Capítulo 1



               A noite mais esperada do ano. O segundo mais esperado do ano. Os fogos mais esperados do ano. As mudanças mais esperadas do ano. Os desejos mais esperados do ano. As promessas mais feitas durante o ano...


               Amigos, inimigos, desconhecidos e conhecidos unidos para celebrar o fim de um ano e o começo de um novo, cheio de suas possibilidades e esperanças. Sempre com muitas esperanças!


               O legal da noite de Ano Novo era que com muitas pessoas envolvidas em uma mesma comemoração acaba gerando encontros, desencontros e amor...


               Em uma cidade como Londres, com uma população de oito milhões, cento e setenta e quatro mil e cem habitantes as possibilidades de histórias consideradas remotamente impossíveis acabam acontecendo como que por mágica!


 


31 de dezembro de 2012, 6 horas e 30 minutos ------------- 17 horas e 30 minutos para 2013.


 


               Lily Evans era uma jornalista conceituada em toda Inglaterra e no mundo, trabalhava com editora chefe de uma das principais revistas econômicas no mundo, a The Economist. Para ela o principal ponto de sua vida era o trabalho porque com apenas 23 anos achava que ainda tinha muito tempo – e se quisesse até poderia vende-lo – para curtir sua vida, por isso faria depois.


               Uma pessoa que prezava sua aparência e acreditava plenamente no ditado “mente sã, corpo são”, saia para correr todos os dias e naquele dia 31 não seria diferente. Corria também por vaidade se levarmos em conta que era muito bonita, chamando a atenção dos homens com seus cabelos ruivos indo para o acaju e olhos verde esmeralda. E Lily sabia disso, “Era jornalista e teria que impressionar”, essa era sempre sua desculpa.


               Depois da corrida Lily iria para o trabalho porque, mesmo sendo véspera de Ano Novo, o mundo dos negócios não parava e muita gente precisava dela.


 


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               Maria Addams Scott era uma advogada temida e desejada por todos. Herdeira junto com seu irmão gêmeo e seu irmão mais novo dos mundialmente famosos Escritórios Scott Advocacia, agia no campo profissional com uma postura muito acima de seus 23 anos, mas quando o campo era pessoal ou sentimental Maria agia como sua própria idade determinava.


               Maria era bonita e sabia disso, usando então todos os artifícios que lhe convinham para uma conquista, mas era totalmente contra relacionamentos sérios. Seu último havia sido no colegial e desistira depois de ter o coração partido pelo seu “amor”.


               Acordava sempre às 6 horas e ia para o escritório às 7 horas, mas desde que seu irmão descobrira que iria ser pai de gêmeos e ia cada vez mais tarde para o escritório e saindo mais cedo, a maioria dos problemas era deixado para ela. E, como se a coisa já não estivesse complicada, aquela situação iria piorar quando os bebês nascessem.


 


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               Alice Lunn já estava acordada fazia tempo. Era enfermeira no Hospital Central e tinha pegado plantão até a madrugada do dia 30 para o dia 31 com a finalidade de curtir com os amigos na virada do ano. E exatamente por isso, corria feito uma louca pelas ruas de Londres para pegar o metrô que a levava para seu apartamento, que era sinônimo de descanso até suas amigas aparecerem.


               Fazer aqueles plantões era uma loucura, mas ela não reclamava. Gostava do que fazia e lutara para ter aquilo, sendo assim nada de reclamações.


               Entrou no metro e relaxou. Olhou as pessoas em volta indo trabalhar até às 18 horas, enquanto ela já tinha cumprido o seu papel e iria descansar. Ponto. Fim.


 


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               Danielle Olin se levantava para mais um dia. Com quase trinta e oito semanas de gravides – e ainda de gêmeos – as coisas andavam meio complicadas. Daniela sempre teve problemas com sua aparência e no estado em que se encontrava, mesmo com todos dizendo que estava maravilhosa, sentia-se uma porca gorda.


               Era uma excelente bióloga e trabalhava na Universidade de Londres, porém com a gravides teve que parar e não sabia se iria voltar, ou não. Ela e Efestos estavam com 23 anos e tinham acabado de se formar na universidade, a noticia sobre a vinda dos bebês tinha sido algo inesperado e inconsequente, mas nenhum dos dois se arrependia, pelo menos ela não.


               Olhou-se no espelho e passou as mãos pelos cabelos castanhos escuros e compridos. Uma coisa boa foi que ela só tinha engordado na barriga e não teve nenhum problema durante a gestação, o que já aliviava a situação.


               Parou de se admirar e foi para a cozinha do apartamento de dois andares, enquanto Efestos tomava banho para ir ao escritório. Eles moravam juntos desde os 20 anos e não pretendiam se casar agora somente por causa da gravides, o que foi um alivio para ela e um tormento para as famílias dos dois.


 


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               Sarah Burrer acabava de sair da padaria como se o mundo fosse acabar. Ela estava atrasada para ir à sede da marca de roupas de sua mãe, a The Burrer, onde aconteceria um desfile inspirado no fim do ano. Brilho, purpurina e lantejoulas.


               Ela não detestava seu emprego e para falar bem da verdade, se é que existe verdade na moda, ela gostava muito de trabalhar na marca, criando e cuidando das coleções. Mas aquilo consumia muito do seu tempo e a deixava louca, para dizer o mínimo.


               Foi correndo pegar um taxi porque tinha que passar na casa dos seus pais e levar seu irmão mais novo ao curso de inverno que a escola estava proporcionando, mesmo na véspera de ano novo. Ela não via a hora do pai e da mãe derem por encerrada as atividades administrativas e criativas da marca, respectivamente, e derem atenção para os seus filhos.


 


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               James Potter saia de sua mansão em Nothing Hill e entrava em seu Audi R8 gt Spyder e dirigiu-se a Potter AS, onde trabalhava como CEO. Mesmo sendo empresa da família e muitos achando que ele tinha sido beneficiado pelo sobrenome, James provava a cada dia que esses comentários eram mentira ao trabalhar duro e por ter começado na empresa do mais baixo cargo e subindo com todos os esforços desse mundo.


               Ele subiu a capota do seu carro, fechou os vidros e ligou o aquecedor, pois o frio estava para matar. Ele adorava Londres, mas sempre que chegava o inverno, James preferia estar no hemisfério Sul e não no Norte.


               O prédio onde ficava a empresa de sua família era vizinho de uma editora e ambos compartilhavam o porão – na editora era usado como arquivo de informações e na empresa como arquivo de documentos – que era separado por uma porta de correr que vivia trancada automaticamente. O local de trabalho de James tinha vinte e três andares e ele ocupava o último, com orgulho e honra.


 


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               Sirius Black estava atrasado, como sempre. Na noite anterior ele tinha ido a uma festa com seus amigos – menos o Efestos que iria ser pai e tinha abandonado essa vida – e ido embora quando já era dia, mais especificamente às 5 horas da manhã.


               Naquele dia ele teria que ir a um dos muitos prédios do seu império arquitetônico e hoje seria o seu favorito, o Black Blue, que havia sido inspirado nos olhos da única menina que ele havia amado e que ainda amava. Mesmo que ele nunca mais a tivesse visto, recebia constantes informações de James e Efestos sobre como ela ia.


               Mas hoje ele tinha se atrasado muito. Sirius tinha que ter saído de casa 6 horas em ponto porque precisava resolver muitas coisas sobre os seus negócios, ainda naquela véspera de Ano Novo.


 


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               Frank Longbottom estava no metro a caminho de seu trabalho, que naquele momento era estudar para terminar a faculdade de medicina. “Mais uma manhã de estudos, uma manhã a menos para realizar seu sonho”, era o que sempre dizia aos amigos quando questionavam sobre sua vontade de cursar medicina.


               Frank tinha abusado da sua sorte. Não deveria ter ficado até tarde na festa como se fosse um moleque irresponsável e sem nenhum dever a cumprir. Frank sabia que precisava ser mais que cem por cento se queria ter tudo o que sempre sonhou. Nem que para isso tivesse que ir à universidade em plena véspera de Ano Novo.


               Quando entrou no metro e foi escolher um lugar algo, ou melhor, alguém chamou sua atenção. Cabelos castanhos escuros, ondulados nas pontas, chegando até a clavícula, corpo bem formado e com as curvas nos lugares certos e nas medidas certas. Ele conhecia aquela mulher e o lugar ao seu lado estava vago; seria exatamente ali que sentaria.


 


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               Efestos Scott terminava de se arrumar para ir trabalhar. Queria chegar um pouco mais cedo ao escritório para dar uma folga a sua irmã, que com o passar do tempo provava que era mais do que a Mulher Maravilha, se é que isso era possível.


               Por mais que as coisas não tivessem sido com as planejadas, o apoio incondicional de pessoas específicas faziam Efestos ter vontade de continuar. A bagunça naquele momento era geral, mas ele tinha certeza que tudo se ajeitaria e a compensação para a Maria seria a maior do universo. Ela estava sendo a melhor e todos sabiam que sua gêmea estava aceitando mais do que podia, para permitir a estada prolongada de Efestos com Danielle, mesmo ele não merecendo esse apoio todo de sua irmã.


               Saiu do banheiro e foi para a cozinha onde encontrou a Danielle preparando o café. Deu um beijo apaixonado em seus lábios e começou a ajudar com as coisas. Ele amava aquela mulher e as duas crianças que estavam a caminho, independente de terem causado mudanças na vida dos pais. No fundo, Efestos saia que o ocorrido não era tão acidental como todos achavam que era.


 


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               Remo Lupin não sabia por que tinha aceitado fazer aquilo. A princípio dar uma palestra em um curso de inverno sobre o sucesso na área da engenharia, parecia a melhor ideia para fazer na sua última manhã do ano. Mas depois de uma festa com seus amigos, que tinha durado a madrugada adentro, ele não tinha mais tanta certeza.


               Depois de terminar a faculdade de engenharia mecânica e assumir uma parte importante da empresa do seu pai, além é claro de criar mecanismos importantes que levaram seu nome a postos importantes no meio em que trabalha, ele ficou mais respeitável do que era na época do colégio, entretanto ele dava suas escapadas.


               Infelizmente aquela escapada fora da programação tinha atrapalhado. Remo estava atrasado e tinha que chegar à escola no máximo as 7 horas, contudo aquela manhã véspera de Ano Novo, ele estava mais aluado do que nunca. Parecia que algo fora do normal aconteceria com ele e se fosse ocorrer como ele tinha sonhado aquilo envolveria seus amigos também. Mas agora, ele tinha que chegar a sua antiga escola e dar uma palestra.


 


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N/A: Eu voltei, agora pra ficar porque aqui, aqui é meu lugar! Como vocês estão? Espero que bem, pois eu estou na velha inércia da vida e espero sair dela logo. Aqui está um capítulo lindo para vocês e espero que logo venha outro.


 Bom, beijos para vocês seus lindo e espero que gostem dessa fic.

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