Confissões



Confissões


Por Josy Chocolate


                Narcissa levantou a cabeça ao ouvir o bater suave na porta. Não precisava olhar para saber que era seu filho. E sabia naquele momento que ele queria conversar. Lucius não estava em casa, e Draco falava mais quando o pai não estava por perto.


                _Bom dia Filho!


                _Bom dia minha mãe!


                Eles trocaram breves sorrisos e Draco se sentou, em frente a mãe. Em sua escrivaninha ela o olhou. Estava impecável, terno e blusa preta de gola alta. Sua roupa tinha um corte perfeito. Assim como ele era para ela. Porem sua expressão era triste.


                _Diga, seja o que for que quer dizer.                                                                                                   


                _Você já se apaixonou? - ele perguntou em um rompante.


                _Se eu amo o seu pai? Sim, apesar das burradas que ele faz, acho que ele devia me deixar nas rédeas dessa família. Eu deveria ter feito isso há anos, agora é tarde. O trem já esta nos trilhos! - ela lhe sorriu.


                _Não foi essa a minha pergunta! Já amou alguém? Alguém que está fora do seu alcance?


                A pergunta tímida a fez deixar tudo que estava mexendo e prestar atenção no rosto do filho.


                _Que tipo de pergunta é essa?


                _Só me responda por favor!


                _Talvez, mas tomei as escolhas certas e únicas a se fazer. Principalmente quando se trata de família. Conte-me o que está havendo meu filho.


                _Eu acho que estou apaixonado! - ele disse pausadamente esfregando as mãos uma nas outras.


                _Isso é magnífico! - ela se emocionou e ficou de pé, pensando em como o filho já estava crescido logo ele teria uma família.


                _Não é. Conhece alguma magia que possa tirar isso de mim? – ele se levantou e caminhou para perto da lareira.


                _Draco, o que há de errado? Você é um adolescente saudável, bonito, e...


                _Ela jamais olhara para mim! - ele disse baixo e prendeu o lábio inferior entre os dentes.


                _Como assim? Draco você é o melhor partido que pode ter. Sei que nossa família está em uma crise mas ainda sim... - ela disse se aproximando dele.


                _Eu sempre a odiei, e não posso estar apaixonado! Mas eu estou.  


                Narcissa abriu a boca sem emitir som, seu coração disparando, como se aquele peso do filho estivesse sendo transferido para seu próprio coração. E ela se sentou atrás dele.


                _Eu a odiei tanto, como papai queria. A odiei por ser inteligente, ser esperta, por ser amiga do Potter e do Weasley. A odiei por ser nascida trouxa. Eu desejei que ela morresse. - ele fez uma pausa, e encostou na lareira, apoiando suas mãos e abaixando sua cabeça, como se suas confissões fossem vergonhosas demais. – Mas eu a vi crescendo, seu cabelo ruim, ganhou um brilho bonito, o sorriso! Depois que ela me bateu. - ele sorriu abafado – Senti o cheiro dela. Nunca mais esqueci. Eu a vi chorando pelo Weasley ela o ama. E eles vão ficar juntos. Porque tenho certeza de que um dia, ele vai perceber que ela é tudo que alguém gostaria de ter.


                _Não... Não. - Narcissa balbuciou - Ela não.


                _Mãe, tira isso de mim! Deve haver uma magia, alguma coisa! - ele a olhou com lagrimas nos olhos.


                _Não.                                         


                _Mãe, eu penso nela, o tempo todo,é por isso que estou sendo um fracasso em tudo. eu fico imaginado porque aqueles dois idiotas podem ter tudo e eu nada. Eu a observo pelos corredores, escondido como um rato, para vê-la sorrindo. Pra chegar perto o suficiente pra sentir o cheiro dela. No principio, e a segui pelos coredores, convencendo Amim mesmo que era simplesmente para odia-la sempre mais. Só que não era para odia-la, não era. Eu amo Hermione Granger mãe, eu a amo. - ele disse ofegante e caminhou até a mãe.


                Narcissa tinha lágrimas nos olhos, e abraçou o filho com força.


                _Não, meu filho por favor, não faça isso!


                _Eu não quero estar nessa guerra não quero ajudar. Eu tenho medo de que ela morra, ou de que eu tenha que mata-la. Eu não suportaria.


                _Filho... Não pode sentir isso, não pode. Draco me escuta, tem que esquecer essa menina!- ela segurou o rosto do filho.


                _Ela já estragou a minha vida, essa maldita sangue ruim, todos pensam que sou um medroso, sim eu era, mas depois. Tenho medo por ela, tudo que acontecer com o Potter e o com o Weasley a atingira, e eu não posso feri-la. Eu amo essa desgraçada, eu a amo. e ela nunca vai ser minha.- ele disse quase gritando.


                _Me escuta, pense com a razão, é só uma fase, uma paixonite adolescente.


                _A senhora sabe que não é. eu estou esperando passar desde o terceiro ano, e nunca passou, e nem vai passar enquanto eu viver.


                _Draco eu já vi homens definhando por amor. E você não será assim! nós vamos sair dessa.a guerra vai acabar, você vai encontrar uma boa garota.


                _Uma maldita sangue ruim? – ele tentou ser sarcástico entre as lagrimas.


                _Merlin!- ela o apertou firme entre seus braços- Draco eu amei um homem uma vez,éramos jovens, e ele meu primo. Mas não me arrependo de ter me casado com seu pai, e de ter seguido esse caminho, pois nele encontrei você. e só por isso não enlouqueci, apenas encontre o seu caminho longe desse amor.


                _Você amava o Sirius Black?


                _E ainda amo.e ele sempre foi meu oposto, renegou a família, s aliou aos inimigos, passou a vida em Askabam, e mesmo o amando soube que fiz a escolha certa.


                _Ele sabia?


                _Não.E nem ela precisa saber jamais. Ninguém precisa.


                Draco se afastou e suspirou, revelações surpreendentes naquela manha.


                _Já que você não tem um feitiço pra isso, acho melhor eu conseguir dominar isso sozinho.


                _Sim, é melhor.


                Draco se recompôs e, estava prestes a sair da sala sem dizer mais nada quando a mãe o chamou:


                _Draco, ela foi uma boa escolha,uma que talvez eu escolheria para você, inteligente, leal, bonita! Fico feliz que tenha tido bom gosto.- ela disse também se recompondo.


                _Nunca teremos nosso amor não é? Mas isso não quer dizer que eles fossem errados.


                _Ninguém jamais soube que eu amei o meu primo, por isso consegui seguir. Promete que ninguém jamais saberá desse seu amor Draco! Prometa-me!


                _Eu prometo Narcissa Black ninguém jamais saberá do meu amor!


                _Assim é melhor... é assim que deve ser!


                Ela disse e viu o filho bater a porta suavemente atrás de si.     

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Nota/ Autora: Euzinha. Tentando escrever de novo. Essa short será o inicio de uma fic long, quero recuperar bastante de mim, e nada melhor do que escrever, sobre um casal que eu amo. Então é isso. Conto com vocês, para me ajudarem com essa nova fic. Posto superem breve se chamara Just Give-me a Reason sim estou apaixonada pela musica. Logo logo posto. beijos

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Comentários (1)

  • Camila Krum Malfoy

    Oi, adorei a ideia!!! Vai ser outro sucesso seu.Amo suas fics, desde "Sacrificio", acho q vc escreve super bem mesmo.Bjs 

    2014-03-28
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