Feitiço Proibido



Scorpius e Alvo decidiram esquecer aquela conversa, por mais que estivessem curiosos, Rose tinha razão e Scorpius estava começando a tentar resolver outro mistério: O que seu pai viria fazer em Hogwarts?


- Isso está começando a me atormentar demais. – disse ele, enquanto iam para sua primeira aula do dia.


- Porque não escreve uma carta para ele? – perguntou Rose.


- Não iria adiantar. – disse ele e depois suspirou.


Eles então foram para a primeira aula do dia, que, segundo Rose, seria de “Defesa Contra as Artes das Trevas”.


- Quem será que vai nos ensinar DCAT? – perguntou Alvo, sentando-se em dupla com Scorpius e Rose logo na frente com Sarah Fellachy, uma menina nova da Grifinória. Rose olhou para trás, para a porta de entrada da sala, procurando o professor para poder responder a pergunta de Alvo, mas logo que viu quem era, não precisou responder.


O novo professor entrou na sala, andou até a frente da classe e se anunciou:


- Bom Dia, classe. Sou o professor Neville Longbottom e estou aqui hoje para substituir o professor que dará aula para vocês de Defesa Contra as Artes das Trevas. Sou professor de Herbologia, portanto, considerem-se com sorte hoje, pois hoje a aula será inteiramente dedicada á esta matéria.


Houveram murmurinhos de insatisfação, dos quais o professor ouviu e argumentou:


- Eu sei, eu sei que é muito chato. Mas pensem só, essa substituição é só por hoje. Tenho certeza de que o novo professor de vocês estará aqui para lhes ensinar DCAT amanhã.


- Porque você não pode nos ensinar DCAT? – perguntou um menino da Grifinória.


- Bem, talvez porque essa não seja minha matéria. – respondeu ele sabiamente.


- Você não sabe muito sobre DCAT para poder nos ensinar? – perguntou uma menina.


O Prof.Neville deu uma risada e respondeu:


- Acredite, sei mais desta matéria do que você possa imaginar. Mas não é para isso que vim aqui agora, é para ensinar a minha matéria. – ele sorriu de novo e continuou: - Vamos lá, quero ver se vocês leram alguma coisa sobre Herbologia! Vamos começar!


 


Depois da aula os meninos seguiram para a Sala da Diretora, para cumprir a detenção que levarão no dia anterior. No caminho, Scorpius relia a carta do pai.


- Isso está te incomodando, né? – perguntou Alvo, mesmo já sabendo a resposta.


- Eu só... não entendo! É estranho demais! – disse ele. – Sabe, um dia antes de eu vir para Hogwarts, eu fiquei com medo sobre o que pensariam de mim se eu fosse de outra casa invés da Sonserina, e eu contei isso pra ele. E o meu pai, meu próprio pai, me disse para eu não me preocupar, que ele ia me amar do mesmo jeito, mesmo se eu fosse para outra casa! Por isso não entendo.


Ele abaixou a cabeça e, na mesma hora, um menino ruivo do 3º ano arrancou a carta das mãos de Scorpius.


- Olhe o que eu achei, Roxanne! – disse Fred. Roxanne apareceu e começou a dar risada.


- Me devolva isso, Fred! – disse Scorpius tentando pegar a carta de volta, mas Roxanne a pegou antes.


- Olha o que temos aqui, é uma... – começou ela, de repente mudando a expressão de brincadeira para a de arrependimento.


- Uma carta. – completou o irmão gêmeo com a mesma expressão.


- Uma carta pessoal! – disse Alvo arrancando a carta das mãos de Roxanne e entregando-a á Scorpius, que agradeceu. Os gêmeos se entreolharam.


- Desculpe, Scorpius. – disseram juntos.


- É, desculpe. É que disseram pra gente que... – começou ela.


- ...você estava com o papel do “Feitiço Proibido”. – terminou ele.


- Feitiço Proibido? – perguntaram Alvo e Scorpius ao mesmo tempo.


- É. Dizem que tem alguém aqui... – começou Fred.


- ...De quem ninguém nunca desconfiaria...


- ...E que anda praticando o feitiço.


- Mas o que esse feitiço tem de tão importante pra ser “proibido”? – perguntou Scorpius.


- Alguns dizem que o feitiço ressuscita os mortos... – começou Roxanne.


- Outros dizem que ele faz com que você tenha todo o poder do mundo ou alguma coisa assim... – disse Fred.


- Mas realmente o que ele faz... – disse ela.


- Nós não sabemos. – disse ele.


- Por isso estamos curiosos pra saber quem é que está com ele. – disseram juntos. Scorpius e Alvo se entreolharam. Feitiço Proibido? Essa era nova para eles.


- Bem... nós realmente sentimos muito, Scorpius. – disse Fred.


- Está tudo bem. – disse ele.


- Amigos, então? – perguntou Roxanne, erguendo a mão para Scorpius. Ele a olhou por um segundo e resolveu apertá-la. Ele fez a mesma coisa com Fred.


- Que estranho esse negócio de Feitiço Proibido. – disse Alvo quando os gêmeos foram embora e eles se aproximavam mais da sala da diretora.


- É... – disse Scorpius, pensando se deveria ou não falar para Alvo o que tinha lhe ocorrido, e resolveu contar. – Sabe o que eu pensei sobre isso, Alvo?


- O que? – perguntou ele com curiosidade.


- Sei que pode parecer loucura, mas...será que a vinda do meu pai para cá não tem á ver com esse Feitiço? – perguntou ele.


Eles pararam na entrada da sala da diretoria e olharam para a grande porta de madeira. Alvo olhou para Scorpius com preocupação.


- E se fosse por causa disso? O que nós faríamos? – perguntou Alvo.


- Sinceramente? Não tenho a menor ideia. – respondeu ele. E, juntos, eles entraram na sala da diretoria, onde Minerva esperava-os com o olhar severo de sempre.

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