Quatro



The Script


Sinopse: Separar o que é real do que é fantasia nunca foi problema para Harry Potter. Porque ele seguia a risca sua regra máxima: nunca namorar colegas de trabalho.


Advertências do Capítulo: Universo Alternativo. Isto é, tentativa de Universo Alternativo "total".


PG-13 | Português | Humor | Friendship | Romance


Isso nunca foi betado.


Observação: Espera algo minimamente coerente? ALT + F4.




PREMISSA


Harry Potter e Hermione Granger são grandes amigos e também são atores muito queridos e famosos... Mesmo assim, eles nunca haviam contracenado até esta nova série policial criada por Alvo Dumbledore, denominada Satori, onde são protagonistas. Respectivamente: Dr. Ryan Howard e Agente especial Teresa "Tessa" Mitchell.


Com o passar dos episódios e química inegável dos atores, percebe-se que seus personagens são o que chamamos de "destinados a ser". Harry não é a favor da ideia, mas Hermione sim.


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Capítulo 3


-Você. É. Uma. Pessoa. Perversa.


Hermione riu, permitindo que entrasse em seu apartamento. – Que tocante, vir ao meu lar apenas para me insultar. Melhor amigo do mundo para sempre.


Harry lhe lançou um olhar venenoso, o qual a morena dispensou com um aceno. – Não era tão mau assim.


-Realmente?


-Vamos lá, Harry. Não seja um bebê.


-Está realmente bem com isso, não é? – ele suspirou tomando assento em seu sofá. Hermione empurrou um copo de conhaque em sua mão antes de deslizar para seu colo. O moreno bebeu tudo em um gole, colocando no chão o copo vazio em seguida.


-O que pensou que eu faria? Chorar copiosamente porque agora nossa amizade nunca mais será a mesma depois de sua personagem beijar a minha?


Harry parecia tímido ao assentir: - Surtar ou passar mal durante uma cena.


-Você não é tão repugnante assim, por favor.


O moreno tentou manter o olhar insultado, mas só pode rir. E ao se recuperar, contrapôs: - É. Penso que não, pude perceber sua "relutância" em passar a mão.


-O quê?! – ela respondeu na defensiva. - Estava no script.


-Por que Hermione, eu não pensei que você queria tanto me tocar – o tom dele era gozador.


-Não seja bobo.


-Não é a responda correta – brincou.


Hermione estreitou os olhos, calmamente impeliu o rosto para frente e moveu o nariz por seu pescoço antes de alcançar com os lábios o ouvido do amigo. – Harry, meu amor, você saberá quando eu quiser tocá-lo – o moreno assentiu, divertido.


-x- The Script -x-


Junho de 2011.


Ele estava na Venezuela, divulgando seu mais novo filme quando soube da notícia. Vamos apenas dizer que Harry se ressentiu 'um pouco' por saber por terceiros que seu melhor amigo estava se casando - mesmo que numa cerimônia questionável no Camboja...


Verdade seja dita, estava mais perturbado por não saber exatamente como iria lidar com toda a situação que estava por vir... Provavelmente porque estava mais preocupado com a reação de Hermione. Ron, como sempre, agia impulsivamente; como podia ser o melhor enxadrista do mundo?


Harry franziu o cenho, recordando-se que Hermione estava atualmente na França, para um merecido descanso. O que, o moreno ponderou, tornava tudo pior. Por sorte, Hermione estava em Lyon e não na capital mundial do romance.


Hermione não era o tipo de pessoa que se importava com algo assim, mas honestamente, qual era a melhor forma de ligar com o casamento de seu ex? - o homem o qual você pensara que iria casar.


Harry resmungou consigo mesmo. O que ele deveria fazer? Ligar para Hermione, interromper suas férias para lhe dar essa notícia? Talvez ele ainda não soubesse... Talvez ela só descobrisse quando voltasse para a Inglaterra? Yeah. Com certeza... O moreno pensou com ironia.


Quando seu telefone tocou, vinte e cinco minutos depois, Harry não estava surpreso. Respirando fundo, buscando regência, ele atendeu com uma voz divertida:


-Já está sentindo minha falta?


-Oi Harry...


Harry espirou. - Você já sabe.


-Bem, está em todos os jornais. O casamento muito "exótico" do maior enxadrista do mundo. Deus, que diabos?! Quem faz algo assim?


-Uh, celebridades, todo tempo?


-Era uma pergunta retórica – ela disse secamente.


Harry riu. – Eu sei.


Hermione suspirou do outro lado da linha, desanimada. – Ela estava de tirar o fôlego com aquele vestido azul.


-Hm – Harry fez um som, dando de ombros. Esquecendo-se de que ela não poderia vê-lo. - Ela não é tão linda – disse por fim, apenas para benefício de Hermione.


Lilá Brown era uma das mulheres mais belas que conhecia; assim como uma das mais divertidas e completamente insanas, se ele pudesse acrescentar. Harry também sabia que a loira era completamente apaixonada por Ron e vice-versa. Não que isto ajudasse Hermione ao momento.


Hermione fungou. – Ela é perfeita.


-Para quem curte ossos, provavelmente – Harry concedeu.


Hermione riu baixinho, sem vontade. E espirou. - Qual é o meu problema? Faz dois anos, eu não deveria estar assim.


-Bem, como você deveria agir? Não existe um protocolo, Hermione. Por favor. Eu estaria preocupado se estivesse agindo indiferente a tudo isto. Você o amava. E ele a você. Talvez as coisas não tenham saído como planejado e...


-Pra dizer no mínimo – o tom de Hermione era desagradável.


-Não faça isso. Por favor. Não faça isso consigo mesma.


-Talvez eu queira apenas mergulhar em um mar de auto-piedade – Hermione retrucou. – Talvez isso melhore meu estado de espirito enquanto me consolo com duas ou três garrafas de vermute. E isto me faça esquecer que poderia ter sido eu ali, que eu...


A morena interrompeu a si mesma. Incapaz de continuar aquela linha de pensamento. Sentindo-se vulnerável e ridícula. Como uma pessoa amarga e mal-amada. Pelo amor de Deus! Não é como se tivesse impedido Ron de ir embora quando tivera a chance.


-Okay, está decidido, estou a caminho.


Hermione franziu o cenho, levando um instante a mais para perceber o que seu amigo havia dito. Então, ela ficou envergonhada. Harry achava que ela poderia fazer alguma besteira? Que estava tão mal assim?


A morena meneou a cabeça negativamente de forma brusca. Não. Não havia necessidade. Ela era uma mulher independente e forte e esta, definitivamente, não seria a primeira (ou a última, pra ser sincera) vez que teria que superar situações no mínimo constrangedoras. Ao momento o que menos queria era de alguém – muito menos HARRY – tendo pena dela.


Não precisava dele. Não precisa de ninguém. Só de algum tempo sozinha, lambendo suas feridas, lamentando sua má-sorte. Decidindo sentir pena de si mesma por um momento, antes de seguir em frente. Afinal, não havia nada que pudesse fazer. E ela nem amava Ron dessa maneira mais, se alguma vez o havia amado "assim" - como seu futuro marido ou parceiro para sempre. O que quer que seja.


-Honestamente Harry! – tentou encontrar seu melhor tom de repreensão. - Eu sou uma garota crescida. Eu posso-


-É mesmo? – a interrompeu muito calmo. - Porque eu meio que já aluguei um jatinho e posso encontrá-la amanhã pela tarde.


Hermione prendeu a respiração.


- ...Você?


-Sim.


-Oh.


A morena olhou o tempo por um instante. Talvez tenha sido tempo demais, porque Harry a estava chamando com preocupação, quando tornou a atenção ao telefone. – Mione? Hermione?


Ela respirou fundo. – Okay.


-Okay?


-Uhum.


Harry sorriu consigo mesmo. – Tudo bem, vejo você em breve.


-Quer que eu o encontro no aeroporto?


-Claro, por que não? Assim podemos comer em algum desses bistrôs adoráveis da cidade. E você pode ser minha guia turística, contando todos esses fatos históricos "fascinantes" que eu realmente não precisava saber.


-Hey!


Harry riu. – Até logo, Hermione. Comporte-se.


-Não é como se eu fosse a irresponsável entre nós.


-Touché.


-Harry... Obrigada.


-Não há o que agradecer.




(Continua)




N/a: Desculpem a demora!

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