A Verdade Prevalece



 
 


O Coração acelerado 


Cores e promessas 


Como ser corajoso? 


Como posso amar quando tenho medo? 


Mas ao ver você na solidão 


Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira – Musica A Thousand Years


 


 


Hermione Granger


 
 


Hermione estava desnorteada com os últimos acontecimentos que veio acontecendo em sua vida, encontrava-se aprofundada em seus pensamentos dentro de um taxi a caminho de sua casa, quando desceu do mesmo, adentrou rapidamente a mansão, Victor se encontrava sentado sobre o sofá do hall, lendo um livro como de costume, Hermione adentrou o hall com olhar perdido no espaço, portanto quando encurvou seu olhar para o homem sentado em seu sofá, ficou a admirá-lo perto da porta, porque as coisas tiveram que se como foram? Porque simplesmente Victor não apareceu antes que tudo aquilo tivesse acontecido? Ela se perguntava, se questionava sobre todos os acontecimentos que assombravam sua vida, se questionava em todas as vezes que Draco a tocou e ela cobiçou cada caricia, odiando-se por ainda se sentir ligada a aquele homem que tanto a fez sofrer...


 


Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Victor dobrou seu rosto e me encarou com alegria, andou até a mim e meus lábios beijou, o toque das suas mãos interveio a minha, seu carinho era tão cuidadoso e amoroso, mas nada disso me convêm, porque me sinto tão distante de Victor? Mesmo ele estando tão perto, me sinto sozinha, mais do que nunca, sinto como se nada que ele fizesse fosse o bastante para me tirar de lá, estou perdida, não sei o que fazer, tudo é culpa do Malfoy, porque ele interveio novamente em minha vida, agora ele pode tirar Jane, mas não posso deixar que isso aconteça, Victor ainda me olhava, dessa vez mais preocupado, antes que ele pudesse perguntar, apenas beijei seu rosto e subir as escadas rapidamente, não tive coragem de olhar para trás, certamente minha atitude o deixou confuso, certamente Victor deve vim ao meu encontro para saber o que está acontecendo e assim foi, ao me sentar na cama, ele adentrou o quarto e me abraçou por trás, sentir minha força se esvair, não consigo dizer nada...


 


– Hermione, o que houve minha pequena?  - perguntou preocupado


 


– Nada, estou apenas cansada.


 


– Mesmo?


 


– Sim, onde está Jane?


 


– Está em seu quarto, afinal já são 20:00 em ponto, deve está dormindo feito um anjinho. – disse ele sorrindo, contornando seus braços pela minha cintura, sentir sua respiração quente perto da minha orelha, me arrepiei levemente com o ar quente que ele emanava, de certa forma me sinto mais segura ao lado de Victor...


 


– Eu vou dar boa noite a ela. – eu disse, Victor me soltou na mesma hora e sorriu...


 


– Está bem.


 


Sair rapidamente do quarto, quero ver minha filha, realmente quero aproveitar cada segundo de paz que terei com ela, realmente acho que daqui para frente tudo vai mudar, adentrei o quarto cuidadosamente, Jane poderia está dormindo e assim a encontrei na cama, dormindo serenamente, minha filha é uma menina maravilhosa, contemplei seu rostinho angelical meticulosamente, me aninhei ao seu lado na cama lentamente, ela se mexeu um pouco, mas não havia acordado, sorrir ao vê-la  dormir, acariciei lentamente sua bochecha rosada e rechonchuda, algo curioso chamou minha atenção, Jane estava abraçada a um ursinho marrom de olhos redondamente azuis, não reconheci o brinquedo de pelúcia, porem era muito fofo, avistei um embrulho rasgado jogado ao chão, certamente foi Victor que lhe dera de presente, mas ao colocar minha sobre o fecho do abajur para apagá-lo, avistei uma carta de domínio desconhecido sobre a escrivaninha vermelha, tomada pela minha curiosidade, peguei a carta e olhei no verso, era para Jane, mas quem mandaria cartas para Jane? Novamente a curiosidade reinou, abrir a carta lentamente e comecei a ler seu conteúdo...


 


Querida Jane...


Quero ansiosamente vê-la novamente, realmente sua companhia me faz muita falta desde aquele dia no parque e no meu local de trabalho, você é uma menina muito sabia, adoraria conversar novamente com você, sinto um carinho enorme por você... Mas que Filho da...Como o Malfoy se atreveu fazer uma coisa dessa? Isso não vai ficar assim, AAAHH estou com muita raiva, ele não vai chegar perto de Jane, NUNCA!!! Haha... Não posso mais tolerar isso nenhum minuto a mais, rapidamente sair do quarto com a tal carta em minhas mãos, ao sair do quarto avistei Victor saindo do nosso quarto, ele me olhou assombrado, será mesmo que minha raiva está tão visível assim? Realmente não quero falar com Victor agora, quero estrangular o Malfoy e vai ser agora, passei direto, mas sentir a mão de Victor se entrelaçar no meu braço, suspirei fundo para não descontar minha raiva nele...


 


– Mimi o que foi? Você está estranha desde que chegou. – perguntou ele preocupado, soltando meu braço sorrateiramente...


 


– Victor, agora não dar para conversamos, preciso falar com o Malfoy, ele presenteou Jane com um ursinho ridículo e ele já descobriu que Jane é filha dele...


 


– Fique calma Hermione, nós sabíamos que esse dia iria chegar, não pensei que fosse tão cedo, afinal aquele homem não é burro, certamente ele percebeu que Jane é filha dele, está obvio demais, você está muito nervosa, melhor não ir falar com ele agora... – disse Victor passando carinhosamente sua mão sobre meu braço, sua expressão era triste, ele tentava disfarçar, mas conheço Victor, deve está triste por saber que Malfoy sabe que Jane é sua filha, e ele tentará roubar o lugar que Victor conquistou na vida de Jane...


 


– Não ficarei calma enquanto eu não der um basta antes que tudo piore Victor, não quero ele perto de Jane, não quero porque ele apenas  a fará sofrer, Malfoy não ama ninguém, isso deve está sendo um jogo divertido para ele você não entende? Preciso ir agora mesmo Victor. –
 


Hermione se encontrava em um estado de desespero, queria afastá-lo o mais longe possível de suas vidas, principalmente da vida de Jane, sua magoa não deixara Draco Malfoy aproxima-se dela e da filha de ambos, Hermione estava cega pela paixão desiludida que tivera supostamente com Draco, estava amargurada com as injustiças que persistiram em sua vida, estava cansada de tudo acabar em um grande fiasco, então Hermione decidiu-se por um fim em tudo, tomar as rédeas da situação para que sua vida pudesse ser vivida em paz, mal sabia ela que estava fazendo o oposto, estava vivendo uma mentira, não era aquilo que seu coração ordenava para ela fazer, ele clamava para ela dar um fim em sua hipocrisia, mas ela não respondia a mais nenhuma tentativa de fazer algo que seu coração mandasse, estava obstruída, não podia mais sentir mais nada em relação a Draco Malfoy ou podia?


 


Victor não dissera mais nada, apenas me olhou com reprovação, nada que ele dissesse iria me impedi de pegar o carro e ir até onde o Malfoy mora, talvez ele nem more mais naquele apartamento, ah que se dane, vou caçá-lo até no inferno se for preciso, preciso acabar com as esperanças dele de se aproximar de Jane, desci as escadas, Victor me olhava do topo da mesma, reprovativo, parecia zangado, não me importei, apenas me retirei do hall e adentrei o carro na entrada da mansão e dirigir para o conjunto Lexington, onde o Malfoy morava naquele tempo...


 


Depois de alguns longos minutos, Hermione havia chegado onde queria, adentrou com o carro no estacionamento do prédio onde Draco morava, depois de ter estacionado naquele local, adentrou o prédio como se fosse um furacão, adentrou sem passar na recepção, mas foi interrompida pelo recepcionista...


 


– Srta. Granger, eu lembro da senhorita...


 


– Desculpe? – disse Hermione virando-se para olhá-lo, observou muito bem, não havia reconhecido o homem, mas depois de alguns minutos revirando sua memória, lembrou-se que era Louis Marllark, o recepcionista que trabalhava naquele prédio há anos, Hermione estava tensa demais para conversar. Decidiu por um fim naquela conversa e disse... – Me desculpe Louis, realmente não posso conversar agora, quero ver o homem do apartamento 1029, se não se importa estou indo para lá. – disse ela educadamente, continuando sua rota, portanto mais uma vez a voz de Louis soou no ambiente...


 


– Rapaz do 1029, deve está falando do Sr Malfoy, não é? – perguntou ele, fazendo mais um vez Hermione parar durante o seu percurso para lhe dar um breve atenção...


 


– Realmente você tem uma ótima memória, sim é ele.


 


– Ele não mora mais aqui Srta. Granger, mudou-se faz três anos. – disse, Hermione aproximou-se da bancada da recepção, encarando Louis e disse...


 


– Droga, desculpe você pode me informar para onde ele se mudou? – bradou, mas depois acalmou-se com olhar de reprovação do homem a sua frente...


 


– Srta. Granger, não é ético informar onde os moradores estão habitando atualmente, mas para a senhorita vou abrir uma exceção, o Sr. Malfoy atualmente está morando na mansão localizada no centro da cidade, nesse endereço. – disse Louis escrevendo algo em um cartão, dando-o para Hermione, que ficou satisfeita sorriu e agradeceu, saiu rapidamente do prédio, adentrando seu carro novamente, dirigindo para o tal endereço que atualmente Draco estava morando, Hermione realmente estava decidida afastar Draco de uma vez por todas de sua vida...


 


**


 


Draco Malfoy



 


Draco estava no jardim frontal de sua casa, sentado em um das cadeiras tomando um bom uísque como sempre costuma fazer, seu olhar estava perdido no céu escuro sem estrelas, o olhar acinzentado melancólico e solitário, Draco Malfoy parecia uma casca vazia, tinha o mundo em suas mãos, mas nada preenchia o vazio que habitava em seu interior, permitiu-se pensar em Jane, sua filha recém-descoberta, meneou o fino corpo arredondado na mão e sorriu...


 


Ainda não acredito que tenho uma filha, uma linda filha, seus cabelos parecem tanto com os de Hermione e seus olhos são iguais aos meus, como eu não pude perceber isso? Sou realmente muito burro...


 


Draco fechou os olhos dando um sorriso quase feliz, um sorriso simples que há muito tempo não brotava naqueles lábios, pela primeira vez em muito tempo, Draco sentia-se tranqüilo, uma leve brisa invadiu o jardim, uma brisa levemente fria atravessou seu rosto, desalinhando os fios loiros acobreados, deixando-os jogados em sua testa( Obs: Draco mudou o visual, cabelo dele está como na capa da fic, só para constar o cabelo ainda continua no mesmo corte, mas foi somente a cor que mudou mesmo), a sombra de alguém adentrou pelo portão da mansão, Draco olhou para a mesma, tentando definir quem era aquela pessoa que estava andando até ele, a noite estava excessivamente turva para que conseguisse enxergar quem estava ali, quando a pessoa desconhecida aproximou-se mais um pouco, Draco conseguia ver exatamente quem era, era Lucius que estava presente, o homem de idade avançada aproximou-se do filho e sentou ao seu lado, o sorriso de Draco desapareceu imediatamente, como se Lucius tivesse sido um banho de água fria, compenetrou seu olhar sobre Lucius e disse...


 


– O que faz aqui? – perguntou indiferente.


 


– Agora estou sabendo que aquela mulher voltou para Nova York.


 


– Sim voltou e o que tenho haver com isso? – perguntou irônico.


 


– Exatamente isso que quero saber.


 


– Não tenho mais nada haver com Hermione Granger se é isso que quer saber pai.


 


– Realmente espero que não tenha mesmo, queria apenas saber se já se encontrou com ela.


 


– Absolutamente não. – mentiu desviando o olhar, bebericando um pouco de seu uísque.


 


– Realmente? Não acredito, você acha que sou otário Draco? Eu sei de tudo o que acontece, tenho métodos para saber de tudo. – disse dando um sorriso frio, batendo uma bengala preta com uma cobra esculpida na ponta, Lucius já não era mais tão jovem como antes, já prezava de seus 60 anos de idade e agora usava um cajado para apoiar seu corpo fragilizado pela idade avançada...


 


– Realmente você sabe de tudo não é papai? Sim, eu me já tive um encontro com a Granger, mas não precisa se dar o trabalho de ter vindo até aqui para me pressionar, não tenho mais nada haver com aquela mulher, se era somente isso, agora quero descansar, tive um dia cheio... – Draco levantou-se da cadeira, pronto para dar um passo, mas foi impedido por Lucius, que encostou sua bengala no peitoral do filho, impedindo de adentrar a mansão...


 


– Ainda não acabei com você Draco, espero mesmo que esteja me dizendo à verdade, pelo menos não terei que dar um fim naquela mulher e tudo relacionado a ela... – disse Lucius friamente dando um sorriso triunfal, Draco sentiu um frio descer sua espinha, uma leve transpiração percorreu pela sua têmpora, estava com medo daquelas palavras, tudo relacionado a ela? Isso incluía Jane, sua Jane, sua filha, ele gelou, estremeceu de medo diante da possibilidade de que as únicas pessoas importantes para ele fossem mortas pelo seu pai sem escrúpulos... – Você sabe o que aconteceu com aquele velho idiota quando ele resolveu se meter no meu caminho não é Draco?



 


**
 


Hermione Granger


 


Hermione chegou lentamente e estacionou seu carro na entrada daquela mansão tão distante da cidade, observou com minúcia cada detalhe da mansão, saiu rapidamente do carro e subiu uma pequena escada que dava acesso ao portão principal da casa, Hermione estremeceu com o frio que tomava conta de suas mãos, estava com muita raiva e nervosa ao mesmo tempo, aquele lugar lhe dava uma sensação ruim, um frio na barriga se tornou constante, uma pequena náusea tomou conta da morena, respirou fundo e tocou no portão de ferro, abrindo-o lentamente, Hermione adentrou a mansão silenciosa, escondida na escuridão da noite, Hermione avistou duas pessoas conversando ao longo do jardim frontal da mansão, luzes fracas que emanavam de duas lâmpadas fixadas acima da porta que dava acesso ao hall da enorme casa definia bem o rosto de ambos, um homem de idade avançada e um homem de meia idade, reconheceu ambos, era Draco e Lucius, sua raiva estendeu-se mais um pouco ao pousar seu olhar sobre Draco, como ele podia ser tão atrevido presentear sua filha? Pensou ela, Hermione ouvia perfeitamente o que ambos conversavam, então ao ouvi uma frase curiosa, parou imediatamente o percurso e escondeu-se perto de um arvore...


 


– Você sabe o que aconteceu com aquele velho idiota quando ele resolveu se meter no meu caminho não é Draco?  - Draco baixou seu olhar, fixando-o em seus próprios pés, não respondeu nada, sentia-se intimidado como as outras vezes, Lucius o intimidava profundamente, mal sabia que Hermione estava ali, ouvindo minuciosamente a conversa, para a sorte do jovem ministro, Hermione não ouvira o que eles haviam dito sobre ela, Draco enfim reuniu forças e respondeu...


 


– Sim eu sei o que aconteceu com Dumbledore. –


 


Dumbledore? Do que eles tão falando? Não estou entendendo nada, o que o Draco sabe? O que o Lucius fez? O que significa issso? Melhor eu continuar escondida e escutar mais um pouco...


 


Hermione respirou fundo e permaneceu atenta a conversa, algo a incomodava profundamente, não sabia se era aquele ambiente ou se era a presença de Lucius ou até mesmo a presença de Draco...


 


– Ele foi morto, EU O MATEI, por ter se metido nos nossos negocios – disse Lucius, dando um sorriso canalha colocando a mão sobre o ombro do filho, que o olhava com nojo e ao mesmo tempo com um olhar triste e derrotado, Draco era um fraco e até ele mesmo estava convencido disso, não podia se impor, não podia contestar, porque ele sabia que tudo isso teria um preço, um preço que ele jamais poderia pagar, a vida de Hermione e Jane dependia dele e ele estava ciente, Lucius era perigoso e capaz de tudo, isso Draco sabia mais do que ninguém, apenas calou-se diante a declaração fria do pai, Draco não teve ao menos coragem de olhar naqueles olhos, naqueles olhos carregados de ódio, não conseguia olhar nos olhos de Lucius, pois se o fizesse, iria ver todas as vidas que ele deveria ter tirado em prol do sobrenome, todo o desespero, ódio, amargura, ambição estavam fixado nos olhos do pai, esse pensamento o deixou enojado...


 
 


Ele o matou?  Ele o tirou de mim? Não pode ser!!!!!!NÃO PODE, assassino...



 


Hermione sentiu-se imobilizada por aquelas palavras, palavras que ela nunca pensou ouvir da boca de Lucius Malfoy, odiou-se por o assassino de Dumbledore está bem abaixo de seu nariz e ela não percebeu, um ódio sádico invadiu seu interior, era tanto ódio que chegava a doer em seu peito, o ar lhe faltou nos pulmões, que subia e descia rapidamente em busca de ar, seus olhos estavam tão vermelhos e brilhantes, varias lagrimas se encontrava escondidas na pequena curvatura dos olhos de Hermione, elas desceram descontroladas, Hermione chorou em silencio para não ser vista...


 


Draco apenas afastou-se de Lucius sem dizer mais nada, havia entendido o recado que o pai queria lhe dar, era mais uma maldita chantagem, Draco adentrou a mansão, deixando Lucius sozinho no jardim, então o mesmo resolveu ir embora daquele lugar, seguindo pelo jardim até o portão principal...


 


Hermione avistou com os olhos cheios de lagrimas e mão sobre a boca, abafando qualquer ruído de seu próprio choro, correndo rapidamente para o seu carro, antes que Lucius percebesse que havia mais alguém naquele local, adentrou o carro com rapidez e o retirou daquele lugar rapidamente, Hermione sentiu-se nauseada com as aquelas palavras que saíram da boca daquele homem, sua cabeça latejava violentamente, suas pernas estremeciam, suas forças se esvaíram completamente, seu coração doía tanto que não podia descrever a tal dor que estava sentindo, queria fugir daquele lugar e ao mesmo tempo voltar lá e se vingar, o pior veio à mente da morena, Draco sabia de tudo...


 


– Ele sabia e não me disse nada, sabia de tudo... – disse Hermione tentando enxugar suas lagrimas, mas falhou, desciam tantas que não dava conta de enxugar todas as lagrimas que teimavam em descer por seus olhos, seu rimel se encontrava todo borrado e o leve delineador também, deixando seu rosto sujo pela maquiagem borrada pelas lagrimas...


 


– Como Draco pode fazer isso comigo? Como ele pode esconder algo tão importante? Ele via sempre, que eu sempre quis saber quem era o maldito assassino... – parou imediatamente, limpando com força a ultima lagrima que desceu no seu rosto sujo de maquiagem, seus olhos estavam completamente vermelhos e inchados, Hermione adentrou a sua mansão e estacionou o carro na entrada da mesma, adentrando sua casa, agora não chorava mais, apenas desejava desesperadamente se aninhar aos braços de Victor, o único que sempre foi sincero com ela, as luzes da mansão estavam todas apagadas, Hermione adentrou em silencio e subiu as escadas, andando diretamente para seu quarto, ao adentrar o mesmo, Victor se encontrava perto da janela, quando percebeu que ela estava ali, rapidamente contornou a cabeça para olhá-la, assustou-se ao vê-la daquela maneira, havia indícios que havia chorando bastante, Hermione correu rapidamente ao encontro dele, o abraçando com toda a força que podia, chorou sem se conter, seu choro era tão urgente que preenchia o silencio daquele quarto, seus soluços eram agonizantes, Hermione não chorava daquele jeito há muito tempo, como se toda a dor que havia sentido, houvesse voltado em uma única noite, como ela poderia ser forte? Simplesmente não podia, queria chorar, receber consolo, receber carinho de alguém que realmente a amasse, Victor a abraçou com força, acariciando suas costas macias lentamente, o olhar castanho escuro do búlgaro estavam triste, odiava ver sua amada daquela forma, Victor lembrou-se do tempo que Hermione chorava todos os dias por causa daquele homem, Hermione tinham pesadelos constantes a noite, passava madrugadas sem dormir, perdia o sono, a felicidade e tudo isso era culpa de Draco Malfoy, um ódio corrosivo tomou conta de Victor ...


 


– Ele o matou...Victor ele o matou... – disse Hermione aos prantos, tentando conter seus soluços fortes, mas falhou, suas palavras saíram desconexas e sem sentido, deixando Victor confuso, então ele a soltou lentamente e passou sua mão delicadamente no pele alva do rosto de Hermione...


 


– Hermione meu amor, fique calma, por favor me conte o que aconteceu, o que o Malfoy fez? – disse ele com desdenho o nome de Draco, Victor o odiava mais que tudo, por fazer Hermione sofrer...


 


– O pai dele... – tentou, Victor limpou suas lagrimas delicadamente, abraçando-a novamente...


 


– Calma meu amor... – disse ele metendo as mãos nos fios castanhos dos cabelos da morena, tentando de todas as formas acalmá-la, de certa forma o carinho de Victor a deixou mais calma, o peito que tanto subia e descia, agora se movimentava mais calmamente, Hermione deu um longo suspiro, as palavras lhe faltaram, não queria falar de algo tão sórdido, aquilo doía tanto, Hermione fechou os olhos e os abriu, encarando Victor nos olhos, ele a olhava preocupado...


 


– O Pai do Malfoy é o assassino de Dumbledore...


 


CONTINUA...

 

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