A Paz Invadiu o Meu Coração





Pensei em fazer uma longa introdução para este capítulo e tenho tantas palavras guardadas dentro de mim. Mas depois de longos dias de silêncio, nem sei mais o que falar. Talvez seja suficiente dizer que a história caminha, contra o tempo e independente dos meus contratempos. Espero ter companhia para chegar até o fim.


Morgana


P.S: Uma palavrinha sobre a "música incidental". Apesar de amar a versão original e dançante da banda The Cure, achei que a de Jay Vaquer segue melhor o ritmo da história.
 


* * * * * *


 


 


 


 


 


Havia passado uma semana desde a volta de Ron à missão. O rapaz e Harry tinham sempre muito a conversar e a amizade entre eles, depois de ficar estremecida, parecia se fortalecer cada dia mais. Hermione, no entanto, andava muito séria, evitava a companhia dos dois e não se dirigia ao ruivinho. Respondia as perguntas do rapaz com visível incômodo, sendo muito econômica com as palavras.


Ron suportava aquele mau-humor da turrona bruxinha com paciência. Já a conhecia o suficiente para saber que ela tinha dificuldade de perdoar, mas quando conseguia dar esse passo, cancelava qualquer mágoa. Era questão de tempo, o rapaz intuía. Mione o desculparia e voltariam a ser amigos.


Com grande esforço, Ron tentava quebrar o gelo de Mione e sempre tomava a iniciativa de falar com a menina. Naquela manhã, ele resolveu ser mais efusivo na saudação. Passou pela morena e deu um largo sorriso. “Bom dia”, cumprimentou. Hermione fez a sua expressão mais zangada e virou o rosto, sem responder.


- Não adianta fazer essa cara, Mione. Eu não vou desistir de você – o ruivo afirmou.


Hermione não queria conversar com Ron. Ainda estava muito triste e decepcionada com o amigo e tinha decidido ficar pelo menos mais uma semana sem falar com ele. Mas aquela última frase a intrigou. Lembrou que na última conversa dos dois, antes do ruivo abandonar temporariamente a missão, ele havia dito que desistira da menina da qual gostava.


- O que você quer dizer com isso? – perguntou em tom de desafio.


- Estou dizendo que não vou abrir mão da nossa amizade. Já somos amigos há muito tempo. Por isso acho melhor economizar essa energia que gasta ficando chateada comigo. Cedo ou tarde você vai ter que me perdoar – argumentou.


Não era exatamente o sentimento de amizade que a bruxinha esperava de Ron. Queria algo mais e não deixou de ficar decepcionada com as palavras do ruivo. Isso deu a Hermione ainda mais força para expressar a grande mágoa que experimentava.


- Eu não estou simplesmente chateada com você. Estou com RAIVA de você - respondeu virando o rosto e se preparando para sair de perto de Ron.


- Mione, você não sente raiva de mim. Raiva sentimos dos inimigos, como o Lorde das Trevas. E nós dois somos amigos. No máximo deve estar magoada, decepcionada, chateada com a minha atitude. Mas eu me arrependi e pedi perdão. Você podia me dar uma nova chance de provar que não sou tão ruim assim e me desculpar – arriscou, observando que a menina já não tinha a fisionomia tão fechada.


- Pode ser até que um dia eu desculpe você. Mas agora estou com muita raiva – reforçou.


- Não acredito que ainda esteja zangada assim... Fala a verdade, você ficou feliz porque eu voltei, não ficou? – interrogou sorridente.


A menina se assustou com aquela pergunta inesperada. O Ron que conhecia jamais a questionaria assim, tão assertivamente. Será que ter destruído a horcrux o fizera uma nova pessoa? Mais segura, autoconfiante, que sabia expressar os próprios sentimentos? O fato é que aquelas palavras quebraram a camada de gelo por detrás da qual Hermione havia se escondido. E ela finalmente deixou transparecer os sentimentos contraditórios que experimentava.


- Eu não sei, Ron! Você me deixa sempre tão confusa! Quando vi que  estava de volta, eu senti alegria, mágoa, decepção, esperança... e muito, muito ódio! Ódio por você não ter cumprido com sua palavra, por ter me deixado sozinha no momento que mais precisava da sua presença. Lembra da sua promessa de que estaria sempre ao meu lado? – questionou.


- Lembrei dessa promessa o tempo todo que estive longe e você não imagina como isso me fez sofrer. Nunca experimentei dor tão intensa antes – afirmou com um olhar triste.


- Mas você me deixou sozinha! Não foi leal também com Harry, com a missão que assumimos juntos e livremente. E nos abandonou justamente no momento de maior perigo – continuou, sem se importar o sofrimento que essas palavras causavam no ruivo.


Ron a olhava com os olhos marejados de lágrimas. Nada do que dissesse poderia, na opinião dele próprio, corrigir o seu grande erro. Sabia que era inútil, pelo menos naquele momento, tentar se justificar.  A menina, vendo que as suas palavras tinham atingido o ruivinho, continuou a desabafar.


- Por acaso tem ideia do meu sofrimento? Confiava plenamente em você, que sempre foi leal, amigo, corajoso diante dos maiores desafios. Nunca pensei que nos deixaria daquela forma, que fosse tão insensível diante dos meus apelos para não ir embora. Senti raiva de você. Raiva por sua atitude, que julguei covarde – desabafou a menina sem conseguir mais conter as lágrimas, que caíam copiosas, e, à medida que chorava, sua voz ia ficando mais alta e estridente –Também fiquei com raiva de mim mesma por sentir muita falta de você, por ainda querer a companhia de alguém que havia me deixado, abandonado um compromisso que assumira livremente. E para piorar, eu ainda sentia muito medo, medo que você tivesse sido capturado... ou mesmo que acontecesse o pior. Medo de nunca mais ver você novamente...


A bruxinha poderia falar muito mais. Tinha tanta coisa guardada em seu coração. Mas o nó que se formara em sua garganta a impedia de continuar. Abaixou a cabeça e levou uma das mãos ao rosto para enxugá-lo. O rapaz, que também já derramava algumas lágrimas, se aproximou da amiga. Retirou com delicadeza a mão de Hermione do rosto dela e passou ele mesmo a secar as lágrimas da amiga. A princípio, a morena pareceu aceitar aquele gesto de carinho. Mas pouco depois o rejeitou.


- Não me toque, Ron. Eu estou chorando de raiva! Não pense que você me convenceu a perdoá-la com essa conversa mole – disse a menina com firmeza.


O rapaz afastou a mão do rosto de menina e intuitivamente tocou, de forma rápida e com suavidade, nos cabelos dela. “Eu entendo o que você está sentindo. Sei que errei e não tenho nada a dizer em minha defesa. Não vou culpar o medalhão por ter exercido tanto influência sobre mim. Você e Harry não foram afetados assim. Se eu fosse mais forte, com certeza não teria deixado esses pensamentos negativos me dominarem”, falou em tom de voz triste, mas seguro.


Hermione o contemplou profundamente. Já não trazia expressão zangada, mas assustada. Teve vontade de abraçar o ruivo, dizer que o perdoava. Mas era orgulhosa demais para fazer isso. Ron tinha errado e precisava refletir sobre o próprio erro. Sem dizer uma palavra, a menina se afastou do amigo. O rapaz se virou para olhá-la se distanciando. Quando chegou à porta da barraca, ela voltou-se mais uma vez para um inesperado encontro com os orbes azuis que tanto a fascinavam.


xxx


Na primeira oportunidade que Harry teve de ficar sozinho com Ron, aproveitou para falar da conversa do amigo com Mione. O rapaz escutou o som de vozes dos dois pela manhã e percebeu que o diálogo não havia sido muito amistoso.


- Mione voltou a falar com você? – perguntou.


- A gente conversou um pouco, mas ela faz questão de dizer que ainda está com raiva de mim – falou.


- E o que você acha? Ela realmente ainda está com raiva de você? – insistiu Harry, que torcia pelos dois.


- Hermione é muito orgulhosa e dificilmente dá o braço a torcer. Mas percebi, pelo jeito que ela me olhava, que já me perdoou. Agora é questão de tempo para admitir isso. Mas não estou com pressa – disse o ruivinho.


- Ron! Ela gosta de você – Harry afirmou convicto, deixando o amigo perplexo.


- Harry... ela é minha amiga... Pelo menos era, antes de eu fazer a besteira de deixar a missão – respondeu se recusando a acreditar na verdade.


- Mione é sua amiga, mas ela quer algo a mais de você – garantiu com um risinho.


- Como assim? Harry! Você está querendo se divertir à minha custa?! – protestou ao ver que o amigo já dava um sorriso aberto.


- Não, de jeito algum – afirmou, voltando a ficar sério – Mas escuta, Ron! Eu conheço vocês dois desde os meus 11 anos. Quem está querendo enganar. Tudo bem você não querer falar sobre isso. Mas não adianta negar que é apaixonado por Mione.


- Eu não vou, Harry. Não tenho mais como negar que sou apaixonado por Mione. Acho que o mundo todo, a comunidade bruxa e até o próprio Você-Sabe-Quem já perceberam isso. Menos ela... – o ruivinho deu os ombros, demonstrando a sua derrota.


- Você acha que ela realmente não sabe, Ron? Não seria, então, o caso de você falar para Hermione desse sentimento? – questionou-o com segurança.


- Eu tentei falar... Harry, eu beijei a Mione. Para de me olhar desse jeito! É sério, cara. Foi lá n’A Toca, dias antes do casamento de Gui e Fleur. Nada de dar risada, por favor. Ela não retribuiu ao beijo. Na verdade, Mione me empurrou...


- Está falando sério?! Você finalmente tomou a iniciativa e Mione o empurrou? O que você fez de errado? Por que ela é louca por você, Ron – disparou, interrompendo o amigo.


- Acho que você está enganado. Ela é louca! Mas não por mim. Falou que a gente precisava se concentrar na missão de encontrar as horcruxes, que não podia dividir o coração com outras realidades... Papai me disse a mesma coisa. E deu a entender que os membros da Ordem da Fênix também chegaram a essa conclusão – explicou com a voz pausada.


- Parece até que você não conhece Mione. Isso é tão óbvio. Ela é racional, age de acordo com as normas, procura seguir o que é certo, mesmo contrariando os próprios sentimentos – reforçou Harry.


-Harry, você acha isso mesmo? – perguntou vacilante.


- Acho o quê, Ron? – questionou divertido, querendo forçar o amigo, que tinha tanta dificuldade em falar dos sentimentos, a se abrir.


- Isso que você disse... que Hermione gosta de mim? – por fim conseguiu se expressar.


- E por acaso ainda tem dúvida? Eu sei que se gostam desde o quarto ano. Mione ficava louca quando você falava em chamar outras garotas para o baile. E o jeito que perguntava “onde está Ron”... E o seu ciúme de Krum? Era tudo tão óbvio. Mas eu não podia fazer nada. Vocês dois é que precisavam se entender – esclareceu, parecendo não se importar com o jeito perplexo do ruivinho.


- Eu só me dei conta do que realmente sentia por ela no final do quinto ano. Mas achava que tinha que esconder esse sentimento. Hermione, inteligente, brilhante e cada dia mais bonita, com certeza jamais ia querer namorar um cabeça-dura, preguiçoso nos estudos e ainda por cima pobre – argumentou incerto.


- Fico sensibilizado em ver como o seu amor próprio é elevado – disse dando uma risada – Deixa de ser ridículo, Ron! Não costumo falar isso para nenhum cara, mas você até que é... hum... bonito, simpático, divertido, tem uma boa conversa. O tipo de cara que as meninas adoram.


- Mas não uma menina como Mione. Parece até que você não sabe como ela é exigente – retrucou.


- Qualquer dia desses você pergunta a Mione o que viu em Ronald Weasley além do fato de ter tanto cuidado e preocupação com ela, a desafiar constantemente, ser corajoso, um bom amigo e ter esses sedutores cabelos vermelhos e olhos azuis – continuou divertido.


- Harry, isso não é uma brincadeira, sabia? – respondeu sem conseguir conter um lindo sorriso – Mas se você estiver mesmo certo, Mione só vai reconhecer que sente alguma coisa por mim depois da última você-sabe-o quê ser destruída.


- Um ótimo motivo para nos concentrarmos mais nesta missão, Ron! Eu também tenho um bom motivo para querer que essa guerra acabe logo. E por coincidência ele tem cabelos ruivos – arriscou, mesmo sabendo que Ron ainda sentia ciúmes do relacionamento dele com Gina.


xxx


Desde que Ron voltara ao acampamento, muitas vezes Hermione se pegava pensando que devia reconciliar-se com o amigo. Em seu íntimo, já o perdoara. Mas era orgulhosa demais para admitir. Pior era que o ruivinho não tinha coragem de expressar os sentimentos e isso dificultava tudo ainda mais. Precisava reconhecer, no entanto, que o rapaz estava se esforçando para selar a paz entre eles. Sempre a cumprimentava, puxava assunto e, há uma semana, havia chorado ao admitir estar arrependido de ter partido da missão.


Durante aquela vigília, que pareceu longa demais, Hermione refletiu sobre tudo isso e tomou uma posição. Na manhã seguinte, iria procurar Ron para uma conversa. Queria ouvir tudo que ele tinha a dizer, com calma, sem julgar ou remoer toda a dor vivida durante a ausência do amigo. Por mais que houvesse errado, o rapaz tinha voltado, salvara a vida de Harry, destruira a horcurx. E o jeito apaixonante com que a olhava! Estava difícil manter aquele ar de falsa indiferença.


Hermione não precisou tomar a iniciativa. Ron acordou decidido. Naquele dia faria as pazes com a amiga. Não suportava mais as respostas monossilábicas dela. Isso quando não ficava em silêncio, parecendo não escutá-lo. Ouviu Harry ressonando, mas, ao olhar para o lado, percebeu que Mione não estava na barraca. Foi então que lembrou que a vigília noturna tinha sido dela.


Os primeiros raios de sol despontavam tímidos no horizonte. Ainda não eram sete horas e Hermione entraria a qualquer momento na barraca para acordá-los. A rotina permanecia a mesma: tomariam juntos um chá e em seguida, tendo cuidado de apagar qualquer vestígio da passagem deles no local, desaparatariam, partindo para um novo refúgio.


A morena estava em pé, de costas para a barraca, contemplando a aurora. O ruivo se aproximou silenciosamente e, quando estava perto da menina, sussurou: “Bom dia, Mione”. A bruxa deu um salto e um gritinho nervoso. Ao ver que era Ron, do sobressalto passou para a zanga. “Como chega assim, de mansinho? Você me assustou”, reclamou, batendo com o livro que segurava nos braços do rapaz.


- E como você me bate assim? Eu só falei ‘bom dia’ – protestou com um risinho abafado.


- O que você quer? Eu ainda ia fazer o chá e as torradas – disse tentando mostrar mau-humor.


- Não quero chá nem torrada. Apenas falar com você – respondeu com firmeza.


- Mas nós não temos nada a conversar, Ron – rebateu, com os braços cruzados e a fisionomia séria, parecendo esquecer da própria decisão de dar uma chance ao rapaz de se explicar.


O ruivo, que estava ao lado da menina, se posicionou em frente a ela e a olhou de um jeito quase suplicante. “Mione, será que nunca voltaremos a ser amigos?”, questionou.


Era difícil para Hermione manter-se indiferente àquele olhar e às palavras de Ron. Mas ela continuaria a se esforçar para resistir bravamente. “Eu não posso voltar a ser sua amiga. Não sei se poderei confiar plenamente em você, como antes”, confidenciou o seu maior temor.


- Mione, todo mundo merece uma segunda chance. Eu sei que errei. Mas, se não estivesse arrependido, eu não voltaria – argumentou.


- Como posso ter certeza que você não vai nos decepcionar de novo, que vai manter a sua palavra? – perguntou.


- Você não pode ter essa certeza. Ninguém pode. Na verdade, ainda vamos nos decepcionar um com o outro muitas vezes. Mas sempre estarei disposto a pedir perdão e a perdoá-la. Eu não vou deixar você sair da minha vida – garantiu.


A menina estava perplexa, sem saber o que dizer e sem conseguir sequer se mover. Jamais imaginou ouvir de Ron aquelas palavras. E ele falou tudo com tanta firmeza, sustentando o olhar e transmitindo grande sinceridade.


- E então? Você vai me perdoar? – ele insistiu.


- Eu... Tudo bem, Ron. Temos ainda uma longa jornada a empreender ao lado de Harry, precisamos nos concentrar nessa missão. Acho que não podemos continuar brigados – por fim admitiu.


Hermione jamais imaginaria que Ron abriria aquele sorriso iluminado, desconcertante. Muito menos que ele se aproximaria tão perigosamente assim e abraçaria com força. Ainda assustada, sem saber como reagir, Mione manteve os braços inertes e tensos, próximos ao corpo.


- Não vai me abraçar? Somos amigos agora – o ruivo murmurou aos ouvidos da menina.


Ela moveu os braços lentamente até alcançar as costas do ruivo, o enlaçando de um jeito um tanto frouxo. Aos poucos foi quebrando a resistência e, quando se deu conta, já o envolvia com firmeza e estava com a cabeça encostada no peito de Ron, ouvindo as fortes batidas do coração dele.


Foi Ron que tomou a iniciativa de se afastar depois de alguns segundos de abraço que pareceram uma eternidade. Sorrindo, levantou com leveza o rosto da amiga para contemplar os seus olhos sempre luminosos. Não conseguiu segurar uma lágrima que rolou pela sua face sardenta.


Como quem se dá conta que corre um risco, recuou estrategicamente. A menina então deixa escapar dos lábios a pergunta: “você está chorando”? “Não. Claro que não. Estou com uma irritação na vista”, o ruivo desconversou. “Vou entrar para arrumar minha mochila”.


Hermione não sabia o que pensar. Ele havia feito tanta questão daquela reconciliação e agora se afastava? Ao alcançar a barraca, parecendo perceber que faltara dizer algo, Ron virou-se e caminhou em direção à amiga. Quando já estava bem perto dela, as palavras pareceram fugir de sua mente. “Mione, eu.. bem, eu...”, começou inseguro.


- Pode falar, Ron. O que você quer me dizer? – perguntou morrendo de medo e ao mesmo tempo ansiosa por ouvir aquelas palavras tão aguardadas.


- Melhor deixar para depois. Não quero estragar esse momento. Tenho sorte de você voltar a ser minha amiga. Não posso querer mais. Isso já é suficiente - disparou em um fôlego só, mal dando tempo para a menina raciocinar.


- Suficiente, Ron? – Hermione questionou decepcionada.


- Sim, claro. Para você não é suficiente? – perguntou buscando a resposta nos olhos da menina.


- Er... sim, é... suficiente. Como eu mesma falei, a gente precisa se concentrar na missão. Isso – afirmou surpresa ao constatar quanto ela mesma estava tendo dificuldade com as palavras.


O rapaz se dirigiu novamente à barraca e, ao lembrar o abraço desajeitado e sincero compartilhado com a amiga, ficou feliz. “Está tudo bem”, concluiu com um sorriso. Hermione, observando o ruivo se afastar, sentiu uma súbita alegria. “Ron está de volta. Ele voltou para mim”, pensou. E com o coração sereno, acendeu o fogo para preparar o chá.


xxx


 


Para ouvir antes, durante ou depois de ler o capítulo: 


Boys Don't Cry 


http://bit.ly/XBJuSW


I would say I'm sorry
If I thought that it would change your mind
But I know that this time
I have said too much
Been too unkind 


I try to laugh about it
Cover it all up with lies
I try to
Laugh about it
Hiding the tears in my eyes
Because boys don't cry
Boys don't cry 


I would break down at your feet
And beg forgiveness
Plead with you
But I know that
It's too late
And now there's nothing I can do
(…)

 

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Comentários (26)

  • Luis ursao

    to passando aki para desejar um feliz natal a todos, e que esse ano de 2013 seja muitas felicidades e alegrias e paz!!!!!

    2012-12-24
  • Luis ursao

    quando sera que vai sair o proximo capitulo???muito bom eu li denovo todos as entrelinhas que vc escreveu ate agorado 5° ano ate esse ultimo capancioso pelo proximo 

    2012-12-23
  • Julliano César Carneiro Viana

    Parabéns,outro ótimo cap(Tá,esse negócio de eu ficar te elogiando tá virando redundância,mas vou fazer o q...). O clima do momento é palpável;e o turbilhão de sentimentos dos personagens foi exposto com maestria. Um feliz Natal pra vc!!! 

    2012-12-23
  • Aline G. Weasley

    Estou perplexa Morgana, você me deixou sem palavras para fazer um comentário. Estava lendo e ouvindo a música, mas me envolvi tanto que nem ouvi ela parar, era como se o ritmo tivesse entrado na minha mente, e a leitura tomou minha atenção, como sempre. Cada vez melhor. Perfeito. Tenho certeza que Hermione teria se emocionado tanto quanto eu, suas palavras não tocam só na mente, mas também no coração. E meu coração está feliz, com essas palavras tão belas e bem escritas o atingindo assim.

    2012-12-23
  • Lilian Granger Weasley

    Muito bom esse capitulo anciosa para o próximo!!!! :) 

    2012-12-20
  • Morgana Lisbeth

    Amo responder os comentários dos melhores leitores da FeB (vocês, é claro!). Então vamos lá: Luis, que já fazia plantão na fic "À Espera da Coruja", agora é o primeirão também por aqui (rs)! Valeu! Leitor novo que (espero) veio para ficar :) Sil, realmente não é fácil falar sobre sentimentos e, de modo especial, conseguir passar toda a emoção que eles encerram. Mas quando se trata de Ron e Mione, isso flui com uma força que não consigo compreender. Não se preocupe que vou até o "The End". Ou melhor, vamos juntas! Obrigada pela companhia. Fernandinha, amo colocar esses dois para falar (hehe). Deixo que tentem se expresar, mesmo se com frases desconexas, tensas, sem sentido (aparentemente). Senti falta desses diálogos nos livros. Sei que aconteceram porque o narrador fala dos momentos que Ron e Mione ficavam juntos e conversando, esperando Harry sair de alguma detenção ou encontro com Dumbledore, ainda em Hogwarts, e também durante à caça as horcruxes. Lembra de Harry, durante a briga com Ron, desabafando: "Vocês acham que não notei os dois cochichando às minhas costas"? Enfim... :)) Eliana, espero que tenha curtido o capítulo. Quanto ao seu pedido de "fã" (que honra!), comecei a escrever alguns textos pós-Hogwarts, mas ainda são rascunhos... Vamos ver se depois sai algumas coisa. No momento, minha meta é concluir as duas histórias que estou postando por aqui. Bjs! Mellissa, fico feliz em saber que gostou do capítulo e que consegui transmitir um pouco dos sentimentos despertados por esse momento de reaproximação. Com certeza, brigar é muito mais fácil que se reconciliar. Tenso! (rs) Lulu, seu atraso foi mínimo. Eu é que estou muito lenta na minha escrita, mas vamos que vamos, até o fim! Aliás, conto com sua companhia. Alguns outros leitores antigos "desaparataram" e conto com a sua companhia. Sobre o que você está escrevendo? Adoraria ler os seus textos! Beijinhos! Yoda, seja muito bem-vinda e sinta-se em casa! A fic é sua e de todos os leitores apaixonados por Ron e Mione! Liana! Olha você aqui de novo! E ainda encontra tempo para continuar escrevendo suas criativas e fofas fics, que já estão na lista das mais lidas da FeB há semanas! Parabéns! Conto com sua companhia, always! ;*

    2012-12-19
  • Annabeth Lia

    Coisa mais LINDA! Cada capitulo que eu leio, eu me surpriendo mais com os sentimentos que a leitura pode me causar.. e esta musica, é maravilhosa, tudo ficou perfeito neste capitulo, mal posso esperar pelo próximo! *-*

    2012-12-19
  • Yoda Wesley

    Ficou sensacional o capitulo... Que venha o próximo !!!!

    2012-12-18
  • luluweasley

    Minha bola de cristal está começando a falhar >.<" Nunca mais tinha entrado na FeB e isto estava me matando. Mas finalmente cheguei! Atrasada, mas cheguei. Adorei e conversa entre Ron e Harry, me diverti bastante. Deve ter sido no mínimo estranho para Mione receber um abraço assim do ruivinho, além das lágrimas que nem ele esperava. Adorei o capítulo, estava com saudades da fic... Mal posso esperar para a mansão dos Malfoy, além do beijo dos dois, é a parte que eu mais aguardo. Eu voltei a me aventurar como escritora, mas não postei nenhuma das histórias aqui na Feb, já que a maioria delas não aborda Romione... Acho que já falei tudo o que tinha para falar '-' Tem dias que quando eu abro a boca, custa muito fechá-la u.u Beijos!

    2012-12-18
  • Mellissa Weasley

    UAU, Morgana do céu! O que dizer? Estou sem palavras... Tá tudo tão belo, os sentimentos estão descritos perfeitamente. Me falta palavras pra descrever o que senti lendo esse capítulo. Como sempre você arrasou! E a música é maravilhosa, já tinha ouvido aquela vez que você me mandou pelo twitter, letra linda demais.

    2012-12-18
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