Black / Mckinon



Meu Black, Minha Mckinon!


I've been around the world


 Eu estive pelo mundo afora


 


I've known a lot of girls


Conheci um monte de garotas


 


Livin' and lovin'


Vivendo e amando


 


It's hard to keep them all in line


É difícil mantê-las na linha


 


                - SIRIUS BLACK!!!! O QUE É ISSO?????!!!!!! – Berrou a garota ao entrar na sala comunal e ver o maroto em um beijo intenso com outra grifina. A menina que acompanhava ele assustou-se de tal modo que se levantou do sofá e dirigiu-se ao dormitório, rapidamente e muito corada.


- Parece um beijo, Marlene Mckinon. Viu, também sei falar seu nome inteiro! – Ele devolveu, rindo contente, levando o assunto na esportiva.


- Eu sei o que é Black! Quero entender por que isso?  Qual o significado disso?


- Não estou entendendo. Do que está falando mesmo? – Disse ele com desdém ao fechar os olhos e se jogar no sofá.


- Do fato de você estar engolindo “aquelazinha” do 4º ano! Black não se lembra que ontem você... Bem... Você saiu comigo e me beijou? – Disse raivosa e depois envergonhada.


 


I've seen a lot of sights


Vi muitas coisas


 


Many crazy nights


Tantas noites loucas


 


Cruisin' and boozin'


Viajando e bebendo muito


 


It's a wonder that I'm still alive


É de se admirar que eu ainda esteja vivo


 


E ele riu, gargalhou gostosamente. Parecia ter ouvido uma boa piada, vinda de seus amigos.


- Ah, sim! Fomos até a torre de Astronomia ontem à noite, não? Cara Lene, me deixe ver como vou te explicar esse assunto... Veja bem, eu sou alguém muito cobiçado nessa escola, entende? E, como alguém muito cobiçado, eu não posso me deixar ser... Digamos, preso em uma coleira, Ok? Tenho que estar ai para as outras, certo? Então, entenda... Aquele nosso passeio, nossos beijos, nossos abraços e todo o resto aconteceram ontem à noite e ficarão no ”ontem à noite”, entendido?


- Perfeitamente, seu troglodita, retardado, metido e galinha de 5ª categoria! Não olhe mais na minha cara, nem dirija a palavra à minha pessoa ou não respondo por mim! Entendeu, BLACK?! – Ela vociferou irritada, tendo a intenção de arremessar seus livros na cabeça do menino. Tomou o cuidado de proferir as últimas palavras com delicadeza e doçura na voz controlada.


- De 5ª categoria, mas com quem você amou ter um encontro, eim Lenezinha?!!! – Ele provocou.


- CALA ESSA BOCA, BLACK!!!! E POR MERLIN!!! CHAME-ME DE MCKINON!!!! OU EU...


- Não responde por si... Eu já sei! Agora, que tal deixar as raivas de lado e sentar aqui comigo, eim?


- TE ODEIO!!!!


 


Never wasted any time


Nunca perdi tempo


 


Never missed a beat


Nunca hesitei


 


Total satisfaction


Satisfação total


 


Always guaranteed


Sempre garantida


 


E os dias após a briga de Marlene e Sirius se passaram. De imediato ela chorou de raiva, de saudade, de tristeza. Depois se recuperou, e aí, surgiram os problemas! Lene comentou com Lilian Evans e Alice Morstan, suas melhores amigas, que faria Sirius sofrer em sua mão até se arrepender de tê-la dispensado.


Tentaram por juízo em sua cabeça, mas ela não permitiu. Disseram a ela que era desnecessário, que isso em nada afetaria ao maroto, mas ela não desistiu. Montou seu plano.


Já fazia dois meses desde a discussão calorosa que tivera com o “irresponsável e criança, do amigo do Potter”, como ela o chamava. Suas ideias já deveriam ser postas em prática. A amiga ruiva tentou mostrar-lhe que, talvez ele tivesse mudado, como ocorrerá com Tiago, com quem Lilian agora namorava, de nada adiantou.


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


No one needs to know


Ninguém precisa saber


 


Marlene passou a fazer de tudo para provocar ele, passava maquiagem, ressaltando-lhe a beleza morena. Calçava saltos finos, que lhe davam o porte e a elegância de uma modelo, nos horários livres vivia arrumada, jeans justo e cabelos escovados. Por vezes chegou ao limite, indo para a borda do lago Negro no verão, trajando shorts e blusas de malha fina e justa, acentuando-lhe a beleza feminina.


E isso certamente provocava a Sirius. Mesmo que ele não quisesse e não percebesse, mexia profundamente com ele. Chegou a intervir uma ou duas vezes no vestuário da garota.


- Ham... Mckinon, você não pretende ir ao passeio ao vilarejo com esses jeans, não é?


- E por que não?


- São... Bem... Um tanto... Justos.


- E qual seria o seu problema com minhas escolhas de roupas, Black? Nenhuma? Exatamente! Me visto como quiser, ainda mais se tiver um encontro. – Ela soltou a frase da discórdia.


- Encontro? Com quem, posso saber?


- Na verdade não pode não! Não tenho satisfações a lhe dar, com licença. – Ela falou num tom esnobe, voltando a dar atenção para Lilian, que observava a pequena discussão. – Vamos, amiga? – A outra acenou com a cabeça. Iam em direção à porta, mas Marlene se esquecera que mexer com Sirius era lidar com o fogo.


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


Before I have to go


Antes que eu tenha que ir


 


- Ah, mas você não vai assim, mesmo! – Disse ele, fechando o punho no braço dela. – Você vai voltar ao seu dormitório e por uma roupa descente!


- Meu pai veio para Hogwarts e eu não sabia? Que coisa mais careta, Black! Para o “Rei da Diversão”, como você gosta de se intitular, você tá muito marrentinho!


- Acontece que não quero que fiquem... Ah, quer saber? Vá do jeito que entender! Não sou eu mesmo que estou parecendo uma piranha com essa roupa! – Falou com irritação, largando o punho dela e virando-se.


- Do que me chamou, seu mal educado?!


- Sabe tão bem do que te chamei que compreende que não foi educado, Mckinon!


- Lene, cuidado. Não vá fazer uma besteira. – Avisou Lily abaixando a mão da menina, que apontava a varinha para Sirius.


- Relaxe, Lils. Não vou me rebaixar ao nível de um cachorro sem dente! Daqueles que latem, latem... Mas no fim não mordem! – Saiu pela porta, deixando um Sirius que espumava de raiva na companhia de uma surpresa Lilian, que aguardava Tiago.


 


Spread the word around


Espalhe a notícia


 


The boys are back in town


Os garotos estão de volta à cidade


 


Reelin' and rockin'


Balançando e agitando


 


We're rollin' with it win or lose


Nós estamos nessa, ganhar ou perder


 


A verdade é que, com o tempo, Sirius sacou o plano da morena, e percebeu que estava caindo como bobo nele. Notou em si todos os sinais de que estava se apaixonando. Frustração e rancor se abateram sobre o maroto, que há três semanas não era visto com nenhuma menina. Dois melancólicos dias se passaram, sem que ele sequer saísse do quarto para ver as aulas.


Quando se recuperou da tristeza, faltava uma semana para os NIEM’S, os exames finais para os alunos do 7º ano, e mesmo com a proximidade das provas, ele aproveitou esses dias para mostrar a escola que voltara aos antigos hábitos de galinhagem. Lene ficou irritada com a falha em seu ardiloso plano. Então resolveu que suas duas últimas semanas no castelo serviriam para conquistar Sirius Black, ainda que recorrendo a truques baixos!


As provas vieram e depois acabaram, trazendo uma melancolia para os alunos do sétimo ano, que jamais voltariam à escola. Lene abateu-se como todos pela tristeza, mas não parou o plano. Continuou com os trajes de verão, tendo com justificativa o calor da estação e Sirius controlava-se ao máximo para não cair na armadilha da menina.


 


The girls are dressed to kill


As garotas estão vestidas para matar


 


Lookin' for a thrill


Procurando por emoção


 


Slidin' and glidin'


Escorregando e voando


 


Sometimes they make it hard to choose


Às vezes elas tornam difícil escolher


 


Lilian curtia tudo que podia na companhia dos amigos, aproveitava já que, agora era o último ano, ela poderia divertir-se sem se preocupar muito com as conseqüências das badernas, sentimento que era compartilhado por Marlene e Alice.


Chegou o dia da esperada formatura, a entrega dos diplomas e o baile, intitulado “A última noite estrelada”. Os estudantes podiam trazer seus pais. Lene há muito perdera os seus e por já vivenciar a situação de solidão, ajudou a amiga ruiva, que tivera os pais mortos há pouquíssimo tempo, véspera de formatura.


Após a entrega dos diplomas, os alunos tiraram as becas de uniforme e ficaram apenas com o traje de gala. Os meninos de terno negro e gravata da cor da casa e as meninas com modelos variados de vestidos, mas que eram da cor da casa que pertenciam.


Lene escolhera um look que favorecia seu plano, um vestido tomara que caia vermelho-sangue que ia até dois dedos acima do joelho, possuía um cinto dourado e seus saltos eram da mesma cor do acessório. Sirius gamou ao vê-la naquela roupa, apesar de crer ser um tanto vulgar.


 


I never wasted any time


Nunca perdi tempo


 


Never missed a beat


Nunca hesitei


 


Total satisfaction


Satisfação total


 


Always guaranteed


Sempre garantida


 


Sirius não parava de observar a menina dançando, estava hipnotizado. Era oficial, estava apaixonado por ela e já não havia saída. Sentiu, várias vezes, um impulso de correr até ela e dançar com ela para sempre, beijá-la, amá-la.


Mas entendeu que, no fim, ela não o amava mais, queria apenas esnobá-lo, provocá-lo e fazê-lo ver o que perdera. Ela apenas queria vingança. Só que os fatos eram ao contrário! Lene ficava cada vez mais angustiada de saber que era sua última noite no castelo e que o garoto que queria não tomava atitude com ela.


“Tudo que eu queria, Black, era que você quebrasse as regras mais uma vez. Uma regra em especial. A de não falar mais comigo.”


Ela passou a noite dançando com todos os amigos e colegas, mas nenhum dos garotos, que ficaram com ela ali fizeram seu coração acelerar como Sirius fazia, nenhum deles mexeu com ela como o maroto mexia. Ouviu da boca de Lilian que esta estava noiva de Tiago, mas não pode sorrir ou felicitá-la como gostaria, porque mantinha os olhos esquadrinhando o salão, à procura Dele.


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


No one needs to know


Ninguém precisa saber


 


Seu jogo de provocação perdera a graça, e ela perdera o amor. Tomara o trem rumo de volta a casa, dessa vez não eram férias de verão. Sua vida adulta começaria ao pisar fora da plataforma e nessa vida, não haveria Sirius. Só haveria guerra, luta e tentativa de sobreviver e proteger os amados.


Sirius também sentia. Sofria pelo erro que cometera ao negar Marlene. Como fora estúpido, por um orgulho idiota privara-se de ser feliz com uma menina fantástica. Agora não havia mais nada a fazer, a perdera e jamais a teria. Tudo para ele sempre fora uma competição, mas ele não viu que à hora de parar chegara e se fora antes que ele notasse.


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


Before I have to go


Antes que eu tenha que ir


 


Passaram-se dois anos sem notícias uns dos outros, Lene sabia que Lils havia casado com seu amado, que Remo fora o padrinho e que Sirius estivera lá, mas ela não foi, não prestigiou a amiga por querer tocar a vida adiante, por querer focar em seu trabalho.


Mas mesmo quando você quer esquecer a vida, ela se faz presente. Com a guerra que estourou na Inglaterra, Lene teve de voltar. Ingressou na tal “Ordem da Fênix” que Dumblendor criara, apenas para lutar. Isso lhe custou muito, porque via Sirius sempre e ele parecia mais bonito do que ela lembrava. Fazia-lhe reavivarem sentimentos que muito lhe custara para vencer.


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


We'll take it nice and slow


Nós levaremos isso numa boa


 


Em outubro veio a notícia de que Tiago e Lilian seriam pais. Nova alegria, mas não para Lene.  Foi nomeada juntamente com Sirius como madrinha da criança que viria. No calor do momento, Sirius veio a ela e abraçou-a. Arrepios percorreram seu corpo como milhões de choques elétricos, ela afastou-se bruscamente.


-Tente se controlar, Black. – Falou constrangida


- Desculpe, Mckinon. Não vai se repetir.


Poucas semanas passaram e surgiu uma missão a ser realizada, Marlene ofereceu-se para ir. Consistia em invadir um dos QG dos Comensais da Morte e trazer o máximo de artefatos que os ajudassem a ter uma pista do que tramavam os assistentes de Voldemort. Ela ficara contente em ajudar, até saber que Sirius, por ter mais experiência na atuação de campo, a acompanharia.


- Desde que me deixe fazer minha parte e só me ajude em caso de necessidade extrema, teremos sucesso na missão, Black.


- Você é a líder da atividade, Mckinon. Faço o que você mandar e nada mais. Se quiser trabalhar assim, assim será.


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


Just let the feeling grow


Apenas deixe o sentimento crescer


 


O dia da operação foi se aproximando, Sirius e Lene buscavam treinar com certa freqüência todas as formas de defesa e ataque. Quando amanheceu o dia da missão, Marlene acordou mal, pressentimentos ruins e dores de cabeça a acompanharam até a sede da Ordem. Contudo Sirius não estava lá para acompanhá-la. Irritação e raiva a moviam.


“É um irresponsável mesmo. E quem é que precisa dele? Ninguém. Posso muito bem me virar sozinha.”


Mas, como nem tudo são flores, os comensais descobriram por meio de uma “fonte” que o ataque ocorreria e mantiveram Belatriz Black como guarda do QG. A comensal odiava Marlene com todas as suas forças, já que esta tinha tudo que ela não tinha: amigos leais e verdadeiros.


- Ora, ora, ora... O que é que tenho aqui?


- Uma auror, Black.


- A sangue-ruim da Mckinon. Quanto tempo, metidinha da grifinória.


- Olha quem fala, a sebosa da Black.


- Fala com desdém comigo, mas pelo outro Black você baba de amores, né?


- Ao menos ele é alguém descente. – Respondeu Marlene com nojo na voz


- Que lindo!!! A sangue-ruim apaixonada pelo meu priminho traidor da família.


- Isso é inveja. Já escolheu alguém para trocar pelo seu noivo porcaria? Ah, não. Me esqueci, ele prometeu te dar uns poucos galeões se você se casasse com ele, não é?


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


No one needs to know


Ninguém precisa saber


 


Belatriz espumou de fúria, seus olhos flamejavam de raiva.


- Cale essa sua boca imunda para falar do meu noivo! Sua nojentinha!


- Não minta, você o jogará da ponte assim que tiver chance. Só vai se casar com ele pelo dinheiro.


- Bem, o papo está bom Mckinon, mas agora já está na hora de deixar as falas de lado e começarmos a agir. Estupefaça!


- Protego! Opa, opa! Calminha, Belatriz. – Falou a morena, aproximando-se de uma taça de ouro no canto da sala e pegando-a na mão. – Vamos acalmar os ânimos ou sua amada taça já era. – Ela ameaçou ao ver a cara de pânico de Belatriz.


- Olha... A bebezinha sabe brincar...


- Sim, eu sei... Você jamais mataria alguém, e não tentará provar, pois sua taça está em minhas mãos.


- Largue os joguinhos e lute como se deve, sua covarde!


- Você é tão sonsa, Belinha... Acha que vou mesmo te obedecer? Antes uma covarde vida do que uma audaciosa morta!


- Posso ser sonsa, mas você certamente é mais. Caso não tenha notado, a taça não me é mais uma ameaça. – Zombou a comensal, que com feitiço retirou das mãos da adversária a taça de ouro.


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


Before I have to go


Antes que eu tenha que ir


 


Marlene apavorou-se, perdera seu objeto de barganha. Deveria ter tido mais atenção, esqueceu-se que estava na companhia de uma comensal.


-Hoho... Não é a mesma coisa sem ajuda, né? Ok, agora a diversão. Expelliarmus. – E a varinha de Lene voou longe, batendo com estrépido no chão.


- Mesmo sem varinha sou uma bruxa dez vezes melhor que você, sua comensal de araque.


- Veremos. Crucio. – A outra contorceu-se de dor, mas manteve-se de pé. – Realmente, forte o suficiente para agüentar uma maldição, mas várias... – E Belatriz acertou-lhe com outras dezenas de feitiços poderosos. Marlene não se entregou, usou até sua última gota de força e coragem para resistir, mas a dor era insuportável. – Enfraqueceu, Mckinon?


- Me mate de uma vez!


- Ah, não. Preciso me divertir. – Mais algum tempo de sofrimento, até que a comensal se cansou. – Ok. Vamos acabar com isso, tenho que cuidar da minha beleza ainda.


- Vai ser demorado então! – Zombou Marlene em suas últimas forças antes de cair no chão.


- Vamos à seu fim então! – Disse a outra ao se aproximar dela.


- Não precisa ficar tão perto para dar o Avada.


- E quem lhe deu a doce ilusão de que vou te matar por feitiço? Será pior, mais devagar, sofrido e doloroso. – Avisou com um sorriso maligno.


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


We'll take it nice and slow


Nós levaremos isso numa boa


 


- Qual sua ideia de devagar, sofrido e doloroso?


- Digamos que meu “amigo” Snape, deu uma nova ideia de assassinato que deixa menos evidências que a maldição. – Explicou tirando uma navalha de dentro das vestes. – O ângulo de corte está perfeito. – Tomou o punho de Lene e fez um pequeno corte sobre a artéria, o sangue jorrou pelo chão da sala.


- Sua intenção é me matar com facadas? Nossa! Trouxas já usam esse método há anos, sabe?


- Nem de longe seria tão ingênua. – Falou a perversa, conjurando uma espécie de seringa. – Sabe o que é isso? – A outra negou. – Claro que não sabe. É uma mistura simples, mas letal.


- Poção do Morto-Vivo? Que criatividade. O hospital tem cura para isso, sabe?


- Você é bizarramente divertida. Mas não. Severo Snape criou essa poção, que ele chamou de Vai-não-Volta. Um veneninho eficaz para sangues-ruins como você. Não tem cura. Só ele sabe como reverter o quadro mortal dessa beleza! E digamos que ele não esta exatamente do seu lado!


- Então vá em frente. Quanto mais rápido, melhor.


- Não será rápido. Pode agonizar a vontade. Só morrerá em duas horas. Mas não se aguentará de dor em poucos minutos. – Ela explicou, injetando o veneno na artéria da morena. – É insuportável, os poucos que experimentaram, não levaram mais que meia hora para implorar morte, mas você é muito corajosinha, vai sofrer até o fim! – Ela findou. Lene fazia caretas ao sentir o braço esquentar, reação da poção injetada. - Fecharei o corte só para você não ter de olhar para ele, porque sou muito boazinha. Adeus, namoradinha estúpida do Sirius Idiota Black.


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


Just let the feeling grow


Apenas deixe o sentimento crescer


 


E ela desaparatou, Lene sentiu os dedos adormecerem e depois uma dor lacerante que vinha do punho e se entendia por todo o braço. Gritou, embora soubesse que não a ouviriam, implorou por uma ajuda, que não veio. Chorou, estivera se fazendo de forte, mas não era. Queria que Sirius estivesse com ela, pois assim estaria mais tranquila em aceitar que morreria.


Pareceu mágica, nem bem se lembrara do maroto e um estouro veio, explodindo a porta. Era ele. Seu salvador.


- Mckinon! O que... Que houve? A marca... A marca negra, está aqui.


- Black... Eu... Eu juro que tentei. Bela... Belatriz estava aqui e... Ah, Black. – Choramingou ela.


- Marlene!!!! O que ela fez? Não há tempo!! Vamos, hospital agora!!! – Sirius falou, horrorizado. Pegando a menina no colo.


- Não adianta. Veneno letal não catalogado. O hospital não vai saber a cura. Dói, Sirius! Dói muito!!!! Meus braços... Eu...


- Shhh, calma. – Ele a abraçou ternamente. – Daremos um jeito em tudo. Ficará tudo bem!!!


- Sirius, não dá... Vou morrer. Não posso negar os fatos. Agora só quero você aqui!!! Queria ter tido mais tempo... Desculpe.


- Não é a única errada. Nunca vou me perdoar por ter te deixado ir. – Ele falou sôfrego. Seus olhos azuis se marejaram. Beijou-a o topo da cabeça. Esperou com ela, acalentava-a, aninhava-a e depois de um tempo beijou docemente os lábios da morena, transmitindo amor.


- Sirius...


- Não fale! Jamais te terei comigo. Te amo, te amo... Me odeio porque deixei para depois o que poderia fazer na hora. Perdoe-me... Lene, se eu tivesse vindo na hora... Mas estava ajudando Tiago com a mudança...


- Nunca se arrependa de ajudar um amigo! Pode ser que nunca mais o tenha!!! – Disse ela, doce. Passando a mão no rosto macio do moreno. Ele segurou a mão dela e beijou-a novamente. Chorou. Ela sentiu as pernas queimarem de dor, gemeu. A cabeça rodou... – Sirius, te amo. Fique bem, tá? E faça sempre o “hoje”, hoje! Não deixe que algo especial seja apenas um “ontem à noite”.


Choraram juntos. Testas coladas, mãos entrelaçadas, corações em um só ritmo. Até que, entre um gemido de dor, Lene ficou tonta. Beijou o moreno uma última vez, antes de deixar entregar-se completamente a sua dor e relaxar o corpo sobre o dele em um abraço.


- Marlene... Não!!!! Agora não!!!! LENE!!!! – E a abraçou chorando. – Te amo, Mckinon.


 


Tease me


Provoque-me,


 


Please me


Agrade-me


 


We'll take it nice and slow


Nós levaremos isso numa boa


 


Ele não sabia que em pouco mais de um ano, Tiago e Lilian seriam traídos por alguém que pensavam que era amigo, não sabia que seu melhor amigo morreria assassinado, deixando órfão o filho de 1 ano, não sabia que seria acusado de matar 13 trouxas e passaria 12 anos preso, não sabia que tentaria matar um de seus melhores amigos, que seria um fugitivo da justiça e que morreria jovem, morto pelas mesmas mãos que mataram sua amada.


Não imaginava que jamais seria para seu afilhado o padrinho que queria ser, nem que não seria capaz de esquecer nunca as últimas palavras Dela, que por isso nunca conseguiria se relacionar com outra mulher sem pensar Nela. Era dolorosa a vida sem ela.


Quando tudo isso passou, quando foi para detrás do véu, só tinha uma certeza, mesmo sem Harry, ali seria o lugar mais feliz de sua vida... Ou morte. Por que teria a Tiago e Lilian, não precisaria fugir da polícia e teria a ela, sim... Ele teria de volta sua pequena e doce, sua amada Mckinon. E como ela lhe fazia falta, porque o amor é assim, às vezes pode até machucar, mas a dor maior é sempre a da saudade.


Sirius e Marlene tinham um amor que merecia ser vivido e nem a morte iria os separar. Ela esperou por ele e ele pelo dia de revela. Porque, embora eles nunca tenham vivido esse amor como se deveria, para ela, ele era “o meu Black” e para ele, ela era “a minha Mckinon”

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

  • Victoria S Potter

    Olá! Então, eu só queria tentar lhe responder a respeito do seu comentário no último cap da fic, mas não sabia por onde responder. Enfim, aprecio suas dicas, e agradeço. Mas só usei a ligunagem fomal a respeito da carta de Andrew para Victoria, pois é uma das caractéristicas do personagem. Mas não pretendo continuar com o tipo de linguagem a não ser que seja necessário. Beijos! 

    2014-06-30
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.