Capitulo 3



"Does she get the same big rush, when you go in for a hug


and your cheeks brush?


Tell me, am i crazy, am i crazy?"



Antes que a moça pudesse contestar que ele não fazia parte daquela turma, ele foi até a mesa do professor, deixou, os que pareciam pesados, livros e voltou-se. O professor entrou na sala, dando um aceno de cabeça ao Malfoy, este retribui, mas antes de sair, lançou um sorrisinho sarcástico a mesa da ruiva.


– Abra seus livros no capitulo que paramos.


A ruiva folheava o livro quando, do nado, uma gosma amarela veio na direção de seu rosto. A sala silenciou-se.


Ela ficou atônita, somente conseguiu limpar seus olhos, e a sala começou a gargalhar. Ela tentou limpar-se mais, no entanto era complicado.


Um baque – do livro contra a mesa – fez todos silenciarem-se novamente. O professor encarava a turma seriamente.


– Senhorita Weasley. Por favor, vá lavar o rosto – Seu tom parecia mais rígido que o normal. Gina somente assentiu e saiu da sala.


Foi só fechar a porta e dar 2 passos e foi de encontro com o Malfoy. Primeiramente ele a encarou de cima a baixo, depois pôs-se a rir.


– Isto tudo é amor a casa? – Disse entre as risadas, indicando o tom do cabelo e a gosma no rosto.


Aquilo foi o estopim, Gina já estava com raiva o suficiente para amaldiçoar quem a fez isso e agora o Malfoy estava...


“É claro”


Tudo juntou-se na mente da Weasley mais nova.


– Foi você! – Ele parou de rir. O tom dela chegou até a intriga-lo um pouco, ela nunca o assustaria, mas como viu a raiva em seus olhos, provavelmente deveria assusta-lo – Você colocou essa gosma no livro. – Ela respirava fundo, parecendo querer se acalmar – Você fez isso comigo!


– Bem, eu não posso negar. No entanto, antes que se ache muito importante, você não era meu alvo – Isso pareceu acender novamente a irá em seu olhar, mas ele pareceu não ter notado – Mas admito foi bem mais interessante.


Com certeza, Malfoy não tinha medo de morrer, como parecia ter tido um tempo antes, pois começou a rir do rosto lambuzado da ruiva.


Em menos de 3 segundos, Ginevra já estava sobre Draco com as mãos bem fechadas em seu pescoço.


A raiva realmente só podia tirar a razão das pessoas, nem mesmo calculou o peso que jogou sobre o Malfoy de surpresa. Era obvio que eles iam ao chão


Mesmo com todas as brigas, nunca tinham chegada a usar força bruta ( quadribol não conta ) porque era claro que ela sairia perdendo, era só comparar o tamanho dela ao dele.


Colocava toda a força que podia, mas pareceu que eram mãos de criança quando ele as segurou entre as suas tirando-as de seu pescoço, nem parecia o mesmo Malfoy que havia levado um soco de Hermione Granger.


– Weasley! Eu não queria te sujar.- Ele parecia irritado – Mas mesmo assim não achou mesmo que te deixaria em paz por conta daquilo não é? – Ele riu.


A ruiva fez algo como um rosnado, antes de forçar mais ainda as mãos para golpeá-lo a qualquer custo


– EU VOU MATÁ-LO, MALFOY!


– Ginevra Weasley. - A voz calma fez ambos, que estavam no chão, parar de imediato. A ruiva ergueu a vista devagar. Minerva surpreendeu-se com o rosto gosmento da moça – Oh, Céus! Os dois na minha sala, agora.


– Ah, não acredito! – A ruiva suspirou e levantou-se, sendo seguido pelo loiro.


Gina não sabia se estava com raiva, ou preocupada com que ia acontecer.


– Eu vou te amaldiçoar. – Disse entre dentes para Malfoy.


– A culpa disso é sua.


Antes de a moça responder, Minerva lançou um olhar para trás, fazendo os 2 calarem-se.


Mais algum tempo, eles chegaram a sala da diretora. Gina olhava para todos os lados constrangida, até reparou em um quadro de Snape por ali.


– Pois bem. Comecem suas explicações – Ela sentou-se, colocando as mãos unidas sobre a mesa.


– O idiota do Malfoy resolveu fazer isso comigo e –


– Eu já disse que você não era o alvo.


– Não me interrompa! – Ela exaltou-se.


– Ou o que? Vai tentar me matar? – O tom de voz subiu algumas oitavas.


– Você sabe que posso tentar. – Ela mostrou os punhos.


– Esta vendo, professora. Essa garota é uma psicopata. – Eles pareciam não perceber que estavam gritando.


– Eu tenho motivos. Olha o que ele fez comigo – Apontou para o rosto. A gosma já era pouco, mas havia ficado uma tonalidade de amarelo forte a sua cútis.


– Mas eu---


– Basta! – Minerva ordenou com a mão na têmpora. Não era de hoje que havia brigas entre os 2 presentes. Agora entendia porque os outros professores não tomavam partido. – Os dois estão na detenção. Além de estarem fazendo alvoroço no corredor, ainda estavam fora de suas respectivas salas. – Os jovens abaixaram a cabeça, recebendo a punição.


– Hoje a noite, ajudaram ao Sr. Filch.- Conclui ela.


Os dois gemeram.


–Professora, hoje é meu dia de monitoria.


– Avisarei ao chefe de monitoria para ajustá-lo para outro dia.


Acabou-se s argumentos do loiro


– Sr. Filch os esperará as 20:00 na frente do salão principal. – Ela ajeitou os óculos – Senhorita Weasley, aproxime-se por favor. – Gina chegou próximo a mesa, a senhora tirou a varinha da mesa, sibilando algo baixo e rápido. – Agora pronto, voltem para suas aulas.


A ruiva tocou o rosto, percebendo que não havia mais gosma, ao virar e perceber a cara de desinteressado do Malfoy, sabia que seu rosto estava limpo, totalmente.


Eles saíram da sala e a mais nova procurou alguma coisa refletora para comprovar. Viu seu reflexo em um espelho de mural próximo, vendo seu tom normal novamente.


– Malfoy, eu—


Ia amaldiçoa-lo, mas ao virar-se percebeu estar sozinha.


– Hunf. Idiota. – Voltou para a sala tendo que explicar ao professor o motivo de seu atraso.


Claro que omitindo alguns fatos.


–x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-DG-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x


Luna ria quando a ruiva terminou de contar a história. Era obvio que a noite ia ser ruim para pelo menos uma delas.


Jantou rápido e enquanto todos dirigiam-se aos dormitórios ela continuou pelos corredores.


20:02, na frente do Salão Principal.


Encontrou Malfoy encostado a parede com os braços cruzados.


– Está atrasada.


Ela não respondeu. Sua nova forma de não ganhar outra detenção era simplesmente ignorar ao Malfoy-idiota.


Recostou-se na parede, mas afastada, olhando somente o corredor.


– Hey, Weasley. Você está surda? – A ruiva nem olhou em sua direção – Estou falando com você – Ele colocou-se na frente dela – Hunf. Se não quer falar melhor ainda.


Ele voltou-se para seu lugar e logo viu Argo Filch aproximando-se.


– Venham os dois, tenho algo bem agradável para vocês. – Por algum motivo, a ruiva desconfiava que não se tratava de um chazinho.


Eles caminharam pela escola silenciosa, encontrando 1 ou 2 monitores por perto, passaram por um grande vão, chegando até a parte ainda não reconstruída do castelo, provavelmente seria uma das áreas de salas.


Filtch abriu uma porta, que rangeu fortemente, adentraram um passo, um cheiro estranho chegou as narinas do grupo. Não era forte, mas com certeza não era ‘agradável’.


As chamas se ascenderam, mostrando pilhas de caldeirões amontoadas.


– Estes caldeirões estão aqui faz algum tempo. Acredito que era de algum 1º ano, antes da guerra.


– E o que quer que façamos com isso? – Malfoy cobria a boca e o nariz com o dorso da mão.


– Vocês vão limpá-los –


– Okay – Gina falou já pensando em alguns feitiços de limpeza que tinha visto Molly fazer.


– ... Sem magia – Argo completou.


– O que? Mas isso pode levar a noite toda – Malfoy gesticulando para as pilhas.


– Entreguem-me suas varinhas. – A contragosto, ambos cederam, colocando as mesmas na mão enrugada – Quando terminarem estarão dispensados da detenção. Enquanto isso – Ele se dirigiu a porta – Não se matem – O estalo da porta sempre trancada por fora, soou.


Tinha uma pia com esponjas e produtos de limpeza no canto da sala.


– O Filch só pode estar... – Ela nem ouviu, dirigiu-se a um balde, enchendo-o de água – Weasley? – Ela não lhe respondeu – Weasley! – Ela parecia muito entretida em fazer espuma em um dos baldes. – Você estava falando com o Filch ainda agora e... – Ela lhe lançou um olhar irônico – Ah, claro, é só comigo.


Ela foi até ele lhe dando um balde com sabão e esponja, já carregando o dela.


Ele preferiu não falar mais nada. Puxou, assim como ela, um pequeno assento para seu lado, pegando um dos caldeirões.


Passou um bom tempo, suficiente para estarem polidos um terço dos caldeirões. (N\\A: Acreditem isso é muito!) Ninguém falava nada.


Quanto tempo já teria passado? Uma hora? Duas? TRÊS? Não sabia. Só sabia que nunca tinha passado tanto tempo sem falar uma palavra.


“ Nossa, isso não--”


– Meu Merlin, Não acaba nunca? – O Malfoy vociferou. Ela lhe olhou assustada por parecer ter lido seus pensamentos.


Será que o Malfoy estaria usando legilimência?


– O que foi? – Ele encarou seu rosto em duvida, ela não falou nada. Ele voltou-se para o metal em suas mãos. Ele grunhiu.


– Isso está me irritando – Ela o olhou como se perguntasse ‘O que?’ – Esses caldeirões não acabam, estou perdendo horas de sono, estou trancado aqui com uma Weasley, que para piorar, resolveu dar uma de sem língua. Estou me sentindo mais tagarela que nunca.


A weasley deu de ombros, ignorando-o. Aquilo o irritou mais. No entanto, no mesmo instante surgiu um sorriso de canto em seus lábios.


– Então quer dizer que você finalmente percebeu seu lugar, onde não pode nem me dirigir a palavra? – Zombou ele.


Ela bufou encarando-o incrédula.


– Ou será que está só querendo me irritar? – Ela sorriu secamente, mostrando a probabilidade de ser esse um bom motivo. – O que é inútil, já que você nem ao menos me afeta.


Ela quis lhe falar que não fazia um minuto que ele falou que estava ficando irritado, mas respirou fundo, tentando acalmar a raiva que começava a crescer. Ele sorriu


– Deve ser mal de família – Continuou ele – Tentar me atingir, mas nunca ter sucesso.


Ela rangeu os dentes. Porque tinha que colocar a família no meio? Mordeu a língua para não dá uma resposta a altura.


– Você até parece civilizada assim sabia? Nem parece ser uma Weasley


“ Filho da...”


Ela ergueu-se, no impulso, abrindo a boca para comentar, mas fechou-a em seguida. Ela grunhiu, sabia que ele estava somente a instigando para quebrar o silencia do seu lado.


“Inspira, expira. Inspira, expira.”


Repetiu o movimento algumas vezes, mas não parecia ter resultado. O sorriso de Malfoy mudou, tornando-se quase malicioso.


Ele estava estranho demais, no ver dela. Será que o cheiro estava afetando o cérebro dele?!


 


– Ou talvez – Ele levantou-se ficando em frente a ela – Só esteja com vergonha – Ele deu um passo – Porque está apaixonada por mim – Ele deu um sorriso de canto.


Não teve muito que pensar, ele estava muito próximo, ela deu passos para trás aumentando a distância, mas logo ele tratava de reduzi-la. Ela bateu seu pé.


“ Parede?... PAREDE?”


– Quem sabe – Ele disse abaixando seu rosto para ficar a altura do dela. – Você queria que eu... – Ele tocou seu rosto com mãos, que ainda ensopadas de sabão, molharam o rosto da moça. Ele estava com a respiração descompassada – ... verifique se ainda tem língua. – O dedo do loiro passou próximo aos lábios dela, sorriu quando ela segurou a respiração.


 

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