And I'm alone



My Riddle is you


And I'm alone


 




"E se você me escutar: eu sinto sua falta


E se você puder me ouvir agora: eu preciso de você


Aonde você foi? Porque você não foi embora


Todo mundo sabe que alguma coisa está errada


Os fios foram cortados e eu estou sozinha."


(Another Day – Paramore)


 


 




A porta fechou atrás dela e ela voltou o olhar para Dumbledore que sorria serenamente para ela. Hermione tentou afastar a sensação de medo que o garoto havia causado.


– Então, Srtª.…?


– Granger, professor – respondeu Hermione nervosa.


– Então, Srtª. Granger – começou Dumbledore avaliando-a da cabeça aos pés. – Em que posso ajudá-la?


Hermione abriu e fechou a boca sem saber o que dizer. Por um momento – quando havia acabado de chegar ali – ela havia pensado que seria uma boa idéia falar com Dumbledore, mas agora ela temia que estivesse errada.


O que ela diria a ele? Que era do futuro? Que ela iria existir daqui á 53 anos? Ele até podia ser Dumbledore – com suas loucuras e pensamentos estranhos – mas seria muito difícil alguém acreditar em sua história. Até mesmo ele.


– Sim? – perguntou ele novamente a encarando curioso por baixo de seus oclinhos de meia-lua.


Hermione sentiu a garganta apertar ao pensar que em seu tempo ele estava morto.


– Ah, hm... – ela começou com a voz rouca de nervosismo. – E-eu não sou daqui...


– Isso – disse Dumbledore dando um sorrisinho – eu percebi. Mas o que eu gostaria mesmo de saber é: de onde você é? Pois eu não me lembro de nenhum lugar onde moças se vistam desse jeito – e apontou para as roupas estraçalhadas de Hermione.


– Eu vim de uma guerra – ela falou, tentando começar por alguma verdade que não fosse tão inacreditável, afinal em 1944 também estava ocorrendo uma guerra.


Dumbledore fez uma careta e enrugou a testa.


– Contra Grindelwald? – perguntou.


– Sim, contra Grindelwald – respondeu Hermione, tentando não transparecer a mentira que estava contando.


– E porque está vestida desse modo? – perguntou Dumbledore no que Hermione franziu a testa antes de responder.


– Eu estava em uma guerra, por isso...


– Não Srtª., não é a isso que me refiro. Estou falando de seu modo de vestir – ele apontou para as calças jeans e camiseta que ela usava.


E foi ai que Hermione entendeu. Ele estava estranhando o modo dela se vestir porque as moças não se vestiam assim naquela época.


– Foi um modo de me proteger senhor – ela respondeu a mentira fluindo rapidamente em sua mente. – Meu pai acreditava que se eu estivesse vestida como um homem eu ficaria menos vulnerável.


– Um argumento muito bom, já que vivemos em tempos extremamente machistas – ele piscou para ela e Hermione ficou mais aliviada ao perceber que ele havia acreditado no que ela havia dito.


Dumbledore baixou os olhos para a mesa a sua frente e remexeu em uma das gavetas antes de puxar um pergaminho e escrever algo que ela não conseguiu ver. Depois de ter escrito ele enrolou o pergaminho e o selou com um feitiço.


– Fawkes? – chamou ele e pela janela entrou um borrão vermelho e dourado que pousou suavemente em seu ombro. – Leve isto a Armando, sim? – e prendeu o pergaminho na pata da ave muito conhecida de Hermione antes de ela desaparecer deixando um rastro de fogo. – Fênix – disse Dumbledore vendo que Hermione olhava impressionada para a chama. – Aves muito fiéis e de grande utilidade. Tenho sorte de ter encontrado Fawkes.


– C-como o senhor a encontrou dire... Professor? – perguntou Hermione tão tomada pela curiosidade que quase havia o chamado de diretor.


– Ah, isso é uma longa história, mas não é isso que importa no momento não é mesmo? – disse ele levantando-se da cadeira e indo até ela. – Só mais uma coisa antes de levá-la ao diretor Srtª. Granger... De onde você é?


"Eles mataram todos, inclusive meu avô..." a voz de Vitor Krum contando sobre sua história a ajudou a responder.


– Bulgária – ela respondeu – mas eu nasci em Londres por isso meu inglês é bom – ela completou antes que ele perguntasse.


Dumbledore olhou para os olhos castanhos de Hermione e depois sorriu. Novamente, ele abriu a gaveta de sua escrivaninha e retirou mais um pedaço de pergaminho, para o qual apontou a varinha e murmurou algum feitiço.


– Tenho certeza que Armando acreditará em sua história, mas para que seja mais convincente necessitará disso – e entregou o papel a ela.


Ela baixou os olhos para ler o que estava escrito e se surpreendeu. Era um histórico escolar de Durmnstrang, com seus dados pessoais.


Hermione olhou incrédula para Dumbledore. Como ele podia saber?


– Nosso segredo - ele falou e foi até a porta e a abriu - Venha, vou levá-la ao diretor.


Ela seguiu atrás dele, ruminando o que havia acabado de acontecer. Dumbledore havia dado à ela um histórico escolar, como se ela fosse precisar de algum. Mas ela não queriaprecisar de nehum histórico, afinal tudo que ela mais queria no momento era voltar para junto de seus amigos.


Amigos que estavam em uma guerra neste momento. Seu coração apertou com o pensamento. Seus amigos corriam perigo e ela estava perdida em outra época bem distante deles. Em uma época em que Voldemort era jovem.


O impacto desse pensamento fez Hermione parar de chofre.


Ela estava na mesma época que Voldemort.


Mas não era o Voldemort forte e cheio de poder que os atacava na batalha de Hogwarts, era o Voldemort inteligente e novo que estudava em Hogwarts.


Ela podia muito bem se aproveitar disso e destruí-lo antes que ele se tornasse o monstro que ele estava fadado a ser.


Mas se ela fizesse isso ela iria correr sérios riscos, inclusive o de não existir na sua época.


– Srtª. Granger, você está bem? – perguntou a voz de Dumbledore a tirando de seus devaneios.


Hermione ergueu os olhos e viu a sua frente um dos homens que havia morrido para tentar salvar o mundo do mal e das trevas, um dos homens melhores e mais gentis que ela conhecia e esse homem havia morrido para tentar salvar as pessoas da destruição. Uma destruição causada por Voldemort.


– E-estou – ela respondeu com a voz fraca.


– Tem certeza de que não quer ir à ala hospitalar e tomar alguma coisa antes de irmos ver o diretor? – perguntou ele gentil.


– Não é necessário, estou bem – ela respondeu e pôs-se a caminhar novamente.


Ela estava confusa sobre o que fazer a seguir. Ela podia muito bem contar para Dumbledore o que havia acontecido com ela e pedir sua ajuda para voltar. Tinha certeza de que ele a ajudaria. Mas ela também tinha em mãos o poder de destruir – ou tentar destruir – aquele que se tornaria o maior bruxo das Trevas do mundo.


Ela não sabia o que fazer.


– Ah, Alvo! Em que posso ajudá-lo? – perguntou uma voz fina e fraca assim que Dumbledore desceu das escadas que levavam à diretoria.


Eles entraram na sala e Hermione percebeu o quão diferente de seu tempo ela era. A sala que, em sua época, era decorada com os mais diversos – e estranhos – objetos, agora estava vazia exceto por uma ou duas mesas espalhadas pelo aposento e uma estande gigantesca atulhada de livros coloridos.


– Vejo que tem companhia – ela se virou e encarou o diretor. Baixo, cabelos grisalhos e uma cara de fuinha que era até um pouco engraçada. Ele a encarava com curiosidade e receio.


– Meu nome é Hermione Granger senhor e eu vim fugida da guerra contra Grindelwald – ela falou de um fôlego só tentando soar sincera.


Armando Dippet arqueou uma das sobrancelhas.


– E como a senhorita conseguiu transpor os portões do castelo? Pelo que eu saiba ele é a prova de aparatação – disse ele sério.


Novamente ela ficou sem saber o que dizer. Ela, que já havia lido umas trocentas vezes Hogwarts Uma História, sabia muito bem que era impossível penetrar nas mágicas do castelo com aparatação ou algo do tipo.


– Por meio de Chave de Portal Armando – disse Dumbledore mostrando para o diretor um par de meias furadas.


– Quem lhe mandou? – perguntou o diretor, parecendo um pouco menos desconfiado.


– Meu pai me disse que Hogwarts era o único lugar seguro no momento, já que parece que Grindelwald tem medo de Dumbledore – disse ela vendo Dumbledore franzir o rosto quando ela disse isso. – Ele fez uma Chave de Portal para mim um pouco antes de ser... morto – ela sussurrou a última parte: somente proferir esta palavra a fazia lembrar do gêmeo que havia morrido diante de seus olhos.


– Vocês foram atacados? – perguntou ele.


– S-sim – disse ela não impedindo as lágrimas de cair.


– Alvo, você poderia nos dar licença, sim? – perguntou o diretor olhando para Dumbledore.


– Claro Armando – disse ele e foi em direção à porta – Ah, e Srtª. Granger?


Ela ergueu os olhos para ele.


– Qualquer coisa que precisar estarei à disposição – falou e saiu pela porta.


– Hmmm. – ela voltou-se para o diretor que encarava suas roupas com a testa enrugada. – Porque está vestida deste jeito? – perguntou.


Hermione teve que sorrir com a pergunta. Já era a segunda neste dia.


– Meu pai achou que se eu estivesse vestida como um homem correria menos perigo – ela falou enxugando as lágrimas dos cantos dos olhos.


– Srtª. Granger, o que você quer aqui em Hogwarts? – perguntou ele.


O que ela queria ali?


Nada, afinal ela havia parado ali por puro acaso. Ela nunca teria desejado ficar presa no passado, especialmente tendo que deixar seus amigos para trás.


Ela queria voltar para casa.


Mas por outro lado, se ela ficasse ali, teria uma ótima visão das fraquezas de Tom Riddle e isso deveria servir de alguma coisa se ela quisesse destruí-lo.


O rosto de Harry falando na morte precoce de seus pais e a visão do corpo de Dumbledore em seu caixão a fez decidir.


– Eu quero estudar aqui senhor – disse ela decidida, embora tivesse medo da sua escolha.


Entregou o histórico falso para o diretor e o viu arregalar os olhos ao ver de onde ela era.


– Durmnstrang? Suponho que seja puro sangue, sim? – perguntou ele.


– Na realidade não senhor. Minha mãe era trouxa e meu pai era bruxo – respondeu ela. – Sou mestiça. Me deixaram entrar lá porque meu pai era conhecido de Karkaroff.


– Muito bem, muito bem – disse ele adiantando-se em direção à um armário próximo a sua mesa.


Quando ele se virou tinha em mãos o Chapéu Seletor.


– Você já deve saber que aqui em Hogwarts nós dividimos os alunos em casas? – perguntou no que ela afirmou com a cabeça. – Bom, será que a senhorita poderia sentar-se aqui para eu por o chapéu em você?


Hermione foi até o banco que ele havia indicado e sentou-se.


O diretor pôs o chapéu em sua cabeça e ela ouviu uma vozinha.


Hmmm, interessante... Ao que parece temos uma viajante do tempo.


Mas não se preocupe, não irei contar nada a ninguém, sempre achei aquele garoto meio esquisito mesmo...


Acho que não posso colocá-la em nenhum outro lugar que não seja: GRIFINÓRIA!


Ele falou alto para o diretor ouvir.


Hermione tirou o chapéu da cabeça sentindo-se estranhamente em casa, como se a afirmação de ser grifinória a acalmasse.


– Estranho – ela ouviu a voz do diretor.


– O que é estranho diretor? – perguntou curiosa.


– Pensei que fosse para a Sonserina – disse ele e logo sacudiu a cabeça. – Deixe para lá, o chapéu é quem sabe! – ele falou e sorriu para ela. – Bem-vinda a Hogwarts!


 


Depois de ter conversado com o diretor e ter explicado sua história, Hermione foi “apresentada” ao salão comunal da Grifinória.


Estava vazio, as pessoas deviam estar todas jantando.


Hermione subiu para o dormitório onde era agora sua casa e desabou-se a chorar.


Ela sabia que a escolha havia sido dela, mas ela não conseguia não ficar triste ao pensar em todos que havia deixado para trás.


Ela estava sozinha agora. Sem Harry e sem Rony.


Sem ninguém.

________________________________________________________________________________________

N/A: Eu sei que o Tom não apareceu neste capítulo, mas é que eu precisava escrever esse para vocês verem que Dumbledore já sabe que Hermione tem um segredo e isso, mais para frente será muito importante para o desenvolvimento desta fic. Prometo que no próximo capítulo vai ter bastante Tom para vocês, e os pensamentos serão intercalados entre ele e Hermione okay? Mas para que eu poste o capítulo rapidinho eu necessito de comentários, então comentem certo?
Beijos :*


Resposta ao comentário:
Obrigado à Mónika Black pelo comentário! Tomione é realmente viciante não é? kk
Bem, fico feliz que tenha gostado do primeiro capítulo flor, e espero que tenha gostado desse também. 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (3)

  • Juh_Lynch

    Posta logoooo! To amando!!!!

    2013-06-17
  • tayanne

    pf posta mas esta otima !!!!bjs

    2013-02-26
  • Mónika Black

    Sim, realmente Tomione é mesmo mas MESMO viciante, ve la que quase todos os dias (como agora estou nas ferias de verão tenho mais tempo), eu procuro fics que sejam deste casal maravilhoso mas é pena, pois quase todas as  fics que eu encontro são em ingles o que é bastante chato pois as em portugues ou não estão acabadas ou ja as li quase todas!!Bem, apesar de o Tom não aparecer neste capitulo eu gostei sim dele, será que no próximo cap ele aparece?? Pena que a hermione não foi para Slytherin MAS não faz mal, bem espero pelo proximo cap sim?Beijinhos,MónikaBlack

    2012-06-25
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.