Único.



En Secret


 

 


Ele virou o rosto para observá-la. Ela estava conversando com a Heather Crandall enquanto fazia um encantador pássaro de papel voar em torno de sua cabeleira loira. Ela ria docemente da forma em que o pássaro voava graciosamente, o que fez Heather dar uma tapa certeira no mesmo. A loira olhou horrorizada para o pássaro que havia caído em cima do seu almoço e não levantava voou de forma alguma.


― Ei! ― exclamou a loira ― Você matou a Penélope!


― Penélope? Quem é Penélope? ― perguntou Heather.


A loira apontou para o prato indicando o pássaro. Heather balançou a cabeça em sinal de reprovação e continuou a contar, entusiasmada, sobre o garoto da aula de adivinhação. Teddy já havia percebido que a loira tinha um fetiche pelo nome Penélope, graças a personagem de um desenho animado trouxa, uma tal Penélope Charmosa. Teddy já havia percebido também que sempre que a amiga falava da aula de adivinhação, a loira torcia o nariz, incomodada. Já havia perguntado a ela o porquê do fato e ela lhe respondera que era uma matéria idiota.


― Afinal,  essa é a graça do futuro, não é? Não saber como ele vai ser... É como vivemos há séculos, nunca preparados para o que vai acontecer...


Teddy até havia deixado de frequentar as aulas, com receio de que fosse achá-lo um idiota. Havia observado em segredo que ela era uma daquelas pessoas que pensam muito antes de falar e que ela era péssima com mentiras, por isso era sempre sincera, doce e ― como Teddy costumava falar ― pura, inocente. Percebera também que seus olhos piscavam com mais intensidade quando ficava nervosa, preocupada ou ansiosa, que costuma tamborilar os dedos quando está impaciente e que enrola uma das mechas do cabelo no dedo quando fica envergonhada. Coisas que ele tinha certeza que nem ela mesma percebia, e que o deixava intrigado alguns meses atrás, mas na qual ele agora já está bem acostumado. Anteriormente se perguntaria que diabos está acontecendo a si, mas hoje ele sabe a resposta e não a acha mais tão absurda, muito pelo contrario, ele responderia com grande tranquilidade que é paixão, e até se arriscaria a dizer que é amor.


Observava em segredo ela enfiar lentamente o garfo na boca com peixe defumado, enquanto tentava com a outra mão ressuscitar o pássaro de papel. Teddy a observava em segredo todos os dias e nunca se cansava. Ela não tinha marcas roxas debaixo dos olhos por dormir tarde por causa de detenções por amarrar bombas de bosta no rabo da gata do Filch, nem por ter que acordar mais cedo para fazer os deveres assim como ele, o que o fazia se sentir tão idiota e pequeno em comparação a ela.


A observava em segredo abobalhado e se perguntava o que seria preciso para tê-la em seus braços, e sempre que se perguntava, notava o quão impossível e distante isso está. Afinal, ela é praticamente sua prima!


Mas a adorava mais do que podia suportar. Adorava o sorriso dela e o som de sua risada, e adorava ainda mais o poder que ela tinha sobre ele, claro que isso não o incomoda mais, pelo contrario, ele agora se sente bem em saber que ela o tinha nas mãos e não sabia disso, pelo menos estava em boas mãos.


Mas odiava o fato de todos ficarem tão perto dela. Todos aqueles garotos idiotas cheios de segundas intenções e aquelas garotas estúpidas que se aproximavam simplesmente para ter a atenção daqueles garotos idiotas. Doía vê-la sendo ignorada por aquelas garotas que diziam ser suas amigas quando elas já haviam conseguido atingir seus objetivos. Odiava ainda mais aquele idiota com quem ela estava saindo. Havia destruído o dormitório masculino quando descobriu que ela estava saindo com aquele banana. Tinha certeza absoluta que poderia fazê-la mais feliz do que ele estava fazendo, mesmo ela estando notavelmente mais radiante. Mas, por enquanto, estava feliz em somente observá-la em segredo.


Victoire havia conseguido fazer o pássaro de papel voar novamente e sorria vitoriosa, e Teddy sorriu junto. A loira mostrou a língua para Heather e fez o pássaro lhe bicar a ponta do nariz, fazendo a amiga rir. Alguns minutos depois, as duas levantaram-se e partiam para a próxima aula e Teddy vislumbrou pela ultima vez naquela tarde a figura de Victoire, os cabelos loiros platinados balançando de um lado para o outro numa dança graciosa.


E Teddy ficou pensando nessa dança a aula inteira. Nossa, como o cabelo dela era fantástico! Ficaria em detenção no sábado, justamente no dia de treino do seu time de quadribol, mas nem havia percebido, afinal, estava somente pensando nela. Até se sentia bobo com isso às vezes, mas lhe reconfortava o fato de que sempre que chegasse ao Salão Comunal á noite o sorriso dela, feliz por conseguir cinco pontos para a Grifinória, faria tudo valer à pena.


― Consegui dois pontos porque respondi corretamente a pergunta do Prof. Flitwick, e três por fazer o melhor dever de Herbologia! ― contava animada á Teddy.


Mesmo sentada na poltrona ao lado, Teddy conseguiu ver as labaredas do fogo da lareira nos olhos acinzentado da garota. Os olhos brilhavam em orgulho próprio, as bochechas naturalmente coradas e os lábios levemente avermelhados por umedecê-los com a ponta da língua.


Teddy a observava contar entusiasmadamente sobre seu dia com um sorriso bobo no rosto. Como ele a adorava! E, nesta noite, percebeu que só adorá-la não bastava, que só paixão não era o suficiente, e percebeu que nesta noite, nessa quarta-feira de março, ele descobriu que o que sentia por Victoire Weasley era amor. Com todos os seus defeitos e qualidades, com todas as manias e peculiaridades, com suas diferenças e semelhanças. Ele enfrentaria o mundo e o pai da garota, ou qualquer um que fosse para tê-la para si.


E chegar a essa conclusão lhe causou uma grande insônia. E por isso, por estar feliz ao extremo, que não conseguiu dormir e que resolveu que passearia pela escola e depois iria para a cozinha, onde seria servido aos montes por alegres elfos que estariam dispostos a escutá-lo e alimentá-lo. Caminhava lentamente pelos corredores do castelo, consultando o Mapa do Maroto ― dado pelo seu padrinho alguns minutos antes de embarcar pela primeira vez no Expresso de Hogwarts―, vez ou outra, pensando nela.


Fez cócegas nas frutas e logo em seguida entrou na cozinha, mas se surpreendeu ao ver que não era o único com a intenção de se empanturrar de comida oferecida pelos elfos. Ela estava lá, conversando com eles, enquanto comia um pudim, radiante e abobalhada. Os elfos pareciam contentes em tê-la ali e lhe ofereciam sempre mais e mais comida, e ela recusava educadamente. Aproximou-se sorrateiramente da loira e sentou ao seu lado, aceitando o pudim que um dos elfos lhe oferecera alegremente. A garota o cumprimentou contente e lhe ofereceu uma maçã verde. Ele recusou com um sorriso no rosto, feliz por vê-la contente.


― Posso saber o motivo de a loirinha estar tão feliz? ― indagou sorrindo. Ela hesitou um pouco.


― Ah, você sabe. O Bryce. O garoto com quem estou saindo. Ele é muito legal, sabe? E me faz feliz. Hoje ele me deu flores. Acredita que ele lembrou que faz um mês que estamos saindo? A Heather disse que o Rory nem lembrou quando eles fizeram um ano! Nem eu lembrei que estávamos fazendo um mês! Quer dizer, eu lembrei, mas... Sabe, né? Homem nunca lembra, então resolvi deixar para lá. Mas ele lembrou! E quer me apresentar os pais dele no Natal. E quer conhecer os meus! Que tipo de garoto quer conhecer os pais da namorada?


Teddy congelou. O sorriso sumiu de seus lábios e isso fez Victoire sorrir mais ainda.


― Ah, não te contei? Ele me pediu em namoro oficialmente ontem. Antes do jogo da Corvinal contra a Sonserina. E ele dedicou a vitória deles à mim! Dá para acreditar?


Victoire sorriu ainda mais. Teddy forçou um sorriso e terminou em silencio o pudim. Despediu-se da garota e dos elfos e resolveu que, depois do ocorrido, merecia uma caminhada pela escola. E atravessou corredores, entrou e saiu de salas de aulas vazias, fugiu de monitores que ainda circulavam pelo castelo, fugiu de fantasmas e de professores que apareciam nos corredores. Não ligava se estava amanhecendo ou se, de manhã, ele estaria com sono e pegaria outra detenção. Victoire estava oficialmente namorando aquele idiota da Corvinal e ele não podia fazer nada em relação a isso. Era somente o melhor amigo dela. Nada mais que isso.


Não podia dedicar um vitoria no quadribol a ela, pois não era seu namorado. Mas conhecia os pais dela. Não poderia lhe dar flores, afinal, que tipo de amigo dá flores à amiga? Ah, claro. Um amigo apaixonado. Mas... Amigos apaixonados sempre se dão mal no final, não é? Ou não? Teddy lembrava-se perfeitamente de quando seu padrinho, Harry, contava a historia de tio Ron e tia Hermione. E não tinha nada á fazer. Estavam no mesmo barco.


Caminhou lentamente até chegar a um corredor, onde encontrou uma cabeça morena sentada no chão e cabisbaixo. Aproximou-se lentamente e sentou ao seu lado.


― Não consegue dormir? ― perguntou Teddy.


― Tenho frequentes “ataques” de insônia.


Teddy assentiu.


― E você? ― perguntou Elliott Wood.


Teddy suspirou.


― As coisas não estão acontecendo exatamente como eu queria que acontecesse.


 

 


***


 

 


Ela encarou o pergaminho. Antes do café da manhã, Victoire resolvera concluir o dever de herbologia, mas acabara desenhando distraidamente enquanto observava seu Teddy Lupin recolher vários livros de diversas estantes apressadamente. Espera, “seu”? Quando Teddy apressou-se para as estantes do fundo da biblioteca, Victoire percebeu que havia desenhado no pergaminho um coração com um T e um V dentro. Era possível? Mas de quem seria esse T? Do Thomas Baker da aula de Runas Antigas? Ou do Travis Peterson da aula de Aritmancia? Mas por que não Teddy Lupin, seu melhor amigo desde sempre que tirou sua atenção do importantíssimo dever de Herbologia por estar fazendo do ato de recolher livros desesperadamente algo que merecia sua atenção? Não. Impossível. Ele era quase primo! E ela tinha o Bryce. Bryce era... Bryce. Ela bastante bonito, gentil e sabia impressionar bem uma garota. Concluiu rapidamente o dever de herbologia e correu para a aula de feitiços.


Por algum motivo, Victoire chegou mais cedo no Salão Principal para o almoço. Ficou esperando alguém entrar, mas ela não sabia ao certo quem. Fez um pássaro de papel por distração e o fez voar em volta de sua cabeça. Olhou de esgueira para a entrada do Salão Principal e viu Teddy entrar. De alguma forma inexplicável, a vontade de ficar esperando alguém entrar foi embora. E, minutos depois, se pegou olhando de esgueira para ele, Teddy Lupin.


Não sabia explicar, mas gostava de como os cabelos azuis elétricos caíam sobre seus olhos negros, outrora azuis, uma de suas características marcantes de metamorfomago. Também gostava das marcas roxas que tinha embaixo dos olhos, que ela sabia muito bem que era por causa das milhares detenções que ele pegava e por ter que madrugar na biblioteca fazendo deveres. Gostava também da voz rouca dele, do sorriso dele que ela achava sem igual, do som de sua risada. Gostava da mania que ele tinha de passar a mão nos cabelos. Ah! Como gostava daquele cabelo! Gostava de ficar perto dele sem nenhuma explicação, fazia ela se sentir bem, e quando estava perto dele, não queria que ele se afastasse de maneira alguma. Era estranho tudo isso, mas era normal, não era? Também gostava do cabelo de Heather e do som da risada de Louis, seu irmão mais novo. Estava o observando em segredo sem perceber há mais de dois meses. O que diabos estava acontecendo a si? E, sem que percebesse, foi arrastada por Heather para a aula de DCAT. Mas quem disse que ela conseguiu aprender a executar feitiços não-verbais? Nada entrava em sua cabecinha loira. Ela pensava distraidamente em um certo metamorfomago que atormentava seus sonhos à noite e que a impedia de dormir, e que estava lhe deixando, além de tudo, intrigada. Dimitri, um corvinal do mesmo ano que ela, lhe disse que viu Teddy olhar bobamente para a garota, e isso lhe deixara visivelmente mais feliz, inexplicavelmente. E Dimitri também lhe contara que soube que Teddy havia parado de frequentar as aulas de Adivinhação dois dias depois de lhe perguntar o porquê de não gostar da aula.


Mas por que ele a deixava assim? Sempre que ele estava perto, seu coração batia involuntariamente mais forte, ficava sem graça e com um sorriso bobo no rosto, o seu estomago simplesmente mudava de personalidade e ficava estranho. Isso não era normal, era?


E mais uma vez foi arrastada por Heather até o Salão Principal para o jantar. E novamente, ficou esperando alguém que ela não sabia quem era. Bryce apareceu, acenou freneticamente para ela com o maior sorriso do mundo, mas não era ele. Cansou dessa sensação estúpida resolveu que iria comer. Já estava feliz, sem nenhuma explicação, por saber que Teddy Lupin havia parado de frequentar as aulas de Adivinhação logo após pergunta-la o porquê de desprezar a matéria e por olhar bobamente para ela.


Mas Victoire tinha que admitir: Teddy Remus Lupin, seu melhor amigo, estava mexendo com ela. E ele mexia de uma forma boa, de uma forma que ela nunca tinha sido mexida antes. Sentia um magnetismo incompreensível que a atraía aos lábios dele. Sabia que era loucura, mas achava que estava apaixonada por ele. E por que não ficar feliz por descobrir que estava apaixonada pela pessoa mais perfeita do mundo que era ao mesmo tempo cheia de imperfeições? Com toda certeza, ele era perfeito para ela.


Terminou de comer com um sorriso no rosto. Descobrir que se estar apaixonada era... hm, bom. Olhou toda a extensão da mesa da Grifinória e não o encontrou. Provavelmente, estaria em outra detenção. Voltou para o Salão Comunal e o encontrou descansando em uma posição desleixada na poltrona em gente a lareira. Como ele estava lindo! Ela via as labaredas de fogo refletidas em seus olhos. E ele ficava ainda mais bonito naquela iluminação precária. Sentou ao seu lado, ainda com um sorriso bobo no rosto e o encarou. Ele sorriu para ela e aquilo quase a fez desmaiar.


E naquela noite, nada a fazia conseguir dormir. O sorriso idiota não saía de seu rosto. Levantou-se e resolveu que iria andar pelo castelo, quem sabe assim, se cansasse e pudesse dormir. Acabou chegando a um corredor que conhecia muito bem. Vinha nele há uns quatro anos atrás com Teddy furtar comida. Entrou na cozinha e logo foi puxada para sentar-se por um elfo de aparência adorável. Ofereceu-lhe pudim. Ela aceitou e logo lhe ofereceram maçãs, biscoitos que acabaram de sair do forno, tortinhas de aboboras e outros. Ela aceitava um e, educadamente, recusava outro.


Um dos elfos lhe perguntou, com um sorriso no rosto, que bons ventos traziam a velha amiga e nesse mesmo momento ela sentiu uma respiração em sua nuca e sorriu ao constatar que era de Teddy. Virou-se para ele e sorriu, oferecendo-lhe uma maçã. Ele perguntou o motivo de sua alegria. O que dizer? Que era ele mesmo? Ele poderia levar como uma declaração de amor. Mas não conseguia mentir! Virou o rosto na outra direção disfarçadamente e recusou um copo de suco de abobora de um elfo que lembrava-lhe muito o garoto com quem estava saindo, Bryce. Não que Bryce fosse feio, muito pelo contrario, ele era um dos meninos mais cobiçados do sexto ano, e o elfo era o parecidíssimo com ele. Era isso! Bryce! Ele viera falar com ela hoje, quando ela saia da aula de Runas Antigas e ia para a de Herbologia. Havia pedido para conhecer seus pais e que ela conhecesse os dele. Ela estava tão feliz que nem se importou. Na verdade, nem havia lembrado que estava fazendo um mês que estava saindo com ele. A quem ela estava enganando? Ela não gostava de Bryce. Ele era apenas uma desculpa para não admitir a si mesma que gostava de Teddy. Mas agora ela admitira, não precisava mais dele.


A conversa com Teddy fora curta e rápida. Ele terminou o pudim em silencio enquanto ela tinha uma conversa quase telepática com um elfo domestico que havia, de alguma forma, descoberto seus sentimentos pelo amigo.


Quando Teddy saiu, ela teve certeza que estava apaixonada por ele. Terminou depois de alguns minutos, enquanto conversa com os elfos. Resolveu que precisava caminhar, nem estava mais sentindo as pernas. Caminhou pelos corredores e em um, sentou no peitoril da janela, admirando a lua. Ela é linda não é?


Ela precisava dele, ao seu lado. Agora. Para ficar com ela e nunca mais deixa-la. Precisava dele. Ela tinha que tê-lo. Mas ele iria se formar em poucos meses. Ela o deixaria escapar por entre os dedos, assim tão facilmente?


Estava observando Teddy em segredo há meses, como não percebeu antes? O observava em segredo todos os dias, tanto que já havia decorado todas as suas manias, como a de, por exemplo, passar a mão no cabelo a cada 10 minutos, ou de enfiar a mão no bolso e abaixar um pouco a cabeça e dar aquela imagem de deus grego que só ele tinha, ou ainda a de coçar a própria nuca e franzir o cenho quando não queria responder a uma pergunta. Gostava do jeito desleixado que era a sua gravata e como ele aparecia com uma expressão desesperada quando chegava atrasado ao café da manhã. E, na opinião da loira, não havia sorriso mais bonito do que o de Teddy Lupin.


Secretamente o observava e alimentava uma paixão platônica que ela tinha certeza de que a levaria á lugar nenhum. Victoire Weasley estava perdidamente apaixonada por um garoto que, pela primeira vez, não cedia a seus encantos. O charme veela nunca havia decepcionado-a. Mesmo involuntariamente, ele parecia deixar todos os garotos aos seus pés com o simples ato de colocar uma mecha atrás da orelha ou até mesmo jogar o cabelo sobre o ombro.


Sentiu-se extremamente impotente naquele momento. Não conseguia pensar em nada que pudesse fazer. Ele iria se formar e iria conhecer novas pessoas e iria esquecer completamente da garotinha loira que vivia seguindo-o quando pequena. A vida conseguia ser cruel quando queria.


Pôs-se de pé, ajeitou o robe azul que usava e caminhou de volta para o dormitório. Acenava educadamente à alguns quadros que estavam acordados e exprimia-se contra as armaduras quando ouvia passos. Talvez fosse melhor assim mesmo. Ele nem devia gostar dela. Tinha a maioria das garotas de Hogwarts aos seus pés já que poderia assumir qualquer forma. As garotas adoravam. E ela odiava essas garotas. Puft, barangas.


Mas talvez estivesse melhor assim. Observa-lo em segredo era suficiente. Por enquanto.

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