Capítulo I



            Capítulo I


            _Mas o que você vai fazer hoje à noite? – sorri, sabendo que aquela estava ganha.


            Não que eu fosse convencido demais, é claro, mas é verdade é inegável... Não há menina que eu queira e que não corresponda a uma investida mais direta. Meu pai que não me ouça, mas esse sex appeal eu roubei da mamãe, porque do lado dele as coisas não funcionavam bem assim não! Mas voltando à história, não tinha nada que indicasse que eu tomaria o primeiro toco da minha vida. Bom, não até que conhecidos cabelos loiros invadiram o meu campo visual fazendo com que eu abortasse a conquista que ia tão bem.


            _Eu quero falar com você. – ela disse em tom baixo, naquela voz firme que sempre tinha. Às vezes eu mesmo me surpreendia com o fato de ter realmente domado aquele gênio, nem que por pouco tempo. Adhara Malfoy foi certamente a minha maior e melhor conquista.


            _Adhie...? – eu disse, surpreso, esquecendo completamente a garota com quem falava antes. A coitada me encarou por alguns instantes, e sinalizei para que ela saísse dali para que conversássemos mais tarde.


            Voltei meus olhos para Adhara novamente. Ela tinha os olhos vermelhos, e me encarava com um sentimento tão estranho que me fez cogitar a possibilidade de aquilo ser medo, desespero.


            _Tudo bom, gata? – sorri abertamente, apoiando contra a parede e dando meu melhor sorriso.


            Ela me encarou por alguns segundos e tomou fôlego. Aquela expressão estava me deixando nervoso. Ela me encarava com um pavor genuíno que me assustou.


            _A gente pode conversar? – ela pediu com um fio de voz e começou a andar pelo corredor.


            Sorri internamente. Eu e Adhara tínhamos passado um tempo juntos há uns dois meses, e ela era, de longe, a menina que eu mais curti na vida. Se Merlin atendesse aos meus desejos, aquele desespero da Adhara era para pedir pra voltar comigo! É, talvez eu fosse um pouco otimista demais.


            Adhara abriu a porta de uma sala vazia e entrou, fechando a porta com o corpo atrás de nós. Sorri, aproximando-me dela e tratando de abraçá-la fortemente.


            _James, não. – ela pediu, virando o rosto.


            “Ah, qual é, Adhie?”, pensei, frustrado, me afastando.


            _Que foi? – perguntei, cruzando os braços.


            _Eu preciso te contar uma coisa. – ela disse, respirando fundo.


            “O que? Que você me ama perdidamente? Poxa, gata, não quero compromisso...”


            _Pode falar... – eu disse, controlando meus instintos de dizer o que queria.


            _Eu... – ela tomou fôlego – Eu to grávida.


            As palavras escaparam da boca dela no mesmo instante em que as lágrimas começaram a cair de seus olhos lentamente, dolorosamente, acompanhando o ritmo dos meus pensamentos. Minha cabeça parecia ter sofrido um blackout. Eu não conseguia tomar atitude nenhuma... Mas será porque mesmo? Por que uma garota simplesmente chegara pra mim dizendo: “E aí, gato, você vai ser pai!”? Talvez eu tivesse motivos pra ficar quieto, mas meu erro foi ter quebrado o silêncio com justo aquelas palavras.


            _COMO ISSO ACONTECEU? – perguntei com um tom de voz mais alto do que o necessário, fazendo com que Adhara erguesse os olhos pra mim, magoada.


            Por um segundo, ela estreitou os olhos, me examinando, e no momento seguinte sua mão tinha deixado uma marca enorme e permanente do lado esquerdo do meu rosto.


            _OUCH! – berrei, segurando a mão dela – Adhara! – reclamei.


            _Como isso aconteceu, James Sirius? – ela me encarou, chorando mais e com raiva crescente – Você realmente quer que eu te lembre? – suas palavras eram ácidas. Irônica como sempre, meu Merlin...


            _Mas... Mas... – eu balbuciava consciente de que aquilo devia estar ridículo – Foi uma vez! – murmurei, como se isso mudasse alguma coisa no panorama de tragédia Greco romana em que eu estava inserido.


            _Uma vez, mas o suficiente. – ela disse, suspirando – Eu sou muito burra! – murmurou, revirando os olhos – Eu não acredito que eu to passando por isso porque acreditei nas besteiras que você me disse!


            _Agora você quer falar que a culpa é minha? – ergui as sobrancelhas, irritado e desesperado demais para pensar em como a situação dela era tão desesperadora quanto ver o irmão dela acordando de manhã cedo com aquela carinha de Barbie dos infernos.


            _Eu queria poder dizer isso. – ela disse, me olhando com uma sinceridade que me constrangeu por um instante – Mas você não me forçou a fazer nada, JS... Então a responsabilidade do que aconteceu é nossa. De mais ninguém.


            _Minha mãe vai me matar... – murmurei, percebendo a confusão que aquilo causaria lá em casa.


            Sério! Não tem como explicar a loucura que ia rolar em Godric’s Hollow quando a notícia da gravidez de Adhara chegasse. Eu juro que tenho mais medo da minha mãe do que de Voldemort aparecer de novo, renascido das cinzas! Meu pai sempre insistia em me dizer que por mais pegador que Sirius fosse, ele nunca tinha cometido a besteira de deixar de se precaver. E lá estava eu, fazendo justamente o oposto! DROGA!


            _Meu Merlin... – eu disse, virando de costas pra pensar melhor. Encarar os olhos de Adhara não estava me ajudando muito. Baguncei os cabelos, tentando clarear as idéias, mas o som do choro baixo da loira Malfoy não era de grande auxílio.


            _Você tem certeza? – perguntei, e ela confirmou com a cabeça, sem olhar pra mim, porque tinha a cabeça baixa, encarando a barriga com um olhar indefinido.


            _Claro. – ela sussurrou – Eu fiz quatro testes.


            _Alguém sabe? – perguntei. Vamos lá, garotão! Hora de ser objetivo... Precisava saber das questões práticas da tragédia.


            _Não. – ela respondeu baixo – Eu quis falar com você antes. Meu pai vai me matar... – ela confessou seu desespero – James, ele não vai querer mais olhar pra mim!


            Percebi então que aquele era seu maior medo. Ela era apaixonada pelo pai, e não suportaria uma rejeição da parte dele, o que eu também temia acontecer. Me aproximei, abraçando Adhara, tentando dizer pra ela e pra mim mesmo, um pouco de calma.


            _Calma... Calma... – murmurei, beijando os cabelos loiros dela.


            _Eu não acredito nisso, JS. – ela disse, limpando as lágrimas – Por que a gente foi tão burro? Que droga!


            _Aconteceu, Adhara! – eu disse, nervoso – Não tem mais nada que a gente possa fazer, não é?


            _Eu sei... – ela murmurou, derrotada – Tem dois meses. – ela disse deslizando a mão pela barriga, me fazendo arrepiar de pânico só de pensar que tinha uma vida ali dentro. Uma vida da qual eu fazia parte, meu Merlin!


            _É... – eu confirmei, fazendo as contas – Seu pai vai querer me matar, não é?


            _Dolorosamente. – ela sorriu de canto – Talvez ele teste todos aqueles apetrechos de tortura antigos da família em você... E tire seu “instrumento” pra que você não cause mais danos a família alguma.


            _Nem brinca! – eu disse, empalidecendo com a mera possibilidade.


            _Idiota. – ela rolou os olhos.


            _O que a gente faz agora? – perguntei, segurando a mão dela por um minuto.


            _Senta e chora? – ela respondeu, e percebia que ela tremia – A gente tem que contar pra eles. Não dá pra esconder por muito tempo.


            Concordei com a cabeça, e ela me olhou, desamparada como uma criança. Me arrependi do que tínhamos feito. Não porque não quisesse... Mas porque ela parecia tão machucada, tão frágil, que me senti culpado.


            _Vai ficar tudo bem. – prometi, beijando sua testa – Eu juro...


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N.A: OIIIIIIIIIIIIIIE!


Gente, que bonitinha vc, Lilian! Hahahaha Fiquei muito feliz com os comments! :D


Nossa, eu arrumei o negocinho lá na descrição, tá? Brigada pelo aviso! E o Jay tá o sétimo ano, tem 17 aninhos de beleza! *morre com a delícia!* E a Adhara tem 16, tá no sexto.


Viu, meninas, não demorei! :P


Espero que curtaaaaaaaaaaaaaaaaam! :D


Espero comments! :p


Beeijos!

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Comentários (3)

  • Luana Bernardo

    Tem como ser melhorrrr? Sim, continuando o capitulo o mais rapido possivel! Simplesmente ameiiiiiii, ual menina. De onde veio a ideia? Ou simplesmente surgiu? ahuaha adoro, isso era tudo o que eu precisava pra me dar uma animada novamente! ahaha Não demore pra postar por favorrrr! Beijocas de uma leitora que está se lançando um feitiço de pernas presas e que não sairá daqui até ter essa fic prontinha! Você tem minha palavra, e pode puxar minha orelha se eu não aparecer! hauhauahha Beijossssssssss

    2011-10-09
  • Carla Ligia Ferreira

    Adorei o idiota semissensível do James, hahahaha. A pergunta dele foi super estilo do Ron. Mas pelo menos ele não perguntou: "e quem é o pai?" Isso teria sido péssimo. Beijos e até a atualização.

    2011-09-08
  • Lilian Potter 10

    OOOOOOOOOOOOOOH O James foi tão fofo no final : 0

    2011-09-08
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