Tudo acabou rápido de mais...

Tudo acabou rápido de mais...



Nossos lábios unidos em um beijo apaixonado e curto de mais.. Não houve tempo para despedidas, não houve tempo para pedir perdão.. Não houve chance para desfazer os erros e corrigir as injustiças.. Não houve tempo! Nem um segundo se quer... Eu vi o brilho deixar os olhos dela tão rápido quanto os vi brilhar pela primeira vez. Ela morreu em meus braços, suas ultimas palavras foram 'Eu te amo' e eu não tive chance de lhes dizer o quanto eu a amava, não tive tempo de pedi-la em casamento, não tive chances de mostrar à ela que meu coração era dela e só dela! 

Me tiraram o bem mais precioso que eu já tive! A única mulher que amei... Minha Hermione... Minha doce grifinoria, minha vida! Eu a perdi... E com ela, morreram todos os meus sonhos! Nada mais me importava!

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A luz fraca da Lua projetava sombras em meu quarto. Mais um dia. Mais uma noite dormindo sozinho... Mais pesadelos assombrando minha vida. Eu estava tão cansado... Cansado de sofrer, de não conseguir viver sem ela. Sem seu sorriso. Sem seu perfume. Sem seu toque macio. Minha eterna princesa!

Caminhei até o banheiro, despi-me e entrei no chuveiro, deixando que a água quente encharcasse meus cabelos, e deixando as lágrimas  rolarem pelo meu rosto. Era sempre no mesmo horário, as lembranças vinham como ondas elétricas e era impossível refrear a vontade de chorar! Cada doce momento que passei ao lado dela vinha como uma chuva de brilho e beleza... Mais junto ao brilho e as cores suaves vinham às lágrimas, os gritos, a dor, o sofrimento, a angústia, a solidão!

Sozinho! Sozinho! Sozinho!

Para sempre condenado a viver só, vagando pelo mundo sem amor, esperando que a morte viesse rápida e voraz, levando-me para junto dela. Só a ideia de estar ao lado dela já fazia meu coração doer de saudade...

Depois de muitas lágrimas derramadas, terminei de forma metódica e rápida meu banho e fui até o enorme espelho do banheiro. Meus olhos estavam piores do que ontem. As olheiras, causadas pelas péssimas noites de sono só aumentavam e minha aparência não ajudava em nada: rosto magro e pálido, lábios finos e sem cor, olhos cinza e sem vida. Eu era um morto vivo! Um cadáver reanimado por magias cruéis que não me deixaram cometer suicido quando a vi morrer.

Caminhei até o quarto, vesti meu pijama e me joguei de qualquer jeito na cama. Eu estava sem sono, como sempre. A lua lá fora agora brilhava mais do que nunca, sua luz me fazia lembrar os olhos dela... De como seus olhos brilhavam quando ela sorria ou quando estava zangada. Até zangada ela era linda! Era tão lindo ver seu rosto se ruborizar quando ela estava nervosa. Suas narinas se inflavam e seus olhos ganhavam um brilho que era indescritivelmente perfeito! 

Ahh, pensar nela me traz paz. 

Mais traz a dor junto. 


Tantas vezes sonhei com a cena dela caindo, morrendo em meus braços... 

Quantas vezes sonhei com suas ultimas palavras, palavras essas que nunca sairão da minha mente... 
Quantas vezes acordei sufocado e assustado com meus gritos ecoando na minha memória e reverberando nas paredes do quarto! 

Ninguém no mundo sabe o quão difícil é ter que acordar todo dia e "viver" uma vida que não é a sua...  
Ninguém sabe o quão difícil é ter que fingir estar bem quando tudo o que você mais prezava na vida se perdeu da pior forma possível! 
Ninguém percebe o quão difícil é ter que prender as lágrimas que teimam em querer sair, para revelar a dor que carrego no peito....

Assim, deitado na cama eu me pego pensando em como teria sido minha vida com ela. 

Será que teríamos casado?‎ Será que teríamos tido filhos?‎ Como eles seriam?‎ Teriam os olhos dela e os meus cabelos loiros?
Seriam perfeitos se tivéssemos tido tempo de concebê-los! 

Talvez teríamos sido felizes... 

Enfrentaríamos as críticas e o preconceito juntos, lado a lado, de mãos dadas. Nos amaríamos todas as noites e eu a acordaria todos os dias com beijos repletos carinho e banhados em muitos 'Eu te amo!'

Não tivemos tempo para nos amarmos... Não tivemos tempo para nos despedirmos! 

A dor assolava meu coração. Segurei a varinha e murmurei o feitiço que criei pra ela...

Hermidyos Fulgorys!

Logo que murmurei o encanto, o quarto se encheu de flores silvestres... 

Uma chuva delas caia sobre a cama, a poltrona, o tapete, o chão. 

O perfume dela invadiu o ambiente e tudo se ficou mais escuro... 
A dor foi diminuindo, e em seguida me senti mais leve... Quase adormecido! 
Essa era a única forma que eu encontrei para dormir, ou pelo menos tentar: envolto por flores silvestres, as favoritas delas e mergulhado em seu perfume.

Sonharia com ela naquela noite, com seus olhos, com seus lábios, com seus beijos, com seu toque. 

Eu iria dizer que a amava... 

E quem sabe ela não ficaria comigo pra sempre?‎!
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Depois de instantes, Draco adormeceu. 
Ele fechou os olhos para nunca mais abri-los! 
Ele se juntou a ela, e enfim pôde viver seu amor pleno e feliz! 

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Comentários (2)

  • Yasmin de Carvalho

    AHHH!! Que lindo!! Obrigada M R C por comentar :D

    2013-03-08
  • M R C

    uauuu super triste. Mas linda !só achei um pouco gay a parte que ele dormia somente envolto de flores...hahahahhamas gostei muito...parabéns!  

    2013-03-05
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