a gema mole naquele suporte. Bigadeiro de colher. Pular na cama. Aquele cachorrinho branco. A Três Lobos. É bem interessante quando você para e pensa nas voltas que o mundo dá. Eu poderia gastar horas falando sobre isso tudo, mas acho que você sabe tão bem quanto eu como foi. Então, vamos passar para o presente.


Hoje eu estou praticamente casada – ainda, pra deixar claro –, estou com muita falta de vergonha na cara de estudar, de fazer exercícios e comendo muito mal. Estou com o dobro de peso – ou mais – do que quando começamos a namorar, com um péssimo condicionamento físico, e ando fumando cerca de  um maço por dia. Amo a minha cunhadinha, que está namorando aquele cara ainda, me irrito mil vezes por encontro com ela, mas já aceitei que o que quer que esteja acontecendo, é porque tem que acontecer, então não estou mais dando pitaco na vida dela. Passo praticamente todo o tempo acordada sentada no sofá com meu segundo notebook. Estou no quarto celular desde que “fugi de casa” – ou será no quinto? Ainda quero um Iphone por causa das capinhas, leio mais livros do que qualquer pessoa normal. Voltei a ler fics, ganhei uma grande amiga com uma delas – espero que ainda seja amiga da Ju! Quero mais e mais livros cada vez mais. Viciei no jogo CriminalCase, desviciei. Continuo jogando buraco contra um robô e me parabenizando por ganhar dele de lavada. Tenho quatro monstrinhos em casa: Frajola, Ned, Vader e Draco, em ordem de chegada. Cada um mais perfeito do que o outro, mais bagunceiro do que o outro, mais carinhoso do que o outro e com mais apelidos bizarros do que o outro.


 


Quanto à ele. Continuo me apaixonando cada vez mais, cada dia mais, cada momento mais. Continuo achando que ele tem o sorriso mais lindo do mundo, que é o meu maior e melhor acerto, planejando o futuro, com filhos, netos e o que mais vier. As coisas pequenas e bobas me deixam apaixonada. Um cigarro acendido, um carinho inesperado, o tapete do banheiro dobrado... Adoro como ele me convence a fazer o que eu não quero quando é exatamente aquilo que eu preciso. Como ele encerra um momento pós-briga com um carinho. Como ele compra coisas pra mim, mesmo eu reclamando meio mundo sobre isso, porque ele sabe que eu quero, ou que eu preciso, ou simplesmente que eu mereço. Como ele, apesar de achar bobo, entende que os livros significam muito pra mim. E não queria dizer, mas preciso, como o sexo é simplesmente muito bom. Esse ano passaremos o nosso Natal pela primeira vez. Na verdae, não tecnicamente, vamos passar com a minha cunhada, mas é a nossa primeira decoraçao de Natal. É estranho planejar o Natal, sem ser “comunicado” por alguém sobre o que você fará. Já se acostumou com isso? Ainda não sei o que, ou por quê eu tive tanta sorte em ter ele comigo. Você ainda se sente completa com ele? Ainda sente aquele calor quando ele sorri? Ainda ama aquela cara de menino levado pego no flagra? Espero que tenha se apaixonado cada dia mais, assim como eu.


 


Meus planos para o futuro? Meus planos para você, ao ler essa carta? Felicidade.


 


Que você tenha parado de esperar a tempestade quando vem a bonança. Plenitude. Esperança. Força. Vontade. Força de vontade.


 


Em aspectos menos gerais: que vocês tenham passado em um bom concurso (ou bons concursos), que estejam casados civilmente e planejando aquele super casamento (ou que já tenham realizado ele), que você tenha um relacionamento bom – no mínimo – com aquele que me traz tanto frio na barriga hoje, que você esteja indo mais na casa dos seus avós, que ele não tenha afastado a família, que vocês estejam em uma linda cobertura, com os monstrinhos. Que você já tenha um herdeiro ou herdeira, que esteja grávida, ou com planos sólidos para eles – o que, eu resumo, significa “Que você tenha tranquilidade para ter eles”. Que você esteja ganhando bem, que ajude Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado enquanto ele quiser a sua ajuda. Que você ajude o próximo, que esteja mais “bem esclarecida” do que eu. Que você tenha uma auto-estima melhor do que a minha (o que já é bastante se compararmos com 2010, não é mesmo?), que você esteja mais magra, mais saudável e mais bem cuidada, como deveria ser hoje. Que todo mundo que eu quero no meu casamento, esteve lá. Que você não perca a amizade da sua cunhada. Que você não esqueça que, de metida, você só tem cara e jeito. Que você não tenha mais voz e cara de criança. Que você não tenha esquecido os pequenos prazeres da vida, como um pao com ovo ou com queijo e mortadela. Que tenha feito pelo menos uma grande viagem. Que tenha voltado a Londres. Que tenha conhecido Paris. Que tenha planos de ir para Orlando.


 


Eu tenho um único desejo que pode resumir todos esses: que você esteja feliz. Daquele jeito que pensávamos, durante a adolescência, que sempre seria impossível.


 


Vamos às milhares de perguntas:


Babi ainda está com o Rama?


Korea e Camilla ainda estão juntos? E a Adriana, melhorou? Danilo achou alguém? Evandro achou alguém? Chegou a conhecer a tal da Malu? Renato aposentou? Mudou de cargo? Separou? Como vão seus avós? E seus avós emprestados? Já chamou eles de avós? E seu pai? Sua mãe? Seus irmãos? Já passou em um concurso? Já resolveu o que fazer na faculdade? Já começou a faculdade? Já foi ao médico? Já emagreceu? Já virou mãe? Já virou titia? Ainda é amiga da Ju? Ainda escreve? Ainda lê? Já começou a escrever seu livro? Já comprou alguma edição diferente de Harry Potter? Já chegou aos 100 livros? Já acabou com seu Animalle? Já comprou a Circolo? Tem um 64 na sua casa? Conseguiu jogar Crash? Já fez uma grande viagem ou ao menos tem planos concretos para ir? Ainda gosta da Taylor? Já estabeleceu uma tradição de Natal/Ano Novo? Já foram para Cabo Frio? Nik continua um amorzinho?


 


 


Com absolutamente todos os meus fotos de felicidade,


Eu


 


 


 


 


Belo Horizonte, 03 de Dezembro de 2014.


 

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