Casamento Arranjado



Capitulo XII
Casamento Arranjado

Ginny chegou a Sala Comum com os olhos inchados e com uma cara cheia de tristeza. Entre os alunos que estava na Sala, estava Hermione, que foi logo ter com ela.
-Gin? Onde estiveste até agora amiga?
-Tive com o Draco… Hermy… os meus pais estiveram aqui e proibiram-me de namorar com o Draco… -contou Ginny, a soluçar e quase a chora, de novo
-Oh lindinha… -murmurou, abraçando-a
-Mas eu não tenho medo deles… tenho que ganhar coragem! Eu só tenho receio do que possa vir a acontecer, com o que eles possam fazer… percebes?
-Ya… mas tens que ter muita coragem mesmo para enfrentar tudo isto… e eu vou estar sempre do teu lado, a apoiar-te em tudo, ouviste?
-Muito brigada amiga!
-Ginny onde estiveste até agora?! Recebeste a visitinha do pai, não foi? –exclamou Ron, com um ar sarcástico ao ver Ginny
-Recebi, e dai? Tens alguma coisa contra? –respondeu Ginny, com calma e confiança
-Hum… Atão… já terminaste com aquele Malfoy?
-Porquê? Interessa-te?
-Claro que sim! O pai pôs-me como teu vigia e ele não quer que tu namores com ele…
-Ai é verdade?! Atão vais seguir-me para todo o lado?
-Claro que vou!
-Ah! Atão olha, neste momento eu vou a casa de banho… Queres vir também?! Ahahah!! –riu Ginny, na cara do irmão
-Não! Só vou contigo até a porta da casa de banho, não te preocupes…
-RON! Deixa-me em PAZ!!! –berrou, virando as costas ao irmão e subindo as escadas, seguida por Hermione
***
Nas Masmorras…
-Draco…? Ouvi falarem umas cenas a teu respeito… -disse Pansy, chegando-se á beira dele
-Sobre quê? –perguntou, franzindo a sobrancelha, pois já desconfiava de que fosse sobre ele e Ginny
-Sobre a Weasley e tu… Diz-me que não é verdade, por favor! –exclamou, fazendo uma cara de horror
-É verdade, sim, porquê?! Ela é muito melhor do que certas pessoas, sabias?
Pansy ficou admirada, pois Draco não ligava para… esse tipo de gente, e ainda por cima elogiá-los! Continuou a fitar Draco durante algum tempo, a tentar assimilar as ultimas novidades e depois foi para o quarto.
“Agora que todo o mundo já sabe, não tenho mais nada para esconder… Agora é só a minha ruivinha e eu…! Bem… do Ron temos que continuar a esconder!” –pensava ele.
Nessa mesma semana, Dumbledore também apareceu numa das aulas de Draco, dizendo que seu pai queria falar com ele. O pai ameaçava-o de internato na Escola de Quidditch, se ele não terminasse com Ginny. Mas, claro que não era nenhuma dessas coisas que Draco pretendia fazer… Queria tornar-se um Auror, assim como Ginny, e casar com ela… esses sim, eram os seus maiores sonhos! E ninguém podia tirá-los. O seu pai foi embora, deixando esta advertência, mas Draco sabia muito bem como dar a volta ao assunto…
Ele e Ginny tinham arranjado uma maneira mais fácil de combinar encontros, pois a marcação de Ron em cima dela estava muito apertada. Requisitaram Hermione para fazer um encantamento que fizera no seu 5º ano: encantar uma moeda, para que ela mostrasse o local e o horário do encontro. Assim, tudo se tinha tornado mais fácil para os dois amados e continuaram a se encontrar sem nenhum problema.
Mas não era só o amor deles que ia de vento em popa… Harry e Hermione eram um par muito feliz, e Harry sabia como agradar a namorada! Todos os dias, Hermione acordava com uma rosa vermelha na sua cabeceira, com bilhetinhos amorosos… Enfim, apaixonados!
O fim do ano chegou rapidamente… Draco e Ginny viam-se com cada vez menos frequência, pois este era o ultimo ano de Draco em Hogwarts, e teria os exames finais. Mas, sempre que estava juntos, trocavam promessas e juras de amor desesperadas, sonhos de uma vida a dois… Mas, claro, talvez tudo isto não fosse possível de se realizar, pois os seus pais estavam cada vez piores e Ron vigiava todos os passos de Ginny… os pobres nem sabiam se se iam ver nas férias…
O ano terminou… os exames de Draco, Hermione, Ron e Harry correram-lhes muito bem, e já estavam de volta a casa. Nos primeiros tempos, Draco escrevia a Ginny regularmente. Só que num dia, Ron apanhou uma carta de Draco, que acabava de chegar á Toca. Ao ver que era do seu inimigo, mostrou prontamente aos pais. Mr. Weasley proibiu a filha de voltar a escrever para Draco, e na fúria, tirou-lhe todo o material de escrita. Mas, Ginny tinha a ajuda da sua mãe, embora Mrs. Weasley não apoiasse muito o namoro da filha, mas também não concordava com as atitudes histéricas do marido. Preferia ver a sua filha feliz, com o inimigo, do que infeliz, sem ele.
Lucius Malfoy também não estava muito contente com as atitudes absurdas do filho, e fez de tudo para o trancar no quarto as férias inteiras. Para piorar a sua situação, quando recebeu as notas dos exames (todos Excelentes), o pai inscreveu-o na Escola de Quidditch. Mas, assim como Mrs. Weasley, Narcisa Malfoy também foi contra a decisão do marido, e ajudou o seu filho em tudo o que precisou, em relação a Ginny. Ela e Molly Weasley encontravam-se algumas vezes e conversavam sobre os seus filhos e maridos, e foram-se conhecendo melhor, até se tornarem amigas. Tentavam fazer de tudo para que seus filhos se encontrassem, visto que os seus maridos só deixavam os filhos saírem de casa acompanhados pelas mães.
As férias passaram a “voar”… faltavam 3 semanas para Draco ir para a Escola de Quidditch, quando recebeu uma notícia chocante: o seu pai ia casá-lo!! A moça era filha de feiticeiros muito conceituados a nível mundial. Ela e sua família eram oriundos de Itália, e ela era uma das melhores alunas da Escola de Feitiçaria de Nápoles. Ela fora transferida para Hogwarts, para terminar os seus estudos. Tal como Ginny, Alissa Fraternelli iria frequentar o 7º ano.
Draco ficara horrorizado com a ideia de se casar com uma rapariga que não conhecia, e muito menos amava. Queria Ginny, não essa tal de Alissa… Narcisa quando soube, tentou apoiar o filho ao máximo. Deixou o filho escrever uma carta a Ginny, a contar a pretensão do pai. Mesmo com os carinhos da mãe, Draco sentia-se perdido, muito angustiado…
***
“Minha querida Ruivinha,
Tenho que te contar uma coisa que aconteceu, ou que pelo menos pode acontecer mais depressa se o “Velho Morcegão” se passar! O meu pai, para além de me mandar para aquela horrível Escola de Quidditch, decidiu casar-me! Acreditas?! Eu ainda tou com a cabeça a andar a roda… Ele está a enlouquecer! Só pode! E eu também estou, se não fosse a ajuda preciosa que a minha mãe me tem dado, não sei o que estaria a fazer neste momento… Minha linda, amo-te muito… como posso fazer a vontade do meu pai, se essa não é a minha?! Como? A minha mãe diz que vai tentar mudar as ideias do meu pai, mas duvido… acho isso mesmo impossível! Mas também, se ele me quiser casar mesmo, só será daqui a um ano mais ou menos. A tal rapariga, a Alissa, vai estudar para Hogwarts, para o 7º ano. Vais ter companhia este ano… heheh…
Minha bebé… tou mesmo triste… e desanimado. Hoje vejo o que o meu pai é de verdade… estou muito desiludido com essa descoberta… Não sei o que fazer, o que dizer quando olho para a cara dele! Dá-me tanta raiva! Ás vezes, apetecia-me atirar-lhe um feitiço! Mas, lembro-me logo de ti, e a minha raiva passa…! Tu és a minha cura, Ruivinha!
Mor, preciso de te ver, de te tocar, de ficar contigo, nem que seja por uns segundos! Preciso! A minha mãe concorda em me levar á Diagon-Al, daqui a pouco… A tua pode levar-te lá?
Responde depressa, por favor!
Amo-te,
D. Malfoy”

Ginny estava banhada em lágrimas, quando terminou a de ler a carta…
“Como é que Lucius Malfoy pode fazer isto connosco? Ao seu próprio filho? Será que vai mesmo obrigar Draco até á ultima? Ai… porquê que eu tive que me apaixonar por ele? Porque é que eu descobri o seu lado bom e não continuei a ver o lado mau? Assim seria tudo tão diferente… não estaríamos a sofrer…” –pensava Ginny
-Filha? É uma carta dele? –perguntou Molly, chegando á beira da filha
-Sim mãe… -balbuciou, agarrando-se á mãe –O pai dele quer obrigá-lo a se casar…
-Não acredito! –exclamou Molly –Lucius tem coragem para isso? Oh! Isto é só uma pequena amostra do que ele é capaz de fazer…
-Pelos vistos… -respondeu Ginny, baixinho e desanimada
-Bem, espero que o teu pai não tenha esta “brilhante” ideia…
-Mãe!! Nem me lembre isso! Já basta o Draco!
-Desculpa filhota… Olha, queres ir ter com ele?
-SIM! Ele na carta diz que a Mrs. Narcisa pode leva-lo á Diagon-Al agora! A mãe pode levar-me lá também?
-Claro que posso! Responde a ele já! Diz que daqui a uma hora tamos no sitio do costume, ok?
-Oh mãe! Adoro-te muito! Brigada!
-De nada filha! Faço tudo para te ver feliz! E o Draco já provou que te merece e que te ama de verdade!
Ginny animou-se e escreveu um bilhete ás pressas para Draco, a combinar o encontro.

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