Capítulo Único



   O vestido rasgado e coberto de poeira, os cabelos desgrenhados e sujos e até o mesmo o corpo coberto de roxos e sangue. Nada incomodava a morena naquele momento. Nada a não ser a dor que tomava conta do seu coração e se espalhava por seu corpo. As lágrimas rolavam por seu rosto alvo e caiam no porta-retrato que segurava firmemente entre os dedos.


   Aleto Carrow raramente chorava, mas não conseguia e nem queria lutar contra a tristeza. Amico, seu irmão, seu gêmeo, seu amigo, seu amante…


  “ Seus dedos seguraram meu rosto enquanto acariciava levemente o mesmo.


 - Eu te amo, Aleto - Eu sorri largamente mas neguei com a cabeça.


 - Isso não é uma despedida, nós vamos ganhar essa guerra e depois que tudo isso acabar vamos assumir nosso relacionamento para todos - Disse em um fio de voz. Seus lábios selaram os meus. Contornei seu pescoço com meus braços enquanto ele puxava minha cintura para mais perto de si. Nosso beijo se tornou faminto e voraz, as línguas batalhavam para ver quem explorava mais a boca do outro. O ar faltou e nós nos separamos. Seus braços me envolveram em um abraço, que seria o último.



  Defendi o feitiço que veio até mim, com  um simples aceno de varinha e devolvi com um Sectumsempra que e velha também defendeu. Meu irmão lutava ao meu lado com Kinksley. Não olhei muito para ele pois sabia que ele saberia lidar com o homem.


 - Desista McGonagall, já está ofegante com apenas 4 feitiços - Sorri com ironia.


 - Nunca - Revirei os olhos - Deprimo


- Protego - O feitiço quase me atingiu - Incarcerous.


  Minha risada sádica ecou pelo local quando as cordas negras envolveram a mulher, porém meu riso congelou no momento em que uma luz verde iluminou meu lado esquerdo. Joguei McGonagall para longe e girei meu corpo para o homem caído no chão que logo identifiquei como o corpo de Amico. Minha respiração falhou e eu senti a varinha escorregar de meus dedos, mas consegui segurá-la firmemente.


 - Maldito - Fiz uma chuva de feitiços irem em direção à Kingsley que ele defendeu com maestria, senti as lágrimas embaçarem minha visão e com toda minha dor, raiva e vontade disse - Crucio.


  Ele caiu no chão, gritando e se contorcendo em agonia. Prolonguei a maldição até ele olhar para mim e me pedir a morte.


 - Sectumsempra, Sectumsempra, Sectumsempra - Os gritos de sua dor enchiam meu ouvido como uma música doce. Esqueci a batalha ao meu redor, esqueci os meus colegas Comensais que caiam morto ao meu lado, me esqueci de tudo naquele momento e me ajoelhei ao seu lado. Segurei sua mão entre as minhas e olhei para seus olhos abertos e sem vida, os olhos azuis que outrora possuíam o mesmo brilho que os meus. Beijei seus lábios e fechei suas pálpebras - Eu te amo, Amico. Amo de uma maneira que nunca tinha amado alguém, amo de um modo que não conseguia por em palavras e por isso nunca te disse. Eu pertenci a você desde o momento em que viemos ao mundo, eu pertenci a você em todos os momentos de minha vida, eu pertenço a você nesse momento e vou pertence a você, para sempre. Me desculpe, meu amor. - Coloquei a mão que segurava a dele  sobre meu ventre - Eu pretendia contar a você logo depois em que tudo isso acabasse - Limpei as lágrimas e lhe beijei pela última vez.




  Segurei seu corpo e aparatei para nossa casa…  ”




  A foto para qual olhava mostrava os dois se abraçando, ela mostrava a língua e ele revirava os olhos mas mesmo assim os dois sorriam. Passou os dedos pela imagem e deixou os soluços ecoarem pela sala. Sempre tinham sido tão parecidos, os mesmos olhos, as mesmas expressões, a mesma cor de cabelos, o mesmo tom pálido da pele, o mesmo nariz empinado e os mesmos lábios cheios.




 - Viemos ao mundo juntos, pertencemos um ao outro - Sussurrou a frase que ele tinha lhe dito uma noite logo depois que caíram na cama, ofegantes e suados.


 


  Deitou sua cabeça no peito dele e ali ficou, acariciando seu ventre e chorando livremente, seu corpo tremia e ela sabia que a qualquer momento eles a veriam buscar. Mas ela não se importava mais se seria levada para Azkaban. Nada mais fazia sentido, ela tinha morrido com ele. Já tinha decidido que seu filho ou filha seria entregado para Narcisa, assim que nascesse, tinha certeza que a amiga não iria negar, aliás a loira não seria presa mesmo.




  Ouviu a porta se aberta em um estrondo, o barulho parecia estar longe. Não sentiu quando eles a levantaram e a arrastaram para o lugar que sabia que passaria o resto de sua vida.



 - Pertenço somente a você.


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N/A: Finalmente eu postei e só peço para que Mary não me mate, aliás matei meu/nosso Amicão. Quer dizer, espero que nenhuma perv me mate. Valeu por serem paciente com a minha pessoa... Enfim espero que todas gostem :3 

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Comentários (2)

  • Hellie Lestrange

    Socorro! Vou morrer com cada pedacinho dessa fic <33Sério, CHUPA MARY PORQUE EU POSSO CHORAR! kkkk  Ai gente, vou ali no ministério soltar minha amiga porque (eu não sou babá de ninguém) eu quero ela livre pra cuidar da criança dela!Ameeeei, keliiiitos! 

    2013-11-12
  • MaryLestrange

    aaaaaaaaaaawwwwwwwwn!  Morri! literalmente kkkeio   Ficou linda de mais!!!! só não chorei pq li no meio da aula... mas que maldade ter matado o Amicão T-T Amei, sério! e essa eh a primeira carrowcest da floreios! \o/  uhuuuules! daqui a pouco vamos dominar o fandom, letinha! kkkkk  Parabéns pela fic, kelenlicia, e continue escrevendo, pq vc escreve mto bem *-* 

    2013-11-12
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