Mapa do Céu



Gina guiou Hermione até a estátua de Hórus, na forma de um imponente falcão. Havia inscrições ali que talvez fossem importantes para Hermione saber.
- Hermione, tem alguma coisa escrita aqui na estátua de Hórus, mas não sei o que é.
- É a história de Hórus... eu já li sobre isso. Não é nada tão importante, vamos seguir em frente, Gina, eu sinto que Harry está por perto. – disse Hermione, não contendo a ansiedade.
Os três se direcionaram a uma entrada que dava para um corredor na mais completa escuridão. Gina pensou em iluminar o caminho com o feitiço lumus, mas achou que pudesse não ser uma boa idéia se tivessem inimigos por perto.
- Vamos em silêncio, na escuridão, Rony! – disse Gina para o irmão que já brandia a varinha no intuito de acendê-la.
- Mas tá muito escuro, Gina! – Rony reclamou, mas seguiu a irmã que já ia à frente com Hermione sem acender a varinha.
Eles tiveram que passar por três bifurcações na mais completa escuridão, o que dava a impressão de estarem num labirinto. Gina já estava pensando que jamais sairia daquele lugar quando viu, no fim do túnel que pegara, luzes bruxuleantes num tom azul brilhante bem ao longe.
Ela seguiu com muito cuidado, mantendo Hermione atrás de si. O túnel terminava numa escada que descia para um amplo espaço aberto. Havia cinco pessoas naquele grande salão. Todos usavam capas negras e capuzes, com exceção de um que estava perto da escada e, conseqüentemente, perto de onde Gina estava.
- Harry! – Gina sussurrou, mas foi o bastante para Hermione se agitar atrás dela e ela teve que agarrar a amiga para que Mione não descesse as escadas às estribeiras. – Espere, Mione! Comensais!
Eram comensais, só podia ser. Havia três, dos outros quatro homens, que procuravam alguma coisa na parede. Eles não se preocuparam com raridades, nem com pedras preciosas encrustadas em alguns objetos de arte egípcia. Na verdade, eles procuravam algo, desesperadamente, entre os hieróglifos. Gina não poderia traduzir o que está escrito, e também duvidava que eles pudessem. Era muito antigo, em formato de desenhos, animais e outros rabiscos que para Gina pareciam não representar nada.
Gina pediu que Rony segurasse Hermione e se abaixou para que ninguém a pudesse ver. Não havia outra forma, a não ser chamar por Harry.
- Psiu! – Ela sussurrou. Tão baixinho que até duvidava se Harry pudesse ouvir.
- Harry! – repetiu, mas o garoto, simplesmente não se movia. – HARRY! – ela sussurrou mais alto e desta vez o garoto se mexeu, mas quando Harry se virou, Gina viu que ele estava preso a correntes que algemavam seus pés e suas mãos juntos.
- O que está fazendo aqui? – Harry perguntou num sussurro, demonstrando sua preocupação. Gina percebeu que ele estava muito machucado. Provavelmente fora torturado. De sua boca, saía sangue e sua têmpora abrigava uma enorme ferida. – Vá embora! Voldemort está aqui.
Podia ser verdade. O quarto homem, encapuzado, não procurava por hieróglifos como os outros, mas estava observando, coordenando, de pé no centro do grande salão.
Voldemort estava de costas para eles, assim como os outros comensais. Será que se ela descesse e libertasse Harry eles a veriam? Não havia tempo para calcular e, levada pela emoção de ver seu grande amor vivo, Gina desceu hábil e silenciosamente as escadas até o degrau em que Harry estava sentado.
- Alohomorra! – sussurrou ela, apontando para o cadeado velho e antigo que prendia as correntes e depois fez o mesmo com as algemas.
Harry segurou a corrente e, com muito cuidado, colocou-as no chão.
- Vai, sobe, Gina! – Harry disse para Gina que começou a subir os degraus silenciosamente, mas quando Harry deu o primeiro passo, o calcanhar bateu sobre o monte de correntes que caíram no outro degrau, produzindo um enorme e ecoante barulho metálico.
Tanto Voldemort, quanto os outros comensais viram-se imediatamente.
- Droga! – Harry gritou e empurrou Gina para cima, instintivamente, virando-se depressa para receber o impacto do feitiço que certamente alguém lhe enviaria.
Ele tapou o rosto esperando pelo pior quando uma coisa inusitada aconteceu.
- Estupefaça! – Gritou Voldemort, brandindo sua varinha.
- Protego! – gritou Hermione, surgindo no alto da escada.
“Hermione? Minha Hermione?”, pensou Harry, o rosto do garoto se iluminou quando viu a garota defendendo-o.
O feitiço de Voldemort reverberou no campo de força que Hermione criou, deixando o Lord das Trevas furioso.
- Acha mesmo que consegue me enfrentar... sua sangue-ruim.... e, ainda por cima, cega! – disse Voldemort, com um sorriso irônico nos lábios olhando maléficamente para Hermione que não se abateu, enquanto as narinas viperinas do Lord das Trevas se abriam e se fechavam de puro ódio.
Hermione desceu trôpega as escadas, mas com um ar ameaçador em seu rosto, deixando Harry preocupado. Ele tinha que protegê-la. Não podia deixar que nada de ruim lhe acontecesse. Ela estava ali! Cruzara meio mundo só para salvá-lo. Ele calculou se daria tempo de se jogar na frente dela, antes que Voldemort a amaldiçoasse, mas parecia que não seria necessário.
- Eu sei que não consigo! Não tenho forças o suficiente para enfrentá-lo, TOM! – Disse Hermione, num tom, ao mesmo tempo sarcástico, ao mesmo tempo, provocador. – Mas sei que sempre foi um péssimo aluno em História da Magia, pois não conseguiu pensar na magia antiga que protegeu Harry quando bebê, então sei que não conseguirá enfrentar o que eu sei!
- E o que você sabe, sangue-ruim? – Perguntou Voldemort, intrigado.
- EU NÃO SOU A MELHOR ALUNA DA MINHA CLASSE A TOA! – disse Hermione, e brandindo a varinha, proferiu algo numa estranha língua. – HORUS! PROTEJA-NOS DAQUELE QUE PRETENDE ASSALTAR TEU TEMPLO, Ó GRANDE BRUXO!
Hermione brandiu a varinha novamente e um raio disparou na ponta de sua varinha. Voldemort levantou o braço em defesa, imaginando que o raio o atingiria bem em cheio, mas algo inesperado aconteceu: o raio desapareceu no meio do caminho, onde uma grande esfera brilhante se formou e se enchia a cada segundo.
- QUE DIABOS É ISSO? – Perguntou Voldemort, enquanto ele e os Comensais se aproximavam da esfera.
- Vamos sair daqui.... AGORA! – Gritou Hermione.
Automaticamente, Harry agarrou a mão de Hermione e a guiou escada acima, atrás de Gina.
- Rony! – Gritou Harry, ao ver o amigo, sentado, encolhido no canto do túnel. Não esperava ver o amigo ali.
- VAMOS! VAMOS AGORA! – gritou Hermione, e os quatro começaram a correr pelos túneis a caminho da saída.
- O que é aquela esfera branca, Hermione? – perguntou Harry, intrigado também, quando uma grande explosão fez-se ouvir e o fogo alcançou o corredor onde eles estavam.
- CORRAM! – gritou Harry. Eles até tentaram, mas quando viu que o fogo os engoliria, Harry se jogou sobre os amigos e produziu um feitiço que criou uma capa protetora.
Gina gritou, agarrando-se a Rony, mas ninguém se mexeu ou se levantou. Segundos depois, o fogo retornou rapidamente de onde viera até sumir por completo.
- Vamos, não podemos perder tempo... – disse Hermione, ajudando Harry a se levantar.
Eles saíram do templo rapidamente. Lá fora, a noite já se pronunciava, mas o muro de areia havia desaparecido por completo.
- O que foi aquilo, Hermione? – perguntou Harry, confuso.
- Eu invoquei Horus para nos proteger. É magia antiga... muito antiga, tão antiga quanto aquela que Voldemort está procurando.
- Aquela explosão... Voldemort está...
- Morto? Não! Aquilo só vai detê-los por algumas horas. É fogo mágico. Ele queima, mas não mata, contudo, deixa quem é atingido com terríveis dores. E não é tão fácil de se curar. Os feitiços normais não adiantarão. Voldemort terá que achar a cura num feitiço antigo...
- Ótimo! – disse Harry, esperançoso. - Então teremos tempo para fugir daqui e retornarmos para Inglaterra.
- Não, Harry! – disse Hermione, pesarosa. – Eu esqueci o livro que trouxe naquele túnel lá dentro do templo. Se Voldemort o encontrar... e eu não tenho dúvida de que ele o encontrará... ele achará logo a resposta. Vai demorar um tempo... apenas o tempo necessário para conseguirmos sair daqui.
- Vamos aparatar para Cairo! – Sugeriu Rony. – Agora já conhecemos o caminho, então podemos aparatar... eu acho que consigo... daí a gente dá no pé deste país horrível.
- Sim, acho que poderemos aparatar... – concordou Gina. – Estamos todos cansados, mas precisamos tentar. Vamos tentar todos juntos...
- NÃO! – disse Hermione, olhando para o nada. Seus olhos brilhavam apesar de Harry saber que ela não podia enxergar nada – Não... eu tive uma idéia. Há muito tempo eu venho lendo sobre o Egito. Eu sempre me interessei por Magia Antiga.
- Você se interessa por qualquer coisa que se pareça com um livro, Hermione! – disse Rony.
- Voldemort acha que pode conseguir a imortalidade aqui! – continuou Hermione, ignorando o comentário de Rony. – Mas também pode encontrar a sua perdição aqui! De uma vez por todas...
- Não tô entendendo, Mione! – reclamou Gina que já estava exausta e queria muito ir para casa.
Hermione virou-se. Ela parecia pensativa, parecia querer lembrar-se de alguma coisa que lera em algum livro há muito tempo atrás.
- LEMBREI! – gritou ela, de repente, virando-se para eles novamente – AHMED RHASHID!
- Piorou! – disse Gina, impaciente, olhando para o templo. – Vamos, Hermione, vamos sair daqui logo.
- Não... não vamos sair – disse Hermione – vamos procurar Rhashid! E derrotar Voldemort para sempre!





- PÉSSIMA IDÉIA! PÉSSIMA IDÉIA! – choramingou Rony, tentando, em vão, proteger-se do frio com sua jacketa. – VAMOS PROCURAR RHASHID! – falou Rony, imitando a voz de Hermione – PÉSSIMA IDÉIA!
Harry ajudou Hermione a subir o topo da montanha de areia e olhou para trás. Da entrada do templo saia fumaça, mas ninguém aparecera ali até agora. O que era uma coisa boa, pois, ao descer aquela duna, eles ficariam fora do alcance da vista de quem estava no templo, se acaso Voldemort já tivesse se recuperado do feitiço de Hermione.
Ele estava muito emocionado com o gesto de Gina e Hermione, de vir procurá-lo, quando todos já deveriam tê-lo por morto. Gostaria de abraçar Hermione, matar aquela saudade angustiante que o acometeu enquanto estava sob os domínios de Voldemort, beijá-la e dizer que ele a amava mais do que tudo no mundo! Mas Hermione estava distante e estava concentrada em procurar Rhashid.
Sabia que se Hermione disse que era importante procurar este homem, é porque devia mesmo ser, mas tinha que concordar com Rony que cruzar o deserto a pé, num frio congelante, guiados somente pela memória de Hermione, que estava cega, não era uma boa idéia.
- Para onde vamos agora? – disse Harry – Já estamos longe do alcance da visão do templo.
- Olhem para cima! Olhem para as estrelas! – Hermione disse e os três obedeceram. - Cinco estrelas, perfeitamente alinhadas. Temos que seguir reto, na direção em que elas apontam. Seguiremos em frente, para o sul, até alcançar as tendas de Rhashid.
- Você tem certeza? – perguntou Harry, analisando bem o céu estrelado. Dando graças a Deus por não haver muitas nuvens naquela noite.
- Sim! Eu me lembro, Harry... você sabe que sempre memorizo bem o que leio.
Eles começaram a caminhar na direção apontada pelas estrelas, seguindo o mapa do céu, enquanto pareciam perdidos naquele mar de areia. Harry estava cansado, exausto, mas preocupava-se mais com Hermione que dali a pouco começou a tremer descontroladamente.
- Você está bem? – perguntou Harry, sem deixar de acompanhar o ritmo.
- Está frio... mas frio do que imaginei... – disse a garota, que, assim como Gina, trajava um vestido leve e claro.
- É muito longe, Hermione? – perguntou Harry, esperando que ela pudesse se lembrar de alguma coisa.
- Não sei ao certo. No livro que li, o mapa dizia para seguir para norte. Mas o ponto inicial era a cidade dos mortos. Acho que, partindo deste ponto, é mais perto. Espero muito mesmo que seja, porque no livro, dizia que era dois dias de viagem a pé.
- Ai, ai, ai... – reclamou Rony ainda mais, abraçando Gina que parecia um cadáver ambulante de tão branca e trêmula que estava. – PÉSSIMA IDÉIA! PÉSSIMA IDÉIA!


Eles caminharam por mais uma hora e quando pensaram que seus joelhos fraquejariam e morreriam de hipotermia no meio de um deserto que, durante o dia, era escaldante, Harry, que havia corrido para subir uma duna, viu ao longe uma grande fogueira, rodeada por inúmeras tendas, enquanto pessoas dançavam e tocavam instrumentos ao redor do fogo.
- ESTAMOS PERTO! – gritou Harry, olhando para os três que vinham a trás, tentando resgatar as últimas forças para subir a duna. – VAMOS, GENTE!
Harry olhou novamente para o que parecia ser o acampamento de Rhashid, imaginando o que reservaria para eles. Hermione dissera algo sobre o derrotar Voldemort para sempre. Gostaria de ter conversado mais com ela sobre isso, mas o frio intenso e a pressa para chegar a um abrigo o impediu. Agora refletia sobre o que ela dissera. Haveria mesmo uma forma de derrotar Voldemort para sempre. Até onde ele sabia, Harry precisaria destruir TODOS os Horcruxes para ter uma chance contra Voldemort, mas estava longe de conseguir essa faceta. Mas Hermione havia estudado muito mesmo sobre Magia Egípcia, então, talvez ela estivesse certa. Não importava! Ele deveria tentar qualquer coisa. Não poderia mais arriscar sua vida e a vida das pessoas que ele mais amava. Em sua cabeça, a profecia falava alto. Ele teria que matar Voldemort ou ser morto por ele. E entre matar ou morrer, só havia uma opção para Harry!
Retomado por novas forças, Harry deu um passo e seguiria em frente até o acampamento quando escutou um ruído vindo de trás e virou-se.
- Harry! – gritou Rony e apontou para baixo. Gina estava grudada no irmão, mas parecia muito mal. Mas o que realmente o assombrou, foi ver o corpo de Hermione rolando pela areia, duna abaixo.
- Meu Deus! – disse Harry, e começou a descer. Quando passou por Rony, viu que Gina estava quase desfalecida no colo do irmão. – Rony! Leve-a para o acampamento! Há uma grande fogueira mais adiante. Vamos! Você consegue!
Enquanto Rony subia, carregando Gina, Harry descia, afundando o pé na areia e tropeçando para alcançar Hermione.
Ela estava caída com a cabeça para baixo, os cabelos castanhos cobriam a cabeça e as costas, mas Harry pode ver, mesmo somente com a luz do luar, algumas escoriações no ombro da amiga, que ela havia ralado quando caiu duna abaixo.
- Mione? – Harry disse, ao alcança-la, virando-a e segurando-a no colo. – Você está bem?
Ele limpou o rosto da garota que estava coberto de areia e viu que ela ainda respirava e tentava abrir os olhos.
- E-está... f-frio... – sussurrou Hermione.
Harry tirou a única camiseta que tinha e usou-a para envolver Hermione, abraçando-a e esfregando seus braços para que esquentasse.
Quando viu que ela estava um pouco melhor, ergueu-a nos braços e começou a subir a Duna.
Não foi fácil! Ele mesmo estava muito fraco. Havia sido torturado por Voldemort e estava exausto e com muito frio. Hermione era muito leve, mas mesmo assim, a subida foi terrível. Sabia que não poderia contar com Rony que já tinha Gina para ajudar e, quando pensou que não poderia mais agüentar, atingiu o topo da Duna. O fogo e o a brisa morna que vinha daquele lugar, renovaram-lhe as forças e, quase correndo, ele desceu rapidamente a duna e entrou no acampamento, passando por entre as tendas e chegando até a fogueira, onde Gina e Rony já estavam encolhidos.
As pessoas que ali dançavam e tocavam instrumentos pararam de repente e olharam estranhos para eles. Eles não pareciam tão hospitaleiros quando Harry imaginou que fossem.
- QUEM SÃO VOCÊS? – disse um dos homens que desembainhou um alforje e apontou para Harry. – COMO OUSAM INVADIR O ACAMPAMENTO DE AHMED RHASHID?
- O senhor é Ahmed Rhashid? – perguntou Harry, com bastante cautela. – Precisamos muito falar com ele!
- Não, não sou! – respondeu o homem, mal-humorado. – E quem deseja vê-lo?
Harry olhou para Hermione que já parecia um pouco melhor, em contato com o calor da fogueira.
- Da parte de Harry Potter! – disse ele.
- Oh!
- Potter aqui?
- Harry Potter, é ele!
- Harry Potter?
Harry escutou as pessoas cochichando ao redor, quando escutaram o nome dele. Imaginou se sua estória já havia chegado até o oriente médio. Talvez sim, porque até o homem que parecia brutal e mal-humorado suavizou as expressões.
- Venham... venham comigo! – disse o homem, enquanto começou a se distanciar.
Harry ergueu Hermione e segurando-a pela cintura começou a guiá-la atrás do homem. Rony fez o mesmo com Gina, que parecia ainda pior do que Hermione.
Eles entraram em uma tenda. Era uma tenda mágica. Por fora parecia pequena e sufocante. Dentro, era gigantesca, com vários artefatos e tapeçaria em cores fortes, principalmente, vermelho escuro. Bem no centro, havia outro homem, um homem muito grande e parecia muito forte. Ele usava trajes mais luxuosos do que o restante e usava um turbante cravejado de pedras preciosa.
- Quem são esses estranhos? – disse o homem da tenda para o homem que tinha o alforje. Quando a luz iluminou o primeiro, Harry viu que ele tinha uma cicatriz enorme que ia do queixo até a têmpora.
- Eles vieram ver Rhashid, senhor! – disse o homem do alforje. – É Harry Potter, senhor!
- Saia, Julos! – disse o homem da tenda, e Julos o obedeceu prontamente.
O homem ergueu o queixo e analisou os visitantes. Harry não estava em seu melhor estado. Hermione havia repousado a cabeça em seu ombro o que dava a impressão de que eles precisavam de ajuda desesperadamente.
- HARRY... POTTER... – disse o homem, num forte sotaque árabe. – Sua estória já chegou aos meus ouvidos. – Imaginava-o maior!
O homem se aproximou e olhou bem para a cicatriz que ele tinha na testa. Quando ele se aproximou, Harry não conseguiu tirar os olhos da cicatriz do homem e imaginou quem havia feito aquilo, pois o homem parecia poderoso e intocável.
- Precisamos de sua ajuda! – disse Harry, abraçando Hermione que parecia querer escorregar de seus braços.
- Isso estou vendo! – disse o homem sarcasticamente – Bem... por que querem falar com Rhashid.
- Bem, eu... eu... – Harry ficou pensando no que dizer e arrependeu-se amargamente por não ter conversado com Hermione antes. - Quero dizer... eu... eu...
- Precisamos da ajuda de Rhashid para derrotar Voldemort! – sussurrou Hermione, num só fôlego, tentando ficar em pé sem a ajuda de Harry.
- QUEM É ESSA MULHER? – falou o homem, irritado – NENHUMA MULHER FALA COMIGO SEM QUE EU LHE DÊ PERMISSÃO.
- Ora... – Harry disse, também irritado.
Hermione separou-se de Harry de repente e ficou de frente para o homem.
- Eu não sou uma de suas mulheres! – disse Hermione num tom ousado. – Eu pesquisei muito sobre magia antiga e muito sobre magia egípcia. Eu sei que Rhashid sabe que existe uma maneira de derrotar Voldemort, e eu preciso que ele me diga. Então se não se importa... EU QUERO FALAR COM RHASHID AGORA!
Tap
O homem esbofetou Hermione que cambaleou, muito fraca. Harry pulou para cima do homem, mas Hermione puxou-o para trás no mesmo instante.
- Fique calmo, Harry, não foi nada! – disse ela, enquanto massageava a face esbofeteada.
O homem curvou o pescoço para trás e deu uma grande gargalhada.
- Um homem que obedece a uma mulher, não é nada! – disse o homem, provocando Harry ainda mais.
- Um homem que bate numa mulher que esta fraca e indefesa quer provar a si mesmo que é forte quando na verdade é fraco e covarde! – Hermione alfinetou e o homem levantou a mão, pronto para esbofeteá-la de novo. Foi então que ele percebeu que ela era cega.
- Cega! – disse o homem – Ainda por cima é cega! Ah, garotinha, não perca o meu tempo. Mulheres só servem para duas coisas... dançar e para me dar prazer... e – o homem olhou de cima abaixo e Hermione sentiu um ar de malícia no ar – se você não der uma dessas duas coisas, não deixarei que veja Rhashid!
- E se eu lhe der uma dessas duas coisas aí que você citou, você me deixará falar com Rhashid? – perguntou Hermione, prontamente, levantando o queixo num tom atrevido.
- HERMIONE! – disse Rony, escandalizado, enquanto segurava uma Gina muito fraca em seus braços.
- Não, Hermione! Você não vai fazer isso para um homem tão machista que não enxerga seu próprio nariz! – disse Harry, colocando a mão sobre o ombro da amiga, imaginando se a amiga seria mesmo capaz de ser entregar para aquele homem nojento.
- É, claro que vou... – disse Hermione, com convicção.
- Ótimo! Mulheres são sempre bem vindas em minha cama! – disse o homem, malicioso.
- ... DANÇAR!!!

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