O Nôitibus Andante



– O Nôitibus Andante.


– Pelo menos ele não vai ficar perdido por ai. – Tiago disse para acalmar Lily – Tenho certeza de que vão levá-lo para um lugar seguro.
    Sirius pigarreou limpando a garganta antes de começar a ler.


Harry já estava bem distante quando se largou em cima de um muro baixo na Rua Magnólia, uma rua curva de prédios geminados, ofegante com o esforço de arrastar o malão. Sentou-se muito quieto, ainda espumando de raiva, escutando o galope desenfreado do seu coração.
Mas depois de uns dez minutos sozinho na rua escura, uma nova emoção se apoderou dele: o pânico. De qualquer maneira que considerasse o caso, ele nunca se vira em situação pior. Estava perdido, sozinho, no escuro mundo dos trouxas, absolutamente sem ter aonde ir. E o pior era que acabara de executar um feitiço sério, o que significava que quase certamente seria expulso de Hogwarts. Violara tão flagrantemente o decreto que limitava o uso da magia por menores, que se surpreendeu que os representantes do Ministério da Magia não tivessem caído em cima dele ali mesmo.


– Você deve ter conseguido sair segundos antes de eles chegarem. – Remo disse preocupado – Devem ter esvaziado aquela bruaca e apagado a memória dela.
– Pelo menos os Dursley vão lembrar disso, e não vão mais ter coragem de te tratar mal... – Sirius disse pensativo.
– Mas não acho que vá ser expulso. – Tiago disse dando de ombros – O normal seria uma audiência disciplinar e um aviso... – Tiago de repente deu um tapa na própria testa – Sabia que tinha que ter forçado o trouxa a assinar o formulário antes!
– Então Harry não vai poder ir a Hogsmead... – Alice falou pesarosa.
– Ele poderia ir se tivesse... – Tiago falou encarando Sirius e Remo significativamente. Lily, Frank, Alice, Neville e Severo olharam para ele confusos.
– Mas ele não o tem. Queria saber com quem está. – Sirius disse com um suspiro.
– Mas é dele por direito. – Tiago disse chateado – Ele é meu herdeiro.
– Só se eu, o Sirius e o Pedro estivermos mortos. – Remo disse dando de ombros – Se não é nosso por direito... Mas eu abriria mão para o Harry poder tê-lo...
– Eu também. – Sirius disse categórico.
– Do que vocês estão falando? – Lily gritou irritada.
– De nada! – Tiago disse com pressa – Sirius, continue lendo.


Harry estremeceu e olhou para os dois lados da Rua Magnólia. O que ia lhe acontecer? Seria preso ou simplesmente banido do mundo dos bruxos? Ele pensou em Rony e em Hermione, e seu coração ficou ainda mais apertado. Harry tinha certeza de que, fosse criminoso ou não, Rony e Hermione iriam querer ajudá-lo agora, mas os dois estavam no exterior e, com Edwiges ausente, ele não tinha meios de entrar em contato com os amigos.


– Pelo menos você sabe que somos seus amigos de verdade e nunca te abandonaríamos. – Hermione disse sorrindo para Harry.
– Isso é um grande avanço se for comparar com o inicio do outro livro... – Rony disse dando de ombros.


E tampouco tinha dinheiro dos trouxas. Havia um ourinho na carteira que guardara no fundo do malão, mas o resto da fortuna que seus pais tinham lhe deixado estava depositado em um cofre do banco dos bruxos em Londres, o Gringotes. Ele jamais conseguiria arrastar o malão até Londres. A não ser que...
Ele olhou para a varinha que ainda mantinha segura na mão.
Se já fora expulso (seu coração agora batia dolorosamente depressa), um pouco mais de magia não iria fazer mal algum. Tinha a Capa da Invisibilidade que herdara do pai — e se encantasse o malão para torná-lo leve como uma pena, o amarrasse à vassoura e voasse até Londres? Então poderia retirar o resto do seu dinheiro do cofre e... Começar uma vida de proscrito. Era uma perspectiva terrível, mas não podia ficar sentado naquele muro para sempre, ou ia acabar tendo que explicar à polícia dos trouxas o que estava fazendo ali, na calada da noite, com um malão cheio de livros de bruxaria e uma vassoura.


– Essa é uma ideia completamente digna de um maroto. – Frank disse rindo – Tem tudo para dar errado.


Harry tornou a abrir o malão e empurrou as coisas para um lado à procura da Capa da Invisibilidade — mas antes de apanhá-la, endireitou o corpo de repente e olhou mais uma vez a toda a volta.
Um formigamento estranho na nuca o fizera sentir que estava sendo observado, mas a rua parecia deserta e não havia luz nos grandes prédios quadrados.
Ele tornou a se curvar para o malão, mas quase imediatamente se endireitou, a mão apertando a varinha. Não ouvira, sentira uma coisa: alguém ou alguma coisa estava parado no estreito vão entre a garagem e a grade atrás dele. Harry apertou os olhos para enxergar melhor a passagem escura. Se ao menos aquilo se mexesse, então ele saberia se era apenas um gato sem dono ou... Outra coisa qualquer.


– Cinco minutos sozinho e já está em perigo... – Lily disse com um tremor.
– Não acho que ele esteja em perigo. – Tiago disse pensativo – Se fosse algo querendo fazer mal a ele já teria feito, ele está ali completamente sozinho...


— Lumus — murmurou Harry, e apareceu uma luz na ponta de sua varinha, que quase o cegou. Ele levantou a varinha acima da cabeça e as paredes incrustadas de seixos do nº. 2, de repente, faiscaram; a porta da garagem reluziu e entre as duas Harry viu, com muita clareza, os contornos maciços de alguma coisa muito grande com olhos enormes e brilhantes.
Harry recuou. Suas pernas bateram no malão e ele tropeçou. A varinha voou de sua mão quando ele abriu os braços para amortecer a queda, e aterrissou com toda a força na sarjeta.
Ouviu-se um estampido ensurdecedor e Harry ergueu as mãos para proteger os olhos da luz repentina e ofuscante...


– Você chamou o Nôitibus sem querer. – Alice disse.
– O que me preocupa é, o que era aquela coisa grande e maciça com olhos enormes e brilhantes atrás dele? – Lily disse preocupada.
– Devia ser um cachorro. – Tiago disse, estranhamente, sorrindo satisfeito.


Com um grito, ele rolou para cima da calçada bem em tempo. Um segundo depois, dois faróis altos e dois gigantescos pneus pararam cantando exatamente no lugar em que Harry estivera caído. As duas coisas pertenciam, Harry viu quando ergueu a cabeça, a um ônibus de três andares, roxo berrante, que se materializara do nada.
Letras douradas no para-brisa informavam: O Nôitibus Andante.
Por uma fração de segundo, Harry ficou imaginando se o tombo o teria deixado abobado. Então, um condutor de uniforme roxo saltou do ônibus para anunciar em altas vozes aos ventos da noite:
— Bem-vindo ao ônibus Nôitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos. Basta esticar a mão da varinha, subir a bordo e podemos levá-lo aonde quiser. Meu nome é Stanislau Shunpike, Lalau, e serei seu condutor por esta noi...
Lalau parou abruptamente. Acabara de avistar Harry que continuava sentado no chão. O menino recuperou a varinha e ficou de pé como pôde.
Aproximando-se, viu que Lalau era apenas alguns anos mais velho que ele, tinha dezoito ou dezenove anos no máximo, grandes orelhas de abano e uma grande quantidade de espinhas.
— Que é que você estava fazendo aqui? — perguntou Lalau, pondo de lado sua pose profissional.
— Caí — respondeu Harry
— E por que foi que você caiu? — caçoou Lalau.
— Não caí de propósito — respondeu Harry, incomodado. Uma perna de seu jeans se rasgara e a mão que ele estendera para aliviar a queda estava sangrando. De repente ele se lembrou por que caíra e se virou depressa para o lado para ver a passagem entre a garagem e a cerca. Os faróis do Nôitibus agora a inundavam de luz e ela estava vazia.


– O que quer que fosse o Nôitibus espantou. – Frank disse aliviado.


— Que é que você está olhando? — perguntou Lalau.
— Havia uma coisa grande e escura — respondeu Harry, apontando hesitante para a abertura. — Parecia um cachorro... Mas enorme...


    Sirius fez uma pausa na leitura para encontrar os olhos de Remo e Tiago. Tiago sorria satisfeito. Os três pensavam o mesmo.
– Por que está sorrindo assim? – Lily perguntou a Tiago em um sussurro. 
– Estou com um bom pressentimento. – Tiago disse sem explicar muito, e em seguida fez sinal para que Sirius continuasse lendo.


Harry olhou para Lalau, cuja boca estava entreaberta. Com um certo constrangimento, Harry viu o seu olhar se deter na cicatriz de sua testa.
— Que é que é isso na sua testa? — perguntou Lalau de repente.
— Nada — apressou-se a dizer Harry, achatando os cabelos em cima da cicatriz. Se os funcionários do Ministério da Magia estivessem à sua procura, ele não ia facilitar a vida deles.
— Qual é o seu nome? — insistiu Lalau.
— Neville Longbottom — respondeu Harry com o primeiro nome que lhe veio à cabeça.


– Meu nome foi o primeiro que lhe veio à cabeça? – Neville perguntou espantado.
– Por que é sempre bom usar o nome do meu filho quando você acha que está sendo perseguido pelo ministério... – Alice disse irônica.
– Ele não queria prejudicar o Neville... – Frank disse dando de ombros – Deve ter pensado nele primeiro por que se falasse Weasley iam estranhar a falta de cabelos ruivos...


— Então... Este ônibus — emendou ele depressa na esperança de desviar a atenção do rapaz — você disse que vai a qualquer lugar?
— Isso aí — respondeu Lalau orgulhoso —, qualquer lugar que você queira desde que seja em terra. É imprestável debaixo da água. Aqui — disse ele outra vez desconfiado —, você fez sinal para a gente parar, não fez? Esticou a mão da varinha, não esticou?
— Claro — confirmou Harry depressa. — Escuta aqui, quanto custaria me levar até Londres?
— Onze sicles, mas por catorze você ganha chocolate quente e por quinze um saco de água quente e uma escova de dentes da cor que você quiser.


– Não vale a pena pagar pelo chocolate quente. – Remo aconselhou – Com os trancos do ônibus metade do conteúdo da xícara vai parar na sua roupa...
– Eu ouviria o conselho de Remo. – Tiago disse com um sorriso – Ele é especialista em chocolate.


Harry remexeu outra vez no malão, tirou a bolsa de dinheiro, e empurrou um ourinho na mão de Lalau. Ele e o rapaz então ergueram o malão, com a gaiola de Edwiges equilibrada na tampa, e subiram no ônibus.
Não havia lugares para a pessoa sentar; em vez disso havia meia dúzia de estrados de latão ao longo das janelas protegidas por cortinas.
Ao lado de cada cama, ardiam velas em suportes, que iluminavam as paredes revestidas de painéis de madeira. Na traseira do ônibus, uma bruxa miúda usando touca de dormir murmurou:
— Agora não, obrigada, estou fazendo uma conserva de lesmas. — E voltou a adormecer.
— Você fica com essa aí — cochichou Lalau, empurrando o malão de Harry para baixo da cama logo atrás do motorista, que se achava sentado em uma cadeira de braços diante do volante. 
Este é o nosso motorista, Ernesto Prang. Este aqui é o Neville Longbottom, Ernesto.
Ernesto Prang, um bruxo idoso que usava óculos de grossas lentes, cumprimentou com um aceno de cabeça o novo passageiro, que tornou a achatar nervosamente a franja contra a testa e se sentou na cama.
— Pode mandar ver, Ernesto — disse Lalau, sentando-se na cadeira ao lado do motorista.
Ouviu-se mais um estampido assustador e, no instante seguinte, Harry se sentiu achatado contra a cama, atirado para trás pela velocidade do Nôitibus. Endireitando-se, o menino espiou pela janela escura e viu que agora deslizavam suavemente por uma rua completamente diferente. Lalau observava o rosto surpreso de Harry achando muita graça.
— Era aqui que a gente estava antes de você fazer sinal para o ônibus parar — disse ele. — Onde é que nós estamos, Ernesto? Em algum lugar do País de Gales?
— Hum-hum — respondeu o motorista
— Como é que os trouxas não ouvem o ônibus? — perguntou Harry.
— Os trouxas! — exclamou Lalau com desdém. — E eles lá escutam direito? E também não enxergam direito. Nunca reparam em nada, não é mesmo?


– Não gostei nada desse Lalau. – Lily bufou cruzando os braços sobre o peito – Ele age como se trouxas fossem imbecis... Quando na verdade é o ministério que se esforça para que os trouxas não descubram nada... 
– Sabemos disso, Lily. – Tiago falou acariciando os cabelos de Lily com um ar risonho, a garota aconchegou-se um pouco melhor no colo do Maroto, o que deixou Severo completamente desconfortável.


— É melhor ir acordar Madame Marsh, Lalau — disse Ernesto. — Vamos entrar em Abergavenny dentro de um minuto.
Lalau passou pela cama de Harry e desapareceu por uma estreita escada de madeira. Harry continuou a espiar pela janela, sentindo-se mais nervoso a cada hora.
Ernesto não parecia ter dominado o uso do volante. O Nôitibus a toda hora subia na calçada, mas não batia em nada; os fios dos lampiões, as caixas de correio e as latas de lixo saltavam fora do caminho quando o ônibus se aproximava e tornavam à posição anterior depois de ele passar Lalau voltou do primeiro andar, seguido de uma bruxa meio esverdeada e embrulhada em uma capa de viagem.
— Chegamos, Madame Marsh — exclamou Lalau alegremente, enquanto Ernesto metia o pé no freio e as camas deslizavam bem uns trinta centímetros para a dianteira do ônibus. Madame Marsh cobriu a boca com um lenço e desceu as escadas, titubeante. Lalau atirou a mala para ela e bateu as portas do ônibus; ouviu-se novo estampido, e o veículo saiu roncando por uma estradinha do interior, fazendo as árvores saltarem de banda.
Harry não teria conseguido dormir mesmo se estivesse viajando em um ônibus que não produzisse tantos estampidos e saltasse um quilômetro e meio de cada vez, seu estômago deu muitas voltas quando ele tornou a refletir no que iria lhe acontecer, e se os Dursley já teriam conseguido tirar tia Guida do teto.
Lalau abrira um exemplar do Profeta Diário e agora o lia mordendo a língua. Um homem de rosto encovado, e cabelos longos e embaraçados piscou devagarinho para Harry em uma grande foto na primeira página. Pareceu-lhe estranhamente familiar.
— Esse homem! — exclamou Harry, esquecendo-se por um momento dos próprios problemas. — Ele apareceu no noticiário dos trouxas!


– O Black que fugiu da prisão? – Tiago perguntou confuso.
– Mas se ele está no Profeta Diário deve ser um bruxo. – Frank disse olhando para Sirius com cuidado.
– Agora temos certeza de que é algum parente seu... – Alice disse preocupada.
– Não há muitos homens com o sobrenome Black... – Sirius disse aflito – Acho que só eu e meu irmão, se fosse meu pai ou meu tio chamariam de velho...


Lalau virou para a primeira página e deu uma risadinha.
— Sirius Black — disse, confirmando com a cabeça.


    Sirius parou de ler confuso.
– Então isso significa que eu sou um fugitivo? – ele perguntou coçando a cabeça.
– Mas por que você foi preso? – Lily perguntou temerosa – O que será que você fez?
– O que quer que tenha feito, tenho certeza de que tinha motivo. – Tiago disse sério e olhou em volta desafiando qualquer um a contradizê-lo.
– Mas ninguém nunca fugiu de Azkaban... – Frank disse impressionado.
    Severo não se conteve e deu um sorriso desdenhoso a Sirius. Mesmo tendo sido acusado de várias coisas, nunca havia sido preso.


— Claro que apareceu no noticiário dos trouxas, Neville, por onde você tem andado? — E deu uma risadinha de superioridade ao ver o olhar vidrado no rosto de Harry; rasgou a primeira página e entregou-a ao garoto.
— Você devia ler mais jornal.
Harry ergueu a página diante da luz e leu:
BLACK AINDA FORAGIDO
Sirius Black, provavelmente o condenado de pior fama já preso na fortaleza de Azkaban, continua a escapar da polícia, confirmou hoje o Ministério da Magia.
— Estamos fazendo todo o possível para recapturar Black — disse o Ministro da Magia, Cornélio Fudge, ouvido esta manhã. — E pedimos à comunidade mágica que se mantenha calma.
Fudge tem sido criticado por alguns membros da Federação Internacional de Bruxos por ter comunicado a crise ao Primeiro-Ministro dos Trouxas.
— Bem, na realidade, eu tinha que fazer isso ou vocês não sabem? — comentou Fudge irritado. — Black é doido. É um perigo para qualquer pessoa que o aborreça, seja bruxo ou trouxa. — O Primeiro-Ministro me garantiu que não revelará a verdadeira identidade de Black. E vamos admitir, quem iria acreditar se ele revelasse?”


– Sirius não é doido. – Remo disse nervoso.
– Mas é perigoso. – Severo disse chamando a atenção de todos – Ou vocês esqueceram a brincadeirinha mortal dele no ano passado?
    Tiago deu a Severo um olhar enregelante. 
– Sirius cometeu um erro, foi só. – Tiago gritou irritado – Ele não é perigoso, muito menos doido.


Enquanto os trouxas foram informados apenas de que Black está armado (com uma espécie de varinha de metal que os trouxas usam para se matar uns aos outros), a comunidade mágica vive no temor de um massacre como o que ocorreu há doze anos, quando Black matou treze pessoas com um único feitiço.


    Sirius fez uma nova pausa, não conseguia acreditar no que havia acabado de ler. Ele havia matado treze pessoas? Por que ele faria isso?
    Frank e Alice se entreolharam temerosos, nunca imaginaram que Sirius faria aquilo.
    Tiago era o único dos que não conhecia a história que confiava completamente que Sirius não tinha matado aquelas pessoas, ou que se realmente as tinha matado, havia feito isso por um bom motivo. Tiago olhou para Sirius confiante. O que deu a Sirius a força que ele precisava para continuar lendo.


Harry olhou bem dentro dos olhos sombrios de Sirius Black, a única parte do rosto encovado que parecia ter vida. O menino jamais encontrara um vampiro, mas vira fotos nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, e Black, com a pele branca como cera, se parecia muito com um.


– Eu não pareço um vampiro. – Sirius falou com a voz ligeiramente rouca.
– Pelo visto você passou doze anos em Azkaban, – Remo falou calmo – deve ter emagrecido demais...
– Doze anos, não é? – Tiago disse de repente como se só tivesse prestado atenção àquilo naquele momento – Então você teria matado treze pessoas logo depois de eu e a Lily morrermos...
– Parece que sim... – Sirius disse pensativo.
– No que está pensando? – Lily perguntou a Tiago com calma, ele parecia completamente absorto.
– Que isso deve ter algo haver com nossa morte... – Tiago disse com um suspiro – Sirius foi quem emprestou a Hagrid a moto para levar Harry para os Dursley, então deve ter acontecido depois disso...
– Pelo menos agora eu sei por que não arranquei Harry daqueles trouxas nojentos. – Sirius disse com um suspiro.
– Acho que já sabemos então quem é o prisioneiro de Azkaban... – Alice disse em um sussurro.


— Carinha sinistro, não é mesmo? — comentou Lalau, que estivera observando Harry enquanto lia.
— Ele matou treze pessoas? — admirou-se Harry, devolvendo a página a Lalau. — Com um feitiço?
— É isso aí, bem na frente de testemunhas e tudo. Em plena luz do dia. Armou uma confusão do caramba não foi, Ernesto?
— Hum-hum — confirmou Ernesto sombriamente.
Lalau girou a cadeira de braços, cruzou as mãos às costas, a fim de olhar melhor para Harry.
— Black foi um grande partidário de Você-Sabe-Quem — disse ele.


– Isso é impossível! – Tiago gritou revoltado – Sirius nunca seria partidário de Voldemort!
– Não mesmo! – Sirius disse tremendo – Nunca!
– Tem algo muito errado nisso! – Tiago continuava gritando – Sirius é inocente, espero que o livro mostre isso.
– Calma. – Lily disse segurando o braço de Tiago com carinho.
    Severo se via obrigado a concordar com Tiago mais uma vez, afinal duvidava completamente que Sirius fosse um comensal da morte.


— De quem, do Voldemort? — disse Harry sem pensar.
Até as espinhas de Lalau ficaram brancas; Ernesto deu tal golpe de direção que uma casa de fazenda inteira teve que saltar para o lado para fugir do ônibus.
— Você ficou maluco? — gritou Lalau. — Pra que foi que você foi dizer o nome dele?
— Desculpe — apressou-se a dizer Harry. — Desculpe, eu... me esqueci...
— Se esqueceu! — exclamou Lalau com a voz fraca. — Caramba, meu coração até desembestou...
— Então... então Black era partidário de Você-Sabe-Quem? — repetiu Harry como se pedisse desculpas.
— E é — confirmou Lalau, ainda esfregando o peito. – É, é isso aí. Dizem que era muito chegado ao Você-Sabe-Quem... Em todo o caso, quando o pequeno Harry Potter levou a melhor sobre Você-Sabe-Quem...
Harry, nervoso, achatou a franja na testa outra vez.
— ... Todos os partidários de Você-Sabe-Quem foram caçados, não foi assim, Ernesto? A maioria deles sacou que estava tudo acabado, Você-Sabe-Quem tinha desaparecido e o pessoal ficou na moita. Mas o Sirius Black, não. Ouvi dizer que ele achou que ia ser o vice quando Você-Sabe-Quem assumisse o poder. Em todo o caso, eles cercaram Black no meio de uma rua cheia de trouxas e o cara puxou a varinha e explodiu metade da rua, atingiu um bruxo e mais uma dúzia de trouxas que estavam no caminho. Uma coisa horrorosa! E sabe o que foi que o Black fez depois? — Lalau continuou num sussurro teatral.


– Essa história toda é ridícula! – Tiago disse tremendo de raiva – Nada disso faz sentido, Sirius não é nem um pouco próximo de Voldemort!
    Severo não abriria a boca para falar aquilo, mas Tiago tinha razão.


— Quê? — perguntou Harry.
— Deu uma gargalhada. Ficou ali parado dando gargalhadas. E quando chegaram os reforços do Ministério da Magia, ele acompanhou os caras sem a menor reação, rindo de se acabar. Porque ele é maluco, não é, Ernesto? Ele não é maluco?


– Nada disso faz o mínimo sentido, – Tiago gritou colocando as duas mãos na cabeça nervoso – se Sirius fosse aliado à Voldemort por que ele se entregaria ao Ministério?
– Realmente não faz muito sentido... – Remo disse pensativo.
– Estão dizendo que ele é maluco, não é? – Alice murmurou apenas para Frank e Neville, não tinha coragem de falar aquilo alto o bastante para Tiago ouvir.


— Se ele ainda não era quando foi para Azkaban, agora é — comentou Ernesto com sua voz arrastada. — Eu preferia estourar os miolos a pisar naquele lugar. Mas acho que é bem feito... Depois do que ele aprontou...
— Tiveram uma trabalheira para abafar o caso, não foi, Ernesto? — disse Lalau. — Ele mandou a rua antiga para o espaço e matou todos aqueles trouxas. Que foi mesmo que falaram que tinha acontecido, Ernesto?
— Explosão de gás — resmungou Ernesto.
— E agora ele anda solto por aí — continuou Lalau, examinando mais uma vez a cara encovada de Black na foto do jornal. — Ninguém nunca fugiu de Azkaban antes, não é mesmo, Ernesto? Não sei como foi que ele fez isso. É de apavorar, hein? E olha só, não acho que ele tivesse muita chance contra aqueles guardas de Azkaban, hein, Ernesto? — Ernesto sentiu um arrepio repentino.
— Vamos mudar de assunto, Lalau. Esses guardas de Azkaban me dão até dor de barriga.
Lalau largou o jornal com relutância e Harry se encostou na janela do Nôitibus, sentindo-se pior que nunca. Não podia deixar de imaginar o que Lalau iria contar aos passageiros nas próximas noites... "Você soube o que aconteceu com aquele Harry Potter? Mandou a tia pelos ares! Ele viajou aqui no Nôitibus com a gente, não foi mesmo, Ernesto? Estava tentando se mandar...”
Ele, Harry Potter, tinha infringido as leis dos bruxos igualzinho ao Sirius Black. Fazer tia Guida virar balão seria suficiente para ir parar em Azkaban?


– Nem perto disso. – Sirius disse olhando para Harry com um meio sorriso.


Harry não sabia nada sobre a prisão dos bruxos, embora todo mundo que ele já ouvira falar daquele lugar o fizesse no mesmo tom de medo. Hagrid, o guarda-caça de Hogwarts, passara dois meses lá ainda no ano passado. Harry jamais esqueceria a expressão de terror no rosto do amigo quando lhe disseram aonde ia, e Hagrid era uma das pessoas mais corajosas que Harry conhecia.
O Nôitibus corria pela escuridão, espalhando para todo o lado moitas de plantas, latas de lixo, cabines telefônicas e árvores, e Harry continuava deitado, inquieto e infeliz, em sua cama de penas. Passado algum tempo, Lalau se lembrou de que Harry pagara pelo chocolate quente, mas derramou-o no travesseiro do garoto quando o ônibus passou bruscamente de Anglesca para Aberdeen.


– Eu bem que falei... – Remo disse com um suspiro.


Um a um, bruxos e bruxas de roupa de dormir e chinelos desceram dos andares superiores e desembarcaram do ônibus. Todos pareciam satisfeitos de descer.
Finalmente, Harry foi o único passageiro que restou.
— Muito bem, então, Neville — disse Lalau, batendo palmas —, que lugar de Londres você vai ficar?
— No Beco Diagonal — respondeu Harry.
— É pra já. Segura firme aí...
BANGUE.
E na mesma hora o Nôitibus estava correndo pela Rua Charing Cross como uma trovoada. Harry se sentou e ficou observando os edifícios e bancos se espremerem para sair do caminho do veículo. O céu estava um pouquinho mais claro.
Ele tentaria passar despercebido por umas duas horas, iria ao Gringotes no instante em que o banco abrisse, depois iria embora — para onde, ele não sabia muito bem.
Ernesto fincou o pé no freio e o Nôitibus parou derrapando diante de um bar pequeno e de aparência malcuidada, o Caldeirão Furado, nos fundos do qual havia a porta mágica para o Beco Diagonal.
— Obrigado — disse Harry a Ernesto.
Ele desceu os degraus com um pulo e ajudou Lalau a descer o malão e a gaiola de Edwiges para a calçada.
— Bem — disse Harry. — Então, tchau!
Mas Lalau não estava prestando atenção. Ainda parado à porta do ônibus, arregalava os olhos para a entrada sombria do Caldeirão Furado.
— Ah, aí está você, Harry — exclamou uma voz.


– É claro que alguém iria te encontrar... – Lily disse com um suspiro.
– Deve ser alguém do ministério... – Alice disse dando de ombros.


Antes que Harry pudesse se virar, sentiu uma mão segurá-lo pelo ombro. Ao mesmo tempo, Lalau gritou:
— Caramba! Ernesto corre aqui! Corre aqui!
Harry ergueu a cabeça para o dono da mão em seu ombro e teve a sensação de que um balde de gelo estava virando dentro do seu estômago — desembarcara diante de Cornélio Fudge, o Ministro da Magia em pessoa.


    Frank bufou. 
– Não é um pouco de exagero o Ministro ir resolver um caso de magia praticada por menor pessoalmente? – Severo perguntou pensativo.
– Talvez seja apenas por que é o Harry, ele é famoso e tudo mais. – Alice disse dando de ombros, mais preocupada com o Sirius ser um assassino do que com quem havia encontrado Harry.


Lalau saltou para a calçada, ao lado deles.
— Que nome foi que o senhor chamou Neville, ministro? — perguntou ele excitado.
Fudge, um homenzinho gorducho, vestindo uma longa capa de risca de giz, parecia enregelado e exausto.
— Neville? — repetiu ele, franzindo a testa. — Este é Harry Potter.— Eu sabia! — gritou Lalau radiante. — Ernesto! Ernesto! É o Harry Potter! Estou olhando para a cicatriz dele!
— Bem — disse Fudge, irritado —, muito bem, fico satisfeito que o Nôitibus tenha apanhado o Harry, mas ele e eu precisamos entrar no Caldeirão Furado agora...
Fudge aumentou a pressão no ombro de Harry, e o menino sentiu que estava sendo conduzido para o interior do bar. Um vulto curvo segurando uma lanterna apareceu à porta atrás do balcão. Era Tom, o dono encarquilhado e sem dentes do bar-hospedaria.
— O senhor o encontrou, ministro! — exclamou Tom. — Quer alguma coisa para beber? Cerveja? Conhaque?
— Talvez um bule de chá — disse Fudge, que continuava segurando Harry.
Ouviram-se passos que arranhavam o chão e gente ofegante atrás deles, e Lalau e Ernesto apareceram, carregando o malão de Harry e a gaiola de Edwiges, olhando para os lados, excitados.
— Por que é que você não nos disse quem era, hein, Neville? — disse Lalau sorrindo, radiante, para Harry, enquanto o cara de coruja do Ernesto espiava muito interessado por cima do ombro do ajudante.
— E uma sala reservada, por favor, Tom — pediu Fudge enfaticamente.
— Tchau — disse Harry, infeliz, a Lalau e Ernesto, enquanto Tom encaminhava Fudge, com um gesto, para um corredor que se abria atrás do bar.
— Tchau, Neville! — disse Lalau se retirando.


– Esse cara tem problemas... – Lily disse revirando os olhos – O Ministro já falou que é o Harry, e ele continua chamando ele de Neville...


Fudge conduziu Harry por um corredor estreito, acompanhando a lanterna de Tom, até uma saleta. Tom estalou os dedos, um fogo se materializou na lareira, e, fazendo uma reverência, ele se retirou do aposento.
— Sente-se, Harry — começou Fudge, indicando a poltrona junto à lareira.
Harry obedeceu, sentindo arrepios percorrerem seus braços apesar da lareira acesa. Fudge despiu a capa de risca de giz, atirou-a a um lado, depois suspendeu as calças do seu terno verde-garrafa e se sentou em frente a Harry.
— Eu sou Cornélio Fudge, Harry. Ministro da Magia.
Harry já sabia disso, é claro; vira Fudge antes, mas como estava usando a Capa da Invisibilidade do pai na ocasião, Fudge não devia saber disso.
Tom, o dono do bar-hospedaria reapareceu, com um avental por cima do camisão de dormir, trazendo uma bandeja com chá e pãezinhos de minuto. Pousou a bandeja entre Fudge e Harry e saiu, fechando a porta ao passar.
— Muito bem, Harry — disse Fudge, servindo o chá —, não me importo de confessar que você nos deixou preocupadíssimos. Fugir da casa dos seus tios desse jeito! Eu já tinha até começado a pensar... Mas você está são e salvo, e isto é o que importa.


– Tenho a impressão de que Harry não será punido... – Alice disse pensativa.
– Mas por que o Ministro está tão simpático? – Remo perguntou-se franzindo a testa.


Fudge passou manteiga em um pãozinho e empurrou o prato para Harry.
— Coma, Harry, sua cara é de quem não está se aguentando em pé. Agora... Você vai ficar satisfeito em saber que cuidamos do infeliz acidente com a Srta. Guida Dursley. Dois funcionários do Departamento de Reversão de Feitiços Acidentais foram mandados à Rua dos Alfeneiros há algumas horas. A Srta. Dursley foi esvaziada e sua memória alterada. Ela não lembra mais nada do acidente. E isto é tudo, não houve danos.


– Que pena. – Tiago murmurou entredentes.


Fudge sorriu para Harry por cima da borda da xícara de chá, como faria um tio examinando um sobrinho querido. Harry, que não conseguia acreditar no que estava ouvindo, abriu a boca para falar, não conseguiu pensar em nada para dizer, e tornou a fechá-la.
— Ah, você está preocupado com a reação dos seus tios? Bom, não vou negar que eles estão muitíssimo aborrecidos, Harry, mas se dispuseram a recebê-lo de volta no próximo verão, desde que você passe em Hogwarts as férias do Natal e da Páscoa.
A língua de Harry se soltou.
— Eu sempre passo em Hogwarts as férias do Natal e da Páscoa, e não quero nunca mais voltar à Rua dos Alfeneiros.
— Vamos, vamos, tenho certeza de que você vai pensar diferente depois que se acalmar — disse Fudge em tom preocupado. — Afinal, eles são sua família, e tenho certeza de que... Bem lá no fundo, vocês se querem bem.


– É óbvio que o Fudge não tem ideia de como é a relação do Harry com os tios. – Frank disse revirando os olhos.


Não ocorreu a Harry corrigir Fudge. Continuava esperando ouvir o que ia lhe acontecer em seguida.
— Então agora só falta — disse Fudge, passando manteiga em um segundo pãozinho — decidir onde é que você vai passar as duas últimas semanas de férias. Sugiro que alugue um quarto aqui no Caldeirão Furado e...
— Espera aí — falou Harry sem pensar. — E o meu castigo?
Fudge piscou os olhos.
— Castigo?
— Eu desobedeci à lei! — disse Harry. — O decreto que proíbe o uso da magia aos menores!
— Ah, meu caro menino, nós não vamos castigá-lo por uma coisinha à toa como essa! — exclamou Fudge, agitando o pãozinho com impaciência. — Foi um acidente! Nós não mandamos ninguém para Azkaban por fazer a tia virar um balão!


– Isso não faz nenhum sentido! – Remo disse desconfiado – No verão anterior mandaram a ele uma carta de advertência por um simples feitiço de levitação...
– Que não foi realizado por ele. – Gina frisou.
– E agora não vão dar nenhuma advertência? – Remo continuou seu raciocínio – E além disso, o Ministro para tudo que está fazendo para tomar chá com Harry?
– Não faz sentido mesmo! – Alice concordou – Ainda mais se ele está ocupado caçando um fugitivo.
    Tiago trincou os dentes ao ouvir Alice falando daquela maneira de Sirius, mas não disse nada.


Mas isto não batia com os contatos que Harry tivera anteriormente com o Ministério da Magia.
— No ano passado, recebi uma notificação oficial só porque um elfo doméstico largou um pudim no chão da casa do meu tio! — disse ele a Fudge, franzindo a testa. — O Ministério da Magia disse que eu seria expulso de Hogwarts se acontecesse mais um caso de magia por lá!
A não ser que os olhos de Harry o enganassem, Fudge de repente parecia pouco à vontade.
— As circunstâncias mudam, Harry... Temos que levar em consideração... No clima atual... Com certeza você não quer ser expulso?


– No clima atual? – Lily perguntou confusa – O que ele quer dizer com isso?
– Deve estar falando da fuga de Black. – Severo disse com mais animação do que deveria.
    Tiago teve que segurar as próprias mãos para não pegar a varinha. Lily que percebia a tensão de Tiago aconchegou-se a ele para acalmá-lo.


— Claro que não! — disse Harry.
— Bom, então, por que toda essa agitação? — riu-se Fudge. — Agora coma mais um pãozinho, enquanto vou ver se tem um quarto para você.
Fudge saiu da saleta e Harry ficou observando-o se retirar.
Havia alguma coisa muito estranha acontecendo ali. Por que Fudge viera esperá-lo no Caldeirão Furado, se não ia castigá-lo pelo que fizera? E agora, pensando bem, com certeza não era normal um Ministro da Magia se envolver pessoalmente com casos de magia praticada por menores!


– Você está cada dia mais esperto. – Remo comentou dando de ombros.


Fudge voltou acompanhado de Tom, o dono do bar-hospedaria.
— O quarto onze está livre, Harry — anunciou Fudge. — Acho que você vai ficar muito bem instalado nele. Mas tem uma coisa, e estou certo de que vai compreender... Não quero você passeando pela Londres dos trouxas, certo? Fique no Beco Diagonal. E tem que voltar todos os dias antes do escurecer. Tenho certeza de que vai compreender. Tom vai ficar de olho em você por mim.


– Não compreendo o motivo disso... – Alice disse confusa – Que mal tem Harry andar por Londres, e que perigo tem ele voltar depois de escurecer?
– É óbvio que é por causa de Black. – Severo disse com um sorrisinho desdenhoso – Todos sabem que Black e Potter são próximos, e eles pensam que Black é um comensal da morte... – ele completou deixando claro que achava aquela uma ideia ridícula – Então devem achar que ele está atrás de Harry.
– Faz sentido. – Lily disse com cuidado para não irritar ainda mais Tiago.
– Pelo menos Snape admite que a ideia de Sirius ser um comensal é ridícula. – Tiago bufou olhando para Alice com irritação, já havia percebido as pequenas insinuações dela desde que souberam que Sirius havia sido preso.


— Tudo bem — disse Harry lentamente —, mas por quê...?
— Não queremos perdê-lo outra vez, não é mesmo? — disse Fudge com uma risada calorosa. — Não, não... É melhor sabermos onde é que você anda... Quero dizer...
Fudge pigarreou alto e apanhou a capa de risca de giz.
— Bom, vou andando, muito que fazer, sabe...
— Já teve alguma sorte com o Black? — perguntou Harry.
Os dedos de Fudge escorregaram no fecho de prata da capa.
— Que foi que disse? Ah, você ouviu falar... Bem, não, ainda não, mas é só uma questão de tempo. Os guardas de Azkaban até hoje não falharam... E nunca os vi tão furiosos. Fudge estremeceu ligeiramente. — Então, vou dizendo até logo.


– É obvio que Fudge está escondendo algo de Harry. – Lily disse pensativa.
– Talvez que Sirius é o padrinho dele... – Remo disse dando de ombros – Ou qualquer coisa assim.


Ele estendeu a mão, e Harry, ao apertá-la, teve uma ideia repentina.
— Ah... Ministro? Posso perguntar uma coisa?
— Com toda certeza — disse Fudge com um sorriso.
— Bom, em Hogwarts os alunos do terceiro ano podem visitar Hogsmeade, mas os meus tios não assinaram o formulário de autorização. O senhor acha que poderia?
Fudge pareceu constrangido.
— Ah — respondeu. — Não, não, sinto muito, Harry, mas não sou seu pai nem seu guardião...
— Mas o senhor é o Ministro da Magia — disse Harry, ansioso. — Se o senhor me desse autorização...
— Não, sinto muito, Harry, mas regras são regras — disse Fudge sem entusiasmo. — Talvez você possa visitar Hogsmeade no ano que vem. De fato, acho melhor você nem ir... É... Bem, vou andando. Aproveite a sua estada aqui, Harry.


– Mas por que ele acha melhor o Harry não ir a Hogsmead? – Alice perguntou curiosa.
– Já falei que devem estar com medo de Black encontra-lo. – Severo respondeu impaciente.


E com um último sorriso e um aperto de mão; Fudge deixou a saleta. Tom, então, adiantou-se sorridente para Harry.
— Se o senhor quiser me acompanhar, Sr. Potter. Já levei suas coisas para cima...
Harry o seguiu por uma bela escada de madeira até uma porta com uma placa de latão de número onze, que Tom destrancou e abriu para ele.
Dentro havia uma cama muito confortável, uma mobília de carvalho muito lustroso, uma lareira em que o fogo crepitava alegremente e, encarrapitada no alto do armário...
— Edwiges! — exclamou Harry.
A coruja muito branca deu estalinhos com o bico e voou para o braço de Harry.
— Coruja muito inteligente a sua — disse Tom rindo. — Chegou uns cinco minutos depois do senhor. Se precisar de alguma coisa, Sr. Potter, por favor, é só pedir.
Ele fez outra reverência e saiu.
Harry ficou sentado na cama durante muito tempo, acariciando, distraído, as penas de Edwiges. O céu visto pela janela foi mudando rapidamente de um azul escuro e aveludado para um cinzento metálico e frio, depois, lentamente, para um rosa salpicado de ouro. Harry mal conseguia acreditar que abandonara a Rua dos Alfeneiros havia apenas algumas horas, que não fora expulso e que, agora, tinha diante de si duas semanas inteiras sem os Dursley.
— Foi uma noite muito estranha, Edwiges — bocejou ele.
E sem nem ao menos tirar os óculos, ele se largou em cima do travesseiro e adormeceu.


– Também foi um capítulo um tanto estranho para mim. – Sirius disse com um suspiro pesaroso.
– Tenho certeza de que é inocente. – Tiago disse e deu um olhar ao redor desafiando qualquer um a contraria-lo. 
– Podemos parar para comer alguma coisa? – Gina perguntou com cuidado.
    Tiago apenas acenou em concordância. Enquanto todos os outros comiam ele levantou-se e sentou no sofá com Sirius que não parecia querer ficar entre os outros.
– Você acha que eu matei essas pessoas? – Sirius perguntou sem levantar os olhos para Tiago.
– Não. – Tiago disse categórico – Mas se tiver matado, foi por um bom motivo.
– Você acha que fiquei louco depois que perdi você... – Sirius perguntou ainda sem encarar o amigo.
– Talvez um pouco. – Tiago respondeu dando de ombros – Mas não acho que tenha virado um homicida maluco.
– Alice está me olhando estranho. – ele disse finalmente levantando os olhos.
– Ela sim é louca. – Tiago bufou – Ela achava Lockhart legal e que Hagrid estava atacando os alunos trouxas... Se alguém falar alguma coisa de você eu faço a pessoa adquirir um tomate no lugar do nariz. 
– Até mesmo se for a Lily?
– Claro. – Tiago respondeu revirando os olhos – Mas não acho que ela pense mal de você.
    Poucos minutos depois os outros retomaram seus lugares. Gina pegou o livro e pigarreou antes de ler:
– Capítulo IV – O Caldeirão Furado.




Olá leiotores mais queridos! Quem faz parte do grupo do facebook sabe que ontem (26/04) foi aniversário da minha irmãzinha e por isso não tive tempo de postar o capítulo. Passei a manhã na faculdade, a tarde fazendo docinhos e arrumando a festa e a noite participando da festa, é claro. Havia prometido que postaria hoje, então aqui estou eu!
- Inghara: Fico feliz que goste das fics, elas me dão muito trabalho, mas também são fonte de grande alegria.
- Tanisa: A Guida mandou afogar um cachorro por que achava ele fraco demais, isso para mim ultrapassa os limites da maldade. Ela deve ser o personagem que mais odeio. Também odeio a Umbridge é claro, mas matar cachorros para mim é o pior.
- Douglas Assis.: Seja bem-vindo! Você precisa saber logo de cara que nenhum dos meus leitores é apenas mais um para mim. Todos vocês são especiais a sua própria maneira e me alegra muito ver os comentários de cada um. Espero continuar tendo ideias que agradem vocês e que os prendam até o fim (e além, por que depois que eu acabar de postar essa série ainda tenho muitas fics para postar).
- Rafaela C. da Silva: Muito obrigada por todos os elogios, fico muito feliz em saber que estou agradando vocês. 
- Day Caracas: Eu acho a Guida um pouco pior do que a Umbridge justamente por uma das coisas que você disse no seu comentário "os melhores animais do mundo são cachorros" ela disse que mandou afogar um cachorro por achar ele fraco, eu acho isso simplesmente cruel, não que a Umbridge realmente seja melhor do que isso, mas cachorros são completamente inocentes e dão amor a qualquer um seja a pessoa boa ou ruim, acho que a Guida acaba perdendo para a Umbridge por que ela aparece pouco... 
- Clenery Aingremont: A Guida ser uma assassina de cães indefesos que me faz as vezes odiar ela mais do que odeio a Umbridge (não que seja uma grande diferença). Eu também já teria perdido a esperança de ser amiga de Snape, mas Lily tem um coração grande demais. Eu consegui colocar a foto... Me ensinaram, hehe. Alice é um caso a parte, eu realmente precisava de um antagonista que não fosse o Snape (ele já tem problemas demais), acho que Frank é mais sensato do que ela, mas dessa vez ele vai ficar com um pé atrás.
- Izabella Bella Black: O Sirius e o Tiago sofrem com o que leem e eu sofro mais ainda para escrever. Esse tem sido o livro mais difícil até o momento, e é o que eu mais gosto. O marido da JK disse que ela chorou muito para matar o Sirius... Também odeio que ele tenha morrido, mas a morte dele era importante para a construção do caráter do Harry.
- Mary Potter Malfoy: Acho que as pessoas só enxergam o Remo como o professor Lupin e esquecem que ele era um dos Marotos, o mais certinho, realmente, mas isso não significa que ele era completamente certinho, do mesmo jeito que acredito que Lily não era uma santa no colégio... Vamos ter brigas ainda antes daquela redação, Snape sabe ser bem desagradável quando quer... 
- sasa lovegood: As partes de Harry na casa dos tios são as mais dificeis de escrever também. As pessoas nem sempre lembram que Remo afinal de contas era um Maroto, não apenas o professor Lupin. E eu sei bem como é faculdade puxada, eu to fazendo meu projeto de monografia, então estou completamente enrolada.
- Nath Tsubasa Evans: Acho que você está confundindo o livro com o filme, é no filme que o Harry vê o Pedro no mapa, não no livro. Snape vai aparecer demais nesse livro e nos próximos e por isso às vezes é bom dar um descanso a ele. Eles vão ler o epílogo também, vai ser complicado para o pessoal do futuro ler o que eles não sabem ainda. E é claro que esse futuro também mudaria completamente.
- Bia Ginny Potter: Harry é maduro o bastante para saber que nem todos os trouxas são como os Dursley. A maioria das pessoas achou que aquela frase fosse do Sirius, por que todos esquecem que o Remo é afinal de contas, um Maroto. Acho que é uma grande mistura dos poderes de Voldemort que Harry tem por ser uma horcrux e dos poderes da família dele mesmo. É como a profecia diz, Voldemort marcaria seu único verdadeiro oponente como um igual. A marca não é exatamente a cicatriz e sim ter tornado Harry uma horcrux.
- Maria Coelho: Não entendo as pessoas que não gostam do Tiago e gostam do Snape, se é pelo modo como Tiago tratava Snape não faz nenhum sentido já que Snape se vingou de Tiago várias vezes atraves do Harry... O livro vai ser difícil justamente por causa disso, Sirius ser o prisioneiro de Azkaban vai gerar alguns conflitos... (Pobre Peeta, não faça mais isso, ele não merece ser colocado no lugar de um traidor desses).
- Drama Joker: Que bom que mudou de opinião, e espero te ver comentando sempre de agora em diante, mas entendo seus motivos, já vi muitas fics acabarem com a personalidade dos personagens. Esse também é meu livro favorito, pelo mesmo motivo que o seu, e por isso está bem mais difícil do que os outros, mas não vou desistir. Já tenho as reações deles mais ou menos prontas na minha cabeça, então espero que não te decepcione. 
- Nádia Lestrange: Muito obrigada! Fico feliz que esteja gostando.
- LULU789: As pessoas esquecem que o Remo é um Maroto, não é? Todo mundo pensa nele como o professor Lupin ou o monitor certinho, ele não é tão certinho assim... Para mim o pior capítulo vai ser o que os professores falam que o Sirius traiu os Potter, é ainda pior do que ser apenas um criminoso, não é?
- Thally Grantter: Seja bem-vinda! Que bom que está gostando! A parte em que descobrem que Remo é professor já está chegando...
- Clara Black Potter: O Sirius é o que mais deixa na cara o segredinho peludo deles, não é? Ele simplesmente não consegue se conter quando alguém fala sobre um cachorro. Apesar dos sentimentos de Harry por Sirius serem óbvios nem todo mundo vai ficar completamente confortável com a situação... Consegui mudar minha foto (uhul!). Como você pode ver lá no grupo eu adorei a capa, e por incrível que pareça gostei ainda mais do que da outra! 
- Arthur lacerda: Fico feliz que tenha gostado!
- Milly Lovegood Black: Sempre penso em escrever um livro, mas ainda me falta muita inspiração para fazer um livro completamente original. Eu também tenho alguma dificuldade com o tempo verbal correto para essa fic, mas estou tentando muito não deixar as coisas confusas. Acho que meu marido não se incomodaria em me dividir com personagens literários...
- Stehcec: Contando que não deixe de comentar por mim tudo bem! Fico feliz que esteja gostando, está sendo bem difícil para mim escrever de modo que me deixe satisfeita.
- MionGinnyLuna: Eu nem ao menos sei como responder seu comentário, só posso dizer que estou longe de ser boa como esses autores, ainda tenho muito o que aprender antes disso. Continuo dizendo que ainda estou muito longe da perfeição, ainda preciso aprender muito. 
- Ivanice: Acho mais fácil Tiago fazer alguma coisa contra quem falar mal do Sirius do que ao próprio Sirius, Tiago é fiel demais à amizade deles para isso. Como já disse para alguém ali para cima eu acho a Guida pior, ela matou um cachorro, não que a Umbridge seja menos odiavel, mas mexer com cachorros é maldade demais. O quinto livro é difícil demais para mi por causa da morte do Sirius, mas estou um pouco ansiosa para chegar até lá. Estou tentando montar um bom relacionamento entre o Tiago e a Lily antes deles ficarem juntos de verdade... 
- Marlene.M.Black: Aos poucos eles vão ter mais conversas, especialmente em momentos mais complicados. 
- Luiza Snape: Não sei quem vai se sentir pior com a revelação da traição, o Tiago ou o Sirius, acho que ambos vão ficar péssimos. 
- Julialindademais: Essa fic eu só escrevo aqui, mas as outras tem no Nyah também.
- ste_panza: Tudo bem demorar para comentar, contanto que não deixe de comentar. Remo é um pouco mais contido e mais responsável que os outros Marotos, mas ainda tem aquele espirito Maroto! É só lembrar da parte em que o Mapa xinga o Snape. Deve ser duro mesmo para o Snape passar todo esse tempo com seu pior inimigo e a garota que ele pensa que ama, mas para que as coisas mudem ele vai ter que aturar, só não sabemos ainda se ele vai conseguir mudar tudo.
- Gabi O. Potter: Tudo bem demorar para comentar, contanto que não deixe de comentar. Que bom que gostou do Remo ter dito a frase da semana passada, a maioria das pessoas não achou que seria "digna" de Remo, mas eu gosto de ver o Remo de 17 anos como um cara que pode ser irresponsável também.
- Luiza Granger Malfoy: Tiago é muito fiel à amizade dele para se deixar levar no primeiro momento. Não digo que em momento algum ele vai se perguntar se é verdade, mas ele é um bom amigo...
- Carol Schneider: Fico feliz que lembre de mim quando lê os livros. É sempre bom ver o reconhecimento de vocês! Como expliquei no grupo e ali em cima, ontem foi o aniversário da minha irmãzinha, então não tive tempo de postar.


E então gente, quem acertou o autor da frase da semana?
Quem ainda não faz parte do grupo do facebook e está interessado em fazer:
https://www.facebook.com/groups/742689499098462/

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Comentários (22)

  • Helena

    Coitadinho do Sirius

    2018-09-12
  • Akemi Lilith Homura

    sério... eu estava lendo o livro hoje(peguei da biblioteca por um periodo de 3 semanas). lembro da reação do Sirius e do Tiago em relação a capa... agora estou pensando como vai ser a reação com o capitulo sobre o mapa.

    2014-05-03
  • Clara Black Potter

    Desculpa não deu pra comentar antes.. mas enfim.. amei o capitulo. tipo muito mesmo. eu sabia que o James não ia acreditar que o Sirius era um traidor. Ele como comensal é tão ilógico que até o Snape ta concordando com isso.Cara eu to muito ansiosa pra ler os proximos capitulos. Esse livro é simplemente perfeito.Morrendo  pra ler o capitulo de amanhã kkkbeijos 

    2014-05-03
  • Gabi O. Potter

    Pra variar um cap perfeito! Realmente me impressiona muito como tu consegue trazer a personalidade dos personagens! Já to ficando com pena do Sirius, vai ser horrível achar que é o traidor, mas acho que logo os marotos matam a charada, pq eles já desconfiaram do rato do Rony... Amo ver como o Tiago confia no Sirius, e a Alice já vai começar com isso dnv? Ai ai ai.... Tu escreve muito muito muito bem Juh, continua assim!

    2014-05-03
  • ste_panza

    Aiii esse capítulo, OMG *O*E eu achando que não poderia começar melhor essa fic.... Nem sei por onde começar. hahahhahaha Primeiro, eu sou apaixonada por esse capítulo porque, além de ter um fundo irônico e quase cômico, é legal ver como tudo muda...  Ainda é emocionante ver o Sirius aparecendo pelo livro, mesmo de uma forma não tão boa. Acho que comecei a ficar com dó dele já, porque PdA vai testar várias vezes a fé nele mesmo, o "será que eu realmente fiz isso?" e, pelo que deu para perceber, ele já tem suas dúvidas agora, tenho a impressão que essas dúvidas passarão a ser certezas, com o passar dos capítulos.  Amo o bromance entre o Sirius e o Tiago, é uma das melhores de todos os livros que eu já li... O Tiago tem mais confiança no Sirius que ele mesmo e acho que isso será essencial durante todo esse livro. Duvido nada que o Tiago vá transformar o nariz de alguém em um tomate, se não fizer pior. E se quer saber, duvido que vá demorar muito. Não acredito que a Alice vai começar com isso de novo... Quase (por muito pouco mesmo) não peguei raiva dela no livro anterior, mas agora.... Não é possível que ela conheça tão pouco assim o Sirius e julgue-o apenas por sua família. Sirius é muito maior que isso e ela deveria ter aprendido a não julgar depois do que aconteceu com Lockhart... Juro que dessa vez não ficarei nem um pingo revoltada se o Tiago começar a dar uma boas patadas nela e transformar o nariz dela em um tomate. Aliás, acharei bem feito, talvez assim ela aprenda. Espero que o Remo também tome atitudes contra os que duvidam do Sirius, mesmo que o mais responsável de todos, espero que ele acredite que o Sirius não é inconsequente a esse ponto.Quase tinha me esquecido dessa parte do mapa do maroto... É uma das minhas partes favoritas desse livro e mal vejo a hora de isso acontecer. Estou meio enrolada com a faculdade, por isso estou demorando para comentar. Entrei em um grupo que faz eventos (palestras, cursos entre outros) para complementar a graduação e para divulgar nosso curso (já que farma ta tendo muito pouca procura =/ )e isso tem tomado uma boa parte do meu tempo, mas nunca deixarei de comentar, mesmo que demore para fazê-lo. Fiquei feliz por você ter conseguido já terminar o capítulo 8. Mal posso esperar pelos próximos capítulos...   

    2014-05-02
  • Guilherme L.

    outro grande capítulo, desculpe por não comentar no segundo, meu tempo agora tá meio corrido e eu tou tentando entrar aqui só pra comentar na fic. Se algum capítulo passar e eu não comentar, desculpe! Vai continuar postando um por semana?(ou tentando, sei que nem sempra a gente tem o tempo que quer ter)

    2014-05-01
  • The Catherine Black

    Ô Sirius, meu bebê. <3 Vem cá me abraçar. HEUHEUEHPERFEITOOOOOOOOOOOOOOO! Leitora nova e amando mais que tudo.Tua escrita é perfeita. 

    2014-05-01
  • Izabella Bella Black

    Finalmente consegui ler o capitulo, fiquei sem internet deste quinta feira de manhã, a internet só voltou agora.Adorei o capitulo, a reação do Sirius e do Tiago foi igual a que eu tinha imaginado, super curiosa para os proximos capitulos.Beijos. 

    2014-04-30
  • Prado Soares

    Eu comecei a ler a primeira ha umas 5/6 horas, e PQP!, estou praguejando desde quando comecei essa, pq vi que nao ta completa. Serio, ha anos nao leio uma fic! Hoje, vendo o sexto filme, meu namorado comentou que a serie deveria chamar Hermione Granger. De curiosidade, joguei no FeB "pedra filosofal" pra mostrar pra ele que tinha fics assim; quando eu ia fechar a aba, bati o olho na sua. Eu adoro fics T/L e mais ainda quando tem o Harry e cia voltando no tempo, principalmente quando colocam o Neville no meio - sempre acho que ele eh menosprezado! Eu ja vi tudo quanto eh tipo, mas nunca colocando eles para ler o livro. Ag, e com o Snape <3 eu gosto dele, de verdade. acho a historia dele linda, e nunca consigo achar ele realmente mal, mas eu gostei do jeito que voce retrata ele - eh, ja vi que vc nao eh fa dele uahauhahuauhahuauhahah pq ele pode ter mudado depois da morte da Lily, mas nessa epoca era apenas um garoto com fome de poder e reconhecimento que nunca teve... A Alice ta sendo babaca nesse livro - e, cara, babaca é mais ofensivo pra mim do que qualquer outro palavrao - nao me pergunte, nao sei :p quando acabei o cap, fui ver na hora quando foi postado, e nao consigo expressar minha felicidade ao ver que eh recente - o que significa que nao esta abandonada <3 por sua causa, agora voltarei a entrar todo dia FeB pra ver se foi atualizada *u* obrigada, mil vezes obrigada, pq essa fic eh MAIS DO QUE FODEROSA *u* e eu ja enviei minha solicitacao pro grupo no face <3 MAL POSSO ESPERAR O PROXIMO CAPITULO <3 <3 <3 <3 <3 <3 <3 

    2014-04-30
  • MionGinnyLuna

    Amo sua fic! De paixão, sério, se você visse a minha reação quando vejo que teve atualização...

    2014-04-29
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