único
Era sexta feira. A sala comunal da Grifinória estava vazia. Ou quase. O dono de uma cabeça coberta por uma cabeleira ruiva que lhe cobria o rosto, atrapalhando seus profundos olhos azuis e lhe escondendo algumas das muitas sardas espalhadas por ele todo, estava sentado em uma poltrona confortavelmente, enquanto observava uma menina com seus cabelos castanhos e regularmente cheios estudando um pergaminho de no mínimo 40 centímetros sobre alguma poção, dever passado por Slughorn horas antes.
-Mione? - chamou o ruivo.
-Hñ...? - respondeu a outra, ainda sem tirar os olhos do dever do amigo que fizera questão de revisar.
-Chega de fazer isso, sei que vamos amanhã pra Hogsmead e precisamos estar com o dever feito, e blá blá blá, - suspirou - mas vamos conversar um pouco vai.
Hermione levantou os olhos pousando o pergaminho no chão, levantou e sentou-se no sofá ao lado da poltrona que estava ocupada.
-Sobre o que quer conversar, Ron? - disse numa falsa calma.
-Ah, sei lá sabe, sobre qualquer coisa.
A outra, por sua vez, revirou os olhos e respirou fundo.
Depois de um tempo de silêncio, Hermione se pronunciou.
-Porque me olha tanto, Ronald?
-Hãn? Eu... é - agora ele estava nervoso.
"Claro que estou nervoso, afinal, quem não estaria com uma pergunta dessas?" Pensou. "De maneira alguma eu vou falar a verdade, sairia mais ou menos assim: ah, sabe, é que eu só estou tentando memorizar cada detalhe do seu rosto, para eu poder sonhar com ele todas as noites da maneira mais real possível, não que eu já não tivesse feito isso outras vezes, mas cada vez que eu olho alguma coisa me surpreende. Definitivamente eu não vou falar isso." "E porque não? Aqui está uma chance para me abrir com ela, com a garota que eu amo, com a dona do sorriso mais lindo e dos cabelos mais cheirosos que eu já conheci na vida."
Chacoalhou a cabeça numa tentativa frustrante de espantar a imagem de uma Hermione feliz da vida em seus braços e respirou fundo. Depois de uma quase guerra em seu subconsciente, Rony Weasley decidira que era hora de admitir para Hermione, uma coisa que até a pouco não admitia a si próprio: ele a amava.
-Olha, Mione, me ouça ok, depois pode falar o que quiser, - acrescentou ele rápido, assim que viu que Hermione estava a ponto de contestar - pode me chingar, me bater, gritar comigo, pode fazer o que quiser, mas se eu não falar agora, nem Merlin vai me fazer falar depois. - suspirou novamente e passou a mão nos cabelos, demonstrando nervosismo, antes de retomar - Faz tempo, muito tempo, se é que eu posso dizer, que eu ando, sabe... sentindo alguma coisa... digamos que, diferente - sentou ao lado de Hermione, sem ao menos reparar na expressão confusa que ela transmitia - por você. Na verdade, desde aquele baile, para ser mais exato. E agora eu percebi que é hora de falar, quero dizer, não que você não saiba, mas quero que você ouça da minha boca o quanto eu te amo, o quanto eu tenho vontade de te beijar cada vez que eu te vejo, o quanto você me faz perder o ar só de encostar em mim mesmo que sem querer, o quanto você me faz passar noites em claro pensando como eu fui um estúpido de não ter te convidado antes para o baile, e infelizmente por não ter percebido que você era uma garota, até então. É isso, Mione: eu te amo.
-Ron, eu, eu não sei o que dizer. - nesse momento, uma Hermione que já estava com lágrimas nos olhos descansava uma de suas mãos no rosto de Rony - Você falou tudo o que uma pessoa precisa ouvir, tudo o que uma garota sonha em ouvir, e isso me faz ser a pessoa mais feliz do mundo! - sorriu em meio as lágrimas que já desciam por seu rosto e eram delicadamente secas pelas mãos de Rony
-Não precisa falar nada - ele disse enquanto se aproximava cada vez mais.
O que aconteceu depois foi tão rápido, porém tão intenso, capaz de transmitir tudo o que ambos sentiam.
Depois de estarem com os lábios completamente colados, e com as línguas dançando e explorando cada canto da boca do outro em uma sincronia perfeita, Hermione enlaçou o pescoço de Rony com seus braços enquanto ele fazia o mesmo com sua cintura, em determinadas vezes dando leves apertadas, tornando o beijo mais intenso. Tinha tudo naquele beijo que o deixava perfeito: amor, carinho, felicidade, enfim.
Depois de descolarem os lábios, dessa vez as testas é que se colaram, pois eles também, por incrível que pareça, sentiram os pulmões implorando pelo ar.
-Eu também te amo - disse Hermione, sorrindo o sorriso de Rony, que com medo de tudo aquilo não passar de um sonho, apertou a menina ainda mais em seus braços fortes.
Mas aquilo era realidade. Felizmente, tudo aquila era realidade, e que doce realidade por sinal.
E tudo isso aconteceu naquela noite.
FIM!
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N/A - Hey gente!
Acabei, disse que seria curtinha, e logo mais eu estou pensando em começar uma longfic.
Realmente espero que tenham gostado, e espero comentários, tanto com críticas ou elogios, ok?
Então é isso, beijos, até a próxima fic!
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